Atrasado mas vai. Seguem os resultados do Multisport da semana passada aqui. Como não poderia deixar de ser, a AndarIlha se superou e mostrou o efeito de treinos ora extenuantes, ora inexistentes, dependendo da modalidade e do atleta ;-).
A Cínthia mostrou preparo para fazer meio-multisport solo, pois engatou quatro trechos consecutivos com transições rápidas para fecharmos em 9h57min; ano que vem o individual a espera ! O trio novamente mostrou especialidade nos esportes, com tempos excelentes da Fabi na corrida e do Tiago no caiaque. O Hélio treinando cada vez menos bike (desde o encontro com o TUBO, não tinha pedalado) tá cada vez melhor e baixou o tempo do ano passado. O Anastácio correu muito bem o segundo trecho e o Dariva emendou com um caiaque muito bom pra quem rema frequentemente ;-), além de marcar o 12º melhor pedal de toda a prova. E o Aracajú e o Varela desafiaram-se indo solo e completando magnificamente a prova. Parabéns pra todos nós !!!!
Relatos, notícias, histórias e ideias sobre esportes de endurance: triathlon, trailrun, corridas de aventura, ultramaratonas, multisport, mountainbiking, travessias e montanhismo.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Em abril tem uma planilha
Que é grande. E gorda, bem recheada. Coisas nunca antes vistas estão planilhadas. Fiquei um bom tempo agora tentando explicar aqui em casa, e tentando entender como é que vai dar tempo de fazer tudo aquilo e ainda continuar com as outras esferas da existência razoavelmente bem encaminhadas. Não vai ser fácil. Assim é que é bom.
sábado, 27 de março de 2010
Treino de bike sensacional
Hoje ao contrário da previsão deu tempo firme e com sol a manhã toda. Fui pra jurerê fazer o longo de pedal e cheguei bem na hora, arrumei tudo rápido e me mandei atrás do pessoal, as 7:15. Segui devagar aquecendo e logo o Roberto soltou um 'vai lá, põe força aí e acompanha o pessoal lá na frente'. Obedeci e depois também fui ensinado a usar as marchas da bike. Uma coisa ou outra ajudou, ou foi a semana mais leve (não corri segunda e não pedalei quinta), mas saiu um treino excelente, o melhor já registrado.
Fiz 134 Km em duas voltas e meia nos trechos da SC, todos com trânsito leve. Um susto foi um carro uruguaio estúpido que parecia alcolizado, e travou os pneus atrás da gente na descida pra unisul business. Depois o pessoal foi saindo, pois fariam o olímpico de jurerê amanhã, e eu como não iria continuei sozinho no longão.
Um pneu furado a 3 km do taikô serviu pra me dar um susto. Não pelo pneu, dianteiro trocado rapidamente. A sapatilha direita não saia do pedal. Dois parafusos do taco soltaram e só ficou um, que girava e não deixava desencaixar o pé. Perigo enorme, se precisase do pé direito iria me estabacar. Tive que descalçar a dita pra sair da bike e depois usar as duas mãos e um bocado de jeito pra soltar do pedal. Manutenção básica evitaria isso, aprendam com o desligado aqui.
Belo pedal, 134 Km @ 31,4 km/h - 143 fcméd. Coisa interessante: enquanto estava calmamente trocando o pneu sentado no meio-fio, um senhor de uma bwm já bem idoso parou e saiu do carro pra ver se eu queria ajuda. Raridade, mas é muito bom ver isso de vem em quando !
Fiz 134 Km em duas voltas e meia nos trechos da SC, todos com trânsito leve. Um susto foi um carro uruguaio estúpido que parecia alcolizado, e travou os pneus atrás da gente na descida pra unisul business. Depois o pessoal foi saindo, pois fariam o olímpico de jurerê amanhã, e eu como não iria continuei sozinho no longão.
Um pneu furado a 3 km do taikô serviu pra me dar um susto. Não pelo pneu, dianteiro trocado rapidamente. A sapatilha direita não saia do pedal. Dois parafusos do taco soltaram e só ficou um, que girava e não deixava desencaixar o pé. Perigo enorme, se precisase do pé direito iria me estabacar. Tive que descalçar a dita pra sair da bike e depois usar as duas mãos e um bocado de jeito pra soltar do pedal. Manutenção básica evitaria isso, aprendam com o desligado aqui.
Belo pedal, 134 Km @ 31,4 km/h - 143 fcméd. Coisa interessante: enquanto estava calmamente trocando o pneu sentado no meio-fio, um senhor de uma bwm já bem idoso parou e saiu do carro pra ver se eu queria ajuda. Raridade, mas é muito bom ver isso de vem em quando !
terça-feira, 23 de março de 2010
Corrida na costa da lagoa
O Tiago armou e pulou fora, mas saí ontem cedo para um treino longo na costa da lagoa com o Hélio. saímos do terminal de ônibus e fomos pra trilha. Sombra e a lagoa da conceição estava que era uma piscina sob céu azul. Muito, muito bom correr naquela trilha-estrada-vilarejo fantástica.
Fui até o ponto de barco 21, o Hélio ficou pegando água e logo voltei, seguimos já bem cansados e chegamos no carro com 19,4 Km. Substituí um treino de 24 no asfalto por 19 em trilha em 2h20min, bela troca. Acho importante e recomendo uns treinos de trilhas (corrível, como esta) de vez em quando. Excelente. Voltamos totalmente zerados de água e atacamos um bar de sucos que foi uma salvação. Na beira-mar não achei o caldo de cana de novo. Onde é que foi parar ?!
Hélio muito cansado ao final do treino ;-)
Foto do panorâmio: by Germano Schüür ID: 1112699
Multisport 2010
Pela primeira vez desde que me lembro, perdi a hora pra uma corrida. Acordei 3 min antes do Dariva mandar um sms na hora combinada, saí voando pra dentro das roupas, comi o que já estava pronto na geladeira e catei tudo que havia empacotado na noite anterior (ainda bem).
Seguimos pra armação e 75 minutos depois de acordar estava alinhado pra largar. Fomos em duas duplas, um trio e um solo pro Multisport Brasil 2010. Saí forte pra caramba, o batimento pulou pra 170 quase instantaneamente e segui rápido pela areia incorrível da armação.
Trilhas técnicas e então praia da lagoinha, aí morrão e pântano do sul pra transição rápida. Faltou água na corrida e o déficit foi pra bike, porque antes dos morrões do sertão acabarem já tinha acabado com quase toda a água e o gatorade. Desci alucinado até a vila e depois consegui subir pedalando (finalmente) até o topo, onde tinha isotônico I9. Esperto, zerei o gatorade bem na hora de uma foto, o cara ainda reclamou, 'pô, bem o concorrente pra foto' ;-). Desci pro ribeirão cuidando pra não me estabacar e logo cheguei no asfalto. Tive que controlar a água (não tanto quanto o Dariva, que perdeu a garrafa na descida e foi seco).
Ficava pensando onde estaria a turma, depois soube que o Aracajú e a Fabi chegaram quase juntos na transição e o Anastácio logo depois. Achei que alguém me passaria, mas só uns alucinados que iam a 40/h na MTB passaram e então cheguei no campeche, para pegar uma baita fila de carros atrás de um ônibus. Cheguei na transição e a Cínthia se mandou, fiquei recuperando o ar, foi dureza. Aí parti para o longo apoio, pois ela correria quatro trechos seguidos.
Fui rápido pro carro comer e segui pra lagoa, logo a turma toda chegou. Fiquei batendo papo com o Hélio e o Tiago até que a Cínthia apareceu vinda das dunas e rapidamente se mandou no caiaque. Poucos minutos depois veio a Fabi e o Tiago fez a entrada no caiaque mais rápida que eu já vi (veja o vídeo no tempo 2 min). Fui embora pro rio vermelho e lá reunimos de novo pra esperar todo mundo. Na chuvinha ficamos confabulando e conversando até que o Tiago apareceu e o Hélio se mandou pra fugir do Dariva, que babava pra pegar na bike de novo. A Cínthia veio muito bem logo depois e tocou pra bike. Teve gente que me perguntou: 'não é dupla ?! porque a menina faz tudo sozinha' ;-). Estratégia e logística nossa, hehehe.
Alojei o caiaque no rack do carro e deixei o Dariva esperando o Anastácio remar. Cheguei na transição do hotel engenho a tempo de ver o Hélio saindo feliz depois de ter mandado 50 min no percurso de bike E não ter sido ultrapassado pelo Dariva (pra sorte do capitão). Esperava deitado no chão quando o Anastácio chegou, de tênis pronto pra correr. 'Ué, o Dariva não iria correr este trecho ?' 'Não, eu vou correr e ele vai remar, não quero nem saber mais de caiaque', foi a resposta concisa.
A Cínhtia chegou da bike e logo se mandou pro último e famigerado trecho de corrida. Coisa brava aquela subida até ratones. Me mandei rápido pra dar tempo de chegar do outro lado do morro dando a volta pela rodovia e quando cheguei botei o carro lá longe. Fui procurar alguém pra ajudar o caiaque e vi que a Fabi já tinha chegado, o Tiago já estava na água para o último remo. Voltei com o Hélio, carregamos o caiaque e fiquei comendo e bebendo esperando. Rapidinho veio a Cínthia e me mandei pra água. Saí remando forte e logo cansei. Aí fui moderando e tratando de achar uma posição pras pernas, caiaque horrível. Ou eu que sou muito inflexível, mas não conseguia ficar direito até que larguei as pernas pros lados, quase batia o remo nos joelhos mas ao menos não doía tanto a coxa.
Segui monitorando a velocidade no GPS, 5,7-6km/h, bom. Aí fui chegando nas pontes, a primeira já mostrava correnteza contra, a segunda estava forte. Passei trabalho pra atravessar os pilares da última ponte da SC sobre o rio ratones, o Anastácio e a Fabi estavam lá. Achei estranho.
Dali em diante foi tentativa e erro pra ver o que rendia mais, remada forte e longa ou curta e rápida, fiquei nesta última opção a maior parte do tempo, agora a 4,7-5 km/h contra a maré que enchia. Tomei um gel agarrado numa árvore da margem e segui pra foz, faltando 2,5 infinitos Km até a bandeirinha da última AT. Cheguei lá estragado, travado e podre, sem água. O Tiago e o Anastácio praticamente me tiraram da água, me deram o número da bike e me botaram pra correr. Não vi a Cínthia. Achei estranho.
Corri com uma dor insuportável nos dois calcanhares por 1 km, muito esquisito, por uma estrada de lajota até entrar numa trilhinha na ponta da praia da daniela, e então uma trilha mais aberta levou até a praia do forte, onde subimos pelo monumento e despencamos até o canto do clube 12 em jurerê pra fechar a corrida na praia. Cheguei e fui recepcionado pelo Hélio e a Fabi, fechamos 9h57min, e cadê a minha dupla ?!
Fiquei lá recuperando do sprint da chegada e eles falavam umas coisas estranhas que eu não entendia, achei que não tinha entendido a piada. Depois fui saber do rolo que deu em ratones. A Cínthia conseguiu algo impossível, trancou a chave dentro do carro. Aí por sorte o Hélio ainda estava lá, separaram as equipes, a Duda ficou com a Cínthia, que não tinha nem roupa seca, A Fabi foi com o Anastácio e o Hélio veio aqui em casa buscar a chave reserva com a Daiane. Tudo isso enquanto eu remava e corria, pois quando cheguei todos já estava lá. Trabalho em equipe é isto, aí fui entender porque da correria na última transição ;-) ! Arrumamos as tralhas e a Cínthia ficou pra esperar o Aracajú e o Varela terminarem o desafio solo em 12 horas. Foi um dia espetacular. Como sempre é com esta equipe.
Pedal de domingo
O treino de domingo foi muito interessante. Insisti em rodar os 120 km previstos primeiro para não perder a oportunidade, estava um dia espetacular. Depois, porquê não corri solo o multisport justamente pra isto.
Saí às 9 hs depois de levar o Arthur pra pedalar um pouco e fui pra santo amaro, a rota do pedal solitário. Passei pela beiramar cheia de gente correndo, e as pernas começaram a destravar. Cheguei no sul do rio em 40 min depois de 17 km e aí a coisa ficou boa. Bois pastando, cavalinho mamando na égua, goiabeiras lotadas.
Pedalei pelo centro de santo amaro e então fiz 10 km na melhor parte da BR282, não lembro de ter visto caminhão, só poucos carros. Subi pra varginha e fui até o final do asfalto acho que sem cruzar nenhum carro, aí o calor estava forte e imergi no rio que se mostrava cristalino. Foi a única parada, mas revigorante. Voltei naquela estrada deserta, de frente pra serra do tabuleiro, pensando num monte de coisas. Comecei a me sentir estranhamente eufórico. Fiquei feliz de estar ali pedalando tranquilo e forte na medida do carboidrato ingerido, depois de uma prova no sábado, rumo ao iron 2010. Dei uns berros pra acordar os bois. Só quem se mete numa dessas sabe o que significa o auto-compromisso que isso exige, mas a recompensa está lá. Bem lá, você sabe onde. Foi um treino de 3h45 e 107 km muito tranquilo, revigorante (!) e acima de tudo, feliz.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Vídeo do Multisport Brasil 2010
Neste último sábado rolou a quarta edição do Multisport Brasil, sensacional prova de aventura realizada em Florianópolis. A Equipe AndarIlha participou em peso e dessa vez a cobertura multimídia veio antes do relato, graças à eficiência jornalística do nosso capitão Hélio, o Sereno. Abaixo está o vídeo em primeira mão !
domingo, 21 de março de 2010
Resultados do meio-ironman de Pinhal
Publicaram os resultados do meio-iron da semana passada. Comprovei o tempo extra-oficial e fechei mesmo em 5h30. Era o resultado esperado, mas é bom no sentido de que teria uns minutos a menos se o pneu não tivesse furado, como não marquei estimo uns 8 min, nunca consegui cronometrar uma troca em menos de 10.
Largaram 55 atletas e 52 concluíram. Uma boa quantidade não compareceu. Fechei o geral em 27/55 e a categoria em 7/15, bem no meio do bolo. A natação foi na média, 27o, no ciclismo fui quase o último em 48o lugar (pneu desgraçado) e na corrida a boa surpresa, décimo melhor tempo, contando com o tempo da elite, onde o Lucas Pretto e o Frank Silvestrini fecharam respectivamente com incríveis 3:55/km e 3:41/km. Bom resultado geral, animador e ensinador também - tenho que por aquele líquido selante dentro da câmera e aprender a usar o CO2 pra inflar pneu. O resultado completo está aqui.
Largaram 55 atletas e 52 concluíram. Uma boa quantidade não compareceu. Fechei o geral em 27/55 e a categoria em 7/15, bem no meio do bolo. A natação foi na média, 27o, no ciclismo fui quase o último em 48o lugar (pneu desgraçado) e na corrida a boa surpresa, décimo melhor tempo, contando com o tempo da elite, onde o Lucas Pretto e o Frank Silvestrini fecharam respectivamente com incríveis 3:55/km e 3:41/km. Bom resultado geral, animador e ensinador também - tenho que por aquele líquido selante dentro da câmera e aprender a usar o CO2 pra inflar pneu. O resultado completo está aqui.
segunda-feira, 15 de março de 2010
Triatlhon longo de Pinhal / RS
Este triatlhon é meio que uma lenda aqui em Floripa. Todos falam muito do calor e do alto nível da prova. Ano passado não corri e este me organizei desde cedo para fazer este meio-iron como uma etapa da preparação para o inteiro de maio. Na semana da prova e ainda não sabia como iria, até que fechei com o Hugo a ida de carro.
Saímos na boa de Floripa às 8:30 de sábado e depois de duas paradas e duas erradas de caminho chegamos no balneário de Pinhal, no litoral plano do RS. Logo achei o Nilson passeando e fomos tentar almoçar e então pegar os kits. Hotel registrado, arruma tralhas e aí fui dar uma espiada no mar, do litoral gaúcho só conhecia torres e o chuí ;-). Conheci a galera da blogosfera pessoalmente, Deco, Bravo, Kiko e o Michel. Combinamos de ir jantar em Cidreira, município 8 km ao norte, na falta de lugares jantáveis em Pinhal. Saímos no carro do Nilson e depois percebi que nos demos mal, pois acabamos numa padaria fazendo um lanche gigante. Eles acharam uma pizzaria aberta. Dormir cedo seria fácil pelo cansaço, mas os pernilongos complicaram. Acabou que consegui dormir direto e depois das 23 hs servi de banquete para os infelizes mosquitinhos, só vi as marcas no dia seguinte.
Acordei e desci pro café da manhã, voltei, arrumei tudo e então desci os três lances de escada com a bike. Saímos do hotel pedalando com a sacola das duas transições e em 3 km chegamos na largada, às margens da lagoa. A ida já mostrou o que seria o vento. Fiz o checkin da bike, pintaram os números em mim e então fomos preparar a largada, com algum atraso. A água estava com boa temperatura, o que resultou em neoprene proibido, o que seria ruim pois a lagoa era doce e estava bem agitada com a ventania.
Largamos sem muita pancadaria e comecei a ter dificuldade em orientar, pois não havia relevo, o plano era absoluto. Olhar as bóias nas ondas era perfeito pra engolir água, e eu tomei alguns goles. A segunda bóia era alinhada com o vento, o que piorava, e aí voltava e repetia a volta. Na primeira volta vi 20 min, achei alto e tentei melhorar. Pelo menos não piorou, pois fechei os 1900 mts em 40 min. Corri até a transição, coloquei meia, gps, monitor, camisa de ciclismo, comidas nos bolsos e fui encarar o vento. O percurso é praticamente noroeste, e o vento vinha bem de lá.
Cada volta do ciclismo foi de 20 km (exceto a primeira que inicia na metade), com um vento tão forte que contra era difícil passar de 25 km/h. Já na volta era uma beleza, 45, 48 km/h. Só que a alegria durou pouco, no km 40 furou o pneu traseiro, troquei rápido e me mandei. Antes também tinha parado para expelir líquidos não processados. Aprendi que bebo água demais. Antes da largada, além da vontade de ir ao banheiro, tenho boca seca, aí bebo muito mesmo. Tentei controlar a ingestão de água e consegui não ter que parar mais pra urinar e não desidratar também.
Aparentemente o vento aumentava, ou era o cansaço, mas o fato é que na última volta eu tinha que levantar pra sprintar pra não baixar de 20km/h. Forcei o que pude, as pernas doeram pacas e fiquei preocupado em ferrar a corrida. Mas era importante ver como correria depois de uma paulada na bike, e a paulada foi grande. A média dos 90 Km de bike fechou 30,4km/h.
Ao aproximar da T2 aliviei as marchas, girei bem e fiz uma transição muito rápida, saíndo pra correr forte. O percurso da corrida era de 5 voltas com dois postos, um de alimentação e outro de água e coca-cola. Tinha também esponja pra refrescar com água gelada. A prova foi muito bem organizada. Pensei em manter 4:40 mas era fácil 4:30, então fui indo nesse intervalo e foi bem até uns 6 km, depois subiu um pouco. O calor estava apertando, pois comecei a correr bem no meio-dia. Lá pelo km 15 muita gente caminhava e o calor estava realmente forte, mas os trechos com vento contra davam uma ajuda no radiador e na média estava suportável. Forcei bem na corrida e não tive problemas, não andei nem nos postos, mas a última volta já foi a 5:10 em vários trechos. Num certo ponto fui tentar tomar coca-cola correndo e acabei aspirando pelo nariz, espirrando nos olhos, entrou coca-cola em tudo que é lugar, menos no buraco que deveria ter entrado. Tive que lavar a cara com a esponja.
Terminei a prova e os 21 km em 1h40min bem dolorido, as pernas estavam pesadas, ombros ardendo. Foi bem forçado mas suportável. Foi uma prova bem difícil mentalmente. Aquela natação que não rendia, o pedal com a cara no vento (a figura com o perfil de velocidade mostra bem isto) com um pneu furado, a corrida pra tentar uma recuperação depois de um pedal que pra mim foi no limite. Iromind é realmente um belo nome para uma equipe de triatlhon ;-).
Ataquei a comida e fiquei conversando com os amigos, o Kilder da Iromind, o Pablo Bravo, o Kiko e o Michel completando o primeiro meio-iron. O Nilson e o Neilson chegando juntos. O Deco logo depois já estava pedalando a MTB ;-).
Vi a premiação e fui pro hotel tomar banho e então apaguei por uns 15 min com as pernas pra cima apoiadas na parede. Se foi aquilo não sei, mas fiquei bem inteiro depois. Voltamos pra Floripa as 17 hs e paramos pra comer em tramandaí, onde achamos uma pizzaria servindo pizza as 17:30. Duas foram devidamente devoradas e seguimos pra casa, onde cheguei são, feliz e salvo depois de 6 horas de viagem, 800 km rodados, 113 km corridos e uma ótima experiência vivida.
Não sei o tempo total pois o GPS parou na hora da troca do pneu e do pitstop (esqueci de novo no auto-pause). Vamos ver os resultados depois no site. Consumi 10 saches de gel de carbo, muita água, coca-cola, um club-social e três bananas. Só esqueci o tubinho com bcaa e sal na sacola, mas tinha sal num dos postos - ou arrumaram, pois eu passei berrando "saaaal, alguém tem sal ?"e quando voltei já tinha.
Saímos na boa de Floripa às 8:30 de sábado e depois de duas paradas e duas erradas de caminho chegamos no balneário de Pinhal, no litoral plano do RS. Logo achei o Nilson passeando e fomos tentar almoçar e então pegar os kits. Hotel registrado, arruma tralhas e aí fui dar uma espiada no mar, do litoral gaúcho só conhecia torres e o chuí ;-). Conheci a galera da blogosfera pessoalmente, Deco, Bravo, Kiko e o Michel. Combinamos de ir jantar em Cidreira, município 8 km ao norte, na falta de lugares jantáveis em Pinhal. Saímos no carro do Nilson e depois percebi que nos demos mal, pois acabamos numa padaria fazendo um lanche gigante. Eles acharam uma pizzaria aberta. Dormir cedo seria fácil pelo cansaço, mas os pernilongos complicaram. Acabou que consegui dormir direto e depois das 23 hs servi de banquete para os infelizes mosquitinhos, só vi as marcas no dia seguinte.
Acordei e desci pro café da manhã, voltei, arrumei tudo e então desci os três lances de escada com a bike. Saímos do hotel pedalando com a sacola das duas transições e em 3 km chegamos na largada, às margens da lagoa. A ida já mostrou o que seria o vento. Fiz o checkin da bike, pintaram os números em mim e então fomos preparar a largada, com algum atraso. A água estava com boa temperatura, o que resultou em neoprene proibido, o que seria ruim pois a lagoa era doce e estava bem agitada com a ventania.
Largamos sem muita pancadaria e comecei a ter dificuldade em orientar, pois não havia relevo, o plano era absoluto. Olhar as bóias nas ondas era perfeito pra engolir água, e eu tomei alguns goles. A segunda bóia era alinhada com o vento, o que piorava, e aí voltava e repetia a volta. Na primeira volta vi 20 min, achei alto e tentei melhorar. Pelo menos não piorou, pois fechei os 1900 mts em 40 min. Corri até a transição, coloquei meia, gps, monitor, camisa de ciclismo, comidas nos bolsos e fui encarar o vento. O percurso é praticamente noroeste, e o vento vinha bem de lá.
Cada volta do ciclismo foi de 20 km (exceto a primeira que inicia na metade), com um vento tão forte que contra era difícil passar de 25 km/h. Já na volta era uma beleza, 45, 48 km/h. Só que a alegria durou pouco, no km 40 furou o pneu traseiro, troquei rápido e me mandei. Antes também tinha parado para expelir líquidos não processados. Aprendi que bebo água demais. Antes da largada, além da vontade de ir ao banheiro, tenho boca seca, aí bebo muito mesmo. Tentei controlar a ingestão de água e consegui não ter que parar mais pra urinar e não desidratar também.
Aparentemente o vento aumentava, ou era o cansaço, mas o fato é que na última volta eu tinha que levantar pra sprintar pra não baixar de 20km/h. Forcei o que pude, as pernas doeram pacas e fiquei preocupado em ferrar a corrida. Mas era importante ver como correria depois de uma paulada na bike, e a paulada foi grande. A média dos 90 Km de bike fechou 30,4km/h.
Ao aproximar da T2 aliviei as marchas, girei bem e fiz uma transição muito rápida, saíndo pra correr forte. O percurso da corrida era de 5 voltas com dois postos, um de alimentação e outro de água e coca-cola. Tinha também esponja pra refrescar com água gelada. A prova foi muito bem organizada. Pensei em manter 4:40 mas era fácil 4:30, então fui indo nesse intervalo e foi bem até uns 6 km, depois subiu um pouco. O calor estava apertando, pois comecei a correr bem no meio-dia. Lá pelo km 15 muita gente caminhava e o calor estava realmente forte, mas os trechos com vento contra davam uma ajuda no radiador e na média estava suportável. Forcei bem na corrida e não tive problemas, não andei nem nos postos, mas a última volta já foi a 5:10 em vários trechos. Num certo ponto fui tentar tomar coca-cola correndo e acabei aspirando pelo nariz, espirrando nos olhos, entrou coca-cola em tudo que é lugar, menos no buraco que deveria ter entrado. Tive que lavar a cara com a esponja.
Terminei a prova e os 21 km em 1h40min bem dolorido, as pernas estavam pesadas, ombros ardendo. Foi bem forçado mas suportável. Foi uma prova bem difícil mentalmente. Aquela natação que não rendia, o pedal com a cara no vento (a figura com o perfil de velocidade mostra bem isto) com um pneu furado, a corrida pra tentar uma recuperação depois de um pedal que pra mim foi no limite. Iromind é realmente um belo nome para uma equipe de triatlhon ;-).
Ataquei a comida e fiquei conversando com os amigos, o Kilder da Iromind, o Pablo Bravo, o Kiko e o Michel completando o primeiro meio-iron. O Nilson e o Neilson chegando juntos. O Deco logo depois já estava pedalando a MTB ;-).
Vi a premiação e fui pro hotel tomar banho e então apaguei por uns 15 min com as pernas pra cima apoiadas na parede. Se foi aquilo não sei, mas fiquei bem inteiro depois. Voltamos pra Floripa as 17 hs e paramos pra comer em tramandaí, onde achamos uma pizzaria servindo pizza as 17:30. Duas foram devidamente devoradas e seguimos pra casa, onde cheguei são, feliz e salvo depois de 6 horas de viagem, 800 km rodados, 113 km corridos e uma ótima experiência vivida.
Não sei o tempo total pois o GPS parou na hora da troca do pneu e do pitstop (esqueci de novo no auto-pause). Vamos ver os resultados depois no site. Consumi 10 saches de gel de carbo, muita água, coca-cola, um club-social e três bananas. Só esqueci o tubinho com bcaa e sal na sacola, mas tinha sal num dos postos - ou arrumaram, pois eu passei berrando "saaaal, alguém tem sal ?"e quando voltei já tinha.
segunda-feira, 8 de março de 2010
Chuva, tendão de aquiles e teste de esforço
Hoje fui fazer o teste de esforço na cardiosport. O ergoespirométrico, o ergométrico com os tubos para medir os gases da respiração e os eletrodos cardíacos. Cheguei lá e fiz o ecocardiograma, beleza, aí fui me trocar no vestiário. Quando saía, chegou um cara com muleta vindo da hidroterapia. Ele tinha rompido totalmente o tendão de aquiles. Fiquei apavorado com o que vi, uma cicatriz do calcanhar até metade da panturrilha. Jogou basquete, fez musculação e quando foi levantar do sofá, arrebentou.
O mais estranho é que ele disse que nunca teve sintomas, e normalmente é assim. Será ? Sei lá, só sei que fiquei impressionado com o estrago (estava há quatro semanas pós operado, e ainda não tocava o pé no chão). Estou com umas dorezinhas chatas no direito, mas quase embaixo do calcanhar. Gelo tem melhorado, vamos ver. Só espero que essa praga não volte.
Aí então voltamos ao teste. Como isso é desagradável. A máscara não deixava que eu abrisse a boca quase nada, aquele monte de fio que fica balançando e o medidor de pressão apertando o braço deixam tudo muito pouco natural. O protocolo começou andando e logo a rampa foi subindo, em menos de 2 min estava correndo moderado e aos 6 já estava com as pernas queimando. Durei até os 8 min com estímulos de mais 20 seg desde o 7 vindos do médico. Fechei antes de botar fogo na traquéia e quadríceps. O resultado melhorou o VO2Max em uns 4 pontos do melhor teste, há 3 anos. A máxima ficou 4 bpm abaixo da registrada na meia de blumenau e o limiar anaeróbio ficou bem no meio da Z4, o local dos treinos, resultado coerente. Legal. Mas não é coisa pra fazer toda hora. Ainda mais depois de um longo de bike no dia anterior.
Depois disso fui pra beira-mar bater papo com o Roberto e então saí pra trotar uns 10 km. Logo veio a chuva e a lama da obra perto do koxixos me emporcalhou todo. Passei pelo Aracajú de bike indo pro treino marcial e então fechei encharcado e de novo sem toalha. Mas dessa vez lembrei de pegar a lona no porta-malas, ao menos.
O mais estranho é que ele disse que nunca teve sintomas, e normalmente é assim. Será ? Sei lá, só sei que fiquei impressionado com o estrago (estava há quatro semanas pós operado, e ainda não tocava o pé no chão). Estou com umas dorezinhas chatas no direito, mas quase embaixo do calcanhar. Gelo tem melhorado, vamos ver. Só espero que essa praga não volte.
Aí então voltamos ao teste. Como isso é desagradável. A máscara não deixava que eu abrisse a boca quase nada, aquele monte de fio que fica balançando e o medidor de pressão apertando o braço deixam tudo muito pouco natural. O protocolo começou andando e logo a rampa foi subindo, em menos de 2 min estava correndo moderado e aos 6 já estava com as pernas queimando. Durei até os 8 min com estímulos de mais 20 seg desde o 7 vindos do médico. Fechei antes de botar fogo na traquéia e quadríceps. O resultado melhorou o VO2Max em uns 4 pontos do melhor teste, há 3 anos. A máxima ficou 4 bpm abaixo da registrada na meia de blumenau e o limiar anaeróbio ficou bem no meio da Z4, o local dos treinos, resultado coerente. Legal. Mas não é coisa pra fazer toda hora. Ainda mais depois de um longo de bike no dia anterior.
Depois disso fui pra beira-mar bater papo com o Roberto e então saí pra trotar uns 10 km. Logo veio a chuva e a lama da obra perto do koxixos me emporcalhou todo. Passei pelo Aracajú de bike indo pro treino marcial e então fechei encharcado e de novo sem toalha. Mas dessa vez lembrei de pegar a lona no porta-malas, ao menos.
domingo, 7 de março de 2010
Pinhal na próxima semana e treinos truncados
Então povo, semana que vem farei a primeira prova na distância de meio ironman. Não conseguindo fazer a transição longa semana passada, tô meio na incógnita do que vai ser, pois faz tempo que não sai uma corrida longa após pedalar. E esse negócio de meio dá o mesmo trabalho e função de um inteiro, acrescido da viagem de 1000 km ida e volta.
Esta semana foi bem até quinta, mas aí um monte de compromissos e uma sequência de eventos que só Murphy sabe preparar me impediram de fazer qualquer coisa. Primeiro engarrafamento, depois ao sair de MTB às 20:30 (pois parecia que iria chover), pneu murcho. Troquei depois de muito custo pra ajustar a bomba de pé para bico grosso. Aí a corrente caiu e entalou entre o quadro e o pedevela, lá embaixo. Quase arrebentei pra tirar. Quando saí estava garoando e antes do portão da garagam a chuva caiu bem forte, já as 21:20 hs. Desisti e fui pra academia do prédio, mas a chave não entrava na porta. Sexta consegui nadar legal mas não corri.
Sábado tudo pronto mais uma vez na madruga e chuvarada, não saí pra 120 Km nem a pau debaixo daquela garoa-com-cara-de-que-duraria-o-dia-todo. Consegui correr o intervalado a tarde (era pra ser sexta) e hoje fiz o pedal de santo amaro, 116 Km tranquilos, média 28/h. Muito show pedalar lá, totalmente deserto. Resumindo, foram-se sem acontecer uma transição de 2000+60 e um treino de pedal de LA na quinta. Saiu tudo em dia trocado e torto, mas pelo menos saiu.
Agora domingo 14 é a prova lá no RS. Ainda temos que ver como iremos daqui, se de bus alugado ou carros. Falam muito do calorão desta corrida, mas normalmente era em fevereiro. Vamos ver o que vai ser. Se estiver mesmo o forno que dizem, vai ser correr pra completar. Se estiver razoável ou chovendo certamente será possível um ritmo mais forte. Vou aproveitar pra alinhar a estratégia de alimentação e principalmente transição. Urgente é revisar a bike, a pobre só tem tomado chuva (hoje foi só de 20 min) nos treinos e está uma imundice só.
quarta-feira, 3 de março de 2010
Longo de corrida na marra
Chuva forte. Não parava. Depois de afazeres domésticos desci e fiquei alongando e esperando o gps se achar. Fiquei olhando a chuva cair, às vezes dançando com o vento, o spray dos carros, e a correnteza no meio fio. O porteiro perguntou três vezes se eu iria correr naquela água. Assim que o gps pegou me joguei e fui. Friozinho. Úmido. Os primeiros 5 Km foram no aguaceiro e até a metade eu estava tentando evitar as grandes poças para 'não molhar os pés' - quando me toquei disso logo achei uma poça grande e meti os dois pés dentro pra acabar com a preocupação.
Depois da ponte o ritmo engrenou e foi parando a chuva, só garoinha. Fui até a parte em obras da beira-mar, passei pela lama e voltei no itacorubi, já sem chuva. A volta foi mais forçada e próximo ao trapiche a chuva voltou, aí no parque de coqueiros parou e finalmente voltou com tudo a 1 km de casa. Ainda dei umas voltas no quarteirão pra fechar às 21:30 os 24 Km em 2h01min, fcmédia 145 - coisa incrível o que a temperatura mais baixa faz no batimento. Banho quente, ataque à geladeira e mais um pouco de trabalho entremeado por este post fecham a noite. Mas o longão saiu ;-)
Depois da ponte o ritmo engrenou e foi parando a chuva, só garoinha. Fui até a parte em obras da beira-mar, passei pela lama e voltei no itacorubi, já sem chuva. A volta foi mais forçada e próximo ao trapiche a chuva voltou, aí no parque de coqueiros parou e finalmente voltou com tudo a 1 km de casa. Ainda dei umas voltas no quarteirão pra fechar às 21:30 os 24 Km em 2h01min, fcmédia 145 - coisa incrível o que a temperatura mais baixa faz no batimento. Banho quente, ataque à geladeira e mais um pouco de trabalho entremeado por este post fecham a noite. Mas o longão saiu ;-)
terça-feira, 2 de março de 2010
Faltam 12 semanas para o IM Brasil 2010
Sabiam disso ? O tempo tá voando, e em 12 semanas teremos o grande dia do IM Brasil 2010. Na verdade, 85 dias pra ser mais exato. A semana desastrada ficou pra trás e março começou com o específico, que é onde a coisa aperta legal. Vamos ver como será este ano. Estou com umas mudanças nos treinos que, de forma geral, estão mais técnicos e focados. Tem treino de bike que dá vontade de imprimir pra levar no pedal, de tão detalhado (pelo menos pra mim).
Esse negócio de provas longas, onde o iron é o topo por hora imaginável, tem uma magia muito especial. A preparação é tão grande, o empenho em vários aspectos é tão compromissado, que é fácil perder o objetivo lá longe. É incrível como olhando em detalhes parece algo impossível. No meu caso já ter feito uma prova dá ao mesmo tempo confiança e medo. Confiança é óbvio, sei que consigo. Medo por que sei que dessa vez vou necessariamente forçar mais, e a linha entre forçar e quebrar é muito tênue.
Li em algum lugar que as maratonas são uma forma de pessoas comuns realizarem um feito extraordinário, e é mesmo. Poucas são as vezes onde temos um objetivo tão específico quando numa corrida. Normalmente as metas são pouco claras, não é tão preto-no-branco, há subjetividade em quase tudo, mas numa prova como o ironman tudo é claro e simples. É uma questão de largar, continuar sob qualquer circunstância e cruzar a linha de chegada. Simplesmente chegar lá é o sucesso. E neste caso sucesso é totalmente pessoal, é terminar de acordo com as nossas possibilidades. No meu caso, é ter a certeza de ter feito o melhor naquelas circunstâncias. Aqui vai um videozinho pra animar, acho até que já postei este ou um parecido. Vejam a cara dos dois últimos chegando no vídeo, isso não tem preço ;-)
Esse negócio de provas longas, onde o iron é o topo por hora imaginável, tem uma magia muito especial. A preparação é tão grande, o empenho em vários aspectos é tão compromissado, que é fácil perder o objetivo lá longe. É incrível como olhando em detalhes parece algo impossível. No meu caso já ter feito uma prova dá ao mesmo tempo confiança e medo. Confiança é óbvio, sei que consigo. Medo por que sei que dessa vez vou necessariamente forçar mais, e a linha entre forçar e quebrar é muito tênue.
Li em algum lugar que as maratonas são uma forma de pessoas comuns realizarem um feito extraordinário, e é mesmo. Poucas são as vezes onde temos um objetivo tão específico quando numa corrida. Normalmente as metas são pouco claras, não é tão preto-no-branco, há subjetividade em quase tudo, mas numa prova como o ironman tudo é claro e simples. É uma questão de largar, continuar sob qualquer circunstância e cruzar a linha de chegada. Simplesmente chegar lá é o sucesso. E neste caso sucesso é totalmente pessoal, é terminar de acordo com as nossas possibilidades. No meu caso, é ter a certeza de ter feito o melhor naquelas circunstâncias. Aqui vai um videozinho pra animar, acho até que já postei este ou um parecido. Vejam a cara dos dois últimos chegando no vídeo, isso não tem preço ;-)
Como perder um fim de semana de treinos
Dica: comece enrolando. Vi na planilha que sábado teria apenas 50 km, com uma transição longa domingo. Um povo iria inverter pra aproveitar a estrutura de sábado, mas percebi isso sexta a noite, depois de ter nadado e corrido. Aí sábado eram 50 km apenas. Saí as 12 hs, por sorte sem sol. Não pensei pra onde ir e fui pra lugar nenhum, girei feito um tonto e me meti nuns transitos ruins e numa estrada de 7 km de subida lá em barreiros. Terminei na 101 e finalmente consegui algum trecho moderado até em casa, onde fechei 42 km já sem paciência.
Deixei tudo pronto pra domingo ir pra jurerê. Acordei as 5:40 com chuva. Droga. Enrolei, 6h e chuva, 6:30 e boa chuva. Aí pensei em matar a natação e ir logo que o sol saísse. Saiu de leve só as 9, e enrolei. Aí ficou bem seco e as 13:30 eu ainda não tinha ido, estava preparando tudo na garagem pra transição e fui. Sentido 101 sul, pra transição 110 + 7. No trevo da 282 o céu caiu, começou a chover pacas, aí fiz o retorno e voltei com vento na cara e chuvarada. Cheguei em casa com impressionantes 34 km rodados e lá pelas 18 hs limpou tudo. Deveria ter ido as 6 pra nadar e ver o que dava, provavelmente daria pra pedalar na boa, e chuva por chuva, seria menor do que aquilo que caiu em cima de mim a tarde. Fechei uma semana torta.
Deixei tudo pronto pra domingo ir pra jurerê. Acordei as 5:40 com chuva. Droga. Enrolei, 6h e chuva, 6:30 e boa chuva. Aí pensei em matar a natação e ir logo que o sol saísse. Saiu de leve só as 9, e enrolei. Aí ficou bem seco e as 13:30 eu ainda não tinha ido, estava preparando tudo na garagem pra transição e fui. Sentido 101 sul, pra transição 110 + 7. No trevo da 282 o céu caiu, começou a chover pacas, aí fiz o retorno e voltei com vento na cara e chuvarada. Cheguei em casa com impressionantes 34 km rodados e lá pelas 18 hs limpou tudo. Deveria ter ido as 6 pra nadar e ver o que dava, provavelmente daria pra pedalar na boa, e chuva por chuva, seria menor do que aquilo que caiu em cima de mim a tarde. Fechei uma semana torta.
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