O pedal saiu no percurso do Iron, decidimos ir pro centro já que era feriado da cidade, mas tinha algum movimento. Fiz uma volta completa com o Marcos e Júlia e no pedágio me despedi deles, estava ficando acima do ritmo pretendido e queria rodar sozinho um pouco. Segui até canasveiras, voltei e fiz mais três voltas. Detalhe nutricional: levei 4 medidas de malto numa garrafa só e aquilo me estragou. Como o accelerade acabou, levei um saquinho com uma medida de R4 pra tomar no reabastecimento e isso ferrou de vez com o estômago. Devolvi alguma coisa verde na última volta, mas acabei terminando bem depois e ainda sobrou comida na bike. Foram 140 km moderados com o miolo de 125 km.
Descansei, dormi, almocei e a tarde já estava novo. Impressionado com a recuperação, tivemos pizza com vinho no jantar, o que foi uma boa carga de carbo para domingo.
Agora a meia, a melhor da história dessa pessoa aqui. E novamente depois de um longo pesado no sábado, é incrível como vamos nos adaptando. Dessa vez eu achava que estava menos treinado do que no ano passado, pois teve a lesão do aquiles em dezembro e realmente não estava conseguindo correr bem até final de fevereiro. Mas o apoio do Daniel Carvalho e do Matheus resolveram meus problemas. Em março já consegui fazer os tiros, mas mesmo assim achava que estava menos treinado na corrida.
Só que enfiei na cabeça que iria melhorar o ano passado, quando corri a 4:03/km. Ficou um gostinho de que era possível correr a 4 ou abaixo... Olha, é um esforço de concentração grande manter um ritmo forte por tanto tempo. É um forte suportável, claro, mas fica ali o tempo todo rondando o limiar.
Descobri nessa prova porque queniano não usa GPS: é porque eles de fato competem. Na frente, não tem ritmo, tem que marcar e conseguir segurar os ataques dos outros atletas e ver quem sobra mais no final. Acabei fazendo uma corrida de referência, acompanhando os amigos que eu sabia ter um ritmo daí pra mais forte. E deu bem certo, corri praticamente sem olhar o relógio, só olhava o pace médio de vez em quando e tentava não deixar o pessoal escapar :-).
O resultado foi uma corrida absolutamente constante, sempre no mesmo pace com pequeninas variações, coisa que não costumo fazer. Acho que estou aprendendo que é possível sair no pace alvo e ficar nele, sem sair alucinado e ir pifando.
A única encrenca foram as solas dos pés, que pegaram bastante do km 15 em diante. Fiz uma besteira no sábado... depois de terminar a bike, saí do estacionamento descalço e fui no taikô lavar o rosto no banheiro. Voltei de lá e topei com a 'bola' do pé esquerdo numa lajota levantada, arrancou uma tampinha entre a 'bola' e a base do dedão. Tratei a tarde e pareceu melhorar. E aí completei a burrice pegando uma meia nova, nunca antes usada, ao sair cedo no domingo. O resultado foram duas bolhas enormes em cada pé e a ferida sangrando bem. O que mais doeu foram as bolhas.
Acabei a prova inteiro, sem ficar absurdamente destruído, mas segunda-feira estava todo travado, abdômen e panturrilha doloridos. Fiquei andando meio torto o dia todo, e a noite acabei me convencendo a ir correr. E não é que regenerou mesmo ? Voltei bem melhor depois de 12 km bem leves. A natação de hoje melhorou bastante e até acredito que vou conseguir correr decentemente amanhã.
Gostei bastante de conseguir cumprir a meta. Ultimamente eu estou com um feeling ou chute muito bom, pois tenho conseguido bater umas estimativas muito bem na corrida. Preciso conseguir fazer isso na bike, mas lá as variáveis são muito mais amplas. Os resultados oficiais foram 1h24min08seg e 5º lugar na categoria dentre 109 atletas, 65º geral dentre 980 concluintes. Legal.
A semana também teve um intervalado inédito na esteira e uma bike urbana noturna na lagoa da conceição que foi sensacional. Semaninha boa mesmo. Que venha a páscoa e então o triathlon longo de jurerê. Grande abraço e fique com a gente :-).
Tentando acompanhar o Sérgio |
Galera da Ironmind concentrada para a largada. |