domingo, 28 de agosto de 2011

Idéia fraca

O fim de semana de treinos começou na quinta-feira. Fui pra natação um tanto quanto estressado. Descontei na água. Aumentei o treino e saí de lá com os braços moídos mas satisfeito. Aí sexta aproveitei que o tempo estava bom e saí pro longo de 18 km. Fui pra beira-mar norte e lá no apoio da Ironmind encontrei o  Leandro Pimentel. Seguimos por 6 km em ritmo forte, e depois segui ainda no embalo até em casa, fechando um ótimo treino de ritmo. Achei que ficaria quebrado pra sábado, alonguei e me alimentei direito e parece que ficou bom.

Sábado saí cedo pra deixar a pequena na escola e fui pro Taikô. Não tinha vento algum, e na saída peguei a roupa de borracha: "vai que o mar tá bom". Estava com a garganta 'arranhando' um pouco mas não achei que era nada de mais. O Fernando Varela estava por lá pronto pra nadar, me empolguei com o mar liso e fomos pra água: Idéia fraca nº 1. Estava GELADO. A cabeça e o rosto doíam. O Valera ainda estava sem touca. Nadei até parar de doer e pouco depois do Campanário retornei, fechando uns 1500 mts. Saímos pra pedalar quando o Alexandre chegou.

Friozinho estava. Aí socamos a bota com o Alexandre puxando e no retorno eu sobrei completamente no morro de cacupé, só os alcancei porque eles me esperaram antes do pedágio. Fechamos 43 km em boa média e fui pra casa. Estava meio sonolento. Capotei a tarde toda, das 14:30 às 17:30, coisa que não é comum. Batata, garganta 'espetando' a noite, taquei chá, alho e limão nela. Ficou melhor.

Hoje acordei as sete pro pedal de 80 km que marcamos ontem. Estava muito podre, fui tomar um café com leite e me senti fraco. Voltei pra cama e mandei um sms pra avisar a galera. O tempo estava meia-boca, o chão da rua molhado mas não chovia, só que o vento uivava. A razão ganhou.

Acordei lá pelas 9 melhor, fiquei brincando com o Arthur até as 12:30 e saímos pra almoçar. Na volta a Daiane me deixou em casa e saiu. Decidi que o tempo tinha ficado bom (tinha sol) e iria pedalar um pouco. Imaginei ir pra Varginha (via BR-101 sul). Só que tinha acabado de almoçar e achei melhor esperar um pouco, deitei no sofá e acordei 40min depois: Idéia fraca nº 2. Saí apressado, arrumei tudo em 10 min e desci pro pedal: Idéia fraca nº 3. Pneu dianteiro furado, troquei e fui. Antes da entrada para a BR-282 a chuva veio. Aí apertou e decidi voltar, o movimento estava grande na marginal pois tinha uma obra na pista. A chuva ficou mais forte e entrei na pedra branca, para onde tinha um buraco nas núvens, imaginando que lá poderia pedir resgate se o aguaceiro ficasse realmente forte. Mas lá a coisa estava melhor, de forma que fiquei girando no percurso do duathlon e prova de ciclismo. Estava calor e com um vento nordeste quente, não me preocupei com a garganta mas não forcei o ritmo e mantive os batimentos bem baixos, ~130 bpm. Acho que expurgou a virulência, pois agora parece tudo bem melhor. Talvez seja esse vinho aqui que estou tomando.

E pra ficar melhor ainda: quando cheguei em casa lavei a bike da imundice toda que ficou e subi. Obviamente o sol já tinha saído, consegui pedalar no único horário do dia que choveu aqui hoje. Incrível.

Visual do fim de tarde, depois de pegar chuva

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Mountain Do Praia do Rosa 2011

A segunda edição do MountainDo praia do Rosa foi sensacional. Depois do ciclone do ano passado que destruiu a praia, este ano o percurso esteve perfeito e a organização idem, nota dez. Saímos de Floripa o Anastácio, Tiago e eu às 10 horas e chegamos ao local do evento em torno de 12:20, depois de almoçar massa com frango à beira mar da praia de Garopaba. Pegamos os kits e então fomos enrolar, pois a largada seria só às 15 horas. Logo apareceu o Varela e o Queiróz, e pouco depois a Taty. Fui circular na 'feirinha', até isso tinha na sede do evento. Achei boa parte da turma da Ironmind e voltei pra me arrumar pra correr - até então era calça comprida e moletom, fazia frio.

Saímos pra concentração da largada tarde, muito cheio de gente - éramos mais de 1000 atletas nas distâncias de 4, 9 e 18 km. Aí achei o Marcel da Ironmind e fui tentar voltar no carro pra pegar o número do Hélio (que não foi) para que ele corresse, sob clara pressão da equipe toda ;-). Infelizmente na correria não achamos e voltei correndo para a largada e saí com o Varela tentando arrumar espaço mais pra frente. Lá pela metade a contagem regressiva começou, largamos no meio da muvuca mesmo.

Resolvi sair forte para não pegar engarrafamento nas primeiras trilhas e deu certo. A largada era em declive, e o ritmo foi alucinante nos primeiros 500 metros, depois estabilizou em 4min/km até as dunas. Saí voando dunas abaixo rindo com os passos de gigante que dava na descida. Passei numa descida pelo menos umas 5 pessoas. Dali comecei a correr com um grupo que iria junto até o final, revezando posições e com marcação cerrada o tempo todo.

Seguimos para a praia do Ouvidor e as primeiras trilhas com morros chegaram. Um percurso mais técnico e eu não perdi muito espaço, o grupo se espalhou um pouco mas segui junto. Um trecho plano na praia vermelha e lá veio o povo mais rápido, só que não se distanciaram na trilha. Logo começamos a avistar a praia do Rosa. Um visual incrível o tempo todo nos acompanha neste prova, mas aquele era ímpar.

Chegamos na areia que estava em estado semi-gelatinoso e com maré alta. Logo um rio me obrigou a parar de frescura e enfiar até as canelas na água, que estava bem gelada. Seguimos com um baita vento sul na cara, e então um sujeito que não lembro o nome começou a revezar comigo a 'quebrar o vento'. Vácuo na corrida. Eu aproveitei e peguei também as pegadas já pisadas na areia mole. Chegamos ao fim da praia de 2 km na frente de todo o grupo. A proteção do vento não era o que mais ajudava, e sim o fato de revezar o esforço - a maior parte, psicológica - que ajudou a apertar o passo.

Logo no começo da trilha mais empinada do percurso meu cadarço soltou. Aproveitei pra respirar fundo e amarrei de novo e então saí atrás do grupo que escapou. Peguei o povo numa descida e então tocamos para os 2 km de trilha mais íngrimes da prova até a praia do Luz. Saímos numa estradinha aos 14 km com um staff anunciando que agora estava perto, que era só descida e que a entrada da próxima trilha era 'naquela mochila rosa alí no chão'. A trilha mais estreita e complicada do percurso nos levou a uma outra estrada de terra que só terminava na chegada.

Pega no final, já afogado. Foto do Marcel
Comecei a apertar o passo tentando buscar dois atletas que estavam correndo juntos e nos passaram no km 13. Um cara que eu tinha passado lá atrás veio forte e fui junto. Passamos o primeiro cara e o sujeito acelerou. Fui junto já esgoelado ao máximo. Numa descidinha na esquina da rua que dava na linha de chegada, ele se abriu 10 metros e não consegui mais chegar. Fomos nos aproximando com esta distância no segundo atleta mais a frente, mas no aclive (era declive na largada) afoguei completamente e os dois escaparam. Cheguei trotando antes de explodir com 1h30min, o último km virou a 4:08. Baita prova, excelente. Forcei do começo ao fim, como sempre.

O Varela chegou pouco antes da Taty, e aí então o Tiago e o Anastácio, que fizeram a prova no mesmo ritmo. O Queiróz veio e fomos tirar umas fotos de quem ainda estava lá, pouco antes de irmos embora. Parabéns a essa galera da AndarIlha que sempre marca presença nos MountainDo e à Ironmind, com destaque para o nosso treinador Roberto Lemos que foi vice numa batalha apertada com o Daniel Meyer, o campeão desta edição.

Resultado: cat 8/59. geral 20/?00. Na minha avaliação o resultado foi pior que no ano passado. Achei que tinha ido muito pior, mas acrescentei apenas 7 min com o percurso em trilhas em comparação com a maioria de estradão do ano passado. Bom, mas não o suficiente para pódio na categoria, onde o terceiro fechou em 1h26. A diferença para o campeão ano passado tinha sido de 7 min e neste passou para 12. Mas valeu demais deixar o último vestígio de energia no caminho. Porque bom mesmo é chegar com a sensação de dever cumprido e pernas moídas, de ter feito o melhor possível e sem mais nada a acrescentar. Bom, muito bom !!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Todas as maratonas até agora

Passando no km 33 fingindo que estava correndo (pra não ser arrancado da prova pela família)

Dias desses li que o Galindez fez a primeira maratona solo no rio. Já fez inúmeras em provas de Ironman, mas nunca tinha feito uma solo - interessante ! Não sei porque fiquei lembrando da minha primeira, em 2003. A ignorância foi uma benção àquela época. Se tivesse noção do perigo talvez não tivesse me metido naquilo, e se não tivesse corrido talvez não tivesse ficado tão dependente ;-), e aí tudo poderia ter sido diferente.

Eu tinha corrido uma rústica de 9 km e uma meia (muito boa, 1h35min), aí fui pra maratona. Quase fiquei colado no asfalto. Saí forte demais e quebrei totalmente, vomitei até não ter mais o que sair, tive cãimbras em tudo quanto é parte das pernas e andei uns 10 km. Mas fui até o final e fechei em 4h17. Fui andar direito só lá para quinta feira da semana seguinte.

Estou escrevendo isso pra não perder a memória. Porque antes do advento desse blog eu registrava as coisas numa pagininha no hpg, que saiu do mapa. E tinha algumas antes de 2008, quando essa escrevinhação toda aqui começou.

A contagem está em 21, incluindo as ultras (Desafrio é Ultra !!). Depois de 2003, teve a de 2004, cuja missão era consertar as besteiras da primeira, nota dez. Aí então 2005, quando consegui baixar de 4 horas mas dei umas quebradas. Em 2006 o Hélio me convenceu a correr o Desafrio, 50 km. No ano seguinte, conseguiu me abduzir e fiz a inscrição para o Praias e Trilhas, 42 km num sábado e 42 num domingo, repetindo em 2008 e 2009, quando também fui quebrar lá no K42 em bombinhas. Desafrio foram mais 5 depois do primeiro. A última maratona de Florianópolis foi em 2008. As maratonas do Iron somam 3 e a de Curitiba, a melhor até agora saiu em 3h16. Isso tudo é muito bom.

Chegada de Curitiba

domingo, 14 de agosto de 2011

Corridinha nas trilhas !

Pois é, essa coisa de triathlon me afastou das corridas em trilha que eu tanto gosto. Não sobra muito tempo, e como a corrida é a modalidade de logística mais simples, quase sempre saio de casa já correndo. As trilhas estão a meia hora de carro daqui, então o que era raro tem ficado improvável.

Mas no segundo semestre é um pouco diferente ;-). Semana que vem tem o mountaindo da praia do rosa, onde no ano passado consegui a 7ª posição geral e primeiro na categoria. Visual fantástico e prova divertida, então vou lá de novo esse ano. Só que do jeito que estou, que nem gato de pantufa, vai ser estranho. Só corri trilha este ano no desafrio e uma vez na costa da lagoa, donde então hoje fomos pernar um pouco nos morrinhos do leste da ilha.

Saí de casa cedo e peguei o Hélio e o William no caminho. Seguimos pra joaquina e então corremos até o beco do surfista para o início da trilha que vai até a praia mole por cima dos morros. Que maravilha ! Oposto total de ontem, vento frio e céu carregado, tempo doido este que anda por aqui.

Na mole fomos pelo asfalto e pegamos a trilha da galheta e então até o fim da praia. Voltamos na boa direto pela estrada, 1h20 pra 11 km com duas paradas pra apreciar o visual, leveza total depois da corrida de ontem, mas já suficiente pra religar os reflexos de correr em trilha. Muito bom ! Depois foi curtir o dia dos pais ao lado da família toda, sem preço.

X Duathlon Pedra Branca

Largada
Neste sábado à tarde aconteceu na Pedra Branca a décima edição do Duathlon da Fetrisc, nas distâncias de 5 km de corrida, 19 de ciclismo e 2,5 de corrida. Um dia de sol e calor de verão que há tempos não dava as caras por aqui ditou o tom na prova, que foi de alto nível e muito rápida. No ano passado com os morros eu tinha fechado em 1h11min, neste foram 1h02min de fogo na garganta.

Retiro o que eu disse sobre a prova do GP inverno. Essa sim é uma prova de explosão e nunca me matei tanto assim em evento algum. Deu uma fc média absurda já na primeira corrida (183), e a máxima bateu no teto. O calor colaborou bastante, mas a mania de sair forte também. As parciais dos primeiros 5 km foram um exemplo de inconstância: 03:23 03:45 03:57 03:59 04:23. A última está contaminada pela T1, que foi horrível.

Bom, a largada atrasou um pouco e largamos às 15:30 depois de uma espera de desidratar ao sol. No local da largada não batia vento, que estava reservado ao percurso do ciclismo. Todos alinhados e últimas instruções da organização e então a buzina.

Saí forte aproveitando o levíssimo declive e então no primeiro retorno, quando estava bem junto do primeiro grupo, bobeei no contorno do cone e todo mundo se mandou. Fechei o segundo retorno esgoelado e então na volta tinha um ventinho pra refrescar. A FC estava muito alta e não tinha tido água ainda, a boca estava seca e a garganta queimando demais, nunca comi serragem mas acho que a sensação era parecida ;-). No fechamento de primeira volta tinha água e sequei um copinho inteiro. Soquei a bota mais um pouco e alcancei um pequeno grupo e fomos juntos até a entrada na transição.


Deixei a bike posicionada bem no final da T1 e corri até lá no mesmo ritmo que vinha da corrida. Uma bike estava caída pra cima da minha, fui tirar e caiu o capacete da outra. Catei e botei no lugar, saí rápido e antes da faixa de 'monte', o fiscal achou que eu ia subir na bike. Fui dar bola e passei da faixa correndo, e então a idéia genial: pulei com as duas pernas em cima da bike num impulso só. Iria ganhar um segundo ! Só que o pedal girou e a sapatilha direita raspou no chão e soltou. Freei com a dianteira e a roda traseira levantou. Parei, soltei um palavrão, tomei bronca da fiscal, voltei 5 m pra pegar a sapatilha e então calçar na mão. Quando consegui começar a pedalar, o grupo que veio da corrida já estava fazendo a primeira curva lá na frente. Devem ter ido uns 20 s pro espaço. O problema não é esse, mas sim ficar sozinho. A saída era com vento na cara, e na ânsia de alcançar o pelotão o que consegui foi quase vomitar a coca-cola que tinha tomado pouco antes de largar.

Segui desesperado e logo comecei a ferver de verdade. Lembrei de beber água. Catei a caramanhola que estava no sol há pelo menos uma hora. Delícia tomar aquela água morna. Tenho certeza que pegava uma corzinha se jogasse um sache de chá dentro. Em 3 minutos a boca estava seca de novo, como se estivesse colada. Fiz duas voltas sozinho e então alcancei um cara que aparentemente estava esperando um pelote passar. Grudei na roda dele, não consegui nem passar para puxar, aí consegui dar uma acalmada. Chegou outro e empelotamos em três por uma volta e meia, quando veio um pelotão mais forte e levou todo mundo embora e eu sobrei. Comi um gel e foi horrível beber água quente em cima, quase vomitei de novo. Dali em diante não fiquei mais no clipe por um tempo, tive medo de voltar tudo com a cabeça baixa.

Comecei a puxar sozinho, já tinha me reestabelecido da corrida e dado uma baixada legal na FC. Forcei um pouco mais na quinta e sexta voltas, mas o pelote que tinha se formado não puxava, então continuei na boa pra começar a preparar para a segunda corrida, até que veio um mais rápido eu grudei na roda pra fechar o ciclismo. Entrei na área de transição alucinado e saí achando que estava arrebentando, quando vi o ritmo lerdo. Tomei mais uma água e joguei outra na cabeça e então comecei a encaixar uma corrida mais decente e assim fui até o fim. No úlitmo km ainda mirei em alguns atletas, não para passar porque estava muito longe, mas apenas para focar o pace e conseguir melhorar um pouco.

Fui pra área de dispersão, falei com os amigos, bebi dois gatorade direto e comemorei ! Vou dizer uma coisa, essa foi ardida. Que coisa ! Forcei demais mas não quebrei (acho que não dá tempo), mas passei um perrengue no começo do ciclismo.

Depois peguei a bike na transição e saí voando pra casa pra ir no encontro da galera da AndarIlha. Em 1h20 eu cheguei da prova, guardei tudo no carro, fui pra casa, tirei a bike e equipos do carro, tomei banho e dirigi mais 15 km. A correria não acabou na pedra branca ;-).

Depois falei por telefone com o Ferreira e parece que fiquei em 2º lugar na categoria e ele em quarto, muito bom ! O calor estava grande e o nível da prova visualmente mais alto que no ano passado. Não sei a geral, mas acho que entre 20. Ah, como fui sozinho, a foto é do facebook do Lucas Helal ;-).

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Duathlon simulado, evento ciclístico e cavalo solto.

A Pedra Branca !
Pois bem, sexta-feira me senti extremamente cansado depois de chegar em casa às 20 horas. Pensando que o treino era de tiros, que acabaria perto das 22 horas e que isso provavelmente anularia o rendimento no treino de sábado cedo, resumi a sessão desse dia a alguns alongamentos, abdominais e a um filme. Sábado saí cedo mas cheguei atrasado, portão da garagem estragado e máquina de cartão de crédito do posto de gasolina idem.

No taikô encontrei com o Sérgio Lopes e saímos para o treino de duathlon, 4 + 40 + 2. Saindo do estado semi-sonolento em que estava, logo tacamos um ritmo progressivo que terminou a 4/km com a língua de fora. Saí de manga comprida e botei a camiseta de ciclismo por cima ao pular na bike, para passar calor o pedal todo. Estava frio de manhã mas foi esquentando progressivamente. O pedal foi bem forçado e fechamos com exatos 40 km, bota precisão nisso.

O calor estava pegando, saí pra transição sem tomar água nenhuma e me sentido seco. Forçamos (pelo menos eu forcei pra caramba ;-) e terminamos o treino num ritmo bem forte - na verdade, foi tudo forte, FC muito alta o tempo todo, deve ser a falta de ritmo pois não estava calor pra isso. Deu 186 bpm na corrida, há tempos não batia nisso fora de provas. Belo treino na parceria do Sérgio, outros com certeza virão no caminho do iron 2012.

Aí no sábado a noite fui caçar percurso pro pedal de domingo e o Alexandre falou do ciclismo na pedra branca. Bela prova ciclística organizada pela federação catarinense, realizada na cidade pedra branca, onde será o duathlon da fetrisc no próximo sábado. Decidimos ir lá ver e chegamos pedalando na casa do Rodrigo , lá esperamos o Panda e saímos para girar no percurso. Eram 6 km com uma subidinha ardida e uma descida kamikaze que os caras faziam numa velocidade assustadora.

Largada de alguma categoria
 
Primeira curva

Três atletas e um equino
Largamos junto da galera, demos mais uma volta e passamos por engano por dentro do pórtico. Tomamos uma bronca da fiscal e seguimos para outra volta. Acabamos fazendo 4 ou 5 vezes o percurso, parando sempre no topo pra ver a galera sofrer. Num trecho de reta vinhamos papeando quando vimos um cavalo solto, amarrado com uma corda num bambú. O bicho estava bem acabado, coitado. Mas estava solto no meio de uma avenida, depois de uma curva durante uma prova ciclística. Ia dar merda. Aí fizemos a boa ação do dia, para compensar termos passado dentro do pórtico durante a prova. Levamos o equino para dentro de um pasto e prendemos o bambú por lá. Daí fomos ver a feirinha de equipos e a largada da elite e depois retornamos pedalando o restinho, pra fechar fantásticos 50 km à média estonteante de 22 km/h.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Primeira Lei de Newton

Lex I: Corpus omne perseverare in statu suo quiescendi vel movendi uniformiter in directum, nisi quatenus a viribus impressis cogitur statum illum mutare.


Ou dito em bom português, a primeira lei de Newton: Todo corpo tende a permanecer em seu estado de repouso ou de movimento.


O pai da ciência moderna deve ter entendido também um pouco de esportes (ao menos, arremesso de maçã). A primeira lei parece aplicar-se exatamente ao processo de manter-se treinando ou então ficar tropeçando ou parado. Quando você está treinando aquilo vira uma coisa contínua, e todo o foco está alinhado para manter a coisa. Já quando não se está (pelo menos, direito), qualquer coisa é desculpa pra continuar não estando.


Esses dias fiquei desesperado em ver o estado lastimável em que a minha corrida se encontra. Até saiu um tempinho bom no GP Inverno, mas foi excessão. Ontem o treino de 18 km foi tão ruim que lembrei de uma segunda-feira pré-iron onde 18 km era a rodagem. Fui conferir e o ritmo tinha sido melhor do que o de ontem, que era pra ser um longo em pace de maratona. Claro que sei que isso é uma coisa temporária, afinal já aconteceu nos anos anteriores. Mas não deixa de ser impressionante: parece difícil acreditar que há dois meses e pouco o ritmo era tão diferente.


O legal é que logo que engrena a tendência é continuar assim. Estou conseguindo treinar direto desde a quarta passada e depois de 2 natações horríveis hoje saiu uma bela série de 8x100 mts que foi surpreendente. Isso foi depois de um pedal pra lá de gelado de 40 km alternando moderado e forte - acabado como fiquei achei que iria afundar na piscina, fui mais mesmo para degelar o pé e o nariz.


Ou seja, a inércia é uma coisa boa ou ruim, dependendo da situação. É difícil parar de treinar, mas é fácil não voltar direito ou demorar a voltar. Tô voltando ;-)