2011 foi mais um ano excelente. É bom ver isso acontecer sucessivamente ;-). No âmbito esportivo, estou começando a planejar o calendário de competições e a colocar metas realizáveis, numéricas e mensuráveis no planejamento, e isso é muito legal, uma folha em branco e um monte de ideias... Também escaladas, uma trip de mountainbike e as merecidas férias, é claro, estão no project charter do ano que chega ;-)
O balanço do ano foi muito bom, mais um ironman sensacional, um meio-iron em um baita tempo, volta a ilha show, outro terceiro lugar no desafrio, a travessia mais punk da região, no campeche, a melhor meia maratona da história, sub 39 no TF 10 KM, retorno à travessia da lagoa, mountaindo do rosa, mountaindo lagoa em octeto, sprint de garopaba, aquele duatlhon dos infernos na pedra branca e o desafio dos pinguins, agora GP de inverno. Não necessariamente nessa ordem.
Agradeço a todos os amigos reais e virtuais que passaram por aqui, espero que a experiência tenha sido válida ;-). Manter este blog é um prazer quase tão grande quanto correr ;-). Bom ano novo pra todos nós e que venha 2012 para que possamos fazer por merecer tudo o que desejamos. Grande abraço e até o ano que vem !
Relatos, notícias, histórias e ideias sobre esportes de endurance: triathlon, trailrun, corridas de aventura, ultramaratonas, multisport, mountainbiking, travessias e montanhismo.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Como estragar sua panturrilha
Batatas |
Aí saí correndo, e acelerei. Foi bem, mas no km 5 senti um incômodo de nada na batada direita, e segui. Retornei e fui indo e passei pelo carro pra tomar água. A batata já estava assando, mas achei que não era nada e fui pra fechar os 15 km. O ritmo foi fortinho, mas nada demais. Estava descansado. O volume anda minúsculo mas com intensidade. E tenho feito um pouco de musculação e algum alongamento fora dos treinos. Ou seja, sem razão óbvia pra machucar a musculatura.
Mas fiquei estragado, deu um 'nó' na panturrilha, ficou uma parte da musculatura totalmente dura, parece que tem uma cenoura dentro da batata. Doeu até quarta, aí ainda sentia pra andar na sexta. Corri só na segunda feira seguinte, depois de gelo, bolsa quente, massagem e alongamento a semana toda. Ainda tô sentindo, mas já está melhor e hoje consegui correr os 15 km bem fortes e sem dor, mas a coisa tá lá ainda.
Só pode ter sido a largada totalmente fria e desprevenida. Estou certo disso. Se quiserem estragar alguma parte, façam exatamente assim.
domingo, 18 de dezembro de 2011
Pedal solo excelente
Acho que este ano não tinha ido até o fim da estrada que vai até são pedro. Um belo pedal como sempre, principalmente solo. Gosto de pedalar pra lá sozinho, seja lá por qual razão. Um trechinho chato da marginal da BR 101 (sábado de manhã), 4 km de BR 282 e depois só tranquilidade. Estradinhas rurais, sol e céu azul, rios, belos visuais da serra do tabuleiro. Excelente. E agora ainda mais, pois o asfalto vai mais 3 km morro acima (bem mais inclinado). Muito legal. Claro, o lado MTB fica triste por perder mais um pedacinho de terra, mas ficou ótimo pra treinar uma subidinha, isso ficou. Consegui fazer um videozinho mixuruca, mas que dá a ideia do local. Ótimo treino, 83 km numa média razoável, com subidinhas ardidas, longas retas e pasmem, quase sem vento. Mas o calor apertou no retorno, pois abri o olho já era tarde. A volta perto das 11:30 estava bem quente, e meio litro de água de côco sorvida rapidamente ajudou muito.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Correndo por Madri, vídeo do Hélio
Meu amigo Hélio foi trabalhar por 2 meses em Madri. Corredor como é, produziu esse vídeo fantástico. Há controvérsias, mas aparentemente foi ele mesmo quem correu e editou o vídeo. Excelente resultado, parabéns !!! Curtam...
Travessia da Lagoa da Conceição
Domingo último participei pela segunda vez da travessia internacional da lagoa da conceição em Floripa. Prova tradicional já na 29ª edição, atravessa a lagoa-cartão postal da cidade, que nesse domingo estava perfeita para nadar. Saí de casa de bike até a casa do Diogo e Cínthia, que tinha ido de bike. Larguei a minha e fui de carro com o Aracajú pra largada no canto dos Araças. Sol, quase nenhum vento, espelho d'água e visual rodeado por matas e morros, sensacional.
Largamos a uns 300 metros da margem, pois a maré estava baixa demais. O rumo era reto até o hotel da praia mole do outro lado. Várias boias vermelhas marcavam o caminho, mas uma torre de celular era o alvo 2,2 km à frente.
Larguei forte como sempre, esgoelado. Não sei mais brincar, ou nado realmente muito mal fazendo força demais. A primeira boia foi rápida, aí encaixei um ritmo mais suportável. Depois da segunda boia comecei a ser ultrapassado por muita gente, prova da largada desesperada. Nadei ao lado de um cara e uma mulher por um tempão, até que ela deixou os dois pra trás e eu fiquei pra trás do sujeito, na esteira por um tempo, mas ele nadava muito torto.
Próximo à chegada dava pra ver as pedras do costão da lagoa e a mata bem fechada, com algumas folhas caídas na água. Entrei no funil de chegada e logo depois fui avisado a passar o chip no sensor. Fechei uns 38:50 no cronometro. Aí depois encontrei o Aracajú que tinha chegado 2 minutos antes, sem forçar. Fomos embora e peguei a bike pra voltar pra casa, sob sol das 11 horas. Fui salvo pelo caldo de cana da beira-mar, foi glicose direto na veia.
Depois fiquei sabendo que fui chamado para o 4º lugar na categoria de Portadores de Necessidades Especiais. Algum rolo na inscrição, mas a federação me ligou, expliquei a minha categoria correta e disseram que fiquei em 5º lugar na 35-39 com o tempo oficial de 39:09, hehehe. Coisa impressionante é ver os PNE nadando. Os caras e meninas nadam um absurdo, deixam-nos pra trás e mostram que com vontade tudo é possível. Bonito de ver.
Tenho o registro da travessia que fiz em 2003: 54:31. Acho que a evolução foi boa ;-). Prova recomendada.
Largamos a uns 300 metros da margem, pois a maré estava baixa demais. O rumo era reto até o hotel da praia mole do outro lado. Várias boias vermelhas marcavam o caminho, mas uma torre de celular era o alvo 2,2 km à frente.
Larguei forte como sempre, esgoelado. Não sei mais brincar, ou nado realmente muito mal fazendo força demais. A primeira boia foi rápida, aí encaixei um ritmo mais suportável. Depois da segunda boia comecei a ser ultrapassado por muita gente, prova da largada desesperada. Nadei ao lado de um cara e uma mulher por um tempão, até que ela deixou os dois pra trás e eu fiquei pra trás do sujeito, na esteira por um tempo, mas ele nadava muito torto.
Próximo à chegada dava pra ver as pedras do costão da lagoa e a mata bem fechada, com algumas folhas caídas na água. Entrei no funil de chegada e logo depois fui avisado a passar o chip no sensor. Fechei uns 38:50 no cronometro. Aí depois encontrei o Aracajú que tinha chegado 2 minutos antes, sem forçar. Fomos embora e peguei a bike pra voltar pra casa, sob sol das 11 horas. Fui salvo pelo caldo de cana da beira-mar, foi glicose direto na veia.
Depois fiquei sabendo que fui chamado para o 4º lugar na categoria de Portadores de Necessidades Especiais. Algum rolo na inscrição, mas a federação me ligou, expliquei a minha categoria correta e disseram que fiquei em 5º lugar na 35-39 com o tempo oficial de 39:09, hehehe. Coisa impressionante é ver os PNE nadando. Os caras e meninas nadam um absurdo, deixam-nos pra trás e mostram que com vontade tudo é possível. Bonito de ver.
Tenho o registro da travessia que fiz em 2003: 54:31. Acho que a evolução foi boa ;-). Prova recomendada.
A largada é láaa na frente. Foto da Cínthia |
Ironman Hawaii 2011 - Documentário completo da NBC
Já postei no twitter e facebook, mas preciso publicar aqui pra não perder. Simplesmente sensacional, muito bem produzido, com performance da elite e cases dos atletas amadores, aqueles que amam o esporte ;-) ! Não percam, eu assisti direto na TV ao lado da minha filha, que ficou impressionada e extremamente desesperada com o velhinho ao final do vídeo. Ele chegou. Vejam os rostos de felicidade de quem completa a prova...
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Recuperação da frequência cardíaca
O software do garmin 310 tem uma função que eu não conhecia, mas que era curiosa. Quando você pára o treino, logo depois ele mostra uma telinha com a fc atual e uma tal de 'Recovery HR'. Fui dar uma olhada nisso e descobri do que se trata.
É sabido que a queda (ou recuperação) da FC após o exercício é um indicador de saúde cardíaca, ou, ao menos, indicador de inexistência de alguma predisposição a problemas. Alguns estudos são feitos contando a queda da FC em 2 minutos após o fim do exercício, e este número seria então um indicador importante.
O que o garmin faz é usar este método (existe outro com 1 minuto, mas parece que tem que ser feito com a pessoa deitada) e implementar uma função que ao fim do treino (stop) mostra a fc atual e a queda medida nos 2 minutos posteriores. A 'queda' é então o número de batimentos 'recuperados' que o garmin fornece.
Existem alguns estudos do teste de 1 minuto que indicam que a recuperação menor do 12 bpm significa elevado risco cardíaco, ou no mínimo, um condicionamento muito pobre. Em resumo, isso daria uma medida da saúde cardíaca e condicionamento físico geral, coisa que parece útil, mas precisa ser acompanhada (anotada, analisada) para permitir conclusões úteis. Preciso perguntar isso pro cardiologista no próximo checkup ;-).
Referências:
http://benj.n69.ch/post/1519481649/recovery-heart-rate-on-garmin-fr-310xt
http://stevecmitchell.wordpress.com/2011/01/13/using-garmin-connect-to-look-at-recovery-heart-rate/
http://maratonany.blogspot.com/2011/11/frequencia-cardiaca-de-recuperacao.html
É sabido que a queda (ou recuperação) da FC após o exercício é um indicador de saúde cardíaca, ou, ao menos, indicador de inexistência de alguma predisposição a problemas. Alguns estudos são feitos contando a queda da FC em 2 minutos após o fim do exercício, e este número seria então um indicador importante.
O que o garmin faz é usar este método (existe outro com 1 minuto, mas parece que tem que ser feito com a pessoa deitada) e implementar uma função que ao fim do treino (stop) mostra a fc atual e a queda medida nos 2 minutos posteriores. A 'queda' é então o número de batimentos 'recuperados' que o garmin fornece.
Existem alguns estudos do teste de 1 minuto que indicam que a recuperação menor do 12 bpm significa elevado risco cardíaco, ou no mínimo, um condicionamento muito pobre. Em resumo, isso daria uma medida da saúde cardíaca e condicionamento físico geral, coisa que parece útil, mas precisa ser acompanhada (anotada, analisada) para permitir conclusões úteis. Preciso perguntar isso pro cardiologista no próximo checkup ;-).
Referências:
http://benj.n69.ch/post/1519481649/recovery-heart-rate-on-garmin-fr-310xt
http://stevecmitchell.wordpress.com/2011/01/13/using-garmin-connect-to-look-at-recovery-heart-rate/
http://maratonany.blogspot.com/2011/11/frequencia-cardiaca-de-recuperacao.html
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Short Triathlon Garopaba/Fetrisc
Praia em frente ao hotel, no centro histórico |
Última prova de triathlon do ano em Garopaba, coisa legal viajar para correr. Saí de casa acompanhado da Daiane e do pequeno e chegamos no hotel às 15 horas. Curtimos um pouco a praia e depois simpósio e jantar. Dormir foi um trabalho, o quarto ficava virado pra uma rua que aparentava ter pouco trânsito, mas foi a noite toda carro passando, fritei de um lado pro outro até acordar às 6 horas.
Pequeno futuro atleta, hehehe |
Tomei muito suco de laranja no café da manhã. Não façam isso. Aí fui para a transição e arrumei tudo por lá, coisa tão bem organizada que fiquei até impressionado. Só que não fiz bom uso dessa ordem toda na hora das transições. Aqueci bem na natação, água um pouco fria que permitia roupa de borracha, arrebentação moderada e quase nenhuma corrente. Peguei uns jacarés, dei uns tirinhos e voltei pra areia pra esperar a largada. Alto astral de sempre nessas largadas... Aí o feminino largou.
Arrumando as tralhas pra errar as transições depois |
Fiquei olhando as boias e achando que ali não tinha 750 m. Bom, largamos nós. Forcei desde o início, ofegante o tempo todo mas controlado, sem desespero desnecessário. Contorna primeira boia, mira na segunda e volta pra praia, tudo perfeito e surpresa, 9min30seg. Certamente não tinha 750 mts ;-).
Corri pra transição e saí rápido com a bike, mas aí a lambança... não consegui colocar a sapatilha, fui pedalando com os pés pra fora até um pelote passar, tentei calçar na pressa e quase fui pra cima de outra bike, oops, desculpa, me atrapalhei mais e calcei. Sem mais pelotão segui solo e esgoelado ao máximo, sensação de esforço agoniante. Muito forte de início e todo errado, comecei a procurar gente pra revezar. Passei um que não veio, mais outro e aí passaram dois foguetes. Depois num retorno vi o Pedro Falk vindo e me aproximava de mais um a frente. O circuito da bike era de 6 voltas (!), com três retornos de 180 graus e dois cotovelos de 90 graus em cada volta, ou seja, bem trancado e técnico. Passei errado duas vezes nas curvas e numa delas saí em cima da areia arrastando pneu. Muito técnico, mas sem técnica.
O Pedro veio e eu grudei na roda. Tentei revezar um pouco só pra travar tudo, aí ele passava de novo. Seguidamente vinha gosto de suco de laranja na boca, não descia nem água. Ficar no clipe fazia a coisa parecer que ia sair. Fiquei na roda ou próximo do pedro, aproveitando pra seguir algum ritmo, pois o meu estava todo errado. Só que não era o meu ritmo, e forcei até não poder mais nas retomadas principalmente, senão ele escapava. Aí na última volta deixei-o ir pra tentar recuperar minimamente pra ver se corria, mal tinha tomado água e a boca tava seca horrivelmente.
Entrei na transição e tinha muita bike lá, o contrário da visita anterior vindo da natação. Coloquei a bike em dois suportes errados. Eram numerados, meu número era 79 e encaixei a bike no 59, ooops, depois 69 até acertar o correto. Dois dígitos era complicado naquele estado catatônico. Saí pra correr já sem ver o Pedro e mais dois que entraram na transição junto comigo.
Um dos oito retornos. Mas com churrasco. |
Chegada. |
Mar de gaivotas |
:-) |
Valeu pessoal, parabéns a todos da equipe Ironmind pela prova de alto nível. Dominamos o evento ;-).
Detalhes técnicos:
Incrivelmente fiz a melhor natação da categoria. A bike foi ruim mesmo, a corrida foi a segunda, mas a sensação foi de ter feito muito mal. Tempo oficial 1:10:48. Resultados oficiais no site da fetrisc e diretamente aqui.
Organização excelente, árbitros preparados, bom abastecimento e percurso. Só o que não engulo é a distância. Não tinha 750 na natação. Tudo bem que é a mais imprecisa das modalidades, mas um gpszinho no bote já resolveria, o erro foi muito grande. A bike tinha 19 ao invés dos 18 anunciados (até reclamei por não ter 21 já que a volta tinha 3 km, mas na hora da prova não via a hora de acabar) e a corrida 5,5 km. Acho que ainda não fiz um sprint na distância oficial, e dois da mesma. Isso pode melhorar.
Fotos da prova são do Saul Chervenski, as demais são da Daiane.
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Treinos, medir ou sentir ?
Está rolando uma discussão interessante na blogosfera a respeito da utilização de gadgets no treinamento esportivo, especificamente no triathlon. A discussão se resume de forma muito superficial ao seguinte: usar equipamentos de medição (monitores cardíacos, de cadência, velocímetros, medidores de potência) e ter feedback instantâneo e frio sobre o rendimento, ou confiar na percepção de esforço e levar os treinos baseados na experiência/sensação do momento.
Na minha visão, não há certo ou errado. A discussão será interminável, com argumentos válidos e muito interessantes como tem sido, de ambas as correntes. Atletas de alto nível treinam sem instrumentos (Macca, Crissie e os "antigos" também :-) e outros de nível tão alto quanto treinam baseando-se em números.
Na minha opinião a virtude está no equilíbrio (quem disse isso mesmo ??). Tudo depende de como o atleta se adapta às ferramentas. E no final das contas, a percepção de esforço sempre é utilizada. Ou alguém que deveria correr num pace X vai se matar se não estiver se sentido bem no determinado treino ou prova e simplesmente não estiver "rendendo" ? O mais provável é estar se sentido bem demais e usar o instrumento como um balizador, uma ideia macro de onde se pode ir, baseado na experiência dos treinos anteriores.
Minha experiência: meu tempo é curto e preciso aproveitar os treinos o melhor possível, no junk miles. No triathlon especificamente, que é um esporte muito intenso e que demanda muito tempo de treino, isso é ainda mais importante. Ou seja, se for pra treinar tem que ser pra ter resultado. Isso, claro, não impede passeios ciclísticos, corridas contemplativas ou natação solta, que são necessárias e salutares, mas tem uma diferença entre isso e treino produtivo (fisiologicamente falando, mentalmente talvez os últimos sejam até melhores ;-).
Então, tento usar os números da melhor forma possível, sempre relacionando os indicadores à percepção de esforço, sem é claro transformar um longo num tiro ou um intervalado num trote. Por exemplo, por muito tempo eu olhava um treino de corrida em 'zona 2' como muito leve, e várias vezes ia até sem relógio. Ou usava o GPS sem o monitor cardíaco. Quando uso os GPS com frequencímetro é que é possível ver o rendimento (pace) para um dado esforço cardíaco (FC) e então correlacionar as coisas com o ambiente (Alta umidade ? Calor ? Ventando horrores ? De estômago cheio ? Cansaço acumulado ?) e aí sim tirar conclusões, dosar o esforço de acordo com o objetivo do treino.
Exemplo de hoje: 10 km na zona 2 depois da prova de ontem (breve post). Coloquei o monitor e fui. Bem no meio da zona 2, que atualmente dá uns 142 bpm, o pace era de 4:45/km. Fiz o treino todo bem constante, então essa é uma boa métrica para esta condição: bem condicionado mas pós uma prova intensa, temperatura boa e sem muita umidade ou vento. E olha que legal, semana passada um treino igual (mas não depois de uma prova) sem o monitor gerou os mesmos 10 k num pace médio muito pior, baseado só na percepção. Poderia ter sido o contrário, poderia ter saído um pace excelente e mais forçado do que o desejado. Em resumo: usar (se possível, claro) os gadgets é como ter instrumentos no painel do carro. Mesmo com o básico indicado ali, você ainda usa a percepção, calcula mentalmente a velocidade das árvores passando, a distância dos outros carros, junta tudo e processa a informação disponível.
Esse falatório todo é pra dizer o seguinte: se for pra usar um monitor de qualquer coisa, use a informação que ele gera, não apenas olhe pro número e diga 'que legal, olha só a fc/velocidade/cadência/potência', e associe isto à sua percepção de esforço e sensação durante o treino. É a minha opinião pessoal e individualizada, emitida de forma voluntária e sem garantias de qualquer tipo. E não, não sei se prefiro comprar um medidor de potência ou uma mountainbike nova. Espero ter complicado mais um pouco a discussão.
Na minha visão, não há certo ou errado. A discussão será interminável, com argumentos válidos e muito interessantes como tem sido, de ambas as correntes. Atletas de alto nível treinam sem instrumentos (Macca, Crissie e os "antigos" também :-) e outros de nível tão alto quanto treinam baseando-se em números.
Na minha opinião a virtude está no equilíbrio (quem disse isso mesmo ??). Tudo depende de como o atleta se adapta às ferramentas. E no final das contas, a percepção de esforço sempre é utilizada. Ou alguém que deveria correr num pace X vai se matar se não estiver se sentido bem no determinado treino ou prova e simplesmente não estiver "rendendo" ? O mais provável é estar se sentido bem demais e usar o instrumento como um balizador, uma ideia macro de onde se pode ir, baseado na experiência dos treinos anteriores.
Minha experiência: meu tempo é curto e preciso aproveitar os treinos o melhor possível, no junk miles. No triathlon especificamente, que é um esporte muito intenso e que demanda muito tempo de treino, isso é ainda mais importante. Ou seja, se for pra treinar tem que ser pra ter resultado. Isso, claro, não impede passeios ciclísticos, corridas contemplativas ou natação solta, que são necessárias e salutares, mas tem uma diferença entre isso e treino produtivo (fisiologicamente falando, mentalmente talvez os últimos sejam até melhores ;-).
Então, tento usar os números da melhor forma possível, sempre relacionando os indicadores à percepção de esforço, sem é claro transformar um longo num tiro ou um intervalado num trote. Por exemplo, por muito tempo eu olhava um treino de corrida em 'zona 2' como muito leve, e várias vezes ia até sem relógio. Ou usava o GPS sem o monitor cardíaco. Quando uso os GPS com frequencímetro é que é possível ver o rendimento (pace) para um dado esforço cardíaco (FC) e então correlacionar as coisas com o ambiente (Alta umidade ? Calor ? Ventando horrores ? De estômago cheio ? Cansaço acumulado ?) e aí sim tirar conclusões, dosar o esforço de acordo com o objetivo do treino.
Exemplo de hoje: 10 km na zona 2 depois da prova de ontem (breve post). Coloquei o monitor e fui. Bem no meio da zona 2, que atualmente dá uns 142 bpm, o pace era de 4:45/km. Fiz o treino todo bem constante, então essa é uma boa métrica para esta condição: bem condicionado mas pós uma prova intensa, temperatura boa e sem muita umidade ou vento. E olha que legal, semana passada um treino igual (mas não depois de uma prova) sem o monitor gerou os mesmos 10 k num pace médio muito pior, baseado só na percepção. Poderia ter sido o contrário, poderia ter saído um pace excelente e mais forçado do que o desejado. Em resumo: usar (se possível, claro) os gadgets é como ter instrumentos no painel do carro. Mesmo com o básico indicado ali, você ainda usa a percepção, calcula mentalmente a velocidade das árvores passando, a distância dos outros carros, junta tudo e processa a informação disponível.
Esse falatório todo é pra dizer o seguinte: se for pra usar um monitor de qualquer coisa, use a informação que ele gera, não apenas olhe pro número e diga 'que legal, olha só a fc/velocidade/cadência/potência', e associe isto à sua percepção de esforço e sensação durante o treino. É a minha opinião pessoal e individualizada, emitida de forma voluntária e sem garantias de qualquer tipo. E não, não sei se prefiro comprar um medidor de potência ou uma mountainbike nova. Espero ter complicado mais um pouco a discussão.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
[Antes do início] Lanín solo
Escalada solo ao Lanin, no verão de 1999.
Aventura no gelo
Leitor Rafael Pina relata sucesso de escalada dos quase quatro mil metros do vulcão Lanín, uma das montanhas mais altas da Patagônia, na divisa entre Argentina e Chile
Rafael Pina
Especial para o AN Capital
Especial para o AN Capital
Escalar uma grande montanha sozinho, apesar de não ser o meu objetivo, sempre foi uma coisa que me despertou a curiosidade. Após muita indecisão, e de algumas pesquisas com amigos e ilustres desconhecidos, decidi partir para a Argentina, no extremo-norte da Patagônia. O destino era um vulcão de cume gelado, na fronteira da Argentina com o Chile. Lanín, uma bela montanha de 3.806 metros de altitude, que se ergue imponentemente no árido platô argentino que faz fronteira com o Chile. Em fevereiro não encontraria tanta neve como nos meses de inverno, mas também não deixaria de ser uma escalada interessante.
O Lanín está localizado entre as cidades de Junin de los Andes, na província de Neuquen, na Argentina, e Pucón, no Chile. É a montanha mais alta da região, oferecendo um visual desimpedido em todas as direções. Seu nome foi dado pelos índios mapuches, que habitaram a área no passado, e quer dizer algo como "inativo". De fato, o tranqüilo Lanín contrasta com o vizinho Quetrupillán (Villa Rica) que exibe uma cratera fumegante em seu topo e, de tempos em tempos, entra em erupção....
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
No início era o começo...
Mas depois parei por um tempão, 18 anos ;-). Acabei achando umas velharias fotográficas, e dentre elas três do primeiro e único triathlon que fiz até 2009. Foi um sprint (short) em jurerê internacional, da Atrisc, embrião da Fetrisc. Foi em 17/março de 1991. Sei disso porque a camiseta da prova (a das fotos) ainda existe. Abaixo as relíquias, não lembro o tempo nem resultado... Me meti nessa enrascada por influência do Jacó, e creio que o fotógrafo era o Jason.
Natação sem toca e de calção. |
Corrida. Pra isso eu treinei um bocado com meu amigo Jacó. A passada parecia boa ;-). Reparem que ainda tinha bike no circuito, então eu não fui o último, hehehe. |
domingo, 20 de novembro de 2011
Morro da lagoa
Dia de longo de bike, mas com a chuva itinerante que estava desisti da speed e voltei pra casa. Marquei com o Adriano às 10 horas e fomos de mountainbike pra lagoa, subir o morro e decidir o que fazer. Fizemos a subida até onde tinha asfalto e aí começou a parte boa. Subimos a estradinha até a rampa de vôo livre antiga (em ruínas). O pedal foi excelente, estava tudo bem seco apesar da chuva que pegamos na volta da rampa, que só durou poucos minutos.
Lembrei o quanto eu gosto de pedalar fora de estrada. E lembrei como a minha bike é pesada, com o quadrão 19 de cromo e guidão de 5 kilos. A subida do morro da lagoa foi puxada, senti as pernas funcionarem. Aí subimos pra rampa e no fim do asfalto veio aquela maravilha de estrada de terra. Subidinhas fortes e descidas alucinadas na terra esburacada, uma beleza. Fiquei satisfeito em ter pedalado tudo numa boa com a relação torta da bike e sem treinos de morro. Depois de apreciar o visual lá de cima voltamos na chuvinha, encontramos o Aracajú e a Cínthia na beiramar se recuperando de um tombo mútuo e seguimos pra casa. Quando vi que só estava com 2h10 de pedal toquei pra fechar mais uns 10 km, totalizando 51 km de um belo treino de força e com visuais ímpares da ilha.
Concluí duas coisas: preciso de mais trilhas de bike (na verdade, estradões são melhores). E preciso de uma MTB nova (pra ficar apto pra trilhas de verdade). O que o Adriano fez abaixo eu não me arriscaria com o meu chumbo.
Visual da lagoa a partir da rampa |
A descidinha era das boas...
sábado, 19 de novembro de 2011
Natação com Golfinhos
Hoje a natação foi sensacional. Nunca antes na história desse país eu vi golfinhos tão perto da praia e em número tão grande. Menos de 50 metros de onde estávamos a iniciar o treino, montes deles, uns 12 ao menos no olhômetro, estavam lá brincando e caçando. Formavam um cerco perfeito, saltando e batendo as nadadeiras e os peixes apavorados pulavam no meio. Pena não ter uma câmera pra filmar aquilo, num mar de azeite e azul, sob céu mais azul ainda e sol forte.
Aí começamos a nadar, 1000 metros de ida até o Taikô em bom tempo e volta em mais 20 min, quase consegui acompanhar o Marcos até o final. Temperatura já dispensa o wetsuit, fomos só no pêlo e foi excelente, já que semana passada tinha passado calor na água (!). Fim da água, fomos para o pedal.
Saímos com umas núvens estranhas e já no retorno da Daniela começou uma chuva fraca, que ficou forte rapidamente. Eu ia por último, e vi quando um ônibus jogou muita água sobre o Palhares e o Marcos, que praticamente pegaram um 'tubo' no asfalto, água oleosa, eca ;-). Pouco depois furou o pneu do Marcos, paramos e aí então começou o ritmado pra valer. Ali já não tinha chovido e o sol voltou com força. Grudei que nem carrapato na roda, o Palhares puxando o tempo todo e fechamos os 30 km de ritmo numa média muito alta. Beleza de treino pra começar o finde, preparar para o próximo e então para o outro próximo, quando tem o sprint triathlon de Garopaba.
Crédito da foto: http://sabermaisanimais.blogspot.com/2009/10/golfinhos.html
Aí começamos a nadar, 1000 metros de ida até o Taikô em bom tempo e volta em mais 20 min, quase consegui acompanhar o Marcos até o final. Temperatura já dispensa o wetsuit, fomos só no pêlo e foi excelente, já que semana passada tinha passado calor na água (!). Fim da água, fomos para o pedal.
Saímos com umas núvens estranhas e já no retorno da Daniela começou uma chuva fraca, que ficou forte rapidamente. Eu ia por último, e vi quando um ônibus jogou muita água sobre o Palhares e o Marcos, que praticamente pegaram um 'tubo' no asfalto, água oleosa, eca ;-). Pouco depois furou o pneu do Marcos, paramos e aí então começou o ritmado pra valer. Ali já não tinha chovido e o sol voltou com força. Grudei que nem carrapato na roda, o Palhares puxando o tempo todo e fechamos os 30 km de ritmo numa média muito alta. Beleza de treino pra começar o finde, preparar para o próximo e então para o outro próximo, quando tem o sprint triathlon de Garopaba.
Crédito da foto: http://sabermaisanimais.blogspot.com/2009/10/golfinhos.html
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Novo domínio do blog
Já está no ar www.relatosderesistencia.com.br. Vejam aí se funciona e principalmente se não estraga os feed rss ou assinaturas ;-). Abraços !
domingo, 13 de novembro de 2011
Fim de semana bem treinado
E trabalhado. E aproveitado. Ufa, tá acabando mas ainda cabe um post :-)
Sexta-feira sai pro longo (se é que 15 km é longo) de corrida, tranquilo numa boa pra não ferrar com o sábado, corri quase tudo na grama e terrinhas ao lado da pista na beiramar de SJ. Aí no sábado rolou um treino de natação show. 30 minutos pra aquecer e então três sequências de uns 500 mts com trabalho de entrada e saída da água, sob as orientações do coach. Muito legal prestar atenção a detalhes e pegar as dicas tão importantes para provas curtas, onde em quaisquer '30 segundos' tem pódio em jogo.
Fizemos os blocos de entrada e saída em grupos de 4 pessoas sob olhares atentos dos demais, altamente instrutivo. O Sérgio Lopes ainda foi pra dentro dágua fotografar e pegou algumas cenas impressionantes, pessoas correndo quase sobre a água, vejam se identificam os indivíduos ;-)
Depois um pedal de 42 km no ritmo (de arder as pernas destreinadas) e então uma corridinha moderada de 6 km pra terminar de começar o dia, onde fiz um progressivo de novo sem olhar pro relógio, só na percepção e foi legal, todos os kms mais fortes que os anteriores, fechando a 3:55.
Hoje fiquei em casa até as 12 hs, quando saí solo pra um pedal de 80 km em Santo Amaro. Sem paciência de ir pra SC de novo, fui pras bandas das retas desertas de carros e povoadas de bois de Santo Amaro e Varginha, maravilha pra pedalar num dia sem vento (quase) e sem sol. Só peguei uma chuvinha de molhar bobo na volta, só que bem nos 4 km de BR-282, atenção total. Depois fiz uma transição rápida pra almoço atrasado e então mais 2 horas correndo atrás do Arthur no parque de coqueiros ;-). Ufa.
Sexta-feira sai pro longo (se é que 15 km é longo) de corrida, tranquilo numa boa pra não ferrar com o sábado, corri quase tudo na grama e terrinhas ao lado da pista na beiramar de SJ. Aí no sábado rolou um treino de natação show. 30 minutos pra aquecer e então três sequências de uns 500 mts com trabalho de entrada e saída da água, sob as orientações do coach. Muito legal prestar atenção a detalhes e pegar as dicas tão importantes para provas curtas, onde em quaisquer '30 segundos' tem pódio em jogo.
Fizemos os blocos de entrada e saída em grupos de 4 pessoas sob olhares atentos dos demais, altamente instrutivo. O Sérgio Lopes ainda foi pra dentro dágua fotografar e pegou algumas cenas impressionantes, pessoas correndo quase sobre a água, vejam se identificam os indivíduos ;-)
Galera voando pra entrar na água, foto do Sérgio |
Depois um pedal de 42 km no ritmo (de arder as pernas destreinadas) e então uma corridinha moderada de 6 km pra terminar de começar o dia, onde fiz um progressivo de novo sem olhar pro relógio, só na percepção e foi legal, todos os kms mais fortes que os anteriores, fechando a 3:55.
Hoje fiquei em casa até as 12 hs, quando saí solo pra um pedal de 80 km em Santo Amaro. Sem paciência de ir pra SC de novo, fui pras bandas das retas desertas de carros e povoadas de bois de Santo Amaro e Varginha, maravilha pra pedalar num dia sem vento (quase) e sem sol. Só peguei uma chuvinha de molhar bobo na volta, só que bem nos 4 km de BR-282, atenção total. Depois fiz uma transição rápida pra almoço atrasado e então mais 2 horas correndo atrás do Arthur no parque de coqueiros ;-). Ufa.
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
O intervalado nosso de cada semana, com garmim pra ajudar.
Estou pra ver coisa mais eficiente pra melhorar a velocidade na corrida do que esses treinos intervalados semanais. Antes detestava, hoje já sinto falta e fico com a consciência pesada quando perco um. São difíceis e doídos, mas quando chega o dia do intervalado é por o tênis, carregar o treino no carrasco garmin e sair com a determinação de completar mais uma sessão.
Na proposta desta quarta eram 3 km de aquecimento progressivo e duas séries de 8x400 mts, mais 1 km solto que esticou um pouco. Como todos sabem, a série trata de realizar os percursos no pace desejado, descansar um tiquinho e sair de novo, coisa muito facilitada com um gps pra controlar. Hoje o treino era um pouco diferente, 400 num pace forte, saindo a cada 2min10seg. Belo treino, só atrapalhado levemente pelo vento nordeste que complicou alguns tiros além do necessário. Sem graça nenhuma.
Agora um pouco de utilidade pública: o funcionamento do modo de treino avançado no garmin parece coisa
desconhecida por parte do povo que usa os bichinhos ;-). É bem simples, sendo possível programar osofrimento treino no PC ou direto no relógio (coisa que eu prefiro). Basicamente, é necessário criar um treino e então executá-lo. A tela de dados é esperta o suficiente para colocar as informações mais relevantes do tiro, assim se o objetivo é percorrer uma distância num dado pace, a tela mostra a distância para completar e o pace médio do tiro, muito fácil. Aí o dito-cujo apita para parar e entrar no intervalo de recuperação e apita novamente para começar o novo tiro. Vamos ver se consigo ajudar:
Na proposta desta quarta eram 3 km de aquecimento progressivo e duas séries de 8x400 mts, mais 1 km solto que esticou um pouco. Como todos sabem, a série trata de realizar os percursos no pace desejado, descansar um tiquinho e sair de novo, coisa muito facilitada com um gps pra controlar. Hoje o treino era um pouco diferente, 400 num pace forte, saindo a cada 2min10seg. Belo treino, só atrapalhado levemente pelo vento nordeste que complicou alguns tiros além do necessário. Sem graça nenhuma.
Agora um pouco de utilidade pública: o funcionamento do modo de treino avançado no garmin parece coisa
desconhecida por parte do povo que usa os bichinhos ;-). É bem simples, sendo possível programar o
- No modo corrida, vá ao menu principal
- Escolha Training (Treino se o garmim estiver em português lusitano)
- Escolha Workouts (acho que é exercício)
- Escolha Custom para programar um intervalado. A opção Interval é muito simples e de pouco uso
- Crie um treino novo em New. Ele nomeia sequencialmente os treinos de run00 até run99 (acho, não cheguei lá ;-). Você pode editar o nome se quiser, basta selecionar o campo e ter paciência.
Até aí só foi criado um treino. Eles são feitos de várias etapas numeradas, cada uma podendo ter a duração definida por alguma variável (tempo, distância, etc) e ter uma meta (pace, velocidade, FC). O garmin emite os beeps dizendo pra você ficar dentro da meta programada, de forma que é bem fácil tentar manter o ritmo proposto. Aí você vai adicionando as etapas, e para criar os intervalados, use uma etapa especial de repetição para indicar um 'loop' na execução do treino, que basicamente vai seguir todas as etapas programadas até a própria etapa de repetição, criando o loop. Assim, por exemplo no treino abaixo:
3 km aquecimento, pace de 5:30 até 4:30
16 x 400 mts, intervalo de recuperação de 40 segundos, pace de 3:40
2 km solto
Faríamos o seguinte:
- Edite o primeiro step do treino, escolha Distance no campo Duration, preenchendo o valor com 3 km. Escolha a meta colocando Pace no campo Target. Aí então defina Custom para selecionar o pace mínimo e máximo desejado, de 5:30 até 4:30.
- Crie outro step com Duration Distance e preencha a própria com 400 metros. Escolha a meta colocando Pace no campo Target. Aí então defina Custom para selecionar o pace mínimo e máximo desejado, de 3:45 até 3:35 (pra ficar no meio, 3:40 ;-)
- Crie um step e no Duration coloque Time, para indicar o tempo de intervalo, preenchendo com 40 seg; Deixem sem Target;
- Crie um step e escolha repeat para o Duration. Em Number of Reps, escolha a quantidade de repetições, 16 no caso. Aí diga até onde o fluxo do treino tem que voltar, ou seja, Back to Step preenchido com 2 (step 2 é onde inicia o tiro de 400 mts, depois tem o intervalo e aí então repete).
- Crie outro step com Duration Distance e preencha a própria com 2 km, deixando sem Target (porque é pra soltar, não continuar se matando).
Pronto. Agora pressione Mode para voltar à tela dos treinos. Para começar, basta selecionar o treino e escolher Do Workout e pressionar Start. Assim que terminar, soa uma musiquinha e você pode voltar a ser uma pessoa livre novamente ! Se não esqueci nada, era isto. O mais comum é ir editando os treinos e guardando os mais frequentes só pra ajustar os steps...
Agora, uma superprodução !! Tive a paciência de programar o treino debaixo da câmera (só errei no pace do aquecimento de 3 km, mas não vou fazer de novo). Vejamos como ficou:
domingo, 6 de novembro de 2011
Treininho no parque do córrego grande
Pista |
Bom, o parque. Correr ali é uma maravilha, um bolsão de mata no meio da cidade, praticamente plano e com uma pista de 1,2 km de terra batida lisinha. Dá pra avistar inúmeros pássaros, ver jaboti, tartaruga, coelho e patos, se tiver sorte o jacarezinho. Dessa vez também vi um mico-miniatura e uns lagartos dentro das trilhas, que são minúsculas mas muito bonitas e corríveis. Céu azul e temperatura boa, mata verde, perfeito pra correr, simplesmente porque é bom. Sem preocupação com tempos, ritmos (que sairam até razoáveis). Um lugar daquele deveria ser mais explorado pra isso. Quase não vi ninguém correndo. Quem mora lá perto não sabe o que está perdendo, um terreno mais macio pra corrida, livre de barulho, carro, poluição. Quem mora longe (eu aqui) pode ir de bike e voltar, ou então emendar um passeio com a família (se bem que vão ficar cansados de olhar os loops). As voltas fechavam aproximadamente 1,7 km com as trilhinhas e fiz 7, só faltou água pois fiquei com preguiça de voltar lá na entrada pra pegar na bike.
Início de uma das trilhas |
Não sabe se corre ou fotografa a própria cara feia |
Nunca corro com o celular, mas como estava na bike e achei que teria dois quando voltasse, levei ensacado no bolso da bermuda de ciclismo. Ficou bom e consegui fazer umas fotos de corrida, coisa rara. Tudo fechou aproximadamente 2h20 de treino, com 32 km de pedal eólico na MTB e 11,5km de corrida. A ida na beiramar foi ridícula, nem 18km/h conseguia. A volta foi pouco melhor mas não muito, pois desidratei e cansei um pouco, e o caldo de cana de novo não estava lá, absurdo. Excelente !!
Voltas e mais voltas |
A volta no pedal |
terça-feira, 1 de novembro de 2011
É a técnica, não é o esforço !
A natação é a modalidade onde eu mais facilmente vejo os altos e baixos. Normalmente associo isto ao cansaço, só que talvez não seja o cansaço mesmo, e sim o desleixo com a técnica que advém dele. Dias bons e ruins (na percepção e nos tempos) tem se alternado constantemente, e eu vejo que tem a ver com cair na água já meio podre.
Hoje concluí o óbvio, que o que manda mais é a técnica. Claro que a gente já sabe, já ouviu, levou bronca e leu. Mas dessa vez foi experimentar diretamente o resultado. Explico.
Não corri ontem, então corri hoje e fui nadar. Foram só 10 km, mas corri moderado e fui direto pra piscina. Não estava desnutrido, pois me alimentei antes de correr e tomei um GU depois. Entrei na água já querendo sair e com preguiça da série de 10x100. Aqueci e fiz 600 de braço já convencido de que estava mesmo cansado e não ia dar em nada, mas já que estava com o pé na água mesmo continuei, além do mais melhor um treino ruim do que nenhum ;-). As primeiras 5 repetições foram horríveis, todo torto e cansando muito, fazendo força mesmo. Estando cansado qualquer forcinha já cansa ainda mais. Os tempos ficavam em 1:40 alto.
Aí tomei um 'pito' da professora, pois estava 'arrastando' as pernas, batendo-as em descompasso com as braçadas e ainda por cima não estava finalizando a braçada direito. Ok, fui lá corrigir e foquei em fazer certo, sem preocupação com o tempo. Eis que as outras 5x100 sairam mais fáceis na percepção e melhores, todas em 1:40 baixo, a última 1:38. Melhorar de 6 a 8 seg/100m é MUITA COISA, principalmente com a série no fim do treino. Donde concluo que preciso urgentemente dar um jeito de passar uma temporada na piscina com o Roberto na borda, corrigindo a infeliz, quer dizer, a técnica. Vamos ver se nas férias escolares rola.
Hoje concluí o óbvio, que o que manda mais é a técnica. Claro que a gente já sabe, já ouviu, levou bronca e leu. Mas dessa vez foi experimentar diretamente o resultado. Explico.
Não corri ontem, então corri hoje e fui nadar. Foram só 10 km, mas corri moderado e fui direto pra piscina. Não estava desnutrido, pois me alimentei antes de correr e tomei um GU depois. Entrei na água já querendo sair e com preguiça da série de 10x100. Aqueci e fiz 600 de braço já convencido de que estava mesmo cansado e não ia dar em nada, mas já que estava com o pé na água mesmo continuei, além do mais melhor um treino ruim do que nenhum ;-). As primeiras 5 repetições foram horríveis, todo torto e cansando muito, fazendo força mesmo. Estando cansado qualquer forcinha já cansa ainda mais. Os tempos ficavam em 1:40 alto.
Aí tomei um 'pito' da professora, pois estava 'arrastando' as pernas, batendo-as em descompasso com as braçadas e ainda por cima não estava finalizando a braçada direito. Ok, fui lá corrigir e foquei em fazer certo, sem preocupação com o tempo. Eis que as outras 5x100 sairam mais fáceis na percepção e melhores, todas em 1:40 baixo, a última 1:38. Melhorar de 6 a 8 seg/100m é MUITA COISA, principalmente com a série no fim do treino. Donde concluo que preciso urgentemente dar um jeito de passar uma temporada na piscina com o Roberto na borda, corrigindo a infeliz, quer dizer, a técnica. Vamos ver se nas férias escolares rola.
domingo, 23 de outubro de 2011
Olímpico e Praias que não fui...
Então, fiquei de fora do Olímpico de Jaraguá do Sul pois não consegui me inscrever a tempo. Ao que parece a prova foi muito boa, com sol (ao contrário da chuva de 2009). E o praias e trilhas foi também sensacional com tempo bom e muito calor no domingo. A Tatiana da AndarIlha faturou o segundo lugar geral e o Alexandre da Ironmind mandou ver e ganhou a categoria na estréia na prova. Parabéns !!!!
Ontem não treinei por excesso de compromissos festivos, o que me deixou um tanto quanto ansioso de botar as pernas pra funcionar hoje. Combinei de sair pra acompanhar um pedaço do Praias e furei, acordei tarde pra ir à largada e não montei logística pra começar no Santinho e terminar na chegada lá em Ponta das Canas. Pois aí fui pedalar na SC-401 e encontrei uma galera esparsa, poucos dos que não foram pra Jaraguá. Voltei com o Diovani depois do Lins e do Panda entrarem pra Jurerê e fui pra casa. Lá o tênis estava parado me olhando e aí fui correr, há tempos não saia uma transição, 67 bike + 6 corrida.
Um fato ocorrido no MountainDo semana passada me fez fazer um teste nessa corrida. Aconteceu do GPS do Adriano ficar sem bateria, e os que ainda iriam correr armaram uma logística complexa para 4 pessoas correrem com 2 GPSs. Todos dependentes, eu incluso. Só que eu quase fui sem, pra ver qual é. Mas fui com por receio de forçar demais e quebrar. E aí hoje eu saí com o GPS e botei na tela de horário, sem ver nada. Nenhuma variável, nem umazinha. E corri os 6 km a 4:38. Tudo bem, mas o interessante foi que não forcei nem me preocupei muito com o ritmo e os 5 primeiros km sairam TODOS entre 4:31 e 4:33, praticamente constante ! O último km foi mais leve ao voltar pra casa com morrinho. Eu acho que não sei dosar, acho que não sei controlar, mas o corpo sabe ;-).
Depois do treininho correria pra levar a Laís no Enem e aí então supermercado relâmpago. Seguido disso, saí pra escalar com o Adriano, que levou o meu pai junto pra acompanhar a subida lá no Morro da Cruz. Visual de sempre do ponto máximo do centro da ilha, calor no sol. Trilha exuberante. E aí a casa caiu. Fui escalar e 'tijolei' os braços. Insisti e não conseguia mais fechar as mãos.
Sabiamente fui guiar outra via, a mais fácil do complexo. E meti três peças móveis numa fenda perfeita, passei o lance e travei. O cagaço falou mais alto, fui até um grampo, costurei e acabei tomando um baita arrasto da corda ao subir devido às proteções mal colocadas. Desci e caí. Aí o Adriano teve que escalar de novo a Zé Colméia e foi pela Caverna do Dragão até a parada da Orquídea, e com corda de cima tudo fica mais fácil, mas mesmo assim fui de braços bombando até lá em cima. Totalmente travado, boca seca e suando em bicas. Coisa linda, ficar um ano longe da pedra, aí entrar num buraco até acabar com os ante-braços e depois ir guiar em móvel ;-). Valeu a foto, mas a surra foi grande. Obviamente fiquei aniquilado. Podre mesmo, todo torcido e retorcido. Não só da escalada, mas da combinação das coisas.
Ontem não treinei por excesso de compromissos festivos, o que me deixou um tanto quanto ansioso de botar as pernas pra funcionar hoje. Combinei de sair pra acompanhar um pedaço do Praias e furei, acordei tarde pra ir à largada e não montei logística pra começar no Santinho e terminar na chegada lá em Ponta das Canas. Pois aí fui pedalar na SC-401 e encontrei uma galera esparsa, poucos dos que não foram pra Jaraguá. Voltei com o Diovani depois do Lins e do Panda entrarem pra Jurerê e fui pra casa. Lá o tênis estava parado me olhando e aí fui correr, há tempos não saia uma transição, 67 bike + 6 corrida.
Um fato ocorrido no MountainDo semana passada me fez fazer um teste nessa corrida. Aconteceu do GPS do Adriano ficar sem bateria, e os que ainda iriam correr armaram uma logística complexa para 4 pessoas correrem com 2 GPSs. Todos dependentes, eu incluso. Só que eu quase fui sem, pra ver qual é. Mas fui com por receio de forçar demais e quebrar. E aí hoje eu saí com o GPS e botei na tela de horário, sem ver nada. Nenhuma variável, nem umazinha. E corri os 6 km a 4:38. Tudo bem, mas o interessante foi que não forcei nem me preocupei muito com o ritmo e os 5 primeiros km sairam TODOS entre 4:31 e 4:33, praticamente constante ! O último km foi mais leve ao voltar pra casa com morrinho. Eu acho que não sei dosar, acho que não sei controlar, mas o corpo sabe ;-).
Depois do treininho correria pra levar a Laís no Enem e aí então supermercado relâmpago. Seguido disso, saí pra escalar com o Adriano, que levou o meu pai junto pra acompanhar a subida lá no Morro da Cruz. Visual de sempre do ponto máximo do centro da ilha, calor no sol. Trilha exuberante. E aí a casa caiu. Fui escalar e 'tijolei' os braços. Insisti e não conseguia mais fechar as mãos.
Sabiamente fui guiar outra via, a mais fácil do complexo. E meti três peças móveis numa fenda perfeita, passei o lance e travei. O cagaço falou mais alto, fui até um grampo, costurei e acabei tomando um baita arrasto da corda ao subir devido às proteções mal colocadas. Desci e caí. Aí o Adriano teve que escalar de novo a Zé Colméia e foi pela Caverna do Dragão até a parada da Orquídea, e com corda de cima tudo fica mais fácil, mas mesmo assim fui de braços bombando até lá em cima. Totalmente travado, boca seca e suando em bicas. Coisa linda, ficar um ano longe da pedra, aí entrar num buraco até acabar com os ante-braços e depois ir guiar em móvel ;-). Valeu a foto, mas a surra foi grande. Obviamente fiquei aniquilado. Podre mesmo, todo torcido e retorcido. Não só da escalada, mas da combinação das coisas.
Foto do Adriano, que passou a segurança pro meu pai. Ainda bem que o freio era gri-gri ;-) |
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Correr, Emil Zatopek
Londres 48. Foto no estádio de Wembley |
Emil começou a correr meio que sem querer, na fábrica onde trabalhava durante a segunda-guerra na ocupação Alemã. Dali até o fim da guerra, passando por três olimpíadas e finalmente a invasão Soviética, o livro narra os principais passos deste atleta que sempre esteve muito à frente do seu tempo. Treinava na neve, a noite, na floresta e nas estradas. Usava muita subida no treinamento. Corria com um ritmo muito variado, deixando os adversários loucos. Normalmente saia forte, reduzia, aí aglomerava com o primeiro pelotão e volta a ficar pra trás e então arrancava com tudo.
Sobre o atleta, estádio de Wembley |
Criou um método próprio de treinamento, onde bem no início chegava a cair desmaiado para tentar descobrir o ritmo com o qual treinar. Corria intervalados enormes, 20 km em tiros de 200 metros, sempre na intensidade máxima. Bateu todos os recordes mundiais várias vezes nas distâncias acima de 5 km: 5mil, 10 mil, 15 mil, 20 km, onde foi o primeiro home a correr a distância abaixo de uma hora, recorde da hora, 25 km e 30 km.
Ganhou ouro nos 10 mil e prata nos 5 mil na olimpíada de Londres em 48, foi ouro nos 5 mil, 10 mil e na maratona na olimpíada de Helsinque em 52 (feito até agora não repetido). Tentou a maratona em Melbroune em 56 mas já estava em vias de se aposentar e recém operado de uma hérnia, terminou em sexto lugar. Ganhou a São Silvestre no Brasil com mais de um minuto de vantagem, foi herói nacional em praga quase a metade da vida. Militar de carreira (mas nunca em batalha), Emil foi tristemente destituído de todos os seus direitos após a invasão soviética na Primavera de Praga, acabou deportado para minas de urânio por seis anos e depois foi obrigado a trabalhar como lixeiro em praga, para finalmente ser enquadrado como arquivista. O livro termina aí e eu ainda vou procurar o que aconteceu, mas pelo menos achei uma entrevista de 88 no youtube, a coisa deve ter melhorado depois ;-).
Reparem a arrancada no começo desse vídeo, na prova seguinte ele dá uma volta ao vencer os 10 mil e a chegada da maratona entrando no estádio olímpico, Hensilque 52:
Uma história sensacional e comovente. Não achei outros livros sobre ele ainda, mas vou caçar. Se alguém conhecer manifeste-se ;-). Recomendado.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Mountain Do Lagoa 2011, agora em octeto !
Largada
Pois é, nós os fominhas decidimos dessa vez correr em octeto. Sempre fomos em quarteto, pois quanto pior melhor, mas sempre se pode piorar qualquer coisa, e correr pra morte um trecho só era uma curiosidade coletiva. Fechamos um octeto misto da AndarIlha para correr esta edição do Mountain Do Lagoa com o Adriano, Anastácio, Dariva, Tiago, William, Fabi, Taty e eu. O Adriano estreou em revezamentos e ao que soubemos gostou muito.
Uma boa galera da Ironmind também correu, em dupla, quartetos e octeto misto, com atletas avulsos espalhados por outras equipes, além do Alexandre, que foi pra treinar e acabou sequestrado para um quarteto às 7:30 da manhã ;-). Gente empolgada pra todo lado.
Largamos para os 73 km às oito horas, junto com as primeiras equipes. O Dariva foi no lugar do Varela, que não pode correr por compromissos profissionais. Largou mineirinho e chegou voando no final do trecho 1, comendo várias posições no percurso.
Aí o Anastácio se mandou para a Joaquina fechando o trecho das areias num pace de 5:12, de onde a Fabi decolou para a Mole, tendo feito um baita tempo. De lá fomos para a Barra da lagoa esperar a Taty, que veio pelas trilhas mais íngremes da prova. Fui lá na praia buscá-la e aproveitei pra aquecer um pouquinho. Resolvemos sempre 'ir buscar' o atleta no final do percurso pra acabar de vez com o sujeito e tirar um tempinho. O Tiago foi acelerar o William no trecho 5 até o Hotel engenho e então o Adriano partiu para o desconhecido e mandou ver muito bem. Seguiu sozinho e o Tiago foi de carro atrás para entregar o auto e largar para o trecho dele, o sétimo. Consta que o Adriano declamava elogios à elevação que foi ultrapassada para completar o percurso, batizando-a com algo como 'morro desgraçado'...
E aí eu fui deixado no ponto de ônibus fluvial (lagoa também é fluvial ?) que atravessa do Rio Vermelho até a Costa da Lagoa, início do último trecho do revezamento. O barco demorou a sair, aí chegamos lá do outro lado, lugar perfeito pra descansar e esperar ansioso o Tiago chegar. Fiz várias visitas ao banheiro, tinha bebido muito e o corpo é sábio, expulsa os excessos antes do esforço. Fiquei lá de papo com a turma e aí fui aquecer quando achei que o Tiago estava vindo. Muito cruel esperar sem notícias, sem saber quanto tempo falta. Fiquei atento às primeiras equipes a passar e marquei 20 min, então comecei a aquecer. O Tiago veio rápido.
Saí um pouco forte demais mas logo encaixei um ritmo suportável. Seriam 9 km de trilhas de sobe e desce dentro da mata exuberante e 3 km de asfalto até a chegada. Foi uma das melhores corridas em trilhas que eu já fiz. Sempre forte, mas controlada. Perfeita, tangenciando curvas, pulando nas pedras certas, sem escorregar ou tropeçar, correndo todas as subidas e me jogando nas descidas sem medo. Fiquei até surpreso, pois a última trilha tinha sido na Praia do Rosa. Ao sair no canto dos Araçás vi a Taty pegando a van da organização. A criatura correu o trecho dela e depois mais dois pra fechar o treino de 30 km para o Praias e Trilhas.
De volta à civilização resolvi que iria me matar pra valer. O pace estava em exatos 6:10/km e eu queria fechar em 5:50 (ano passado havia sido 6:24). Soquei a bota de verdade. Forcei nas subidas e desci de forma suicida, teve uma hora que a sola do tênis raspou no chão numa descida grande de lajotas, se caísse ali a coisa ia ser feia. Atravessei para o canto da lagoa e logo cheguei na subida do LIC, onde o Anastácio esperava para me puxar. E puxou o desgraçado, tocamos lenha a 3:40 e só desgrudei dele na descida final para a chegada. A galera toda se juntou e atravessamos o pórtico juntos. A Fabi ainda lembrou que eu tinha que passar o chip (bastão do revezamento, uma pulseira) na mesa que tinha o tapete de cronometragem. Acabei me jogando em cima da mesa com tudo, quase quebrei a dita-cuja e caí sentado, cena ridícula ;-). Fechei com pace de 5:32 e 1h6min, 11 minutos mais rápido que o ano passado (quando tinha corrido dois trechos antes).
Fechamos uma baita prova, cada um fez o seu melhor e se esfolou o quanto pode, valeu muito ! Parabéns pessoal, ano que vem tem mais !!!!! Obrigado pela parceria em mais esta prova. O resultado ficou 7h6min e 5º/39 lugar na categoria, muito show.
Foto do Gai, fotógrafo-mor da Ironmind |
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Depois das férias, dois dias e já Mountain Do Lagoa !!
Voltando das férias fui dar uma corridinha ontem. Era pra girar 10 km mas não resisti e tentei umas acelerações, um fartlek improvisado. Queria ver a quantas andava o batimento, o pace e a dor nas pernas. E não é que foi tudo bem, depois de 13 dias de absoluto destreino (mas nem de longe, morosidade ou descanso absoluto) ?! O ritmo foi legal e me deixou com esperanças de não dar um vexame muito grande no mountain do da lagoa amanhã. Dessa vez vamos em octeto misto e eu vou fechar a prova, então vai ser deitar o cabelo nas trilhas da costa da lagoa e depois voar no asfalto até o Lic. Vamos ver o que vai ser, a galera tá animada.
Os treinos da viagem se resumiram a 12 km pedalando a 10km/h, uma corrida de 3 km em volta de um parque (pra conhecer mais rápido) e até uma micro-pseudo escalada em blocos à beira-mar. Só pra não passar em branco ;-). Se descanso também é treino, e é, tô bem na foto :-)
De volta a vida normal ;-)...
Hoje girei 1h30 de bike só pra não esquecer como é, já que dia 22 tem olímpico em Jaraguá do Sul (e ainda estou aqui tentando me inscrever). A noite vou nadar uma meia hora só pra mexer os braços.
Os tipos que pedalam corriqueiramente |
Preciso comentar um pouco sobre a viagem. Esportivamente falando, por onde passamos o que mais me impressionou foi o trânsito em Londres. O povo treina o tempo todo bike e corrida, mas é no trânsito o mais interessante. É incrível a quantidade de bicicletas em circulação. E não tem ciclovia não, o povo pedala no meio dos carros e é RESPEITADO. Nos cruzamentos há uma faixa de uns 6 ou 8 metros de largura onde as bikes param, aí tem uma faixa para os carros, que espera atrás das bikes. Os caras são meio loucos, pois andam muito rápido em tudo quanto é lado (na direita - errado lá), colado nos ônibus, etc. Andam sempre na pista, como as motos (que não existem) deveriam fazer. O volume de bikes no horário de pico é impressionante, tem horas que parece largada de prova, aquela massa de ciclistas vai com tudo no meio do trânsito caótico. Tem todo tipo de gente, claramente atletas treinando com mochila nas costas, mulheres de saia e salto, caras de terno e sobretudo. Realmente é uma questão cultural. Fora de parques não vi ciclovia praticamente nenhuma. O ar não é lá essas coisas e vi muita gente pedalando nos trechos mais congestionados usando máscara, mas a quantidade de parques é tão grande que sempre dá pra passar por dentro de um deles e cortar caminho.
Detalhe legal é o sistema de aluguel de bikes. Comuns naquelas bandas, basta cadastrar um cartão de crédito numa máquina e seguir umas instruções pra soltar uma bike, que pode ser devolvida em qualquer outra estação na cidade. O sistema calcula o tempo de uso e debita do cartão. Foi assim que demos umas pedaladas por lá. Para os moradores, é usado como conexão entre metros ou para pequenos deslocamentos, e para turistas, é o jeito mais fácil de arrumar uma bike.
Litoral de Portugal |
De volta a vida normal ;-)...
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Últimos treinos e próximas provas
Visual no morro das pedras, ilha do campeche ao fundo |
Tentando engatar um ritmo de treino para o Olímpico do final de outubro... tá difícil, mas vai. Como não estou fazendo longos de corrida, decido não correr o praias e trilhas. Bateu um desespero, pois consta que será a última edição e a prova é sensacional. Mas sem treino não dá, eu sei que não consigo ir pra 'brincar' e o estrago seria grande.
Domingo dormi demais, acordei depois que o povo já estava no pedal e fiquei com o pequeno até umas 9:30. Saí sem saber pra onde e fui pro sul até os açores. Uma baita dia, vento sul menor que sábado e um mar sensacional. Cheio de gente surfando na armação. Tive mais um pneu furado na volta já perto de casa, acho que achei a causa: a fita anti-furo estava torcida, parece ter sido no local parecido do furo anterior. Espero que tenha arrumado.
Ontem fui pra uma corridinha legal e encontrei o Maurício e turma na pista de SJ. Sempre saem mais kms e num ritmo melhor, com papo rolando solto. Voltei muito empolgado e fui pra academia.
Hoje saí pra um treino intervalado de bike depois de ver o dia todo de sol e vento nulo. Claro que ele (O VENTO) voltou na hora que comecei a pedalar, mas os intervalos foram bons devido justamente ao vento, pois tem que ter alguma resistência que nos impeça de andar muito rápido na ciclovia cheia de gente perdida que não olha pra onde vai. Cada perigo... Quase atropelei um poodle, sob gritos desesperados da dona. E aí uns alongamentos pra fechar.
Parece que vai engrenar. Mas logo vai desengrenar de novo, para engrenar de verdade só no mountaindo onde vamos corrrer em octeto e vou pegar o último trecho pra deitar o cabelo. Depois é o Olímpico em Jaraguá do Sul, no parque da Malwee, um lago sensacional, ciclismo na cidade e corrida cheia de morros dentro das matas do parque. Uma prova imperdível.
domingo, 18 de setembro de 2011
Treinando por treinar...
Ontem dei uma corridinha de 12 km a noite e a vontade de pedalar que já vinha desde sexta se materializou ainda mais. Marquei com o Alexandre às 7:30 na ponte (qual lado, não marcamos). Acordei antes do despertador, céu avermelhado. Aí quando fui descer, tudo cinzento. Botei manguito e uma regata de corrida por baixo da camiseta de ciclismo (quase fervi depois). Cheguei no parque de coqueiros às 7:29 e atravessei a ponte, encontrando o companheiro de pedal no trapiche.
Giramos para o sul até o trevo da seta, ventinho levantando. Na volta o Alexandre percebeu um ovo no pneu, mas seguimos pois não parecia grave. Ao passar pela rodoviária ouvi um estouro, parecia aqueles que carro ou moto com carburador desregulado produzem. Segui e olhei pra trás e não vi ninguém, voltei e vinha o Alexandre empurrando a bike, o pneu tinha explodido. Segui até a UFSC e voltei ao trapiche, quando a esposa dele já estava lá com um pneu novo.
Depois disso seguimos para o norte, vimos uma galera da Ironmind treinando, passamos pelo trecho da SC 401 em duplicação até a vargem grande, com uma parada para uma coca-cola. Ao sair do mercadinho, voltei para onde tinha vindo e não para o lado certo, nem sabia para onde tinha que ir, não olhava a kilometragem há tempos. Voltamos com vento a favor até o trapiche e segui pra casa, fechando exatos 100 km.
Foi um treino bem diferente, sem objetivo muito claro, teve força em morro, tiro contra o vento, plano a 55 km/h com vento a favor, pneu explodindo. Tudo muito tranquilo, quase um passeio matinal que acabou sendo um belo pedal. Estava há um tempo - maio ;-) ?! - sem pedalar mais de 3 horas e já estava sentindo falta. Simplesmente pelo prazer de treinar. Para aproveitar o dia. Pra sentir um pouco de cansaço longo. Depois em casa fui recepcionado por uma obra de arte da Daiane, arbóreo com camarão e tomate seco ;-), o qual foi saboreado com mais vinho do que deveria.
Giramos para o sul até o trevo da seta, ventinho levantando. Na volta o Alexandre percebeu um ovo no pneu, mas seguimos pois não parecia grave. Ao passar pela rodoviária ouvi um estouro, parecia aqueles que carro ou moto com carburador desregulado produzem. Segui e olhei pra trás e não vi ninguém, voltei e vinha o Alexandre empurrando a bike, o pneu tinha explodido. Segui até a UFSC e voltei ao trapiche, quando a esposa dele já estava lá com um pneu novo.
Depois disso seguimos para o norte, vimos uma galera da Ironmind treinando, passamos pelo trecho da SC 401 em duplicação até a vargem grande, com uma parada para uma coca-cola. Ao sair do mercadinho, voltei para onde tinha vindo e não para o lado certo, nem sabia para onde tinha que ir, não olhava a kilometragem há tempos. Voltamos com vento a favor até o trapiche e segui pra casa, fechando exatos 100 km.
Foi um treino bem diferente, sem objetivo muito claro, teve força em morro, tiro contra o vento, plano a 55 km/h com vento a favor, pneu explodindo. Tudo muito tranquilo, quase um passeio matinal que acabou sendo um belo pedal. Estava há um tempo - maio ;-) ?! - sem pedalar mais de 3 horas e já estava sentindo falta. Simplesmente pelo prazer de treinar. Para aproveitar o dia. Pra sentir um pouco de cansaço longo. Depois em casa fui recepcionado por uma obra de arte da Daiane, arbóreo com camarão e tomate seco ;-), o qual foi saboreado com mais vinho do que deveria.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Track & Field Floripa 2011
Pois então, outra TF 10 km aconteceu hoje no Iguatemi em Floripa. Diferentemente do ano passado, dessa vez o sol brilhava num dia espetacular, coroando um fim de semana pra espantar a chuvarada horrível que atingiu SC esta semana. A temperatura estava muito boa para correr, praticamente sem vento durante a prova, depois caiu um vento sul doidão.
Fui sozinho, ninguém em casa teve coragem de acordar às 6:30 pra me acompanhar ;-). Fiquei enrolando pra levantar e me dei mal porque tomei café muito tarde (chachoalhou um pouco) e saí atrasado às 7 para buscar a Taty: chegamos no estacionamento já meio em cima da hora e não aqueci como queria - mas pelo menos aqueci, coisa rara.
Depois de pegar o chip e aquecer num trote de 500 metros voltei pra concentração já lotada e me meti do lado de umas grades e alinhei na primeira fila, lá na frente junto à turma da Ironmind. Pouco antes da largada tinha conversado rapidamente com o Roberto para ver que pace poderia usar, com base no intervalado da semana passada. Ele arriscou 3:50 (eu imaginava abaixo de 3:55). Saí preparado para tentar fazer o mais constante possível, mas dada a empolgação, tanque cheio e povo alucinado, acabei fechando o primeiro km muito rápido com 3:34. Depois consegui encaixar 2 km à 3:45 e então um cara me passou e ficou pouco a frente, servindo de ótimo marcador de ritmo. Ele corria sem relógio e fiquei impressionado com a constância, e realmente eu não conseguia passar.
Depois de 4 km bem cadenciados ao redor de 3:52 passou um camarada da tribo do esporte e eu fui junto. O pace era um pouco mais rápido e a minha idéia era aproveitar pra aumentar o desconforto - eu iria escrever 'para sair da zona de conforto', mas não existe conforto em correr forte. Só que foi de doer. Corremos emparelhados por 1 km e aí no úlitmo retorno começamos a pegar trânsito (não sei se dos 5 ou 10 km). Quando olhei o cara já tava lá na frente, e um outro me passou muito forte. Eu tinha resolvido programar o garmin para um intervalado, pois aí ele apita quando você sai da faixa do pace desejado, e na tela só fica pace médio do km, ou seja, só o que interessa ;-). Nos últimos 2 km o relógio começou a gritar e vi que o ritmo tinha ido pro espaço. Corri esses kms perseguindo os dois lá na frente e não deixando mais ninguém chegar, mas já bem combalido. A média deu exatamente o previsto, 3:51/km. Só que o tempo não. Acontece que a prova não tinha 10 km, deve ter dado uns 10,15 a 10,20 km. Botei o intervalado pra 10 km (deveria ter posto 11) e o treco parou antes do retorno que levava à chegada.
Quando entrei no funil o portal marcava 38:47. Saí feito doido sprintando com ninguém e passei com 38:58, missão cumprida de baixar de 39 min - nos 10 km deu 38:31 ;-). Foi uma baita prova, nível altíssimo (31 min para o campeão). A galera da Ironmind compareceu em peso e marcou a prova. Da AndarIlha, além da Taty e eu, o Hélio correu de treino e a surpresa ficou por conta do Queiróz que não tinha dito que iria, só o vi lá depois da chegada. Parabéns a todos !!!
Quando entrei no funil o portal marcava 38:47. Saí feito doido sprintando com ninguém e passei com 38:58, missão cumprida de baixar de 39 min - nos 10 km deu 38:31 ;-). Foi uma baita prova, nível altíssimo (31 min para o campeão). A galera da Ironmind compareceu em peso e marcou a prova. Da AndarIlha, além da Taty e eu, o Hélio correu de treino e a surpresa ficou por conta do Queiróz que não tinha dito que iria, só o vi lá depois da chegada. Parabéns a todos !!!
Depois de recuperar e comer alguma coisa, fui aglutinar com a turma e ficamos lá congelando e batendo papo, e então às 10 horas vim pra casa para início dos trabalhos gastronômicos, belo início de domingo !!!
Perseguindo o cara do pace constante, foto da Simone/Ironmind |
Dados técnicos:
Kit MUITO bom. O boné e a meia na loja já custam mais que a inscrição, fora a camiseta.
O percurso é ótimo, plano mas com retornos demais. Dessa vez fecharam 3 pistas e corríamos pela mão certa. Só não precisava errar a distância ;-).
Resultados já disponíveis aqui: Geral 16º, Categoria 3º.
Comi um gel antes da largada e tomei uns goles pequenos de água em todas as passagens nos postos (1 por perna, 2 em cada volta, 4 no total).
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Escalada do Cambirela
Tudo bem que não é escalada, mas tem lances de rocha. E com corda ! |
Depois de combinar algumas vezes, consegui juntar uma turma da Ironmind pra uma subida ao Cambirela, montanha símbolo aqui em Florianópolis, 940 metros acima do nível do mar (e começa lá mesmo). A tropa foi formada pelo Alexandre, Ricardo e os dois filhos, Renan e Raul, Marcos, Kilder, Luiz Otávio, Rodrigo e eu, além do Anastácio, guia doutorando que já subiu a montanha mais vezes esse ano que do que dá pra contar.
A idéia era subir pela trilha principal e descer pela da cachoeira seca. Subimos numa boa com a turma toda, os pequenos se mandaram depois de sair da floresta (antes do lance principal). Ficamos entrevistando uma vítima para a pesquisa do Anastácio e foram todos para o cume principal, não o norte. Fazia tempo que eu não ia até o cucuruto máximo, foi legal. Fizemos muitas fotos e logo descemos pela trilha da cachoeira seca, que estava um baita rio.
Um pouco de adrenalina no início, pois eu mal lembrava da trilha e o Anastácio não a conhecia. Mas a navegação coletiva foi perfeita e chegamos embaixo depois de 2h35min de pernada forte. Baita dia, amigos e montanha, combinação perfeita. Abaixo um vídeozinho da aventura:
Um pouco de adrenalina no início, pois eu mal lembrava da trilha e o Anastácio não a conhecia. Mas a navegação coletiva foi perfeita e chegamos embaixo depois de 2h35min de pernada forte. Baita dia, amigos e montanha, combinação perfeita. Abaixo um vídeozinho da aventura:
Detalhes técnicos:
Aqui estão os logs de subida e descida do garmin. As trilha estão na imagem ao lado, numa montagem feita no google earth (a subida é a da direita).
A via de subida segue pela aresta norte do Cambirela. Inicia na rua dezesseis (que pelo mapa fica ao lado da rua quinze) seguindo plana por cerca de 500 metros e depois começa a subir de forma quase constante. Após passar a primeira porteira uma placa indica o caminho, pois lá embaixo nas propriedades particulares é muito fácil errar o acesso.
Uma vez na trilha, sobe-se por uma canaleta de chuva com mato bem fechado por cerca de 30 minutos até uma fonte de água, para então retornar 10 metros e entrar na trilha principal. A subida é toda feita na mata até a cota 600 m, e até lá existe apenas uma bifurcação com o caminho correto à esquerda, já que à direita a subida é direta até a canaleta de rocha, mas segue por um terreno totalmente erodido e com pedras soltas.
Os primeiros lances de corda começam pouco depois da cota 500 e dão acesso à base da parede que pode ser vista desde o começo da caminhada. Contornamos um pouco a rocha e então subimos por uma canaleta de uns 8 metros de altura, que normalmente tem uma corda esticada desde o topo. Depois da corda o terreno é mais inclinado e a vegetação é rasteira, permitindo vista livre para o norte e leste. Segue-se por mais uns 20 minutos em valetas bem erodidas e então chegamos ao 'ombro', a saliência que se vê na aresta norte da montanha. Pouco acima é o local do acampamento principal e dali até o cume é uma caminhada rápida.
A descida pela trilha da cachoeira seca vem do cume pelo mesmo caminho até pouco antes do 'ombro' e então desce à esquerda numa rampa de barro e pedras bem inclinada. Essa trilha perde altitude mais rapidamente no início e é praticamnte toda dentro da mata, seguindo pelo leito de um rio normalmente seco (exceto desta vez). Existem vários trechos de pedras soltas e uma única bifurcação que segue à direita (à esquerda entra-se no leito do rio), numa borda de precipício bem estreita e forrada de mato. No final da borda, uma rocha um pouco delicada e então mais trilha até um lance de corda de uns 6 metros de altura, próximo a grandes blocos de pedra em meio à floresta. Depois deste ponto a trilha vai ficando cada vez mais aberta e segue por trechos de bambuzal até ficar praticamente plana, finalizando nas pastagens na base da montanha. Dali até a estrada são mais 1,5 km por dentro de propriedades particulares, cercas, criações de gado e charcos alagados.
domingo, 28 de agosto de 2011
Idéia fraca
O fim de semana de treinos começou na quinta-feira. Fui pra natação um tanto quanto estressado. Descontei na água. Aumentei o treino e saí de lá com os braços moídos mas satisfeito. Aí sexta aproveitei que o tempo estava bom e saí pro longo de 18 km. Fui pra beira-mar norte e lá no apoio da Ironmind encontrei o Leandro Pimentel. Seguimos por 6 km em ritmo forte, e depois segui ainda no embalo até em casa, fechando um ótimo treino de ritmo. Achei que ficaria quebrado pra sábado, alonguei e me alimentei direito e parece que ficou bom.
Sábado saí cedo pra deixar a pequena na escola e fui pro Taikô. Não tinha vento algum, e na saída peguei a roupa de borracha: "vai que o mar tá bom". Estava com a garganta 'arranhando' um pouco mas não achei que era nada de mais. O Fernando Varela estava por lá pronto pra nadar, me empolguei com o mar liso e fomos pra água: Idéia fraca nº 1. Estava GELADO. A cabeça e o rosto doíam. O Valera ainda estava sem touca. Nadei até parar de doer e pouco depois do Campanário retornei, fechando uns 1500 mts. Saímos pra pedalar quando o Alexandre chegou.
Friozinho estava. Aí socamos a bota com o Alexandre puxando e no retorno eu sobrei completamente no morro de cacupé, só os alcancei porque eles me esperaram antes do pedágio. Fechamos 43 km em boa média e fui pra casa. Estava meio sonolento. Capotei a tarde toda, das 14:30 às 17:30, coisa que não é comum. Batata, garganta 'espetando' a noite, taquei chá, alho e limão nela. Ficou melhor.
Hoje acordei as sete pro pedal de 80 km que marcamos ontem. Estava muito podre, fui tomar um café com leite e me senti fraco. Voltei pra cama e mandei um sms pra avisar a galera. O tempo estava meia-boca, o chão da rua molhado mas não chovia, só que o vento uivava. A razão ganhou.
Acordei lá pelas 9 melhor, fiquei brincando com o Arthur até as 12:30 e saímos pra almoçar. Na volta a Daiane me deixou em casa e saiu. Decidi que o tempo tinha ficado bom (tinha sol) e iria pedalar um pouco. Imaginei ir pra Varginha (via BR-101 sul). Só que tinha acabado de almoçar e achei melhor esperar um pouco, deitei no sofá e acordei 40min depois: Idéia fraca nº 2. Saí apressado, arrumei tudo em 10 min e desci pro pedal: Idéia fraca nº 3. Pneu dianteiro furado, troquei e fui. Antes da entrada para a BR-282 a chuva veio. Aí apertou e decidi voltar, o movimento estava grande na marginal pois tinha uma obra na pista. A chuva ficou mais forte e entrei na pedra branca, para onde tinha um buraco nas núvens, imaginando que lá poderia pedir resgate se o aguaceiro ficasse realmente forte. Mas lá a coisa estava melhor, de forma que fiquei girando no percurso do duathlon e prova de ciclismo. Estava calor e com um vento nordeste quente, não me preocupei com a garganta mas não forcei o ritmo e mantive os batimentos bem baixos, ~130 bpm. Acho que expurgou a virulência, pois agora parece tudo bem melhor. Talvez seja esse vinho aqui que estou tomando.
E pra ficar melhor ainda: quando cheguei em casa lavei a bike da imundice toda que ficou e subi. Obviamente o sol já tinha saído, consegui pedalar no único horário do dia que choveu aqui hoje. Incrível.
Sábado saí cedo pra deixar a pequena na escola e fui pro Taikô. Não tinha vento algum, e na saída peguei a roupa de borracha: "vai que o mar tá bom". Estava com a garganta 'arranhando' um pouco mas não achei que era nada de mais. O Fernando Varela estava por lá pronto pra nadar, me empolguei com o mar liso e fomos pra água: Idéia fraca nº 1. Estava GELADO. A cabeça e o rosto doíam. O Valera ainda estava sem touca. Nadei até parar de doer e pouco depois do Campanário retornei, fechando uns 1500 mts. Saímos pra pedalar quando o Alexandre chegou.
Friozinho estava. Aí socamos a bota com o Alexandre puxando e no retorno eu sobrei completamente no morro de cacupé, só os alcancei porque eles me esperaram antes do pedágio. Fechamos 43 km em boa média e fui pra casa. Estava meio sonolento. Capotei a tarde toda, das 14:30 às 17:30, coisa que não é comum. Batata, garganta 'espetando' a noite, taquei chá, alho e limão nela. Ficou melhor.
Hoje acordei as sete pro pedal de 80 km que marcamos ontem. Estava muito podre, fui tomar um café com leite e me senti fraco. Voltei pra cama e mandei um sms pra avisar a galera. O tempo estava meia-boca, o chão da rua molhado mas não chovia, só que o vento uivava. A razão ganhou.
Acordei lá pelas 9 melhor, fiquei brincando com o Arthur até as 12:30 e saímos pra almoçar. Na volta a Daiane me deixou em casa e saiu. Decidi que o tempo tinha ficado bom (tinha sol) e iria pedalar um pouco. Imaginei ir pra Varginha (via BR-101 sul). Só que tinha acabado de almoçar e achei melhor esperar um pouco, deitei no sofá e acordei 40min depois: Idéia fraca nº 2. Saí apressado, arrumei tudo em 10 min e desci pro pedal: Idéia fraca nº 3. Pneu dianteiro furado, troquei e fui. Antes da entrada para a BR-282 a chuva veio. Aí apertou e decidi voltar, o movimento estava grande na marginal pois tinha uma obra na pista. A chuva ficou mais forte e entrei na pedra branca, para onde tinha um buraco nas núvens, imaginando que lá poderia pedir resgate se o aguaceiro ficasse realmente forte. Mas lá a coisa estava melhor, de forma que fiquei girando no percurso do duathlon e prova de ciclismo. Estava calor e com um vento nordeste quente, não me preocupei com a garganta mas não forcei o ritmo e mantive os batimentos bem baixos, ~130 bpm. Acho que expurgou a virulência, pois agora parece tudo bem melhor. Talvez seja esse vinho aqui que estou tomando.
E pra ficar melhor ainda: quando cheguei em casa lavei a bike da imundice toda que ficou e subi. Obviamente o sol já tinha saído, consegui pedalar no único horário do dia que choveu aqui hoje. Incrível.
Visual do fim de tarde, depois de pegar chuva |
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