domingo, 22 de setembro de 2019

GP Extreme Penha 2019

Mais uma ótima prova em penha. Esse formato do GP é perfeito pra quem está sequelado da corrida :-), e falando sério, é uma distância muito boa pra testar o condicionamento e fazer força sem medo de ser infeliz :-).

Em 2017 eu estava com provas alvo mais longas adiante, mas neste ano creio que esta distância será a prova mais longa do semestre. Por ser colado no parque, fomos de novo com a patota completa - enquanto fui competir a turminha foi brincar no Beto Carreiro, e voltaram acho que mais cansadas do que eu.

Fiquei a cerca de 1 km da largada, então não quis sair antes pra voltar e tomar café da manhã. Saí só com 1 banana e um pedaço de cuca de uva (!). A área de transição estava bem estruturada e deixei a mochila no guarda volumes depois de arrumar tudo e matar um tempinho antes da largada do sprint. Largamos 25 min depois para 1000m de natação num mar calmo e geladinho.

Corri como nunca em direção à água e logo tomei um golão inédito qdo fui respirar pra frente, coisa que raramente faço, mas queria orientar bem e tinham muitos barcos pra confundir a navegação (sem trocadilhos). A paralela à praia aparentemente era com corrente contra e logo contornei a última boia e segui pra areia... corrida boa até a T1 e então saí rápido e agilmente para pedalar. Desa vez a caca começou na saída, pois achei que a faixa vermelha era 'monte' e não era, era 10 m pra frente na azul. Fui montar e derrubei a sapatilha (vou comprar uma caixa de borrachinhas pra prender a sapatilha), tendo que pegar num movimento de pinça com o dedão, calça-la sem as mãos e perder o Roberto de vista kkkkk.

Saí pra rodovia bem tranquilo e comendo um gel, já que o café da manhã já tinha virado fumaça. Uma vez na pista comecei a ritmar e com uma volta e meia já estava vendo a potência que ficaria até o final do ciclismo. Algo bem uniforme e constante.

Foram 8 voltas de 12 km totalizando 104 km de pedal praticamente plano e com pouco vento. Usei pouca água da organização e não perdi tempo nos retornos tentando deixar o pedal o mais homogêneo possível.

Ali pela 6a volta alcancei o Roberto. Segui sabendo que receberia uma marretada na corrida e era essa a ideia mesmo :-). Nada como competir com o mestre. 

Entrei na transição e me enrolei entrando por trás do cavalete para calçar os tênis e etc, deveria ter deixado o material pra frente mas fiquei com receio de tudo ser chutado pra longe. Saí correndo arrumando as coisas e descobrindo que tinha largado a bike em 4o geral.

Saí da T2 bem na hora que o Igor vinha fechando a primeira volta de 5 Km e liderei visualmente a prova por umas centenas de metros kkkkkk. Sem a menor expectativa fui correndo sem ver relógio até começar a ouvir passos. Achei que era o Roberto mas era um atleta de Blumenau que saiu feito um foguete e me passou antes dos 2 km. 

Logo depois do retorno o Roberto me passou, deu umas dicas e seguiu à caça. Acabaríamos invertendo posições ao longo da prova, sai pra corre em 4 e ele em 6 e chegamos ao contrário.

A corrida foi difícil tem termos pulmonares. Era estranha a sensação de esforço para um ritmo tão lento, suponho que isso deva-se obviamente à falta de específicos de corrida e de treinos de vo2. A bike segura o endurance mas não faz o milagre de nos fazer correr sem correr :-).

Cheguei bem e não tão sequelado quanto no olímpico um mês antes. Coisa boa. Fui pra massagem e comi uma feira inteira de frutas. Papo com a galera, premiação, arrumação e voltei pro hotel. Lá descansei e sai pra caçar comida. Achei um açaí e depois fui descansar mais até a turma cansar do parque. Minha estratégia de passar despercebido e não tentar ir bater perna por mais 4 horas deu certo :-). Saí pra uma padaria e comi um omelete gigante e uns pães de queijo e finalmente parei de ficar com fome.

Uma baita prova, fiz uma boa natação (mas nunca saberei pois não dei start no garmin) e um pedal excelente com mais potência do que em 2017. A corrida foi o que foi, boa por estar sem correr e muito aquém do que poderia. Agora é mirar na prova de estreia do GP em Canasvieiras em 1/dezembro.

Movimento retilíneo e uniforme

let's run !

Eu e o Igor kkkkk

Perseguindo o Roberto, #SQN hahaha.
Em que outro esporte pode-se competir com as lendas ?

6o geral / 1o cat

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Tri Day Series - Florianópolis 2019


Muitas coisas diferentes e inéditas numa prova na distância olímpica sem vácuo. Aconteceu nos ingleses, mesmo local do 70.3. Muito interessante fazer um olímpico daquela forma, com 8 subidas fortes e 8 retomadas no ciclismo. Seria um bom teste de FTP :-).

A prova é extremamente bem organizada e desde o ano passado fiquei na vontade de correr. Dentre as coisas muito diferentes estavam não ter corrido nas últimas 7 semanas. Apenas trotrei/caminhei 30 minutos na segunda feira. A outra novidade foi largar no seco, sem natação. O mar estava grande e revoltado, de forma que a organização corretamente cancelou a natação.

Largamos em time trial a partir da colocação das bikes nos cavaletes, então acabei ficando no meio do bolo. A cada 10 segundos 4 alucinados partiam correndo para pular na bike. A outra coisa nova foi ter largado de sapatilha calçada, pois havia um pouco de grama e um trecho bem curto de lajotas até a linha de 'monte'.

Ao sair em disparada empurrando a bike me veio à cabeça que nunca havia tentado pular na bike com a sapatilha nos pés. Acabei parando pra encaixar um pé e sai tentando encaixar o outro pé enquanto o pedal girava. Logo entramos na SC403 e a prova começou.

Foram 4 voltas de 10 km com o morro dos ingleses no meio. Muito interessante. A potência vai pros espaços e a perna é quem manda, pois é preciso dosar bem desde o começo. Como a atrasou para organização da nova largada, um vento que não havia passou a existir. Raramente vento me desequilibra no ciclismo, mas a descida em direção à SC401 estava bem divertida com vento de lado empurrando e sacudindo a bike. Difícil ficar clipado na descida, mas difícil não ficar pelo desperdício de velocidade grátis que se tem. Então era ficar e bem atento.

Depois de uma volta acabei entrando em regime permanente e comecei a passar bastante gente, não sei se mais de dois me passaram no pedal todo. O final foi bem divertido com uma chuvinha que só molhou o lado de lá do morro, aquele o ventoso.



Ao chegar na transição fiz uma trapalhada e fiquei com os pés de um lado da bike pra pular correndo muito antes do 'desmonte', de forma que a bike perdeu velocidade até quase parar. Como ainda estava a uns 20, 30 metros, resolvei voltar a pedalar, o que só rendeu umas 3 pedaladas até ter que desmontar de verdade, mas aí foi em cima da hora e quase deu com os burros na lajota. Saí perdendo sapatilha todo errado em direção à T2 e logo vazei correndo.

A grande incógnita era a corrida. O ritmo foi o que as pernas quiseram que fosse. Corri sem olhar relógio e já com uma certa apatia até o km 3, qdo vi o Roberto e o Rodolfo travando uma batalha épica. Ao ver o rosto do Roberto fazendo força, criei vergonha na cara e passei a fazer força mesmo que isso não se traduzisse em velocidade. No mínimo o máximo, sempre, é isso que o mestre nos inspira.



Até que foi decente nos primeiros 6 km mas no 7 veio uma dor aguda no tendão estragado e dali por diante fui quase pulando tentando compensar. Acabei perdendo várias posições, mas não foi uma catástrofe completa.

É curioso não saber o que esperar de uma corrida. Absolutamente sem ideia. Não dava pra saber posições pois as largadas foram separadas, mas terminando em 18º e puxando pela memória esmaecida umas 4 ultrapassagem só nos últimos 2,5 km, creio que em condições tendinosas saudáveis estaria numa boa situação. A bike foi a maior NP já registrada em provas, com média igual ao outro melhor olímpico (e a média cai demais nas descidas !). Apesar de quebradeira a corrida saiu pra 4:18, pouco melhor que os 4:15 da base aérea em novembro do ano passado, quando estava pelo menos treinando corrida (embora já sequelando no tendão que estragou legal no mundial 70.3). Mas claro, nada nem perto do normal para a distância.


Uma prova bem organizada e uma população de amigos do esporte e meus pais lá assistindo, difícil melhorar. A melhor parte é o ciclismo duro e técnico para um olímpico. Nunca tinha feito olímpico com muitas subidas.

Então era isso, o relato demorou mas saiu. Vamos para a próxima, GP Extreme Penha dia 15/set. Calcule a probabilidade do próximo relato sair antes de outubro.

Largada estranha

Desmonte patético
Alegria só por correr

Até que havia alguma decência biomecânica no início
Chegando. Não me perguntem porque pisei na grama. Sorry.