quinta-feira, 29 de março de 2012

É sobre o Rolo !

A cronologia das minhas impressões sobre o Rolo, este artefato maligno de treinamento que conheci em 2009 depois que comecei a treinar triathlon, pode ser sintetizada assim:

  • O que é isso ?
  • Pra que serve o Rolo ?
  • Como pode alguém pedalar nesse negócio ?
  • Eu odeio o Rolo (no primeiro uso, em 2010).
  • Realmente odeio o Rolo (no segundo uso).
  • O Rolo até pode ter uma utilidade (quando usei num final de semana de chuva).
  • Rolo não serve pra nada (no início de 2011, depois de não ter mais usado).
  • Rolo é um saco (ao comprar uma MTB nova em 2011).
  • Talvez eu precise de um Rolo (ao ver as planilhas de 2012)
  • O Rolo não chega !
  • O Rolo chegou, que legal !
  • Socorro, agora tenho um Rolo.
  • Eu odeio Rolo.
  • Eu odeio Rolo
  • O Rolo é uma máquina maligna.
  • Pedalei no rolo e não surtei.
  • Preciso pedalar no Rolo de novo.
  • O Rolo é eficaz.
  • O Rolo é sofrido.
  • O Rolo é útil.
  • O Rolo é eficaz, sofrido e útil.
Bom, o Rolo chegou. Montei, botei na bike e pedalei 15 minutos. Sobrevivi e suei um pouco. Já fiz 5 treinos, os piores sendo os três últimos, um TT de 1 hora, um intervalado de 1h e uma coisa terrível hoje, treino de VO2Máx em 1h42min e 25 intervalos. Espero que seja o reflexo da semana pesada, mas cheguei a acreditar seriamente que as pernas pegariam fogo no treino de hoje. E como disse ao Roberto, isso tem que ser eficaz, dada a quantidade de suor e a ardência nas pernas. Sabedor do que os intervalados me fizeram na corrida, vou aderir abnegadamente aos treinos no maligno ! Mas o mais impressionante é: como é que alguém pode pedalar 6 horas no Rolo ? Como é que pode isso, alguém me explique.

domingo, 25 de março de 2012

A melhor Meia

Domingo de meia-maratona, saí de casa às 6:30, busquei o Dariva e seguimos pra largada, onde tivemos que dar uma volta enorme até achar um canto no estacionamento da pizza hut, a prova teve bastante gente. Saímos já apressados para a retirada do chip e visita sanitária obrigatória, e então fui pra tenda da Ironmind pra aquecer.

O dia estava perfeito, 20 graus sem vento e começando a ficar nublado, melhor não dava pra ficar. Corri até começar a suar de leve, uns 5 min, mas com uns piques e trotes mais rápidos. Aí fui lá pra muvuca da largada, e junto do Varela saímos pedindo passagem até encontrar a turma das viseiras amarelas lá na frente, a uns 30 m do tapete.

Largou e a dificuldade foi manter o ritmo sob controle, já abaixando de 4/min. Resisti a tentação de perseguir os que iam mais rápido e fui tentando manter constante, até perceber que estava confortável correr em torno de 4/km e segui. No retorno do túnel vi o Palhares vindo ainda, logo pensei, fiz asneira de novo, tô muito forte. Aí resolvi segurar um pouco, mas mantendo o Pedro e Alexandre como pacers logo ali na frente. Passar pelo km 10 em 40:30 só me deu uma certeza: vou pagar por isso depois. Pensei em segurar mas como só tinha os paces instantâneo, médio e do lap no visor, dei uma paginada pra ver a FC e estava muito boa, então resolvi ir do jeito que pudesse manter. E fui indo, 4:03 o tempo todo, no retorno na UFSC vi o meu pai que estava lá fotografando e como já era retorno, apertei o ritmo nos últimos 7 km, já que a média tinha piorado um pouco. Um pouquinho de vento contra, bem de leve, e aí o italiano amigo chegou junto de novo, seguimos novamente no mesmo ritmo, o Alexandre e o Sérgio próximos, o Pedro pouco a frente, todo mundo embolado.

Do km 15 até a chegada foi uma surpresa atrás da outra: o ritmo estava constante, eu não estava quebrando, também não estava com estômago embrulhado e ainda conseguia acelerar, pois saí alucinado no último km. Quando vi estava em cima da chegada com o coach ao lado de bike dando umas dicas - mas tenho que perguntar de novo quais eram ;-). Exceto pelo surto do final a prova saiu até que bem constante, algo surpreendente. Gostei demais do resultado, eliminei 5 min do tempo da melhor meia até então, fechando em 1:25:58 no relógio, uma média que eu não acreditava. Eu havia programado o garmin para 4:12, pois tentaria correr entre 4:10 e 4:15. Bom pra aprender a acreditar que é possível !!! Fico imaginando se tivesse corrido sem relógio, ou então se tivesse segurado mais no começo, ou o contrário, ido mais forte. O que será que teria acontecido ;-) ? Será que ter treinado ontem mudou alguma coisa ? Uma meia descansado sairia como ? Sei não, mas o treino de triathlon é auto-complementar, acho que a diferença não seria tão grande. Acho.

A turma da Ironmind arrebentou geral, todo mundo batendo os tempo. Treino que funciona. A AndarIlha marcou presença com o Dariva, Queiroz, Varela e eu. No apoio também o Jacó e a Taty, e fazendo sua corrida matinal o Anastácio acompanhou lá da ciclovia. Parabéns galera ! Clima espetacular entre os atletas, coisa sensacional é este ambiente de pré e pós corrida. Não tem preço. E nem fotos ;-).

Valeu o treino do fim de semana. Ontem a bike foi ardida com o vento sul, mas a recuperação parece que está boa, e isso associado ao ritmo constante de hoje, e não só o tempo, é o que me deixou mais satisfeito. Oito semanas para o Ironman Brasil, vamos com tudo !!!!!

Ah, misturar R4 com caldo de cana dá um bom resultado. Não junto, mas um engolido depois do outro. Podem experimentar. Tô falando sério.

A prova estava perfeita, o único ponto negativo foi o abastecimento na dispersão, só bergamota verde e água. Cadê as bananas e gatorade ? Salvos pela tenda da Ironmind...

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Atualização em 25/03:

Resultados aqui: http://www.paznotransitorun.com.br/meiamaratonafloripa/resultados_categorias.php


62° colocado

Categoria 21K Masculino

Nome: RAFAEL PINA PEREIRA
Número: 1713
Faixa de Idade: M.35.39
Resultado Geral: 66° colocado
Resultado na Faixa de Idade: 9° colocado
Tempo: 1:26:01.3
Tempo Líquido: 1:25:50.9

quarta-feira, 21 de março de 2012

Chuva das quartas na preparação para a meia, o meio e o inteiro

Pois bem, agora é regra, tirando uma as últimas quatro quartas-feiras foram de chuva feroz ao fim da tarde. E hoje quase que misturei as bolas, ia saindo pro longo de 28 km quando vi que era intervalado, já que domingo agora tem a meia maratona de internacional Floripa, uma bela meia-maratona.

O treino foi cruel, esperei os dois pé-dágua passarem e saí com garoa, um pedaço da beira-mar apagado. Tiro no escuro não dá, então o primeiro foi moderado, os três seguintes encaixados no pace desejado e o último de volta ainda no escuro, mas melhor que o primeiro pois já sabia onde estavam as maiores poças dágua.

E a meia vem antes do meio de caiobá, talvez de um triathlon longo da fetrisc e então o iron, em 10 semanas. Vamos em frente na preparação, tudo 100% bem, firme e forte ! Falando nisso, o fim de semana vai ser uma pancadaria só. Sexta é um dia sem treinos, o quinto dia off  dos treinos este ano pra mim. E sábado tem uma transição gigante de natação e bike pra amaciar as canelas para a meia domingo.

Meia internacional de Florianópolis, onde são esperados 5000 corredores nas três provas.
Domingo, 25 de março, beira-mar norte.

domingo, 18 de março de 2012

Fatos e Fotos do domingo

Saí tão cedo que o sol não tinha acordado ainda ;-). Pegamos chuvinha (?) em coqueiros e aí o sol nasceu por dentro da passarela da ponte. Giramos uma vez a baía sul e depois várias vezes por dentro da pista na beiramar, coisa boa ter a pista principal só pra gente, hehehe. Saímos de lá quando a largada foi dada e o pelotão começou a atrapalhar nosso treino ;-). Socamos a bota com um pelote compacto com Alexandre, Valéria, Arthur, Panda, depois Marcel, em meio a pelotões pra tudo quanto é lado, legal ver tanta gente treinando. O Varela se perdeu mas pedalou tudo. O Dariva e turma foram pra trilha da antena de MTB, pra onde eu também iria se não fosse o longão de 160 km, rodado à média exata de 30km/h entre sair e entrar em casa. O vento era rodopiante mas não muito forte e atrapalhou pouco. O calor pegou legal depois das 10:30 e aí a coisa apertou, desidratei bem. E nenhum pneu furou.


O Luiz Otávio tá bem ali no meio do sol.

Pelote da competição que iria subir o morro da cruz.

Visual do almoço, com o Cambirela olhando.

sábado, 17 de março de 2012

10 horas

Esse foi o intervalo entre o final do treino de ontem a noite e o início de hoje. Saí pra correr o intervalado às 20 horas só na teimosia, depois de um dia daqueles, terminado ajeitando a bike na CentraBike após pegar o pequeno na escola. Na série principal eram 10 x 1 km num pace de 10 km. Coisa ardida, mas suportável, só que quebra geral depois de uma semana pesada de treinos. Cheguei em casa as 21:15.

Aí hoje às 7:15 estava me atirando ao mar frio, límpido e flat de jurerê pra 3 km de braçacas. Nadei quase tudo ombro a ombro com o Marcos Pavarini, duas voltas nas bóias, mas na terceira o cara ligou o turbo e foi-se embora. Baita treino, 3,2 km já friozinho, merecia a roupa de borracha que o esperto aqui deixou no carro. Depois um baita pedal com 1 hora de ritmo, com o Alexandre e Marcos.

Demorei pra sair devido à troca do taco da sapatilha que estava totalmente comido. Na boa, e aí no outro pé os parafusos não saiam. Como estava enrolando pra sair, fui com um taco de cada e fechei os 60 km. Aí fui lá no Della pra arrancar a coisa. O parafuso precisou ser serrado da porca interna da sola, que foi inutilizada também. O artista do mecânico conseguiu ajeitar outra porca dentro da sola e deixou a sapata zerada. Nunca que eu conseguiria fazer aquilo sozinho ;-). Aprendi que tem que botar graxa em parafusos muito apertados que vão conviver com água salgada, senão os bichos grudam e não soltam nunca mais.

Bom, preciso arrumar um jeito de fazer esse intervalado cedo antes do trabalho, porque a pancada a noite é pesada e sábado o ritmo é de lesma asmática, pernas pesadas e tudo meio lento. E pra empolgar, a largada de 2011. E vamos pra mais 160 km de pedal amanhã na ilha, quando acontecerá uma prova ciclística na beira mar norte, com subida do morro da cruz !

quinta-feira, 8 de março de 2012

A guerra com as bicicletas


Algo que provavelmente seria um crime em São Paulo
Hoje no Blog do Max há uma postagem com um artigo sobre a manifestação ocorrida na avenida paulista em São Paulo. Algo extremamente exagerado e descabido na minha opinião, ainda que com muita coerência quando fala da aderência às regras por parte dos ciclistas, pois se querem(os) ser respeitados, tem que fazer a sua parte também.

O supra-sumo da ignorância do autor, que se apresenta como extremamente culto e esclarecido foi este comentário estapafúrdio:

"... é uma estupidez achar que se podem fazer ciclovias em todas as avenidas e ruas da cidade, tomando o espaço que cabe aos carros e aos ônibus. A bicicleta, no que diz respeito à extensão percorrida, é uma alternativa para pouquíssimas pessoas..."

Como é que pode, um jornalista, escrever isto ? Pessoas a pé e bicicletas não podem usar espaço que é 'só dos carros' ? Não sabe ele que a esmagadora maioria dos trajetos feito de carro é curto ? Logo ele que tanto reclama que os cicloativistas adoram plantinhas e não pessoas ? Tenha a santa paciência, senhor Reinaldo Azevedo. Vá andar ao ar livre e botar esse pé numa grama, suar um pouco essa careca brilhante ! Ah, a amiga do cebolinha também correu em socorro do moço aí. Pois acho que a autora dos comentários infelizes também deveria respirar um ar de vez em quando.

E pra completar há uns dias saiu uma matéria na folha execrando pessoas  que andam de bicicleta onde não há ciclovias. Como se fosse proibido andar em outro lugar... e também, como se não fosse a legislação de trânsito a explicar o que se tem que fazer. Aqui novamente cabe ressalva, há casos de falta de noção completa - sem capacetes, na calçada ou contra-mão - mas não pode uma generalização como a feita nessa matéria.

A coisa não está fácil, e ao que parece vai ficar pior. Veículos de grande circulação e formadores de opinião se alinharam na guerra às bicicletas. A meu ver falta bom senso, empatia, vontade e educação a todos os lados, motoristas, pedestres, ciclistas. Tá tudo errado, é uma guerra não declarada, todo mundo jogando pedras nos inimigos. Só falta educação e conversa, solução há pra convivência pacífica (como mostram exemplos no mundo todo) mas ao que parece se esse povo sentar numa mesa só vai sair pancadaria. Os ciclistas bloquearam a paulista a noite, e o jornalista descamba pra baixaria, logo ele que deveria manter o prumo. Basta um pouco de respeito às diferenças, só isso. Vai dizer que não ?

Alguns apocalípticos dizem que o Brasil não é a Holanda e que andar de bicicleta aqui é um suicídio. Deveriam dar uma olhada no que acontece no resto do mundo. Só pra ilustrar, algumas 'aberrações' segundo a folha, que acontecem em Londres, por exemplo. E façamos nós a nossa parte, respeitando as regras e o trânsito.

Olha só que coisa impossível, as pessoas vão pro trabalho pedalando !!

Veja, esta moça quer se matar e está atrapalhando os carros !
Esse definitivamente deveria ser preso !

Precisa dizer alguma coisa Ronaldo Azevedo ?!

domingo, 4 de março de 2012

A pior troca de pneu da história e os treinos do fim de semana

O treino estava indo muito bem, só um pneu furado do Panda na primeira hora, mas no km 125 o Varela me avisa que o meu pneu traseiro está baixo. Parei, averiguei que estava meia-boca e enchi, mas logo recebi uma chamada do Sérgio dizendo que estavam no aqueduto de São Miguel nos esperando, a Júlia e o Panda também estavam lá. Tocamos pra lá junto do Alexandre e ao invés de trocar o pneu, achei que tinha enchido e estava bom, aí fui pra água refrescar as pernas.

Ao sair vi o pneu meia boca de novo e fui pro lado de um restaurante pra tocar, rapidinho. Aí começou a maior novela que eu já fiz pra trocar um pneu. Não consegui tirar, quebrei uma espátula. O Sérgio me emprestou duas, com ajuda do Varela removemos o pneu. Coloquei a outra câmera e não conseguia enfiar o pneu de volta, o que resolvi quebrando outra espátula. Enchi tudo e quando saquei a bomba, quebrei o bico. O bico todo, não só a válvula. Partiu junto ao aro. Tirei o pneu de novo no sufoco e não conseguia tirar a câmara sem bico. Me matei todo e tirei, e pra botar o pneu quebrei a última espátula boa e aí foi mais uma eternidade pra colocar só com as espátulas ruins. Nisso todo mundo já tava descansando, o Alexandre deitado, os garçons do restaurante dando dicas e eu suando feito um doido, neutralizou o resfriamento da cachoeira. O Varela ajudou e eu enchi a coisa com todo o cuidado, finalmente. O Sérgio certamente vai produzir um post com as fotos da lambança, pois ele recolheu as evidências. Disse alguém que levei 35 minutos na operação, recorde absoluto !

Mas em resumo o treino foi excelente, saímos em um grupo grande junto da Ana Lídia e da Ina que voltaram antes pois fariam apenas um treino de 100 km e seguimos até Camboriú, voltamos no primeiro retorno e encaramos o morro do boi. A lembrança da colina era pior, mas o chato hoje eram os caminhões andando devagar e fazendo uma parede ao lado do acostamento. Depois foi só descer curtindo aquele visual todo de itapema, sensacional. Um pedal de 160 km bem puxadinho. Saímos cedo, bem cedo. Não sei como mas eu gosto demais disso. Mesmo voltando no sol do meio dia, faminto, desidratado e com as pernas caindo, isso é muito bom ! Nem passar pela entrada de casa pra ir girar mais 10 km na beiramar de São José desanima (apesar de gerar algum desespero).

Já sábado teve um pedal moderado e uma natação muito boa. Não sei de onde tirei empolgação depois do treino intervalado de corrida na sexta, mas acabei nadando um tico a mais, três voltas completas, mais por bobeira e não ter escutado as instruções. Mas foi muito legal, o mar estava flat, claro e friozinho. Não sei porque, mas nadei pensando no relógio que tem na saída do mar no Ironman... pensava num certo número... sonha... ;-).

E o intervalado de sexta, outrora o famigerado treino de corrida da semana, foi show. Forte mas não além da conta, ritmo totalmente controlado. Interessante como estes treinos bem executados dão confiança, são importantes. E então era isso, fim de semana pedreira.