sábado, 29 de dezembro de 2012

Lá se vai 2012... Pode vir 2013 !!

Outro ano de aprendizados múltiplos e grandes amizades. Menos provas do que no ano passado, mas com um meio-iron em Miami. Saíram alguns ótimos resultados, dentre eles melhor tempo no Ironman em todas as parciais, na meia-maratona, num Triatlhon Sprint, no Duatlhon da pedra branca e um 36min nos 10 km, com troféu no MountainDo Praia do Rosa também. Tá, teve outro de terceiro lugar no Desafrio,  já pela sexta vez, preciso resolver essa encrenca :-). Outra vez uma corridinha de aventura do Sesi altamente disputada e como sempre há de ter coisa nova, este ano foi um 'Mountainbike long distance' no Caminhos da Fé, uma baita prova mais ardida do que o pedal do Iron. Mais detalhes ali na barra lateral ou lá no fim da página.

Então era essa a mini retrospectiva relâmpago do ano, que tenhamos todos ótimos treinos e conquistas em 2013 ! Porque o melhor ainda está por vir ;-). Não é isso que todos queremos ? Melhorar sempre ? Eu quero !

Grande abraço e obrigado por acompanhar o blog.


quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O treino de bike mais quente da história !

Tenho certeza de que foi pra mim. Coisa impressionantemente horrível foi pedalar neste natal. Dia 25 às 16 horas saí para um passeio, queria só girar e fui para a volta Santo-Amaro - São Pedro pensando num pedal contemplativo e com um pouco de morrinhos. Tinha ficado um tempo na piscina com o Arthur e achei que a temperatura tinha melhorado.

Já saindo de casa a coisa ficou feia, suando feito doido e batimento a 130 bpm pedalando de leve levíssimo. Bom, se sair na chuva é pra se molhar, então sair no sol é pra torrar. Creio que estou ficando menos intolerante ao calor. Fui com nordeste empurrando até o trevo da BR-282 e rumei para o sul do rio. Lá já estava desesperado e atravessar Santo Amaro foi uma delícia. O calor subia do asfalto, suor em bicas. Os braços ardiam e as pernas é melhor nem lembrar, era uma pré-combustão com certeza. Ao passar o centrinho vi uma mangueira numa casa com portão aberto e não pensei duas vezes, abri e tomei um banho completo. Saí totalmente encharcado e revigorado e segui pra varginha.

O pneu da frente furou de repente, eu estava no clipe numa curva bem leve e a roda quase saiu de lado, por pouco não fui pro chão. Parei numa sombra e a meleca foi grande pra trocar a câmera. Incrivelmente estava vazando ar por baixo de um remendo, acho que derreteu. E deve ter derretido mesmo, porque o aro da roda era preto e estava ruim de segurar. Por precaução esvaziei um pouco o pneu traseiro e botei só 90 lbs no dianteiro (sim, tenho uma super bomba de mão que dá pra meter 100 lbs).

Segui fervendo e quase peguei fogo ao começar a subir. Achei uma santinha com uma bica ao lado da estrada e parei pra tomar outro banho completo e dessa vez lavei os olhos e óculos. Estava com calor no globo ocular. É sério. A FC ficou alta o tempo todo, como era de se esperar. Mas é interessante ver isso. O rendimento era pífio para a FC, sempre acima de 150, normalmente isso já é lá pra cima. Tive que pedalar mais 'pesado' pra economizar FC e deixar o pobre coração bombear sangue pra periferia. Uma verdadeira aula de fisiologia, tá tudo aqui no track do garmin.

Comecei a descer para São Pedro com o sol mais fraco mas lá o vento tinha desaparecido totalmente. Quando cheguei na estada principal parei num bar, tomei logo meio litro dágua gelada e comprei outro pra levar. Joguei na garrafa que tinha resto de chá de maltodextrina e tive que jogar tudo fora. Comprei outra garrafa e fui.
A pedra branca no fundo
Cheguei no portal de São José já sem água novamente e morrendo de sede, mas não tem nada de lá até a beira-mar e então fui no desespero seco por 10 km, num contra-relógio capenga em busca do líquido da vida. Em casa me joguei direto na piscina do prédio, para horror dos vizinhos.

A cara absolutamente horrível do vivente
Depois fui direto assistir O Hobbit com a minha filha, deu tempo só de comprar um calzone antes de entrar no cinema ;-). Ah sim, e ontem teve um pedalzinho MTB show em Urubici, vislumbrem o potencial da região pedalada.


sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Treino por potência com o TrainerRoad.com

Depois de alguns treinos com a potência estimada do Kinetic RoadMachine eu estava com uma ideia muito interessante, mas aí veio uma empresa e fez o software que eu tinha imaginado ;-).

Buenas, o TrainerRoad faz algo muito simples: ele calcula a potência instantânea com base na velocidade e modelo do rolo, como explicado no link acima. Faz isso lendo online o sensor de velocidade/cadência do garmin através do ANT+ Stick conectado na USB do computador. A partir disso o resto é aplicação, que é bem legalzinha embora ainda padeça de alguns bugs básicos.

A tela do trainerroad minimizada horizontalmente com o vídeo no mediaplayer.
A cada intervalo um resumo é exibido no canto direito.
A potência alvo e a instantânea e cadência são os principais dados, mas o tempo,  FC e
os gráficos dos intervalos também são bem úteis. Neste treino era o Iron havaí 2011 passando.
Quase peguei o Cris Lieto na bike ;-).

O programa fica instalado no PC, mas é vendido na forma de serviço por U$ 10/mês. Não precisa de conexão internet pra funcionar (pra quem quer usar no porão) mas a cada 30 dias ele vai pedir pra conectar e revalidar a licença. O aplicativo é fortemente integrado ao site, que tem funcionalidades tipo o garminconnect além de uma série de treinos prontos (mais de 250), focados nas várias especificidades fisiológicas - tem montes de treinos de Endurance, Tempo, Limiar, VO2MAX, etc.

Agora na última versão soltaram um editor de treinos que permite construir um treino customizado e publicar. O que eu tenho feito é criar os treinos da planilha lá e então usá-los diretamente. O editor é a parte mais buggada da coisa, tem umas artimanhas pra que ele registre direito os intervalos, mas não é complicado e logo deve vir uma versão nova, pois está num beta.

É claro que sempre se pode construir o treino no garmin e segui-lo à risca, mas achei que fazer isso no PC é bem melhor. Primeiro porque normalmente você já está vendo algum vídeo nele, e depois porque tem a parte visual, o software vai mostrando a execução dos intervalos propostos, que são destacados com barras verticais e uma linha de potência e FC vai andando conforme você anda. Além disso permite colocar dicas nos intervalos e mostra as dicas e o resumo de cada intervalo por numa box transparente por cima de todas as janelas abertas. Coloco a cadência a seguir em cada intervalo, por exemplo, aí além dos beeps de início do intervalo e todas as variáveis ele ainda mostra o texto que você cadastrou para o intervalo.

Um recurso bem legal é a pausa automática, ele pára o treino quando a velocidade cai a zero por 3 segundos. Muito fácil fugir pro banheiro sem esquecer de parar o negócio. Ele também permite sincronizar os treinos com os vídeos do The Sufferfest, normalmente disponíveis para o computrainer.

Os dados também podem ser exportados num arquivo .tcx e exportados manualmente para o garminconnect. Parece que para o Trainingpeaks já tem integração direta. O treino de hoje está aqui. Tem um bug na exportação que não cria os intervalos no garminconnect, mas no site fica bem registrado.
Treino no garminconnect
O resumo é que é um software de 10 dólares/mês que transforma o rolo numa espécie de computrainer barato com um medidor de potência bem exato (no caso, depende totalmente do rolo. O RoadMachine é a referência). Ainda não tive coragem de me comprometer com um powermeter e tenho a nítida impressão que seguir um treino por potência na rua não deve dar certo, exceto os longos. Não tem como botar essa intensidade com esse controle na rua. E nos longos ficar olhando pra potência deve ser algo muito chato. Mas vamos ver os resultados, pois competir com isso é uma vantagem tremenda já que tudo que você tem que fazer é ficar lá na potência certa esperando o ciclismo acabar para então correr bem ;-).

Como agora o que eu tenho que fazer é melhorar o FTP, esses programa vem bem a calhar. Tá difícil fazer as coisas com esse calor louco, é um suadeira de dar nojo, mas sobrevivendo a isso o resto vai ficar fácil ;-). O ventilador não dá conta, vou ter que comprar um mais potente.

domingo, 16 de dezembro de 2012

Intensivo de bike, já que o Aquiles tá de greve

Estou fazendo uma semana de intensivo de bike, já que o tendão de aquiles cansou de brincar por este ano. O negócio tá cheio de nomes feios na ressonância, mas algo perto de um mês de cuidados deve resolver. Dessa vez serei inteligente e vou parar antes pra chegar 100 % no começo dos treinos pro Iron. Ano passado tive uma contratura duradoura na panturrilha bem nessa época, mas insisti e fiquei estragado até fevereiro.

Como só corri duas vezes depois de garopaba no dia 2, estou contando desde lá e vou até a virada do ano sem correr. Que desespero só de pensar. E ainda mais agora que estava animado pra correr numas trilhinhas. Vamos ver se eu resisto.

E aí eis que virei o foco pra bike. Já que tenho que melhorá-la, nada melhor do que aproveitar o alívio da corrida. Vou nadar um dia a mais também. Treinei todos os dias exceto sexta última, e a coisa foi interessante. Dois treinos de rolo, um insanamente desesperador, um mountainbike ardido ontem na cia do Sérgio Lopes e então hoje fui matar a saudade da estrada.

Saí para BR-101 norte às 11 horas da manhã, pois nessa época os horários soníferos ficam mais estragados. Fui na boa até sair de barreiros e enfiei o pé na estrada. O GPS apitou bateria fraca, o anta aqui esqueceu de carregar de tão pouco que está correndo hahaha. Aí liguei o sportstracker no iphone para não navegar às cegas.

Ótimo pedal, a ida tinha um pouco de vento fraco rondando de nordeste-noroeste mas deu pra ir bem. Passei por dois caras de MTB que vieram na roda bonito. Retornei pouco antes de Porto Belo e quando vi só um biker estava junto, o outro ficou láaaa atrás. Voltei no mesmo ritmo mas já preocupado com a nutrição. Como acordei às 9, tomei café em seguida e fui brincar com o Arthur e Beatriz até às 11. E aí saí assim mesmo, só catando dois GU e um club-social. A burrice foi maior ainda pois não tinha dinheiro na bike. E eis que lá pelos 80 km quebrei total. Sede desesperada e prego de fome. Eram pra ser 80 km mas me perdi todo e acabei fazendo 100, com os 10 iniciais e finais a ritmo de tartaruga aquecendo e desmaiando, respectivamente, mas o miolo do treino foi excelente. Muito bom mesmo.

Dois pontos críticos a observar: não vou mais pedalar na 101 até passarem as festas. A estrada está muito movimentada. Um Kadet azul me fechou na entrada de um posto de gasolina, quase bati na lateral do imbecil. Ainda ficou reclamando, mandei pra tudo quanto é lugar. Tenho que parar com isso, apesar de estúpidos, um desses pode ser também perigoso e vir correndo atrás de mim. E o mais crítico, passaram por mim 5 caminhões carregando balsas, dessas de levar carros (ou de construir ponte, já que ia pra Floripa). A coisa é BEM mais larga que o caminhão que a leva, e simplesmente pega todo o acostamento se o motorista não tirar um pouco pra esquerda. Tomei o maior susto quando um treco desses veio, o cara nem pra businar, só vi a 'sombra' e tirei pro canto do acostamento. Olhando o caminhão ir vi que a estrutura praticamente não deixava espaço livre. Apavorante. Olhei pra trás e vinha outro, parei e fiquei olhando os 5 passarem com intervalo de um ou dois minutos.

E pra ficar completo, teve chuvisco e um pneu furado. Mas muito bem furado, um prego ou pedaço de arame grosso atravessou o pneu de um lado ao outro, entrando pela banda de rodagem e saindo pela lateral. Só pra não perder o hábito, há muitos meses não trocava pneu nessa bike.

Pois então é isso, dezembro vai ter bastante bike. As estradas de são pedro, são bonifácio e urubici que me esperem ! Abaixo o videozinho do pedal de ontem ao Morro Queimado, onde os caras saltam de asa delta e parapente e os abilolados vão subir de bike por não ter nada melhor pra fazer:


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Short Triathlon Garopaba - Copa TPM/TM - 2012

Pois é, corri a primeira (minha) e última (do campeonato) prova do calendário neste domingo. Depois de um sábado de passeio à Urubici, saí de Floripa no domingo às 6 da manhã já com certo atraso. Por sorte tinha deixado tudo absolutamente pronto, pois sabia que o sono seria cobrado com juros.

Sol nascendo na estrada...
Chegando em Garopaba ajeitei tudo o melhor possível, o que inclui calibrar os pneus com bomba emprestada, visitar o banheiro químico, tomar accelerade, comer banana, etc. E também deixar as tralhas na transição. Dessa vez deixei uma toalha pra marcar o meu quadrado. Mas ataques de imbecilidade momentânea estão me atingindo nestas provas curtas, e como veremos, e não adiantou muito.

Neoprene liberado, fui aquecer e vi que água tinha poucos graus de temperatura. E então largamos, o bando de alucinados de sempre. Nadei legal, tão legal que quando vi a Ana Lídia nadando ao meu lado me empolguei ! Aí ela foi indo e eu tentando acompanhar, 'pega esse pé, não perde', mas o pé foi se afastando de forma que só via a espuma das pernadas. Mas saí da água vendo bem de perto a ela e ao Tiago, então tinha nadado bem. Corri pra transição, arranquei a roupa de borracha e fui bem rápido.

Consegui novamente não conseguir calçar a sapatilha, e dessa vez derrubei a miserável, tendo que voltar na contra-mão quando gente saía da transição a mil. Pesquei com os dedos e calcei no chão e então encaixei no pedal e segui. Perdi um pelote que não consegui mais pegar a prova inteira. Nunca erro em treinos, chega nestas provas curtas sempre faço essas cagadas. Vai ver porque o vácuo é liberado, o cérebro fica fixado na ideia de pegar um pelotão e esquece do resto. Não tá dando certo, viu ?

Pedalei legal, puxei bastante e revezei com um camarada da GPAE alguns trechos. Tem máxima de 48 km/h, o percurso era quase plano só com um minúsculo aclive. A FC média deu igualzinha ao teste de FTP e a coisa foi no limite, muito bom.

O percurso é travado (6 voltas com 3 retornos e 2 cotovelos cada), bem técnico e cheio de interrupções (lombadas ou canaletas), então não é muito rápido. Pedalei em cerca de 37min os exatos 20 km. De novo ataque de bobeira na transição, coloquei a bike no cavalete errado, só percebi quando vi um tênis diferente do meu. Então lembrei de procurar a toalha. Lembra, a toalha !!! Isso, lá estava ela, bem visível marcando a minha caixa. Mais tempo jogado fora. Aí fui pra corrida.

E estava empolgado. Dormi com uma dúvida que me assola há tempos, que é que pace tentar manter numa corrida de triathlon e como conseguir não quebrar o ritmo ao final. Então fui na conta exata que tinha pensado, 3:50. Saiu uma perfeição absurda, variação de 1 seg pra mais ou menos em cada parcial. Incrível, mas foi muito melhor do que saír morrendo a 3:30 e terminar quebrando a 4:15 como fazia. Deu certo em prova curta, vamos ver em provas mais longas. O alvo das experiências claro, é o Ironman 2013. A corrida foi a melhor parte da prova, ainda não tinha encaixado uma decente em provas de triathlon curto.

Cheguei bem e logo encontrei a galera toda. Como a prova é cheia de retornos e voltas e mais voltas, não tinha a mínima ideia da colocação, mas com o tempo de 1h07 achei que dava alguma coisa. Só que não tive paciência pra esperar a premiação, certamente iria ficar com sono depois da adrenalina baixar e fui embora loguinho, com duas paradas pra comer no caminho, um misto quente e depois um caldo de cana com pamonha. Hoje fiquei sabendo do resultado, 2º lugar na 35-39 anos, ainda quero ver o oficial pois acho que a lambança da sapatilha pode ter custado a categoria, já que o 5º geral chegou com 1h03, diferença bem menor do que no ano passado, que foi de 8 minutos. Muito bom fechar um ano de treinos e competições assim.

Essas provas curtas são muito boas. A exigência é completamente diferente das provas longas e acho que uma coisa complementa a outra muito bem, principalmente levando em consideração os grande ciclos de treino. Não dá pra ficar com volume o tempo todo e não dá pra trabalhar só velocidade. Gosto do equilíbrio. O Macca fala sobre isso neste artigo muito interessante.

Era isso pessoal, semana que vem tem a travessia da lagoa da conceição pra curtir a última competição do ano. Ano passado fui 5º na categoria, vamos ver se a natação ainda tá boa.

Bom, ainda não tem fotos, vamos ver se alguém flagrou alguma coisa. Logo atualizo isso aqui com os resultados oficiais também.

---- Atualização oficial:

Os resultados estão aqui. A bike foi a quinta da categoria e 30 geral, muito ruim mas explicado pela asneira da sapatilha. Achei bom. A natação foi a terceira na categoria e 25 geral e a corrida 1º na categoria e 8º geral, muito boa mesmo. As transições foram lentas mas a segunda teve a besteira de trocar o quadrado da bike. Então, dadas as besteiras, tudo muito bem. Ainda sem fotos. Breve. Acho.