domingo, 29 de abril de 2012

Sequência pesada !

Semana atípica de treinos, acabei não treinando nem quinta nem domingo. Bom pra refrescar a cabeça, já que foram dois dias off por excelentes motivos ;-).

Aí na sexta-feira estava tudo arrumado para sair de madrugada para correr, mas não acordei. Sobrou para a noite, e lá se foram os 28 km de corrida num ritmo apertado. Saí o mais cedo possível mas eram 21 horas quando consegui tirar os tênis. Recuperação relâmpago de pernas pra cima por meia hora e fui arrumar a bike para o dia seguinte, pois teria que fazer o longo no sábado.

Saí bem cedo, 6:10 com a bunda no selim em direção ao parque de coqueiros, onde esperei o Alexandre vir de carro para irmos até a BR para começar o treino. Só que demorou e no frio fui seguindo, sendo encontrado lá perto da Repecon, 9 km depois. Saímos para o posto marcado e encontramos o Tremel, Fábio e Bruno. Começamos o treino já em ritmo de prova ;-). Uma garrafa do Alexandre voou e na parada para pegar os três sumiram.

Tempo bom, pouco vento e céu claro, nublado de leve. Friozinho, tudo muito bom pra pedalar. Tocamos ficha até que perto de Tijucas o Fábio e o Bruno trocavam um pneu, conversamos e como estava tudo ok (mas ao que parece não estava ;-) seguimos, achamos o Tremel esperando em Itapema e atravessamos para Camboriú.

Média insana, mas como era pra ter vento, eu achava que estava tranquilo. Mas não estava muito, pois num pequeno trecho que tentei acelerar já comecei a sentir as pernas pesadas. Seguimos até depois de Navegantes e ao fechar 90 km retornamos. O Tremel foi mais 10 km pra fechar 200. A estrada de Camboriú em diante está horrível. Suja, ao contrário do trecho até lá que estava com o acostamento espantosamente limpo. Cheia de caminhões. Muito pesado pedalar por ali.

Assim que fizemos o retorno percebi a média mais absurda já registrada em 90 km. Mas aí logo fiquei preocupado. Puta merda, como estou longe de casa ! E se dá uma pane, rasga um pneu ? Ih, acho que tô ficando cansado... Não haveria resgate, pois o carro estava na estrada também ;-). E aí as pernas pegaram de vez, muito lerdas e senti umas fisgadas na musculatura do quadríceps. Fui na boa de leve e atrasando o Alexandre, tocamos até o morro do Boi, que subi na maior vagareza já com início de prego de fome. Entre sair de casa e começar a pedalar na BR foram-se 1h10min, o que bagunçou com o abastecimento alimentar.

Paramos em Itapema, comi um pão de queijo, coca-cola e chocoleite. Depois voltamos a pedalar melhor e então os pingos vieram, aí as fisgadas também voltaram. O ventinho de sul estava lá. E a chuva apertou, de fazer bater queixo ao trocar o único pneu furado, aos 160 km. Voltei a pedalar tremendo, só pensando em ir com cuidado e não fazer besteira. O Tremel tinha nos alcançado e seguimos os três na maior fria.

Ao chegar perto do posto onde estava o carro fui procurar alguma coisa pra comer que não fosse gel, achei 3 bisnaguinhas com peito de perú que eu tinha levado e esquecido ! Comi as três de uma vez só e os dois sumiram, aí acabei deixando passar a entrada para o retorno e os vi lá do outro lado da BR parando nos carros. PQP, !@#$%¨, ô bicho burro ! Não basta estar congelando, com as pernas todas travadas e faminto, ainda tem que errar o caminho ! Pensei seriamente em atravessar a pista mas logo me demovi da ideia, segui até uma passarela 1 km adiante, subi empurrando a bike e retornei.

O Alexandre me deixou em casa com chuva pesada. Ao entrar no carro larguei um 'tá que eu vou correr agora !', mas 15 min depois em casa a coisa tinha mudado de figura. As pernas estavam melhores mas o frio bravo. Aí fui direto da garagem pra dentro da academia do prédio, subi na esteira todo imundo de spray de sujeira da estrada e corri 32 min. Pronto, missão cumprida.

O saldo foi bom apesar da quebradeira, chuva, vento, de ter pedalado 9 km antes (totalizando 192 no dia) e da corrida na noite anterior. Mas não recomendo essa sequência não... ;-). Obrigado ao Alexandre e ao Tremel (também Alexandre) pela parceria, valeu !!!

Visual da ponte ao amanhecer...

sexta-feira, 27 de abril de 2012

30 dias para o lançamento....


Faltam 30 dias, treinos afiados e reta final, já dá pra ver a linha de largada lá na frente....
Acompanhem o 963 no Ironman Brasil 2012 !! Vai deixar o 454 de 2011 comendo poeira ;-) !!!

Primeira volta do ciclismo no Ironman 2011

domingo, 22 de abril de 2012

A semana mais longa na corrida, a ventania e o fim de tarde

Ainda bem que a semana antes de Caiobá foi leve, pois esta foi pesada, bem treinada. O bloco pancada ficou como sempre para o fim de semana. Corrida longa na sexta-feira, 32 km. Coisa séria manter um bom ritmo depois da semana que foi. Saí por coqueiros e cheguei na beira-mar e segui para o sul, 2 km indo e voltei até a UFSC. No trecho da beiramar o pace foi excelente e em coqueiros o GPS ficou sem bateria, 2h32min de brincadeira. Acabado é pouco, fiquei aniquilado, sem saber como iria treinar 10 horas depois. Dormir foi um desafio com as pernas latejando.

Sábado uma natação muito boa de 4000 m seguida de pedal de 63 km, girado pra não acabar de vez com os cambitos. Depois disso foi passeio e compromissos o dia todo.

Hoje acordei com o barulho do vento, forte, muito forte. 30 km/h com rajadas mais violentas. O consolo é que o sul fica parado, vem sempre do mesmo lugar. Marcamos de ir pra BR-101 mas o Sérgio ligou e combinamos de ir pra ilha, não seria prudente voltar 80 km com aquele tufão na cara, na ilha pelo menos seria um fartlek eólico. Juntamos com o Varela e seguimos para 2 voltas na beiramar. Uma viatura da polícia rodoviária nos deu uma bronca por estar na pista, saímos para a ciclovia que estava vazia e seguimos, mas depois do túnel lá estavam de novo. Achei que seríamos multados. No final, lá pelas 11:30 da manhã o mesmo policial passou por nós na SC-401. Olhou com uma cara de incrédulo...

Subimos para o norte e para enfrentar mais rajadas, vai e vem e depois repete. Na parada para água e coca-cola aos 100 km encontramos o Marcos Pavarini, que fez questão de parar para nos acompanhar no pitstop, até que diante da nossa calma, soltou um "tá, até quando vocês pretendem ficar aqui' ;-) ? Coisa boa encontrá-lo, saímos de lá e fizemos mais duas voltas no velódromo e então o Marcos retornou para fazer mais muitas, pois faria 180 km no circuito.

Pedal estranho. O tempo todo meio cansado demais, achando que estava com sede mas já hiperhidratando (2 pitstops para n. 1). Meio lerdo. Acho que pelo cansaço e por não ter jantado direito ontem. Melhorou depois da coca-cola. Voltei combalido e vi que fechou 28,9 km/h no total, até que bom para a pancadaria. Nessas horas, o negócio é não olhar pra velocidade, tempo. Só abaixar a cabeça e pedalar feito um doido. Saí pra correr achando que seria um desastre e foi ótimo, pace de 4:30 cravado nos 8 km, totalizando 89 km corridos desde domingo passado. Só fiz a besteira de comer um gel sem água, não recomendo. Ótimo treino.

Falando em não recomendar, a saída às 6:30 foi tapada. Saí sem capacete, o que percebi assim que deixei a garagem e senti o frio na careca. Voltei, encostei a bike numa coluna e fui pegar o capacete e óculos. Só que a bike escorregou e caiu de lado, esvaziou o aerodrink e os gels caíram. Volei e não vi a água, escorreguei com a sapatilha e caí de lado. Fiquei ligado o tempo todo pra não fazer besteira no pedal. Aí quando cheguei na frente de casa e acenei pro porteiro abrir, fiquei esperando e com o pé esquerdo clipado. Quando o portão abriu me empurrei do muro com o braço direito, só que com força demais. Caí feito uma jaca pra esquerda, de novo estatelado de lado no chão. Talvez canseira misturada com reflexos lerdos.

Enquanto treinávamos no tufão, a outra parte da turma competia no longo da Fetrisc em Jurerê. O Geraldo "Gai" tirou fotos sensacionais da prova, coisa profissional. Já nos brindou com DVDs do Ironman várias vezes. A cobertura ficou excelente e as fotos estão lá no facebook dele, aqui uma amostra:



E o dia não acabou, ao fim da tarde um pedalzinho com o Arthur e a Beatriz. O Adriano foi correndo de sandálias e eu de bike apenas para não ter que usar muito as pernas. Belo fim de domingo.

Sprintando !

Cansados depois de pedalar e correr
E já que é pra treinar, bom pra aquecer os motores para a visita do Sir Paul na quarta:

terça-feira, 17 de abril de 2012

Triathlon Long Distance Caiobá 2012


Primeiro e único triathlon do ano rumo ao Ironman 2012, o long distance de Caiobá foi mais punk do que no ano passado (para mim, claro). Desta vez fui sem a família, junto com o Varela, e saímos já às 13 horas direto até o destino. Pegamos um temporal na balsa em Guaratuba e outro depois do congresso técnico que lembrou o ano passado. Muita água, raios e trovões, mas depois clareou e caiu um ventinho.

A manhã começou bonita e com vento, mas como o hotel ficava num lugar alto achei que poderia não ter tanto vento na hora da prova, pois a esperança é a última que morre. Mas era nordeste malvado, e girou pra tudo quanto é lado e intensidade a manhã toda ;-).


Domingo cedo chegamos na área de transição, fila para entrega das bikes andando rápido e enfim tudo posicionado no cavalete. Recebi outro chamado urgente da natureza, eram 7:20 e a largada seria às 7:50. Os banheiros químicos não tinham todos os apetrechos necessários, então corri até o hotel da prova. Voltei correndo a poucos minutos da largada do short triatlhon, aquecimento realizado. Fui pra água e já ouvi a organização no microfone dizendo pra sair de lá que o short iria largar. Dei umas 10 braçadas e corri pra alinhar, entrei pelo meio do povo e fui lá quase pra frente. O short largou e logo nós.

Larguei correndo forte e já hiperventilando no início. A água estava escura demais, não dava pra ver nada até que a coisa acertasse você, o que me aconteceu duas vezes antes da primeira bóia, um calcanhar se aproximou rapidamente até o meu olho direito, entrou um pouco d’água no óculos mas continuei. Aí levei uma sola do pé no queixo, contornei a primeira bóia, e não vi mais nada além do sol. Segui a manada, fui atrás do povo e logo um caiaque estava mandando todo mundo ir para a bóia 2, lá no raio que a parta, praticamente perpendicular à linha que eu e mais um mundo de gente vinha seguindo. Fiquei muito irritado com um erro daqueles, acelerei, contornei a bóia e voltei à praia esbaforido e determinado a olhar direito na segunda volta até achar a bóia. Só que o sol ainda estava lá e a bóia estava na sombra do costão, amarela que nem as toucas e baixa, impossível enxergar. Desta vez fui me mantendo no meio dos caiaques que controlavam o percurso e deu certo, caí em cima da miserável. De volta à praia, 34 min no relógio, 1 min a mais que no ano passado, mas 2100 registrado no GPS, erro de navegação e algum ventinho, então tá bom.
Percurso da natação, dá uma olhada no tamanho das barrigas para acertar a segunda bóia...
Disso eu concluo que quando consigo ver pra onde ir a navegação até que é legal ;-)
Transição rapidinha e o pedal começou. Existia vento na ida, mas o ritmo era bom, fui mais tranquilo nos primeiros 20 km, ainda sem tropeçar nos malditos pelotões. Ao fazer o retorno peguei gatorade extra-gelado e continuei, mas o vento estava pior do que na vinda. Fui tentando segurar a média, mas comecei a ver e ser embolado em alguns pelotes. Um bem lento, forcei e não vieram mais, aí uma menina grudou na minha roda e não consegui me desvencilhar da cara-de-pau. Uma outra veio e deu uma bronca nela tão grande que ou ela ficou com vergonha ou quebrou o ritmo mesmo, mas sumiu. Nisso estava chegando ao fim da primeira volta, e no começo da segunda um acidente feio, vi duas bikes caídas e um cara na maca. Houveram vários acidentes e tinham alguns cones derrubados, não sei se pelo vento, carro ou ciclistas.

Em linhas gerais vi o diretor de prova de moto várias vezes aplicando punições por vácuo, mas os pelotões são terríveis e não se desfazem. Os fiscais apitam e dão bronca, mas como não param ninguém os caras-deslavadas ficam ali amontoados.

Cuidei bem da alimentação na bike e tentei comer tudo que levei, só sobrou um gel. Accelerade realmente funciona, é impressionante. Usei uma garrafa com 3 medidas e 3 gels no pedal e atendeu plenamente. Acho que a Pacific Health deveria me patrocinar ;-). Tentei manter a média mas a última perna de 20 km foi bem sofrida. Dores na frente das coxas e na lombar, muito vento (ou percepção de muito vento numa mente cansada). No final do percurso entramos para a cidade, a Valéria me ultrapassou e logo fomos engolidos por um pelotão enorme, seguimos todos embolados para entregar as bikes, fechando em 2h20min. Ali realmente não tem jeito, é como no início do ciclismo, é muita gente saindo da água ao mesmo tempo num trecho curto e lento, não tem como não embolar. Mas em lajota e com lombadas, acho que não faz grande diferença vácuo.

Saí pra correr muito rápido e encaixei um ritmo regressivo, primeira volta a 4:11, segunda bem pior e a terceira grudado a 4:40. As pernas não iam. Não estava cansado demais nem ofegante ou com batimento muito alto, mas as pernas tinham fisgadas de câimbras na frente. Parece que aquilo ali era o regime permanente. Tentei acompanhar um cara que me passou e corri a uns 4:20 por uns 200 metros e quase travou tudo. Também fui com um tênis leve, baixo, novo e sem meias, coisa que nunca fiz. Como lambuzei tudo de vaselina, deu certo, exceto pelo segundo dedinho do pé direito, que virou uma bolha só do tamanho de uma azeitona graúda. Vi atendimentos médicos na corrida, um bem preocupante perto do retorno da chegada, depois vi o cara andando sendo apoiado, mas a cena assustou. Estava um pouco quente, mas felizmente o sol deu umas escondidas. O abastecimento estava excelente, água e gatorade sempre gelados e coca-cola em um ponto.

Acabei a corrida em 1h32 e fechei a prova com 4h30min. 2 min mais lerdo do que em 2011. De início achei uma porcaria, mas logo fui percebendo o esforço, que tinha sido bem maior. A bike foi 1 min mais rápida mas certamente tinha muito mais vento do que no ano passado. A corrida definhou um pouco acho que da força que fiz na bike, pois no geral está melhor do que 2011. A natação me agradou mesmo com o erro, pois o pace de min/100 mts foi legal. Acabei ficando em 72º geral contra 87º em 2011 e na categoria pulei de 22º para 12º, então apesar do tempo maior, o resultado relativo foi melhor, assim como a percepção de esforço ! Viram, tudo é relativo ;-).

Condições mais duras que em 2011, atletas de alto nível e a turma da Iromind detonando com vários pódios e estreantes na distância de ‘meio-ironman’. Muito bom. Agora as turbinas já estão aquecidas para o Ironman, vamos em frente !!!! Também foi legal encontrar pessoalmente duas figuras virtuais, o Vagner Bessa e o Wlad... essas pessoas por trás dos blogs realmente existem hahaha ;-).

Agora a parte ruim: apesar de ter gostado muito da prova, tem dois pontos cruciais a melhorar: 1) As bóias precisam ser mais altas e de cor diferente das toucas. 2) A distância está errada de novo. Porque divulgar até na camiseta de finisher 90 km na bike se tem 81 e 21 na corrida se fecha 20,5 ?? Fora isso, sempre a questão dos pelotões. Não me importo tanto com o fato do vácuo ser trapaça, pois a minha briga é mais comigo mesmo, mas dessa vez vi como isso causa acidentes. Acidentes desse jeito numa prova eu nunca tinha visto. Mas o que tirou realmente o brilho da prova foi o caso da Vanusa Maciel, que se machucou feio numa queda. Que melhore rapidamente...

PS.: Atualização para descontrair: há relatos de um atleta pedalando com a roupa de borracha na primeira volta (40 km !!!!!!!!!!!!). Várias testemunhas riram viram o fato. Fico rindo só de imaginar. O sujeito pedalou 40 km com as mangas abaixadas e as pernas dentro do neoprene. Como é que pode ?? Não derreteu, pois aparentemente entrou na transição e tirou as calças e voltou pro ciclismo. Isto é incrível !

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Um ótimo feriado

Este final de semana foi sensacional em vários sentidos. Teve de tudo, treinos, viagem em família, reunião de amigos, trabalhos forçados, mountainbike noturno e domingo de páscoa.

Começou na quinta-feira, nadei ao meio-dia e fui pedalar a noite, fiz um circuito de MTB plano e bom pra manter um ritmo, aí na volta pela beira-mar com chuvisco o pneu traseiro furou. Troquei e não enchia direito, achei que era a bomba, estava perto de um posto e fui lá encher. Saí e ao passar por coqueiros notei o pneu baixo de novo. Enchi no último posto antes de casa mas não foi o suficiente, esvaziou tudo a 1,5 km e tive que vir empurrando. Ao chegar em casa vi que a fita de aro saiu toda e enroscou no cassete, arranquei e fiquei sem roda, pois a fita foi pro espaço.

Já na sexta cedo rolou um mega treino de corrida em jurerê, percurso do Ironman. Saímos uns minutos mais cedo o Alexandre, Sérgio e eu, o povo todo veio em seguida. Fizemos a primeira volta com as subidas de canajurê e retornamos fechando os 21 km e então mais uma volta de 10 km. Faltou pegar a pulseira amarela na primeira volta, hehehe. Mantivemos um pace muito bom o treino todo, a galera dominou a área e até parecia prova, uns argentinos aplaudiram lá em canasvierias ;-).

Araucárias no Refúgio
Depois disso viajei para Urubici com a Daiane e o Arthur. Sol espetacular e dia azul sensacional. Ao anoitecer eu e o Hélio saímos pra um pedal curto e logo depois fomos jantar e secar umas garrafas de vinho. Fez um frio razoável a noite e sábado cedo não acordei pra pedalar. Ficamos explorando a área, o Arthur andou por tudo quanto é lado e eu atrás dele. Aí lá pelas 11 horas o Dariva me ligou, estava na cidade também. Pronto, encrenca certa. Fugimos ao meio dia pra um pedal até o topo do morro da antena, onde se tem uma vista privilegiada da cidade. Subimos direto aquela pirambeira toda, sobe sem parar, mas pra descer é uma maravilha. Depois fomos almoçar e fui convocado para trabalhos forçado no refúgio, o capitão não deixa ninguém parar. Cheguei a serrar e pregar uns pregos, mas me mantiveram à distância de trabalhos mais técnicos e fui designado a cavar com a picareta. Ótimo treino.

Vista de Urubici, o morro da Igreja está no horizonte ao centro
Domingo cedo saí para o pedal longo de 180 km, 6:15 na estrada. Durante a manhã rodamos todo o percurso do Ironman, vai e vem e vem e vai, voltas e mais voltas num vento nordeste razoável. Um par de pneus furados e uma parada para abastecimento dágua e coca-cola. Saímos o Alexandre, Sérgio e o Varela e encontramos vários pelotes pequenos treinando, no final o Kilder se juntou a nós e nos últimos 40 km o Sawada. Cheguei em casa e saí pra corrida de 8 km às 13:20, onde encontrei novamente o Sawada, outro que não tinha nada melhor pra fazer do que correr na hora do almoço de páscoa.

Reunião da família, amigos. Treinos importantes. Viagem, refúgio na serra, . Melhor é difícil.

Pequeno homem explorando o território. Abaixo o fim de tarde


terça-feira, 3 de abril de 2012

Longo bem longo de ciclismo

Já foram dois 160 km, mais alguns de 150. Dá pra sentir que está melhor do que nos outros anos, e isso pode ser uma preocupação. Estaria muito cedo pra estar indo com tanta sede ao pote ?! Incrível como a coisa toda é relativa, estas distâncias pra pessoas que não são do meio soam como loucura, e pra gente já está ficando "comum". Mas só entre aspas, comum mesmo não é.

Neste domingo saímos para o pedal de 160 km bem cedo, 6:20 já estava pedalando. Encontrei o Sérgio vindo por coqueiros e voltamos para encontrar o Alexandre Tremel e o Manente no parque, rumamos pra ponte e saímos com o Fernando Varela e Alexandre até a repecon pra encontrar o Luiz Otávio.

Pegamos um pouco de pista molhada e garoa, mas ao leste só céu azul, durou pouco e serviu pra deixar tudo emporcalhado. Entramos num ritmo muito bom ao tentar acompanhar o Tremel e o Manente, porém sem forçar demais. Tenho tomado o cuidado de não usar a velocidade como parâmetro e sim o esforço, RPM e a FC, e neste caso mesmo apavorado por estar vendo parciais de 10 km tão altas, girando às vezes a 45-46km/h, sabia que o esforço estava sob controle e algum vento invisível nos estava propelindo.

Posto de hidratação. Foto do Manente
Atravessamos o túnel para Camboriú e retornamos pelo morro do boi, onde combinamos de reunir todos no posto do avião em porto belo. Seguimos mais espalhados e pouco antes do pedágio achamos um sujeito com a bike de cabeça pra baixo, trocando o pneu. Era um gringo, perguntando se alguém speak english. Deu uma certa confusão pois o cara se dirigia pra todos nós e pra ninguém, explicava que não entendia porque o pneu tinha furado, da sorte miserável que ele tinha, depois da sorte em passarmos ali etc, etc, até que o Alexandre soltou um what do you need seco. A resposta foi só tube. Demos uma câmera pra ele, que tirou o pneu com as mãos, recolocou também com as mãos (quero comprar um pneu destes !) e encheu um tiquinho de nada. It's ok. E saímos pedalando. Que cara mais confiante, vai 50 km BR adentro sozinho só com uma câmera e sem remendo, sendo que provavelmente teria dificuldade pra se comunicar, enche meia boca e sai socando a bota nos pedais... deve ser europeu ;-). Buenas, seguimos todos até o posto do avião, onde paramos pra uma coca-cola gelada e abastecimento de água .

Dali tocamos pro sul e passamos a ponte de tijucas. Logo depois da ponte veio o acidente, o Sérgio não conseguiu desviar de uma pataca de concreto no canto do acostamento e levou uma queda, o Varela passou por cima e foi pro chão também. Não consegui acreditar no dia e no local do acidente... O Panda escapou por pouco. Momentos de tensão, pois a queda do Sérgio foi de cabeça e o Varela deu uma pancada muito feia na coxa, mas voou pro mato. Pusemos uma atadura feita da manga da camiseta no corte na testa do Sérgio, observamos um pouco, avaliamos as possibilidades e resolvemos sair dali pedalando todos juntos, bikes intactas. Fomos seguindo devagar e o pneu do Panda furou, parei com ele e trocamos, seguimos e o Sérgio resolveu parar um pouco para sair do sol, o Varela e o Manente continuaram. Paramos num galpão na beira da estrada. Notável foi o comportamento do grupo, cada um contribuiu um pouco pra ajudar a recuperarmos da situação. Incrível também a calma e o equilíbrio do Sérgio e do Varela, não sei sei eu sairia pedalando depois de uma porrada daquelas.

Num dado momento o Alexandre resolveu refrescar um pouco a cabeça do Sérgio, pegou uma garrafa da bike e esguichou uma coisa avermelhada e viscosa, provavelmente resto de malto ou accelerade, bem na cara do nosso ferido. Ali a coisa já estava mais light, as risadas já não eram tão nervosas e a cena foi realmente hilária, apesar da gravidade. Uma hora o Sérgio pegou o celular e viu no reflexo do display o corte na testa: "caraaaaaaca, vai ter que dar 28 pontos nisso aqui !" . Saímos dali e fomos 100 m adiante parar num mercadinho chamado Quebra Galho, ao lado de um ponto de ônibus, onde esperamos o resgate vir, a Simone esposa do Alexandre veio de casa, amigos nota dez.

Prosseguimos no pedal o Tremel, Panda e eu, chegamos no parque de coqueiros e toquei pra casa, 165 km no total com 6h50 de tempo corrido com todas as encrencas e paradas. Saí pra correr solto por 6 km e então fechei o dia de treino, muito bom mas muito ruim ao mesmo tempo, preocupado demais com os amigos. Ainda no domingo falei com ambos, que estavam bem melhor e recuperando com boas previsões, estão firmes e fortes. Também foi uma excelente oportunidade pedalar com o Manente e o Tremel, valeu demais !

domingo, 1 de abril de 2012

Treino de esteira

Esse foi o fim de tarde, então o dia foi BOM !

Cheguei no Taikô no sábado, sonolento e com meleca no olho pois fui de carona. Já fantasiado de foca, o Marcos Pavarini chega de bike e na lata pergunta: e aí, vamos fazer um treino de esteira ? Os neurônios ainda não estavam plenamente ativados, demorei vários segundos pra entender do que se tratava. Primeiro pensei mesmo que era pra correr numa esteira, mas o dia era de natação e bike. Aí pensei no rolo pra bike, ele de novo. Até que caiu a ficha: treinar pegar esteira na natação.

Saí um pouco antes pois já estava ensacado e fiz a primeira volta com o povo, na segunda combinamos de ir revezando uma perna cada um puxando, são duas boias num percurso de 1000 m, e lá fui bem reto e certeiro até a primeira, depois o Marco seguiu e assim fomos. Nadar num 'pé' faz com que você possa se preocupar menos com a orientação (desde que o navegador não seja perdido) e possa usar menos energia. Notável a diferença que isso faz, nadei 3 min mais rápido do que o mesmo percurso de 3000 m nas duas últimas semanas, sem grande esforço. Muito bom.

Depois saímos pra um pedal com o Kilder, bem revezado naquele vento sul doido, 60 km com uma hora mais constante que por incrível que pareça ajudou a soltar a musculatura da perna mais um pouco. Belo sábado !