terça-feira, 27 de abril de 2010

IM Brasil 2010, tá chegando a hora !!!


O tempo voa. E fica diferente, quando medimos a sua passagem em semanas. Pois faltam apenas cinco. Cinco finais de semama e estaremos naquela largada magicamente energética rumo ao Ironman Brasil 2010.

A semana passada foi o pico do volume (acho eu, pois não vi maio ainda). Correu tudo nos conformes até quarta com o longão de 34 km, acho que nunca tinha feito treino pra maratona acima de 32 km. Aí a chuva veio e ficou. Quinta como iria para a volta à ilha, troquei a bike por uma natação de 4000 na piscina. Saiu em 1h18min moderado, achei que estava mais lerdo.

Aí sexta não consegui pedalar nada devido à chuva, peguei um rolo emprestado com o Roni da Ironmind e experimentei passar por hamster na bike. Botei as tralhas na sacada e comecei a pedalar as 20:30. Bronca da esposa. Aí em 45 min bronca do porteiro, vizinho reclamando de um barulho estranho que parecia alguma máquina. Fui expulso do treino e então terminei de arrumar as coisas para o dia seguinte.

Sábado a volta à ilha !! Show. Foi um intervalado de 9 + 9 Km com 3 horas de recuperação no meio, hehehehe. Domingo não teve jeito, só chuvarada, então no fim do dia levei toda a tralha mais notebook para a sala de ginástica do prédio e fiquei lá feito um doido pedalando 1h20min e correndo 30min, lá se foi o longo de 160 com transição de 10 km. Queria fechar umas três horas ao menos, mas não aguentei mais, nem vendo episódios de 24h e o fantástico filme de escalada progression. Segunda a corrida virou academia + esteira (eca) e hoje finalmente o céu abriu. Só que não consegui acordar cedo, então fui pedalar a noite na rua, tirinhos na beira-mar de SJ, depois então natação das mais complicadas, cheia de séries, intervalos e técnicas. Ufa.

Esse final de semana terá um simulado gigante, depois eu conto o que vai ser.

Volta à Ilha 2010

Voltando à volta à ilha depois da ausência em 2009, que coisa boa. Muito boa. Essa prova não é só uma corrida, é também uma gincana, festa, confraternização. Largamos às 5:15 com o William puxando o bonde, no João Paulo o Tiago assumiu e fomos para o casa design. Lá o Hélio me ligou e avisou pra preparar pra correr, estava muito enrolado lá no PC2. Fomos eu e o Anastácio para o aquecimento mas logo o capitão apareceu tranquilo como sempre e saiu zunindo.

A Cínthia chegou na transição do cesusc e lá se foi a Taty encarar as retas até jurerê. Fiquei lá vendo o povo e logo seguimos para o jurerê velho, enquanto o Anastácio e o Aracajú corriam, para esperar o Dariva, que não tinha aparecido na largada, o safado. Chegou com meia hora de folga e ficamos a papear até que o Anastácio apareceu e tocamos para a cachoeira, onde eu finalmente correria.

Saí do carro e logo seguimos para a praia, liguei o GPS e continuei andando. Quando fui começar a aquecer vi o GPS ainda perdido e lá longe o Dariva vindo. Quando estava a 20 segundos de largar vi que tinha esquecido o número no carro, saí com o GPS doido e não liguei o cronometro, gritei para o William pegar o número e me alcançar no caminho. Nisso só tinha o batimento pra olhar, e fiquei perdido, mantive a FC quase o tempo todo em 180, aí vi o Tiago pra me passar o número na cinta e toquei. Depois minha fantástica equipe me deu água e segui desesperado sem referências, mas aí tive que parar para número um. O Dariva foi muito rápido e me atrapalhou todo. Depois começou a morreba para a Brava. Consegui subir tudo correndo mas bati na fcmax, desci bem e quando estava a 50 mts da transição, já na areia, três cachorros vieram brigando na minha direção e passaram pelo meio das minhas pernas. Tropecei neles e acertei a canela esquerda em alguma parte dura de algum deles. Tá doendo até agora. Fechei o trecho sem saber o tempo direito, mas com o batimento lá na extratosfera, então tá bom.

A Cínthia voltou o morro e passou para o Tiago encarar o próximo até os ingleses, onde o Dariva tocou até o santinho, para dar ao William o prazer de correr o trecho das dunas do moçambique. Eu fui com o Anastácio, Tiago e Taty para a próxima transição no moçambique e ficamos lá com o Aracajú e Cínthia. Achei que era melhor me mandar, pois o trecho do Anastácio era curto e depois eu já correria de novo. Quando saímos, caos total. Tudo entupido, vans aos montes atravancando tudo, logo liguei para o Dariva, larguei o carro com o Tiago e saí correndo até o asfalto do rio vermelho, onde encontrei o carro que me levou até o camping para a próxima etapa. Fiquei esperando na chuva tentando aquecer e quando vi o Anastácio vindo me assustei, estava voando baixo. Segui no mesmo ritmo, socando lenha no plano até que deparei com a montanha da barra. Nunca tinha corrido ali. Corri até o final e a FC não disparou tanto, desci bem forte e segui nos ondulados até a joaquina, fechando num ritmo bem legal.

A Taty seguiu pelas areias da joaquina, aí a Cínthia no campeche até o morro das pedras e então lá se foi o Hélio para os açores. Lá o Aracajú aguardava para O SERTÃO. Saiu pela praia e eu e o Hélio olhamos e comentamos: "porque que tá devagar assim ? Tem que correr feito louco no plano pra compensar. Ih, será que vai demorar muito ?" Já começavamos a pensar no tempo total. Mas o Aracajú mostrou a que veio, matou a cobra e mostrou o GPS, que por pouco não é de Goretex. Fez 1h24min no temido trecho, performance assombrosa. Enquanto isso esperávamos lá no aeroporto, e até a Fabi apareceu, mesmo não correndo a prova. O Anastácio detonou de novo, mandou um baita tempo e largou a responsa com o Dariva e Tiago. O primeiro se mandou deitando os cabelos e o Tiago seguiu pra fechar com a autoridade de bater o recorde da equipe na volta à ilha, e conseguiu, pois fechamos os 150 fantásticos km em 12h47min. Completamos mais uma, comemoramos, tiramos fotos e corremos pra casa cansados, imundos, fedorentos, sedentos, estourados, famintos e felizes. Parabéns pra nós, turma !!!

domingo, 18 de abril de 2010

Infinita Highway - longão de 200 Km

Treinão superlativo de bike, acordei atrasado e saí no gás pra encontrar o pessoal lá na cabeceira da ponte às 6:45. Seguimos pelo estreito e barreiros até engatar na BR-101 e rumamos norte. Logo percebi o ventinho contra que acordava, mas seguimos bem. Juntei com o Kilder e Ricardo e quando vi fui lá pra frente, e pouco antes de tijucas parei pra atividade fisiológica de baixa complexidade, o Kilder ficou e fomos tentar conseguir o fone, etc, mas não o achamos.

Tocamos até o trevo de Itajaí e Brusque, retornamos e quando fui apertar o velcro da sapatilha saiu tudo. A coisa soltou completamente. Ferrou. Imagina ficar na estrada por um velcro. O Ricardo arrumou um elástico e eu achei um pedaço de estensor velho no acostamento, aí amarrei a sapatilha no pé. Em camboriú uma manifestação do MST causou um pouco de tumulto e depois veio o morro do boi, coisa terrível com 110 km naquele solão e calor, derreti. Na descida do morro um susto: logo depois de uma curva uma placa fechando o acostamento, e depois tudo coberto de areia e máquinas de manutenção. Ainda bem que vi antes, consegui reduzir e olhei bem pra trás pra ter certeza de que poderia entrar na pista da direita. De lá toquei até o posto do avião em porto belo, única parada. Catei uma caca-cola e um chá mate leão e já fui tomando os dois até o caixa, com mais uma garrafa de 1,5 lt na mão. Vi um sms do Ricardo contando de pneu furado e toquei.

Na entrada de Floripa, 180 km certinho, mas tinha mais 6 porque zerei tudo na ponte. Segui para o sul até a entrada da BR-282 e voltei. Lá estava o vento. E uma subidinha. Coisa sofrida, mas entrei na beiramar de SJ e absorvi 500 ml de água de côco estupidamente gelada, aquilo sim desceu redondo. Fui pra casa e fechou exatos 200 km, um audax, a maior kilometragem já percorrida por este que escreve. Deu média de 30,6 até o Km 180 e fechou total de 29,2. Saí pra correr tranquilo 6 Km e fechou tempo total com paradas, transição, etc, de quase OITO HORAS. Coisa impressionante.

Não fiquei mais acabado do que a semana passada, até parece que terminei o treino mais inteiro. O ajuste da bike tá perfeito, não tive maiores dores do que o esperado, só o punho tá incomodando pela pegada no clipe. Consumo: 3 gel, 1 nutry, 1 barra de proteína, 3 bananas, 5 bisnaguinhas com queijo, 2 garrafas de glicodry, quatro garrafas dágua, chá, coca-cola e água de côco, 2 club-social. Não cabia mais um palito nos bolsos da camisa quando comecei o treino.

Na volta quando fiquei sozinho comecei a cantarolar. Veio um monte de música, mas duas dos engenheiros do hawaii (sugestivo, não ?!) grudaram na cabeça, e tinham tudo a ver com o treino. Uma é infinita highway, outra é até o fim. Vejam as letras se não são pertinentes... Na corrida fiquei pensando como esse treino pro iron é sofrido, mas também como é recompensador. Lembrei muito da prova do ano passado. Fiquei pensando que o resultado já é positivo. Não importa o que acontece no dia 30 de maio, se eu fizer o máximo, o melhor, o resultado será o melhor. Pensei que não importa o nosso preparo, no dia a natureza pode ficar arisca e nos dar um mar quebrado, um vento doido, chuva ou sol inclemente. O nosso melhor é fazer o melhor nas circunstâncias que encontrarmos, o resto vem de brinde. E melhor significa aqui o máximo, e máximo, bom, máximo sempre dói um pouco ;-).

Fim de mais uma semana full, TODOS os treinos completados.

...
Cento e dez, cento e vinte
Cento e sessenta
Só prá ver até quando o motor agüenta


...

Cada célula
Todo fio de cabelo

Falando assim
Parece exagero
Mas se depender de mim
Eu vou até fim

Não vim até aqui pra desistir agora

http://letras.terra.com.br/engenheiros-do-hawaii

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Inventando desculpas... mas acabando com elas !!

Ontem consegui espremer a natação e a bike entre o final do dia e o começo da noite. Hoje acordei cedo pacas e não consegui parar um minuto. Às 19:45 consegui sossegar e fui jantar já desistindo de treinar, com sono e dor de cabeça. Afinal, seria só um intervalado mesmo... Aí fui pagar uma conta no computador e vi o blog do Deco. Acabei inspirado, afinal ele deu o exemplo quando saiu hoje às 4 da madrugada para o longo de 28 Km, então que mal haveria de ir sonolento e depois de jantar fazer tiros às 21:15 ? Também pesou o fato de que estes intervalados tem melhorado meus tempos de corrida. Ainda que a maratona do iron seja 'lenta', é uma lentidão relativa à normalidade, então quanto melhor estiver menos lento vai ser ;-)

Mas não deu muito certo não. O jantar começou a voltar depois do primeiro intervalo, interrompi o segundo e transformei o resto do treino num temporun meia-boca parecido com fartlek. Mas rolou um 13 km cheio de altos e baixos. O melhor foi a sensação de não furar um treino estando bem, sem dores, sem gripes e sem compromissos inadiáveis. Se for pra furar treino tem que ter uma boa razão, não desculpa.

Longão noturno de quarta


Quarta bem que tentei, mas não achei doido pra me acompanhar no longo de 30 km. Saí preparado para quase três horas. Mp3, glicodry e gel, com o carro de base no trapiche da beiramar. Comecei enrolando 20 min na base da Ironmind e me fui. Tratei de inventar distância logo no início, para evitar o vai-e-vem no final. Fui até a estação de tratamento da casan, voltei tudo, dei umas voltas no santa-mônica e fui até o córrego, voltei e passei no carro já no km 20, taquei meia garrafa de glicodry goela abaixo e fui até a casan de novo. Voltei até o trapiche outra vez e voltei de novo até o carro.

Estava há um tempo querendo fazer um longo mais cadenciado, e dessa vez não saindo de casa com os morrinhos de coqueiros, acho que saiu legal. Apesar da irregularidade das obras da beira-mar, o ritmo foi relativamente constante e fechou a 4:57/km, FCmed 147 bpm. Muito bom foi ver o treino depois e descobrir que os últimos km saíram bem, não cheguei a quebrar apesar da sensação de fome enorme - porém nutrido.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Treinão longão com transição

Sábado incrivelmente não treinei e descansei bem. Domingo acordei quando consegui, às 7:15, falei com o Rodrigo Lins por sms e concluímos que estava chovendo na cidade toda, de forma que fui pra sala e programei o despertador para mais 30 min. Acordei com chuva e de novo 30 min, foi nisso até que acordei às 9:15 vendo sol entrar pela janela. Corre, vai, rápido !

Arrumei tudo, tomei café da manhã, esqueci o protetor solar e fui. Cheguei na beiramar de são josé e fiz uma análise meteorológica avançada para decidi ir pro norte, queria girar até antônio carlos. Me perdi um pouco mas achei a estrada da corrida da Inplac, fui e voltei e cheguei na 101 com 60 km rodados, quando encontrei o Luiz Otávio voltando de Itajaí, os loucos foram na chuvarada às 6 da manhã até lá. Eu escaldado como estava fiquei esperando o sol sair ;-)

Depois fui pro sul e entrei na BR-282 rumo às estradinhas de santo amaro. Lá fiz 2 vezes o trecho reto antes de rumar para o centrinho, atravessei a BR e fui pra varginha, subidinha constante naquele vale lindo, até o fim do asfalto. Voltei alucinado, tomei coca-cola e abasteci dágua e fiz duas voltas no retão bem asfaltado até o trevo leste de santo amaro, entrei no centro de novo e aos 140 km achei o Rodrigo indo passear, saiu às 14 hs. Giramos em paralelo até a BR novamente, quando vi que comecei a ficar pra trás. O Rodrigo foi na boa e seguimos até a beira-mar de SJ, aí fui querer ajustar a distância e me perdi, seguimos até a esquina de casa e fui pra transição.

Ainda bem que levei dinheiro, pois um gel e 700 ml dágua depois e eu ainda estava seco. Tomei 500 ml de água de côco e voltei pra casa, fechando 7,5 km de corrida. Coisa estranha acabar o treino às 17 hs de domingo.

Cheguei em casa, banho e almoço, aí fui buscar uma pizza. Depois lanchei e tomei Whey, mas fiquei tomando água e suco até dormir. Eu ando muito faminto. Como disse o Lins, nestas épocas do treino parecemos um opala 6 cilindros mal regulado, anda muito mas tem que ficar enchendo o tanque sempre. No treino eu consumi 3 powergel, 2 garrafas de glicodry, 2 coca-cola, 4 garrafas dágua, 2 clubsocial, 4 bananas, uma barra de proteína, uma de cereal e meio litro de água de côco.

Muito bom encontrar o Rodrigo no final do treino, já estava cansando de mim lá naquele pedal, e com certeza cairia mais o ritmo sozinho. Mas foi um bom treino psicológico ficar rodando solo e inventando distância. A corrida foi muito tranquila, apesar das pernas parecerem dois tocos secos quando subi o morrinho que chega aqui em casa pedalando.

O pedal fechou 183 km em 6h16min pedalados e 6h44min total, muito bom para meus padrões pedalísticos naquela topografia e com tantos retornos. A bike tá show, regulei 2 vezes um pouquinho o banco e tenho que mexer um cm no clipe ainda, e também vou levantar a mesa dois anéis pra não ficar com o pescoço igual a um ponto de interrogação depois de pedalar.

Hoje fui correr só movido pela vontade. Nos primeiros 5 km estava quase tropeçando nos cadarços amarrados, esbaforido e cansado. Fiquei puto com aquilo, que palhaçada correr 24 hs depois de ontem. Aí encontrei o Maurício rodando no ritmo 'levinho' deles lá na beira-mar e consegui acompanhá-los conversando por 8 km, com ritmo excelente, depois que todos se foram rodei mais pra fechar e me perdi de novo, totalizando 16,8 km. Pra quem tava quase morto no início, foi um belo treino. Conclusão: "não reclama seu mole, no iron essa dorzinha e esse cansaço vão ser o paraíso". E não é que as pernas estão mais leves agora do que antes ?! Vai entender...

sábado, 10 de abril de 2010

Coisas estranhas que acontecem quando você treina para um IronMan


Dia de descanso não planejado hoje, e estou começando a me sentir um inútil. Acho que vou dar uma descida à academia pra não passar em branco ;-). Antes disso, algumas coisas interessantes começam a acontecer quando você treina para um iron, não sei se é normal, mas lá vai:
  • Sua esposa e filha não perguntam se você vai treinar hoje, mas o quê você vai treinar;
  • Você acha normal achar uma corrida de 15 km a 4:50/km um trote regenerativo pra soltar as pernas depois de um fim de semana pesado;
  • Alguém lhe olha estranho quando você comenta o que anda fazendo nas horas vagas. Ou então não acredita até onde vai pedalando: 'como assim vai até tal cidade de bicicleta ? Mas vai alguém te buscar de carro, né ?';
  • Seu filho quer alongar e ir treinar. Mesmo as 11 da noite ou as 6 da manhã;
  • Comida nunca é o suficiente; Bater um prato de macarrão depois de jantar é fácil;
  • Tem mais suplementos do que comida de criança no armário;
  • As pernas estão sempre pesadas e parece que isso é assim desde sempre;
  • Você desenvolve uma relação de dependência com aquela bolsa plástica de gelo;
  • As roupas de lycra ficam naturais de usar, e nem temos mais vergonha de pegar o elevador do prédio vestido sinteticamente dos pés à cabeça;
  • Os tênis tomam mais espaço do que os sapatos no armário (até porque são 3 vezes mais numerosos), para desespero da esposa;
  • Você fica até às dez da noite na oficina de bike ajustando múltiplos detalhes e esquece que tinha que nadar. Aí depois vai pra academia;
  • Acordar mais cedo no final de semana do que em dia útil é lugar-comum;
  • Você começa a usar hipoglós tanto quando seu filhote de dois anos.
Deve valer para outros esportes de endurance também, não ?!

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Frio, vento e chuvas passageiras... e 28 Km de corrida com fuga canina

Mas não sei não de onde vai sair idéia de rota e também tempo pros próximos longões, se este era o mais curto do mês. Fui pela baía sul e vi uma luz laranja perto do aeroporto, tipo aquelas de resgate militar pra iluminar o céu. Que será que estaava acontecendo por lá ? Aí meio perdido um cachorrão preto me atacou, baita susto mas consegui fugir. Contornei a prainha, ufsc, e chuviscos. Beiramar com ritmo excelente e MP3 em alto volume, ainda bem que levei e era de metallica para pior e ajudou a animar, pois treinos longos desse jeito a noite depois do trabalho, frio, chuviscoso e com ventão sul são mais mentais do que de perna.

Fiquei pensando que o iron é no oitavo final de semana por vir. Considerando que o último é leve, temos mais seis longos agigantados de bike. Sete de natação no mar, delícia, tá na hora de tirar a roupa de borracha do armário. Certo frio na barriga surgiu.

Outra coisa interessante que matutei é que essa comunidade toda de blogueiros atletas formam na verdade uma rede de auto-ajuda ;-). Sempre é inspirador ver os perrengues que os colegas passam para treinar também, as dificuldades que tem que superar, as saídas criativas. Vale pra todos, assim como na prova. E no final, tem sempre um mais doido que a gente pra que possamos mostrar pra família e dizer: "viram, poderia ser bem pior" ;-)

Longão de corrida, 28 km @ 5:01/km - fcmed 143.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Fim de semana da bike nova, dos treinos punk e do tombo

Pois bem, a tão esperada bike nova chegou na sexta-feira, fui lá em jurerê na clínica do ironguides onde estava o Max da konabikes buscar a Felt. Realizamos o fit e vim pra casa feliz rapidinho pra correr o longo já reportado aqui.

Sábado foi o treino de transição, 3000 de natação moderado a forte (mas lerdo) e então 60 km de bike, encompridados por mim na ânsia de testar a magrela para o pedal de domingo.

Domingo era o treino de 160 de bike com transição para corrida de 5 km. Encontrei com o povo na casa do Luiz Otávio às 6:45 e saímos às 7:15. Depois de uma meia-hora fui ajusar o clipe e eles sumiram. Não consegui pegar mais, fui indo e lá por itapema achei um cara de camboriú voltando. Conversamos um pouco e fiz o retorno logo depois do túnel. Vi que estava com média de 35km/h e me já estava me achando o lance armstrong quando percebi o vento sul na volta ;-) Voltei pensando em onde é que o povo tinha ido, e fui indo tranquilo até ver lá de biguaçu a chuvarada sobre o centro de Floripa. Logo pensei 'puts que saco, vai sujar a bike'.

A garoa veio levinha, mas ao entrar em São José ficou mais forte e em questão de segundos eu não estava mais na bike, deslizava no asfalto melecado. Levei um tombo forte numa junção de asfaltos conjugada com uma pintura branca. Lixei a lateral da coxa mas consegui salvar o braço com um rolamento dos tempos de judô da infância, dando com as costas no chão. A camisa não salvou e um esfolado básico rolou. Levantei feito gato assustado num pulo só, olhei pra trás e não vinha carro por perto, catei a bike e pulei um canteiro pra pista marginal e fui parar embaixo de um ponto de ônibus. Só lá fui pensar e entender o que houve. Fiquei puto no início, mas depois aliviado pelo que poderia ter acontecido. Ajeitei a bike, olhei por escoriações nela e tudo intacto.

Segui na chuvarada, cortei por dentro da cidade e cheguei em casa ainda na pilha com 148 km rodados. Na dúvida se ia pra casa ou correr, decidir por correr, só pra ver se conseguia. Foi bom porque descarregou um pouco a adrenalina do susto e entrei em casa mais tranquilo, ou menos apavorado. Pedal inaugural completo, longo, complicado, com chuva e vento e mais tombo.

Gostei muito da bike, indo praticamente direto pra um longo não tive maiores problemas de ajustes, apenas alguns detalhes a acertar. A única coisa errada é o tamanho do aerobar, feito para quem tem o ante-braço do tamanho dos habitantes de Pandora. Mas basta ajustar e serrar o que sobra de tubo que tá limpo.

Outra coisa interessante: a primeira semana do mês punk saiu completa e 'mais fácil' que a anterior. Treino, é claro. Mas também alimentação. Incrível com suplementação de proteína (Whey) e uns bcaa ajudam. O tal do glicodry também é uma maravilha nos longos, nunca tinha usado (quando achei que usava era o VO2 endurance), muito bom !

sábado, 3 de abril de 2010

A conta da mentira no longo de corrida


Tinha um longo de corrida de 26 km pra sexta-feira, pensei em ir cedo mas o pimpolho acordou antes de mim, aí fomos ao parque pedalar na bike dele. Depois, o almoço estava especial, e também não fui correr com sol a pino. A tarde operação especial para pegar a bike nova e fazer o fit e então lá pelas 18 hs consegui ir. Não gosto deste treino na sexta pois me deixa acabado pra sábado cedo, mas foi o jeito. Normalmente faço quarta, mas aí o difícil é terminar num horário decente.

Saí de casa e fiz a volta ao morro da cruz, cortando um pouco de caminho por dentro da UFSC. Parecia um deserto lá, nem cachorros no CED tinha dessa vez. Voltando pela beira-mar fiquei um tempo perto de um cara, mesmo pace. Aí acelerei um pouco e o cara veio de volta, ficou do meu lado, até que na subida da passarela me fui, mas ao parar pra uma água o cara veio bufando e passou voando. Continuei no mesmo ritmo depois da pseudo-competição e lá pelo trapiche, a uns 8 Km de casa, taquei mais um gel, pois estava ficando lerdo. Não resolveu, terminei os últimos kms bem lento, vinha vindo a 4:40 e o Km final pra casa, tudo bem que metade é morros, deu 6:30. Quando parei de correr na frente do portão do prédio, o gps tocou 26 Km @ 5:12, 141 bpm. Exatos. Conta perfeita pra fechar a distância. E não é mentira.

Foi o primeiro longo acima de 24 km que fiz este ano, e já dá pra sentir o peso de uns kms a mais, especialmente numa semana pesada, o da semana que vem tá bem maior ;-)