domingo, 26 de julho de 2009

Final do Tour


Fotos impressionantes aqui, com esta acima. O Tour acabou hoje depois de cruzar seis países em 21 dias de uma fenomenal disputal. Lance Armstrong em terceiro e Alberto Contador bicampeão foram os destaques da premiação, com o mais novo dos dois irmãos Schleck em segundo. Eu nunca tinha acompanhado a corrida tão de perto, muito legal. Ano que vem a coisa deve esquentar de novo, pois o Lance terá uma equipe só norte-americana.

Compilado da semana

Nada de bike, só 28 Kms domingo a tardinha depois do treino da lagoinha. Na segunda fui correr ainda travado pelo treino de domingo, aí terça nadei, quarta de molho por causa da chuva, era pra pedalar. Quinta rolou mais natação e sexta fiz um pseudo-longo de 16 Km. Ontem era pra ter treino de transição, mas não fui. Assim, somam-se míseros 3800 mts de natação, zero de bike e 47 Km de corrida. Vamos ver se engrenamos esta semana, a que passou foi complicada.

Meia-Maratona de São Pedro de Alcântara

Acordei às 7:30 meio lerdo e como vi chuva, voltei pra cama. Mas aí a vontade (e não a força) me fez dar uma espiada às 8 e vi que tinha parado, com um buraquinho azul lá nas bandas da pedra branca. Como a largada era as 9:30 (só mesmo inverno pra largar tão tarde), fui tranquilo lá pra São Pedro.

Encontrei a turma, Fabi, Tiago e o Rodrigo mascote. Largamos lentos, menos o Rodrigo que sumiu, e assim fui aquecendo até o Km 2, início das subidas. Lá comecei a correr mais solto e a passar um povo. Estrada linda pra correr, o solzinho apareceu. Bom abastecimento dágua e temperatura agradável ajudaram, pois era pra ser um treino leve e percebi que estava meio rápido, abaixo de 5min30seg/km de média com tudo aquilo de subidas.

Voltamos no ponto 10,5 e desci como nunca, não sei como. Marquei uns trechos de 4, 4:10 nas descidas/planos. Vi a turma subindo e continuei moderado, sem forçar demais, mas também não estava mole. Aí fechei a última descida e cheguei tranquilo depois de passar os dois caras que tinham me passado quando tomei gel lá no Km 16.

A simpática praça serviu de ponto para alongamento e conversa fiada de fim de corrida, bem organizada, barata e de percurso interessante. Tinha salada de frutas, refrigerante e água na chegada, além da medalha ajeitada. Fechei os 21 Km em 1h41min52seg @ 166 bpm, praticamente idêntico ao ano passado. A Fabi ficou em primeira na categoria e o Rodrigo em terceiro, já eu e o Tiago ficamos em sétimo nas respectivas, onde habitavam sete corredores :-) Prova típica de corredores de rua, muito forte sempre.

domingo, 19 de julho de 2009

Lá onde o vento faz a curva

Super treino hoje na lagoinha do leste. Fomos Anastácio, Fabi, Tiago, eu e o Rodrigo, um aluno do Anastácio que corre pra caramba. Saímos da armação, estrada até o pântano e aí entramos na trilha da lagoinha, onde chegamos em 1h. Cruzamos a magnífica praia e entramos na trilha do matadeiro, com forte vento de popa.

Na subida do morro pro matadeiro o vento tava forte. Aí no topo dei um passo e sumiu, parou tudo. Voltei um passo e lá estava o vento. Descobri onde é que ele faz a curva.

Seguimos pela trilha perfeitamente corrível, depois pela parte impossível de raízes e muitas pedras, até o matadeiro. Usamos os carros como PC, abastecemos e fomos encarar a praia infinita. Apenas 3,5 Km, mas levamos 26 minutos lutando contra aquelas areias. No morro das pedras, o Tiago fez menção de ir pra direita ainda contornar o morro do convento pra aumentar a trilha. Quase apanhou, e decidimos democraticamente ir direto pra lagoa do Peri. Entramos nas trilhas muito corríveis e sombreadas até pouco antes do trevo da armação e retornamos ao início após uns 20 Km em 3h10min de um belo treino dominical.

sábado, 18 de julho de 2009

Voltando aos treinos com tudo !

Atrasado que saí de casa, pensei em só fazer a bike e a corrida lá em jurerê, pois cheguei bem na hora que todos já estavam lá na primeira bóia. Fiquei puto com o celular e fui tirar satisfação, mas como tudo que é computadorizado só faz o que a gente manda: estava programado para tocar só durante a semana, o resultado é que saí sem as garafas e sem o polar.

O treino seria de 1500 de natação, aí três baterias de 18 Km na bike por 3 de corrida, a bike deveria ser moderada a forte, com uns tiros de 500 mts e a corrida forte. Pedalamos do Taikô à Daniela três vezes para fechar cada volta, aí corríamos do Taikô até o P12 e voltava, fechando 3 Km. Não medi as parciais de bike, mas tudo fechou 2h47min para 57 Km de pedal e 9 de corrida. A primeira volta de corrida saiu em 13 min, a segunda em 14 e a terceira em 15 min, já bem cansado e seco, pois só tomava uma agua na transição.

Aprendi a por e tirar a sapatilha pedalando e treinei uns tiros (só nas primeiras voltas :-), a 42, 44 Km/h por 500 mts, era o suficiente pra sentir o coração sair pela boca. Foi punk um treino tão forte depois de 7 semanas sem speed e correndo só longos.

Pra fechar fui nadar só na determinação, quando todos já estavam indo embora. A água estava gelada pacas, mas suportável com roupa a menos da cabeça. Senti umas pontadas no ouvido, deve ser resto da gripe. O mar ainda estava bom, mas já balançava um pouco com o vento sul que se acelerava, deu um certo enjôo pois comi muito antes de cair na água, pois já estava quase desmaiando. Voltei depois de 29 min de braçacas a tempo de ver o Roberto desmontando a tenda e rumei pra casa já passado de 12:30. Belo treino.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Lagoinha do Leste


Recebi um email perguntando de onde é a foto de abertura aqui do blog. Bem, tirando o corredor que estraga a paisagem, é a visão da ponta sul da Lagoinha do Leste. É uma praia paradisíaca no sul da Ilha de Santa Catarina, sem acesso a não ser por trilhas de nível médio.

É cercada por morros forrados de densa vegetação e tem uma lagoa de águas quentes que dão nome ao lugar. Essa praia de areia e mar grosso me é cara por diversas razões. Foi ali que começamos a acampar, a fazer as primeiras trilhas doidas a noite, onde bivacamos nos costões. Também foi ali que abri a minha primeira e única via de escalada, a Free Willy, junto o William. Subimos a trilha a noite, depois subimos o morro da ponta da felicidade (esse da foto), acampamos no topo e no dia seguinte fomos pra base de umas paredes (lá em cima na foto) e abrimos a via sem nenhuma inspeção prévia, totalmente protegida em equipamentos móveis. Uma coisa que até hoje não sei direito de onde tirei a idéia de fazer.

Aí então vieram as corridas e a coisa que parecia absurda, percorrer aquelas trilhas correndo, se tornou lugar comum. Mas sempre é um prazer indescritível chegar no mirante vindo do pântano do sul e ver aquela beleza toda, além da vista do cucuruto, que é das mais lindas que existem.

Temos usufruído do lugar para treinos do praias e trilhas e neste final de semana lá estaremos de novo, quando chegamos à praia vindos do pântano e rumamos rumo ao matadeiro e armação, fazendo a junção das duas trilhas de acesso à praia para repetir este treino.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Volta aos treinos pós desafrio

Passaram-se 10 dias sem nenhuma corrida, o maior intervalo do ano. Nesse meio tempo, só natações leves e pedal de MTB no domingo. Tá difícil engrenar a planilha depois do desafrio, mas vai. Ontem fui correr com a Taty, rodamos uns 18 Km fortes na beira-mar. Hoje fui nadar e penei nos tirinhos de 100 mts, tô muito travado na água.

Engraçado foi correr ontem totalmente sem lenço e sem documento, na correria de sair de casa esqueci boné (gelou a cabeça), relógio e meia. Fiz umas bolhas, mas foi bom correr sem saber direito como estava, só sei que era forte, na impressão uns 4:50 ou no máximo 5min/Km.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Recorde de corrida ao pólo sul !

Ray Zahab, o cara que já correu os 7500 Km do Saara (inteiro) em 111 dias, agora correu até o pólo sul em 33 dias, sem tração e sem esquis. Sedentário até 5 anos atrás, é o autor do livro "Running for my Life", que eu tô indo ali na amazon comprar.

Aqui, um pequeno vídeo sobre a corrida ao pólo, literalmente.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Preciso descansar mais ?


Depois de exatamente 7 dias de total marasmo e recuperação glicêmica, fui nadar segunda. Parecia estar nadando com uma luva de boxe em cada mão, a água estava pesada por demais, me esfolei pra 1800 mts em 50 min moderados. Fiquei com os braços pesados o resto da noite. Aí ontem fui correr 10 Km leves, voltei cansado pacas e tossindo os tubos, peguei chuva inesperada já na ida. Hoje fui descer pra uma musculação mas senti os joelhos na extensão. Acho que preciso descansar mais, ou então é a gripe.

Tour de France

Impressionante o tour deste ano, tudo muito nivelado tecnicamente, mas o Armstrong tá lá de novo de lider da prova, amanhã vai usar a camisa amarela. Coisa mais estranha esse negócio de equipe em prova individual, não entendo direito como funciona a pontuação, mas sem vencer etapa o cara já tá na frente.

São etapas bem longas, 190, 200 Km, com desnível à beça, um dia atrás do outro, mas sempre com tempos absurdos. Vão ter perna assim lá na china... Ou melhor, na França.



Assustador mesmo é ver aquele pelotão maciço e gigante andando junto em curva e descida, até que era de se esperar mais quedas.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desafrio 2009

Outra vez a AndarIlha em peso lá em Urubici. Fomos em 20 pessoas, entre atletas e familiares. Corremos com três duplas e quatro individuais nos 50 Km de subida e descida do morro da igreja, acho que éramos a maior equipe.

No congresso técnico explicaram para os presentes, que depois nos explicaram, que a estrada para o topo estava desmoronada logo no início. Resumo: teríamos que correr sem apoio, a aeronáutica só permitiu corredores, organização e um caminhão no trajeto até a igreja. Não teríamos o pessoal nos PCs do véu da noiva, no percurso de asfalto e nem no topo. Nada de tênis pra trocar, roupa seca ou suplementos, era carregar tudo desde a largada, tipo corrida de aventura. Saí lotado de gel, barras, manta térmica, tudo metido na pochete de hidratação até estufar. As duplas seriam transportadas para cima e para baixo num caminhão e teriam que necessariamente usar este transporte, o que causaria muitos calafrios e tremedeiras em quem esperava lá nas núvens.

Na sexta a noite o céu claro depois do jantar insinuava que teríamos tempo bom, mas aí ao amanhecer de sábado.... garoa fina e tudo muito úmido. Fomos para a largada, em poucos minutos aqueci e largamos. Tentei forçar o ritmo no início e já percebi que escorregava fácil no plano ensaboado com o asics, iria me arrepender da escolha do tênis depois.

No início da grande subida, muito cuidado para não me estabacar como no ano anterior, saímos vários embolados no topo e segui atolando sempre, o pé da impulsão simplesmente não ficava no lugar, era uma beleza. Pouco antes do véu da noiva, despenquei com tudo de lado, atolei o antebraço todo na lama, o que me obrigou a entrar no laguinho da cachoeira até as canelas para remover o barro. Quem tinha visto a queda perguntava se eu estava bem, quem não tinha visto achava que eu estava doido de entrar naquele lago glacial.

Cheguei no PC1 já na estrada com 1h40min, mesmo tempo do ano anterior, mas já bem cansado. Tomei uma coca-cola com powergel e me mandei rápido. Depois de uns Kms a Débora me alcançou e seguimos juntos fugindo da segunda colocada no feminino. Consegui acompanhá-la tranquilamente na subida, andando sempre que a inclinação exigia. Lá perto do cume o frio apertou um pouco, orelhas e dedos duros e chegamos no topo, só assinei o PC e desci direto, depois de encontrar o Anastácio tranquilo esperando o William que vinha subindo.

Levei 2h45min na ida, igual ao ano passado. Iniciamos a descida bem fortes, desci muito rápido para os meus padrões, pois em 44 min voltamos ao véu de noiva, uns 10 Km. Logo no início da descida vi o Tiago que vinha forte, depois o Aracajú e logo o William, aí Taty e Fabi coladas na quinta feminino e o Hélio com o Hugo na bike na sua corrida de aventura particular de pai e filho.

No PC do véu na descida, coca-cola e vamos pra trilha, até ali acompanhava bem a Débora, entramos na trilha e tropecei que quase fui de cara nas pedras pontudas do chão. Fomos indo, lá pelo Km 35 comecei subitamente a ficar vazio, bem fraco. A Débora me passou umas castanhas e damascos, mas não melhorou logo, de forma que ela se foi e eu fiquei quebrado de novo no Km 38, igual ao ano passado. Fui administrando para não ter que andar, mas tinha hora que parecia que engatinhar seria mais rápido. Lá pelo Km 40 ia parando para tomar gel bem no início da descida, mas resolvi tentar descer o melhor que dava e fui indo devagar e sempre, passei uns 3 e cheguei no Km 42 depois da looooonga descida final totalmente podre. Taquei mais gel, sal e malto e segui para o esforço final.

Não precisei andar nada, mas o ritmo caiu para 6, 6:20/Km mesmo com todo o esforço do mundo. A hora do gel era ansiosamente esperada, pois para tomar água eu andava e aliviava um pouco a canseira, mas ao menos não tinha dor nenhuma.

Já nos Kms finais na cidade visualizei o Cláudio Schlindwein. Passei por ele e levei-o junto para terminar correndo. Sprintamos no final dos 50 árduos Km com forças não sei de onde e fechamos empatados, por sorte depois é que vimos que éramos de categorias diferentes, hehehe.

Terminei em 5h27min, meu melhor tempo nos quatro desafrios, abaixando 10 min do ano passado. Fiquei em terceiro na categoria, com os dois primeiros empatados em 5h17. A Débora ganhou novamente em 5h9min.

O Tiago chegou com o excelente tempo de 5h36min, eu falei que o cara tava bem pra caramba, detonou geral com o terceiro lugar no seu segundo desafrio !! Logo veio o Anastácio e Cíntia fechando as respectivas duplas com 5h49 e 5h51, aí então a Taty chegou com seu pé torcido desde o Km 18 para ganhar a categoria (desistir jamais !!!). Depois, o Hélio e Hugo completaram com a bandeira de urubici em mãos um desafrio diferente e muito legal de ver, aí então veio o Queiróz pra fechar com chave de ouro a dupla com a Fabi.

Finalizamos com festa na premiação, jantar e pousada, onde rolou muito vinho e fondue de chocolate para combater os radicais livres gerados durante a prova. Baixei o tempo e fiquei em terceiro pela terceira vez, 17 geral dentre 103, as condições estavam muito parecidas com o ano passado, mas em certo ponto finalmente cheguei a me perguntar: "Quê que eu tô fazendo aqui ? Depois do Iron há 4 semanas ? Tô cansaaaado !"..... Talvez isso tudo seja para poder tomar um vinho com os amigos e escrever no blog depois. Será ?!

Aqui está o excelente relato da Cínthia e do Diogo. Já os resultados oficiais estão no site até o ano que vem. Vamos a umas fotos de destaque. Dessa vez o Daniel Queiróz nos acompanhou e fez fotos como sempre excelentes. As fotos não citadas são todas dele.

Olha os pés do Hugo enterrados na lama. Foto Hélio.

O cara corre 50 Km e ainda carrega a bike do filho, é um monstro ! Foto do Hugo

Chegada !

Chegada !!!

Chegada da Cínthia

Chagada do Anastácio

Chegada do Tiago !

Chegada da Taty

Chegada do Queiróz

Chegada da dupla-solo-bike-and-run !!!