segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Avaliação de produtos - Foam Roller

Recebi um Foam Roller para testes há algumas semanas. O pessoal me passou todas as dicas de uso e comecei a utilizar o roller diariamente como alongamento e relaxamento pós-treino. Pra quem ainda não conhece, é um produto que acaba de chegar ao Brasil, um pequeno rolo fabricado em polipropileno de alta densidade que é usado antes e depois dos treinos para liberação dos 'pontos de gatilho', alongamento e aquecimento da musculatura.

A ideia é que o foam roller atue como um coadjuvante diário na preparação dos atletas, trazendo efeitos simulares a uma massagem de liberação miofascial profunda, com a vantagem de poder ser feita em casa a qualquer hora. Ainda não utilizei muito antes dos treinos, principalmente por várias vezes começar os treinos de corrida no carro, logo depois do trabalho, mas vou experimentar.

Tenho feito uso constante, às vezes duas vezes por dia, para a região da panturrilha. Por ainda ter sensação de rigidez dos tendões de aquiles na manhã seguinte aos treinos longos ou intensos (já que treino à noite), foi o primeiro uso e notei uma boa melhora. Há tempos não tenho dor antes ou durante os treinos, mas no dia seguinte a sensação de rigidez ainda está lá nos primeiros passos após acordar. Há vários artigos e vídeos comentando que o problema no aquiles normalmente é reflexo da falta da alongamento no sóleo e gastrocnêmio, e o foam roller consegue agir claramente, pois nota-se que os pontos de dor vão tendo a percepção reduzida após a manutenção da posição por um tempo.

Também passei a utilizar este equipo para relaxamento da musculatura das costas e alongamento dos iliotibiais e quadríceps. Todos os exercícios são feitos com o peso do próprio corpo e o modo de operação é sempre o mesmo: rolar suavemente a musculatura alvo e manter a pressão nos pontos de dor por tempo suficiente até que a mesma regrida. Tem funcionado muito bem.

Pensei em colocar algumas fotos minhas, mas além de horríveis não dariam a noção exata da coisa, então seguem alguns vídeos do fabricante que mostram os movimentos que comentei:

Panturrilhas



Iliotibiais


Quadríceps


Mais material pode ser encontrado no site do fabricante ou canal do youtube, além de uma série de artigos na runners world e triathlete magazine.

domingo, 22 de setembro de 2013

Endurance - Shackleton

Uma das maiores histórias de endurance de todos os tempos. A maior lição de liderança, resistência física e mental, otimismo, visão, ousadia, trabalho em equipe, perseverança, tomada de decisão, gestão de riscos, coragem, amizade. Não tem adjetivo suficiente pra descrever isso. Se você não conhece, não fique com essa lacuna importante na sua formação... Shackleton ! Leia tudo que puder, mas principalmente os livros dele mesmo e o da Caroline Alexander. E depois, vá para as outras expedições, a primeira com o Scott, a segunda onde ele quase chegou no pólo sul, a de resgate dos náufragos na ilha elefante e a outra da viagem de resgate da outra parte da expedição no mar de Ross, e então a última para a Geórgia do Sul de novo. Nunca será demais...

Fim de semana indoor

Acho que nunca tinha feito tanto treino indoor de uma vez só, ainda mais um quase-triathlon sprint. Só chove por aqui, então quinta foi rolo tradicional com chuva caindo na bike na sacada. Como não tinha nadado na terça, sexta nadei de novo ao meio dia. A noite, o intervalado de 11 km com 6x1km saiu na esteira. Coisa mais estranha... Os tiros sairam entre 14 e 15km/h no velocímetro, mas a sensação é de ser bem mais difícil do que correr a 4min/km no GPS na rua. Talvez seja pela cadência absolutamente constante, sei lá.

Sábado era pra ter treino no mar, com rolo no taikô e depois corrida na chuva prevista. Até arrumei o carro, mas dormi extra tarde e o baixinho me chamou às 6:30. Fiquei em casa até as 10:30 e fui pro clube. pedalei 40 min na bike de spinning. Saí correndo pra esteira e fiquei lá por 20 min até acabar o horário do carinha que cuidava da academia. Fui nadar na sequencia e inventei um treino que deu 1500m. Quase um sprint, valeu - curto e efetivo.

Domingo teria torneio de futebol do pequeno, aí fomos eu e a Laís com ele às 11 horas. Como chove canivete sem parar, nem preparei nada. E choveu forte o tempo todo, então às 15:00 arrumei as tralhas pra um treino de rolo substituto do longo de 80 km de bike que não teve. Acho que fiquei preocupado de não estar fazendo longo nenhum, com o olímpico daqui a duas semanas e o dash em 2 meses. Catei um treino com cara de azedo no trainer road e fiquei lá 1h30m me matando. Delícia. Enquanto olhava aquelas curvas de potência subindo e descendo nos intervalos fiquei pensando em senos e cossenos. Também me ocorreu uma analogia, aquilo era muito próximo de arrancar as pernas e jogar numa panela de óleo quente, queimava e ardia ao mesmo tempo. Ok, agora vou pra rua no próximo treino. Corro amanhã na chuva com canivete caindo e tudo. Ou não.

O pedal de hoje a tarde.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Vídeo Resumo Triathlon ITU 2013

Um vídeo simplesmente sensacional ! Que venha o olímpico do dia 5 de outubro no parque malwee. Agora fiquei seriamente empolgado. Enjoy e repita várias vezes.

domingo, 15 de setembro de 2013

1ª Meia maratona de São José

A 1ª Meia Maratona Internacional de São José aconteceu hoje. Largada a 3 km de casa e percurso onde sempre treino mas sem nenhuma prova fixa. Uma prova diferente, com percurso curioso (vai e vem misturado com idas e vindas) e uns morrinhos pra quebrar a monotonia. E hoje deu sol com um calor estranho, com vento mas abafado. Não é um lugar pra bater tempos pessoais, e na verdade não ando dando muita bola pra isso ultimamente. O que me empolga agora é fazer o melhor nas condições da prova, e pra isso quanto mais provas inéditas melhor.

Buenas, depois de aquecer 1 km trote e 800 m progressivo, fui correndo pra largada e saí me metendo lá na frente. E aí largou, em cima de uma curva com aquela muvuca toda, 6 e 10 km misturados com os 21 e aquele monte de doido alucinado. Encaixei um ritmo bem suportável na respiração e fui embora, mas assustei quando vi o primeiro lap de 1 km, 3:50. Era pra sair forte, já que o percurso tinha as subidinhas só depois dos 11, mas pensei em ficar nuns 4/min. Só que estava bom acompanhar a galera e fui indo. Ali pelos 6 km senti uma leve ardência na sola do pé direito. Alguém falou que estaríamos num bolo nos top 10. Até então só o que incomodava era a quantidade de meleca expelida pelo nariz e garganta, estava realmente nojento :-).

No km 8 tive um estalo quando o pé esquentou mais: estava correndo com o mesmo tênis que usei no triathlon da semana passada, que foi na areia da praia. Naquele domingo só cheguei e guardei o maldito, sem limpar nada. E lembrei também que peguei uma meia suja de dentro de outro tênis hoje cedo pra ir pra prova. Deveria ter areia. Parei num poste e tirei o tênis, tentei limpar e pareceu ter saído alguma coisa. Calcei e o chip caiu dentro do tênis (estava com ele só preso debaixo do cadarço elástico) e tive que tirar de novo 5 m depois. Me ajeitei e segui tentando recuperar o tempo perdido e logo começaram as colinas. Ainda via o Pedro e o Palhares no horizonte ali perto do clube primeiro de junho.

Segui para a ponta de baixo, um percurso que gosto muito. Passei um cara que sempre reagia e tive que parar de novo pra tentar arrumar a meia, o pé agora estava em brasa. O cara parece que falou algo quando me viu parando, mas não entendi. Aí logo depois passei de novo e segui firme nas subidas, mas já sentindo um pouco as pernas nas descidas devido ao exagero na largada. E os pé queimando. Me ocorreu que começou a ficar ruim no km 8: teria mais 13 km e talvez uns 13.000 passos de queimação. Fiquei pensando, que força é essa que nos faz suportar um desconforto que depois da chegada nem me deixaria andar direito... aí pensei mais besteiras e quando vi já estava retornando, agora via outro atleta próximo e tentei buscar.

Esse percurso é legal pois tem um balão e o retorno não é óbvio, de forma que você não vê os líderes voltando. O povo que não conhecia ficou um pouco perdido sem saber pra onde estavam indo e como voltariam hehehe.

No centro histórico um cara me passou e não consegui acompanhar e logo depois o Valmor me passou na última descida correndo muito forte, bonito de ver. Consegui passar o cara que vi desde lá de trás a uns 2 km da chegada e fui do jeito que dava, correndo quase manco de tanta dor nos pés, agora o esquerdo também tinha criado uma bolha na ponta do dedo médio.

Cheguei abaixo de 1h30, bom naquele percurso e até uma meta, mas puto de ter feito besteira de largar muito forte e correr com tênis cheio de areia e meia suja (e rasgada, como vi depois). Um tanto displicente, uma meia não parece mais coisa séria mas se você quer fazer forte qualquer prova é séria. Cagada a não repetir mais.

Bela prova, um percurso que gostei muito. Organização simples mas eficiente e premiação rápida. Espero que fique no calendário... A galera da Ironmind dominou geral. Roberto em terceiro, Lucas quarto e Palhares em quinto, com o Pedro em sexto. Eu devo ter ficado até 10º, imagino. O Manente ficou em segundo e o campeão foi o Diogo Trindade, que tá ganhando tudo que tem por aqui.

Apesar das asneiras, 3º lugar no pódio da categoria.
A pata direita foi pro vinagre... e o tendão esquerdo deu o ar da desgraça depois da prova...
Fotos da Danielle Bertachini e do Gai.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

GP Cross de Triathlon - etapa Taquaras

Ok, já sabem no que deu a prova :-)

Uma prova inédita, onde eu não tinha a menor ideia do que esperar em termos de tempo e resultado. Não conhecia o lugar nem o percurso, e ainda fui direto pra largada sem assistir o congresso técnico no dia anterior. Tudo pra dar errado ? Não, tudo pra ser diferente, estimulante e divertido.

Muito legal entrar numa prova sem saber nada. Alinhando pra largada fui descobrir pra que lado seria a corrida e ali vi ao longe o morro que enfrentaríamos na bike. Bom demais ! O Cross Triathlon de Taquaras, primeira etapa do circuito catarinense, rolou neste domingo na praia em Camboriú. Distâncias mais ou menos de sprint e percurso em trilhas totalmente desprovido de partes planas. Um dia de sol e calor relativo, vento nordeste forte e um monte de doidos juntos.

Saí de Floripa junto com o Luiz e chegamos tranquilos ao local da largada às 6:40, arrumei as tralhas e peguei os kits com o Charles. Deixei a bike na transição e descobri como invadir o banheiro do hotel em frente sem ser detectado, que se mostrou bem melhor que o químico para os preparativos pré-largada.

A largada foi em 'downhill' para o mar, dada a inclinação que era a areia da praia. O mar é daqueles que 'encaixota' na beirada, de forma que aos primeiros passos todo mundo já caia de cara na água. Pauleira típica até a primeira boia, um cubo inflado branco de 2 ou 3 metros de altura, um marco perfeito para sinalizar natação. Depois o ritmo normalizou e saí da água nadando até raspar a barriga na areia com 13:21 e 780m no GPS. Fiz a transição um pouco lerda, pois me enrolei pra tirar a roupa de borracha e pra por a sapatilha (nunca tentei calçar a sapatilha de mountainbike pedalando, então não seria ali a primeira vez).

T1 atrapalhada
Saí pro pedal no trecho de 1,3 km que nos levou subindo até o começo da estrada de terra que subia mais ainda, e depois fazia uma curva pra então subir bastante, e aí ficava num plano curto e despencava pro outro lado. Essa descida era bem técnica, cheia de pedras grandes e valetas de água, mas uma curva bem fechada era fatal. Vi vários acidentes ali, uns 2 ou 3 esborrachados em cada volta. Não tem jeito, em prova técnica, a velocidade não justifica um estabaco, ainda mais naquelas condições. Depois vinha um trecho plano de terra e um pedaço de asfalto de novo, passando ao lado da barra sul e debaixo do bondinho, para então pegar mais subida e chegar na terra de novo, abrindo a segunda volta.


Durante uma subida mais azeda fiquei pensando que eu achava sprint uma prova esgoelada. Continuo achando, mas agora tem que ser cross. Coração na boca o tempo todo, fiz o pedal com fcmédia de 164, que é o meu limiar. Durante a primeira volta eu pensei em onde é que poderia comer o gel que tinha trazido. Não vi muita oportunidade, ou era grudado no guidão na descida ou subida, consegui no pequeno topo na estrada de terra e foi só ali.

Após de terminar a parte de terra pela segunda vez segui para a transição junto com um outro atleta que eu viria a conhecer depois, conversando sobre que louco o povo estava pra descer daquele jeito e se arrebentar todo numa prova tão curta.

Antes de chegar na terra
A T2 saiu bem rápida e me mandei pra corrida na praia de areias movediças. Lá comecei a passar gente, aí passei mais alguns na primeira trilhinha e então saímos no asfalto, uma rampa deveras inclinada onde andando rápido passei mais um que 'corria'. Aí entramos na melhor parte da trilha, já bem técnica, que descia até o outro lado do morro, no costão na beira do mar. Lá estavam dois staffs anotando o número, e na falta de um cone dei a volta neles e me mandei de volta pelo mesmo caminho. Um vai e vem danado de gente num singletrack bem legal e bom pra dar uma colisão. Infelizmente a trilha acabou rápido e veio a piramba asfaltada até a trilhinha, quando eu ouvi passos se aproximando rápido. Um atleta me passou mas não abriu, fiquei a espreita e no começo da trilha já passei de volta e forcei pra distanciar na a praia, onde visualizei o atleta com quem terminei o ciclismo. Estava mais perto do que antes e tentei me aproximar mais, só que não deu. Beleza, terminei a prova em 1h20 muito satisfeito.

Show de lugar, organização, de percurso, de mar e de público. Vários amigos reencontrados naquele ambiente único que é um pós prova. O Charles de primeira viagem fazendo estréia bonita, o Deco que veio dos pampas nadar no 'nosso mar' :-) e uma galera empolgada demais. O Daniel Meyer botando a família TODA pra correr é uma inspiração a parte, ver o pai dele de 72 anos na prova é sensacional. Certeza para o próximo ano.
Junto com o Luiz e o Ribamar no pós prova
E eis que saiu um resultado, 2º lugar na categoria a 18 segundos do campeão - foi o atleta citado ali em cima, que fiquei sabendo ser o Ribamar. Ele mandou ver depois de ter competido no dia anterior no GP20km, prova duríssima em trilhas na mesma região. É fera e muito gente boa, e tem na corrida o ponto mais forte; fiquei bem feliz por ter conseguido acompanhá-lo.

Grande competição, ótimo lugar e belo dia. Melhor só se durasse mais. A única reclamação fica por conta da distância. As anunciadas ainda pela manhã eram 18 de bike e 5 de corrida, só que saiu 13 de pedal e 4,3 run. Nada contra distâncias pequenas, ainda mais naquela altimetria, mas prefiro saber exatamente o que vou fazer. A natação foi certinha.


Bebemoração noturna

A Naida como sempre teve que enquadrar o pessoal na largada

Segunda volta, indo pra trilha.

Essa foto gerou um concurso para descobrir que diabos eu estava fazendo com a roupa nessa hora.
Além disso, devido ao ângulo inusitado, parece sugerir problemas capilares que não existem.
Trata-se de ilusão de ótica provocado pelo sol associado à água do mar e vento.
Fotos do Felipe Manente, Amigo do Charles, da organização e minhas.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Natação estranha com transição para bike indoor esquisita

O dia foi corrido, mas quem quer arruma um jeito. Depois de sair do trabalho e buscar a MTB na revisão, levar a Sogra em casa e pegar o pimpolho na escola, consegui ir nadar. Não lembro se comi algo, mas tinha comido castanhas a tarde toda.

Comecei muito estranho, os braços pesados. Educativos, aí 400m de fartlek e os ombros começaram a queimar. Muito estranho. Os bíceps cansaram, tríceps, tudo. Pensei seriamente em sair da água. Aí haviam mais 5 séries de 300m. Fiz a primeira para ver o que daria, braços cada vez mais pesados. Fiz uma e outra e aí faltavam só 3. Questão de honra. As duas últimas com pullboy e palmar. Que desespero. Os ombros estão 'fracos' até agora. Não entendi nada. Os braços não eram usados desde segunda quando fiz um funcional muito meia-boca.

Saí da água zonzo e com o ombro esquerdo parecendo que estava travado. Fui pro banho e me alonguei bem depois na academia e fui pra casa resolvido a não pedalar mais. Cheguei às 21:20. Aí comi alguma coisa e o cansaço braçal tinha diminuído. Não entendi realmente nada. Não era dor alguma, só uma canseira sem noção nos braços.

Pedal em seguida no rolo. Não tive saco de armar o computador e virei pra TV e assisti os mercenários no NOW. Fiz 50 min de variações malucas de cadência, e os ombros cansavam de ficar no clipe ou guidão. Tá chato pra digitar agora. Não entendi nada, mas saiu uma transição noturna na marra, terminada às 22:40.

domingo, 1 de setembro de 2013

Ultra Trail du Mont Blanc

Essa corrida espetacular estava na minha lista, mas depois de descobrir o sistema de pontuação e saber que tem uma menor de 100 km, decidi começar por esta última, a CCC. Ainda a definir quando.

Agora, a UTMB. Que coisa fantástica. Vir de Chamonix recentemente só fez acender a chamada de correr lá. A atmosfera respira esporte. Corrida. Mas também alpinismo em todos os graus. Na verdade acho que a questão cultural de lá é na verdade estar outdoor. Parece que todos o tempo todo estão praticando algum esporte. Claro que alguém deve trabalhar, mas é no turismo e correlatos :-). No inverno é esqui, no verão tudo junto e misturados. A mistura perfeita de montanhismo e endurance.

O Kilian Jornet que anda papando todas as provas por lá não correu, dedicado que está ao projeto dos cumes velozes. Mas neste ano aparentemente teve uma surpresa com o vencedor e o outro destaque foi uma mulher em 7º geral com quebra de recorde e diferença de horas pra segunda colocada.

Bom, aí está um resumo do espetáculo, acho que é o vídeo oficial.


LIVE - THE NORTH FACE® ULTRA-TRAIL DU MONT-BLANC® por UltraTrailMontBlanc