Aí na sexta-feira estava tudo arrumado para sair de madrugada para correr, mas não acordei. Sobrou para a noite, e lá se foram os 28 km de corrida num ritmo apertado. Saí o mais cedo possível mas eram 21 horas quando consegui tirar os tênis. Recuperação relâmpago de pernas pra cima por meia hora e fui arrumar a bike para o dia seguinte, pois teria que fazer o longo no sábado.
Saí bem cedo, 6:10 com a bunda no selim em direção ao parque de coqueiros, onde esperei o Alexandre vir de carro para irmos até a BR para começar o treino. Só que demorou e no frio fui seguindo, sendo encontrado lá perto da Repecon, 9 km depois. Saímos para o posto marcado e encontramos o Tremel, Fábio e Bruno. Começamos o treino já em ritmo de prova ;-). Uma garrafa do Alexandre voou e na parada para pegar os três sumiram.
Tempo bom, pouco vento e céu claro, nublado de leve. Friozinho, tudo muito bom pra pedalar. Tocamos ficha até que perto de Tijucas o Fábio e o Bruno trocavam um pneu, conversamos e como estava tudo ok (mas ao que parece não estava ;-) seguimos, achamos o Tremel esperando em Itapema e atravessamos para Camboriú.
Média insana, mas como era pra ter vento, eu achava que estava tranquilo. Mas não estava muito, pois num pequeno trecho que tentei acelerar já comecei a sentir as pernas pesadas. Seguimos até depois de Navegantes e ao fechar 90 km retornamos. O Tremel foi mais 10 km pra fechar 200. A estrada de Camboriú em diante está horrível. Suja, ao contrário do trecho até lá que estava com o acostamento espantosamente limpo. Cheia de caminhões. Muito pesado pedalar por ali.
Assim que fizemos o retorno percebi a média mais absurda já registrada em 90 km. Mas aí logo fiquei preocupado. Puta merda, como estou longe de casa ! E se dá uma pane, rasga um pneu ? Ih, acho que tô ficando cansado... Não haveria resgate, pois o carro estava na estrada também ;-). E aí as pernas pegaram de vez, muito lerdas e senti umas fisgadas na musculatura do quadríceps. Fui na boa de leve e atrasando o Alexandre, tocamos até o morro do Boi, que subi na maior vagareza já com início de prego de fome. Entre sair de casa e começar a pedalar na BR foram-se 1h10min, o que bagunçou com o abastecimento alimentar.
Paramos em Itapema, comi um pão de queijo, coca-cola e chocoleite. Depois voltamos a pedalar melhor e então os pingos vieram, aí as fisgadas também voltaram. O ventinho de sul estava lá. E a chuva apertou, de fazer bater queixo ao trocar o único pneu furado, aos 160 km. Voltei a pedalar tremendo, só pensando em ir com cuidado e não fazer besteira. O Tremel tinha nos alcançado e seguimos os três na maior fria.
Ao chegar perto do posto onde estava o carro fui procurar alguma coisa pra comer que não fosse gel, achei 3 bisnaguinhas com peito de perú que eu tinha levado e esquecido ! Comi as três de uma vez só e os dois sumiram, aí acabei deixando passar a entrada para o retorno e os vi lá do outro lado da BR parando nos carros. PQP, !@#$%¨, ô bicho burro ! Não basta estar congelando, com as pernas todas travadas e faminto, ainda tem que errar o caminho ! Pensei seriamente em atravessar a pista mas logo me demovi da ideia, segui até uma passarela 1 km adiante, subi empurrando a bike e retornei.
O Alexandre me deixou em casa com chuva pesada. Ao entrar no carro larguei um 'tá que eu vou correr agora !', mas 15 min depois em casa a coisa tinha mudado de figura. As pernas estavam melhores mas o frio bravo. Aí fui direto da garagem pra dentro da academia do prédio, subi na esteira todo imundo de spray de sujeira da estrada e corri 32 min. Pronto, missão cumprida.
O saldo foi bom apesar da quebradeira, chuva, vento, de ter pedalado 9 km antes (totalizando 192 no dia) e da corrida na noite anterior. Mas não recomendo essa sequência não... ;-). Obrigado ao Alexandre e ao Tremel (também Alexandre) pela parceria, valeu !!!
Visual da ponte ao amanhecer... |
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