domingo, 19 de março de 2017

25o Triathlon de Garopaba

Sprint de Garopaba, um clássico já na sua vigésima quinta edição. Dessa vez, apimentado por um vento nordeste poderoso e em novo percurso (pra mim que não corri em 2016). Foi a abertura do campeonato catarinense de triathlon e dessa vez vou me esforçar para estar presente no ranking.

Saí direto de casa, pouco mais de 50 minutos tranquilos na madrugada até a área de largada, onde estacionei a 20 metros do pórtico. Nestes 50 minutos estavam inclusos uma parada num posto de gasolina pra tomar mais um café e conhecer o banheiro. Prova bem cheia, a cidade estava lotada. Fui organizar a transição logo depois de pegar meu kit e então fui pra praia aquecer.

Sem roupa de borracha, foi pra esfriar na verdade, não pela temperatura mas pelo vento. Dei umas corridinhas e aí a primeira leva de atletas largou, elite e categorias até 39 anos. Corri pro curral e logo largamos pra natação visivelmente curta, chutei 600 metros. O garmin depois mostraria a precisão visual e espacial do chute: 590 m :-).

Foi uma natação conturbada e divertida. Curto demais entrada em mar agitado e mais ainda a saída. Apesar das largadas separadas deu um certo embolamento de gente na primeira boia e "atropelei" um atleta, nadei por cima dele. Até olhei pra trás pra garantir que estava tudo bem.

Depois da segunda boia foi um pulo pra praia, pegando jacaré. O tempo foi podre ao extremo, mas pelo visto todo mundo foi meio lento. A altimetria dessa natação ficou legal kkkk.

Transitei bem rápido pros padrões de garopaba, onde sempre faço besteira. E aí soquei a bota na bike. Pena que estava sem monitor cardíaco, pois a queimação na garganta e nas pernas foi boa. Ida com vento a favor e volta contra, com leve inclinação no meio. Que pedal alucinado.

Fiz a primeira volta muito socado, 300 W a ida e voltei afogado, vendo um grupo grande à frente. Na segunda volta o grupo a frente se afastou mas veio outro com Yago, Matheus e o Cirelli.Grudei nos malucos por uma volta, tendo puxado uma hora que eles resolveram reduzir. Daí eles se foram e eu fiquei sozinho até vir o Gui e o Ricelli acho, agarrei na roda deles e passamos o grupo da frente, mas aí eles todos, que estava uma volta na frente por serem mais novinhos e nadarem feito peixe, entraram pra T2 e eu continuei outra volta solo.

Saiu um pedal forte, 37 e quebrados de média naquele circuito e 260W NP. Os caras de road andam loucamente e a retomada nos retornos era difícil porque ter que escolher entre frear e passar marcha é sempre complicado. Uma vez inclusive passei reto e fiz o retorno 5 m atrás do local certo. As habilidades de pilotagem estão em dia.

Na T2 foi só sair desesperado socando a bota, mas a bota não estava muito boa não. Eram 4 voltas e na segunda o Fabrício me alcançou e passou. Ali fiquei e em meia volta passei de volta se seguimos nos matando a uns 3:45-50 achando que estava em pace de recorde mundial. Tudo muito travado. Estava bem empolgado até que ele entrou pra chegada, estava também uma volta na frente, embora eu não o tivesse visto no pedal (que ele fez com um pneu murchando). Daí em diante corri sozinho e acabei relaxando no final, o que teria sérias consequências.

Cheguei bem e com um pouco de dor na panturrilha, que estava empedrada. Ainda bem que o Éder me salvou sábado, senão não sei se conseguiria correr. Fui na massagem e depois reunir com a galera, etc. Sempre bom esse pós prova. Arrumei o carro e daí resolvi ir embora porque a premiação seria só as 12 e ainda eram 10 e pouco. Saindo da cidade achei uma padaria, a qual ataquei com fúria: dois queijos quentes, uma torta de banana, um café e um suco, com um chocolate pra fechar. Então eram 11:10 e resolvi voltar.

Esperamos na igreja pela premiação e vi que tinha ficado em 2o lugar na 40-44, por míseros 6 segundos. Fiquei muito puto, claro que não com o atleta que ganhou, mas comigo. Dava fácil pra tirar esse tempo, e eu não vi ninguém me passando. Então o campeão estava ali na frente e eu não me liguei nem tentei buscar. Ou então estava tão desligado que fui ultrapassado e nem percebi. Fiquei satisfeito embora insatisfeito com o segundo lugar no enorme contingente na 40-44, o maior que já vi nas provas da Fetrisc. Esse ano é o último na categoria, e a gurizada da 45-49 que me aguarde hahaha.

Resultados oficiais ainda não saíram. Link do garmin aqui. Fotos abaixo.

Polimento de sábado, 115 km na BR norte hehehe

Sprint é uma maravilha: chega, pega o kit, prepara a bike e faz checkin em 30 min
Duelando com o Massaranduba
Sem diversão não tem graça

Mar acalmando no começo da tarde
Espera pela premiação

Pódio !

quarta-feira, 8 de março de 2017

Texto no blog do Gilead !

Domingo tive a honra de sair no blog do Gilead, referência o triathlon e jornalismo investigativo-esportivo em Florianópolis ! Confiram no link e sigam o blog que é sensacional !

Até,

Ponta do Papagaio 30 km

Relato atrasado por demais, mas não poderia passar em branco. Essa prova estava na lista há muito tempo, mas sempre acabava deixando de lado em função dos treinos pro Iron ou algum triathlon curto de início de ano. Só que dessa vez como (ainda) não estava inscrito pro iron, me inscrevi. E inscrito, tenho que ir. Fui.

Com 2 semanas de treinos depois das férias, tinha feito um longo de 18 km depois de 7 de janeiro, então não tinha expectativas, mas as cabeça não aceita isso muito bem. Um longo de bike muito cheio de morros no sábado também ajudou a chegar bem cansado, o que era muito bom para treino específico de iron, onde as pernas tem que acostumar a correr cansadas.

Domingo cedo me mandei pra praia da pinheira. Lá chegando encontrei lugar para estacionar bem perto da largada e fui aquecer e encontrar o Luiz Inácio para pegar o meu kit. Aqueci com a galera, Fabi e Kiko por lá e fui alinhar lá no final depois de passar um trabalho pra achar um banheiro. Largada de prova é sempre um laxante, ainda há de ser estudado esse efeito dos instantes que antecedem as provas sobre as tripas dos atletas.

Larguei com estratégia incompatível com as pernas. Pensei em sair forte pra evitar congestionamento na trilha. Soquei a bota por 2 km planos a 3:45-50 e já afoguei. Tudo bem, agora estou bem posicionado... sim, claro. Logo que começou a trilha deslizei numa pedra e logo após caí deitado de lado na grama. Aderência zero com o Go Run Ride 4, que só ficou bom na areia dura depois dos 9 km. Segui com cuidado nas descidas sendo ultrapassado por todo mundo, e na subida tentava recuperar as posições, o que só piorou as coisas. Perto do final a Lahís me passou e sumiu pra não largar mais a liderança do feminino.

Cheguei na praia achando que agora vai ! Isso, vai se quebrar todo... o vento forte de nordeste complicou e o pace foi uma desgraça decadente, o esforço foi o tempo todo na zona 4 e o ritmo era de zona2. Longa e plana praia, perfeita pra correr. Mas o vento ajudou a atrapalhar como eu nunca tinha visto em prova de corrida.

Segui com um camarada de camisa vermelha chamado Luiz, que todo mundo conhecia. Fomos alternando e juntando com mais alguns atletas de vez em quando até chegar na praia do sonho e pegar a fúria eólica perfeitamente alinhada com o percurso. Areia dançando vinha com tudo, os óculos ajudaram. Não sei como alguém (tinha vários) consegue correr sem óculos escuro na areia branca e céu azul com ventania contra.

De lá eu imaginava que seria retornar no fim da praia, mas tinha um kinder ovo: o percurso pegava umas ruas de terra e logo caia numas dunas, uns trechos alagados com água na cintura e saia na boca do rio maciambú, com areia inclinada e maré alta. Delícia.

Voltei pra praia com vento a favor: agora vai ! Vai pras cucuias, pois aí as pernas já estavam realmente podres. Foi legal correr 7 km com as pernas muito muito pesadas, sensação igual a fim de maratona de ironman. Só mesmo com cabeça pra não jogar a toalha ali. Foi um final pra lá de ardido como há tempos não acontecia numa prova, cheguei acabado mesmo.

Lá encontrei a galera, vi os resultados, Lahís campeã, Fabi em 4o, Luiz 1/cat e 6/geral, Felipinho 5 geral, etc. Galera mandando muito bem ! Também teve confraternização de parte do field do Fodaxman e da Andressa. Baita dia, linda e dura prova. A fazer decentemente no ano que vem. Prova é prova e tem que respeitar.

Felizmente, incompatibilidade entre cabeça e pernas provoca sofrimento que gera aprendizado.

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Track aqui. Dá pra ver a quebradeira. Aqui os resultados oficiais. Apesar de ser uma corrida de corredores e da quebrada o resultado não foi tão horrível, porém incompatível com o esforço: 5 cat e 38 geral dentre 359 concluintes.

Comi 3 gels e água em todos os postos, que estavam a menos de 2 km um do outro. Organização muito boa e premiação rápida.



Amanhecer com o tabuleiro com cobertor de nuvens
Socando a bota pra pifar em seguida kkkk
Trilinha muito show !
Acabou a trilha e acabou a perna junto

Fodaxman team ! O tarso consegui até um champangne pra comemorar :-)