sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Fodaxman Extreme Triathlon

Estou até agora atônito com o que conseguimos realizar no fim de semana na serra. Foi algo surreal, incrível, fantástico, magnífico, duro, lindo, espetacular e emocionante, pra economizar nos adjetivos. Ter co-organizado essa prova junto do Manente, Fabrício e Palhares e ainda corrido foi inacreditável.

Nem sei por onde começar então vai pelo começo. Num sushi em agosto definindo as linhas gerais da prova, até instantes antes da largada, pensando em detalhes, detalhes e mais detalhes. O Manente foi simplesmente incansável e onipresente organizando tudo enquanto nós três corríamos. Obrigado meu amigo !! Na sua vez de correr sou staff de certeza.

Pois então. Sexta a tarde reunimos todos os atletas para o congresso técnico no parque da largada, uma lagoa sensacional. Informações dadas, detalhes esclarecidos e fomos retirar o kit e fazer o bike check-in. Tudo perfeito, e então fomos jantar.

Comecei a começar a tentativa de dormir as 23:50, e 01:00 ainda estava acordado. Então acordei sem despertador às 3:45 para começar a preparar a largada. Uma banana e um café feito pelos meus magníficos staffs Luciano e Luana. Nada mais, pois ainda havia macarrão sendo digerido do jantar.

Fomos pro pier onde deu-se a largada de triathlon de longa distância mais sensacional que o Brasil já viu. Quem estava na margem se emocionou e riu descontroladamente. Exatamente às 05:00 do dia 16 de dezembro de 2017 começamos a nadar.


Uma volta, e então começou a clarear. Segunda volta foi com a aurora alaranjada anunciando um dia espetacularmente espetacular. Incrível largar a noite, nadar na escuridão sideral olhando as estrelas a cada braçada. Animal !!!!!!!!!

Comecei a bike estranho. Acho que tomar duas doses de R4 não ajudou, mas achei que estava há muito sem comer. Talvez aquilo tenha drenado energia para o estômago e não para as pernas. Só sei que cheguei na BR 101 com um sol espetacular e segui pra Criciúma. Ainda estranho, pernas pesadas, fazendo muita força e ofegante.

Começamos a trocar posições, várias atletas próximos uns dos outros. Em Siderópolis começaram os morrinhos e primeiros visuais da serra. Neste trecho pedalei com o Arthur Rufato e com o Fabrício, Sandro também estava perto.

A estrada já é bonita ali, e tinha um trecho de neblina fantástico e refrigerante, mas logo o sol começou a arder e assim foi o dia todo.

Ao pé da serra a parede nos intimidava, mas incrivelmente foi ali que comecei a melhorar. Subi a serra sem olhar pra números, e ao final alcancei o Palhares. No topo da serra tinha um posto de hidratação espetacular com a galera toda, muito muito legal. Comi pão de queijo e tomei uma lata de coca cola antes de seguir.

De lá até bom jardim tem um alívio legal, bastante descida e trechos pedaláveis clipado. Mas a alegria dura pouco e as subidas recomeçam, e vão minando o vivente. Até o trevo do cruzeiro quando vira-se para Urubici é uma coisa ardida.

Lá novamente outro alívio até o Pericó, quando então começa a cereja do bolo de crueldade. Uma subida de 20 km até vacas gordas, de onde despencamos até Urubici. Do km 165 até a cidade a média foi de 45km/h com 75 watts :-). Cheguei na T2 junto do Palhares.

Família toda lá, uma festa, mas eu estava meio alucinado e nem no banheiro fui. Esqueci do pão de queijo. Não passei protetor e saí correndo. Logo parei num poste.

Fiz o retorno no William, nosso staff referência em altimetria humana. Voltando vi o Palhares vindo perto, logo depois o Fabrício e então Sandro, Lívia, Cini. Passei na T2 novamente no km 7 e segui pras estradas de terra, onde o William e a Rita armaram uma mangueira pra molhar os atletas no sol escaldante das 14 horas de horário de verão.

Porém o calor não era tanto nas estradinhas rurais bucólicas do invernador. Coisa boa correr ali ! E então o Palhares chegou e seguimos juntos até o asfalto, onde o sol começou realmente a apertar. Muito quente, e a única salvação era a água que os fantásticos staffs jogavam na gente. Uma festa staffiana, o André e Dani e o Luciano e Luana estavam juntos a prova toda nos acompanhando desde o km 95 do ciclismo, coisa fantástica. O Luciano informou que o último atleta tinha entregue a bike as 16:20, todos na T2, exceto uma desistência na natação. Correndo e pensando na prova, mas sabendo que ela estava em ótimas mãos com o Manente na liderança e todo aquele pessoal fantástico no apoio, Doc, Éder, Matheus, graduandos, fisioterapeutas, árbitros da fetrisc. Não conseguia decidir o que me deixava mais feliz, estar correndo ou estar vendo a prova se desenrolar diante dos meus olhos com aquela perfeição toda !

Comecei a sentir uma desagradável pressão interna no km 21 e seguimos correndo e andando nos morrinhos (perfeitamente corríveis em condições normais), mas ao chegar no km 26 no pé do morro da igreja tive que libertar com urgência um urubu selvagem. Antes tinha trocado os tênis e o palhares escapou um minuto acrescido do tempo da evacuação, para nunca mais ser visto :-).

Outra tenda de apoio fantástica, uma coca cola e então toca reto pra cima toda vida !! O Luciano já vinha correndo trechos e dali pra cima correu tudo comigo, e a Luana foi no carro de apoio. Que subida surreal. Começar um trecho de 16 km no km 26 de maratona de uma prova full distance, já com mais de 11 horas de prova, ganhando 1100m de altitude até o píncaro do mundo habitado do sul do Brasil a 1800 m foi absolutamente ímpar. Nada jamais se comparou a isto na minha história no triathlon.

Seguimos por 5 km 100% caminhada, impossível correr. Aí então umas descidinhas, planos falsos e infinitas subidas empinadas. Sol forte, visual estonteante pra todos os lados até que fiquei realmente tonto, com olhos pesados e sonolento. Precisei sentar por 1 min no porta-malas do carro e tomar um redbull. Depois de um tempo comecei a acordar e logo estava melhor.

O morro da igreja é impressionantemente inclinado. Sobe o mesmo desnível da rio do rastro na mesma distância, mas não tem aqueles zigue zagues todos, são rampas loooongas de concreto rumo aos céus, no caso, um baita céu azul de fim de tarde.

Chegando no topo botei a camisa de ciclismo, estava sem camisa há tempos. O visual era cada vez mais magnífico e na curva final onde até caminhar é difícil avistei o Arthur me esperando. Logo a Daiane e a Laís e o Luciano correram juntos e entrei no pórtico de chegada mais fabuloso que já existiu, de frente pra pedra furada num fim de tarde azul às 18:45. Não há palavras pra descrever aquela felicidade, alívio, realização, orgulho, tudo misturado.

Dos 24 atletas, 23 completaram, sendo 11 no percurso principal com o morro da igreja e 12 no alternativo. Isso dá duas dimensões: a dureza do percurso e a tenacidade dos atletas. Todos foram absolutamente determinados e fortes até os ossos. Estamos todos de parabéns !

Sobre a organização, perfeito não é bem a palavra. Preciso achar uma melhor. Foi Épico !


Fotos do Duks, Ana, Celinho, Luciano e mais um povo animado :-). 

Congresso técnico !


Largada noturna em foto épica do Celinho

Histories do Flows 

A foto do fotógrafo !

Literalmente pedindo água !
Curtindo um pedal tranquilo, só que não !

T2 na pousada das flores !

Run in the sun




KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK



Sério, que linha de chegada é essa ????

Palhares, eu, Fabrício. Três organizadores, 2-4 colocados, 17 min de diferença

Sensacional !

Linha de chegada, recebendo a medalha do Manente, o Diretor de Prova Onipresente !

Meus amores !

Não há pórtico igual !


Não consigo parar de olhar pra essa foto


Premiação e almoço de confraternização na pousada das flores !

The View !

Challenge Floripa 2017 - torcendo o cabo sem estourar

Nunca fiz uma prova tão forte e tão despreocupado com o resultado. Ainda na largada ao lado do Fernando Couto, comentávamos que a prova duraria bem menos que os últimos treinos para o Fodaxman. E pensei com meus zíperes que os morrinhos da SC401 que preocupam no ironman não fariam nem cócegas.

Bom, o fim de semana foi cheio. No sábado o Arthur participou do Challenge júnior, e foi fantástico ver a gurizada com estilo perfeito, técnica apurada, se divertindo sem pensar em mais nada. Incrível, deveríamos ter um pouco dessa inocência esportiva....

E então largamos. Uma volta apenas, muito bom. Consegui ficar em vários pés, e quando saí, estava no do Couto, muito bom ! 27 min pra 1800m, excelente mesmo faltando 1min35min pra 1900m hahahah.

Na T2 fui ultrapassado pelo André Lopes que saiu 5 min depois e lideraria o ciclismo geral em 20 km. Saí forte e assim continei. Um pedal excelente. Forcei em todos os morros de forma divertida, peguei chuvinha na vargem pequena e no primeiro retorno no Floripa Shopping estava em 15o, algo incomum.

Fechei a primeira volta e segui pra segunda com leve ventinho a favor, soquei até não poder mais naqueles pedais e cheguei no Floripa novamente em 11o, para então só voltar com ventinho na cara.

Entreguei a bike e saí correndo tranquilo, consegui finalmente não sair alucinado e fechei o primeiro km com uns 4:10. Depois fui no feeling, feeling de calor, de ardor nos pés e dor no pescoço. Não sei de onde veio, talvez de subir todos os morrinhos no clipe, sei lá.

Corri a primeira volta bem, a segunda marromeno e então a terceira foi menos pior. Um calorão danado amenizado pelos postos de hidratação e banho e pela coca cola gelada.

O tempo todo monitorei os atletas na corrida e não olhei pra pace, só pras distâncias relativas. Conhecia poucos, e não sabia que tinha um da categoria tão próximo, pois pra mim quem vinha perto era o Cleuber de Curitiba. Chegando destroçado descobri aterrorizado estar em 2o na 40-44 e 9o geral numa prova de altíssimo nível. Uma grata surpresa para fechar um ano excelente e despedir da 40-44 em provas do Challenge.

Foi um baita final de semana, amigos por todo lado e a competição saudável de sempre, com desafios adequados numa categoria bem competitiva, em 6 min tínhamos 8 atletas chegando. Fotos do Duks, Décio e Foco Radical. Muito obrigado ao Éder pela preparação no sábado, realmente resolvi uma dor chata no ombro e preparei as panturrilhas pra sofrer :-). O Gean Hoffman deixou a bike perfeita pra socar nos pedais, e o Roberto como sempre me preparou da melhor forma, mesmo sem eu saber direito por pensar apenas no fodaxman nos treinos dos últimos dois meses. 4h31min, pedal 39km/h e corrida pra 4:30, foi bom ! Obrigado !






Sério, que guri lindo !!!!!





Até que estava com alguma postura

4 atletas do fodaxman saindo juntos da água !

Me esfolei nesse final

Chegada sempre é uma explosão !

2o na cat 40-44


quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Olímpico do Sonho

Sempre achei que deveria haver uma prova na praia do sonho. Um mar normalmente calmo, embora frio e aberto às ondulações de sul. Uma orla asfaltada e plana e recentemente (uns anos) uma rodovia asfaltada plana e longa.

Pois teve ! Foi há um tempo, mas o post não pode faltar. Terceira etapa do catarinense de Triathlon, a prova fui muito boa, porém debaixo de uma chuvarada danada.

A largada foi boa e gelada, duas voltas de 750m e então o pedal mais tenso que já fiz. 40 km em duas voltas num dilúvio com vácuo. Nervos à flor da pele e potência exagerada me levaram aliviado à T2, onde consegui correr decentemente depois de 2 meses sem treinos de intensidade devido a uma panturrilha empedrada.

Deu primeiro na categoria, muito bom ! A prova foi excelente e fechou minha participação no campeonato, pois não consegui correr a última em Penha. Por outro lado, fiquei em quinto geral no ranking de duathlon :-).

Resultados aqui e track do garmin aqui.

Visão estranha kkkkk

Auto esfolando-se na chuva !

Pódio !!

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

GP Extreme Penha 2017 - Quase tudo perfeito !

Provas nunca saem perfeitas, porque sempre podemos melhorar e perfeição não admite melhoras. Entretanto isso é um dos atrativos de um esporte complexos com o triathlon - é possível evoluir sempre, aprender igualmente e sempre achar uma margem de melhora.

Dadas as circunstâncias, essa prova foi muito, muito, mas muito boa. Um formato bem interessante onde, quando começamos a cansar numa modalidade, já pulamos pra outra, e a corrida acaba de supetão. Para quem treina para provas longas, é um prato cheio e obviamente enfático na bike. A repetir sempre e que o formato se propague.

Fui para Penha no sábado a tarde com a Daiane e o Arthur, a Laís estava ocupada no Rock in Rio e perderia o Beto Carreiro hahaha. Na verdade não planejamos nada e a ida ao parque enquanto eu corrida transformou essa prova num provável evento fixo no calendário dos próximos anos :-).

No sábado eu nadei pela manhã na piscina com uns dois ou três tiros de 100 m e a tarde pedalei 10 km em penha para testar a bike e ver se os pneus estavam bem cheio, etc. Todo suado fui para o congresso técnico ouvir as últimas informações e depois fui no Éder para uma sessão de Quiropraxia e colocação de tape no tornozelo afetado. Saí de lá zerado e fomos jantar num rodízio de massas excelentes em Piçarras. Tão excelente que comi além da conta e me senti estufado até o outro dia pela manhã.

O café pré prova foi uma xícara de café preto e uma fatia de pão com doce de leite e queijo, empurrados goela abaixo. Saí pra a transição que ficava a 700 m da pousada e ajeitei as coisas, encontrei a galera e fui nadar. Um mar estático e nada de vento, porém com nuvens carregadas que prometiam segurar o sol abriram o dia.

Larguei bem na frente e fui atropelado. Só na primeira boia comecei a nadar sozinho, o que não é bom. Procurei um pé e achei um já quase na segunda boia, estava nadando ao lado do líder de uma tripa de gente a uns 10 m à minha esquerda. Não sei se tinha gente no meu pé mas eu burramente não tinha pé na minha frente até ali. Da boia pra praia fui grudado em três atletas e se não ganhei tempo, ganhei descanso. Terminei a natação com 15:08 para os 1000 m de mar.

Saí da água com o Fabrício Massaranduba e o Igor Peres e corri forte para transição. Chegando na bike percebi alguma coisa estranha quando já estava pondo o capacete e vi a roupa de borracha toda fechada até o pescoço. Que asneira ! Tirei o mais rápido que pude e disparei, saindo da T1 junto do Palhares, segundo ele me contou, já que eu não vi nada além de um sujeito que quase derrubei ao montar na bike.

Comecei forte e ao final da primeira volta estava em ritmo de cruzeiro. Serial 8 de 12 km e uns quebrados, totalizando 104 km de pedal. Pedal consistente e ritmado, a cada volta os números estabilizavam mais até que no retorno da quinta volta tomei um cartão. Sei que o árbitro é soberano e não adianta reclamar, mas fiquei pasmo por estar num retorno, iniciando uma subida e ter sido imediatamente após ter sido ultrapassado por uns atletas. Acho que daqui pra frente sempre que for ultrapassado vou imediatamente acionar os dois freios até para, aí não haverá dúvidas..

Na sexta volta aproximei do Roberto e pensei em tentar ultrapassar, mas em mais meia volta ele abriu e sumiu de vista. Porém era um indicativo que o pedal estava bom chegar perto do Chefe numa prova. No final do pedal a potência caiu um pouco e os quadríceps já estavam anunciando uma corrida desafiadora. Entrei na T2 com 39/h, 2h39min e 238w de NP, o que era deveras bom. O Palhares entrou junto e como somos da mesma categoria saímos alucinados, eu ligeiramente mais psicótico pois sabia que a corrida seria regressiva.

Estava há 3 semanas só rodando sem nada de intensidade e tentei abrir o máximo no início. A chama durou 2 km e comecei a sentir tudo travar, foi assustador pensar em andar 8 km mas logo as coisas se encaixaram no limiar do desespero. Duas voltas de 5 km dá pra ver bem todos os atletas e fomos lutando saudavelmente entre todos. Passei o Massaranduba e mais um cara que eu jurava ser da categoria e depois vi ser da anterior. O Roberto vinha furioso rangendo os dentes.

Perto do km 6 fui tomar um gel, o único nos bolsos. Fui pra prova só com 5 gels e deixei um pra corrida, sem nada nas garrafas além de água. Fiquei com medo de quebrar e não quebrei. A 'jacada' da noite anterior segurou :-). Só que deixei o gel cair. Em uns 2 segundos pensei em abandonar, depois resolvi pegar e voltei uns 3 passos. Ao levantar vi o Palhares e mais um atleta vindo.

Saí correndo e no último retorno no km 7,5 eles estavam muito próximos. Resolvi tentar um sprint preventivo para evitar uma carnificina na chegada. Acelerei o que deu até os quadríceps ameaçarem pane e por pouco o Palhares não me passa, faltarm 4 segundos. 4 segundos numa prova de 114 km, fechada em 3h39min. Incrível ! Baita briga boa e divertida. Fechei a corrida em 41:08, até que bem mais ou menos pra expectativa prévia.

Chegamos desmoronando e fui procurar comer algo. Muitos algos foram ingeridos, estava realmente com fome. Baita fim de prova, galera da Ironmind em peso e muitos amigos presentes.

Fui tomar banho e voltei pra premiação. Tentei descobrir do cartão mas ainda estava o tempo de chegada, em 2º na categoria. Na hora do pódio fui chamado em quinto, prova da eficácia do infeliz cartão. O Palhares ganhou, pois pareceu que o campeão foi desclassificado já que havia sumido. Depois no resultado oficial ele estava sem segundo, o que não entendi nada.

O que importa mesmo mesmo não é o tempo ou o resultado, é o caminho pra chegar lá. E isso dessa vez me deixou muito satisfeito. Tentei fazer tudo no máximo como se não houvesse amanhã, dentro da realidade do que estava treinando. A sensação de deixar o máximo na pista é impagável e sempre deve ser perseguida por quem busca a satisfação plena, embora dessa vez tenha vindo um um cartão indigesto.

Quando fui pra pousada a Daiane ainda não havia voltado das montanhas russas brasileiras. Saímos de lá às 15:30 para almoçar em itapema às 17 horas, finalmente. Excelente final de semana :-). Até a próxima, dia 8 de outubro na praia do sonho.

Se não é pra arregaçar nem sai de casa HAHAHAHAH

Pódio, embora azedo

Parceria da prova toda hahahaha


Ali atrás a coisa era divertida. Na pista também, embora mais ardida

Tinha chutado umas 3h50 de alvo, erras pra baixo é sempre bom


terça-feira, 5 de setembro de 2017

Duathlon Blumenau 2017 - cada segundo conta

Mais uma prova de Duatlhon em Blumenau. Diferente de 2014, dessa vez fui sozinho sábado a noite depois de um dia bem divertido. Acordei cedo e pedalei 70 km com o Rodolfo e o Cassol na varginha, que é pra preparar as pernas pro desespero. Depois fui pra festa da família no colégio do Arthur e ficamos até o fim da tarde. Daí fui direto arrumar as tralhas, trocar as rodas da bike e partir pra Blumenau, onde cheguei as 21h azul de fome. Por sorte tinha um restaurante no hotel e por lá fiquei.

No domingo acordei e fui tomar um café mínimo, dado o exagero alimentar da noite anterior. Do hotel, 5 minutos até a área de transição, onde já encontrei todo mundo e achei o Fabrício e Décio pra me ajudar a encher o pneu que não enchia.

A largada era a uns 300 m da transição, e fiz um aquecimento leve lá evitando começar muito forte para preservar o tendão de aquiles afetado. Alinhei bem na frente e quase fui atropelado na largada, baita povo louco. Havia também revezamento e identificava os indivíduos dessa categoria pelo calção de corrida.

Apesar do esforço o ritmo estava lastimável. Fiquei bem pra trás, o que significa uns 40 ou 50 segundos do segundo grupo, então comecei o pedal sozinho. Logo encontrei dois caras e veio o Juliano, um ciclista de Rio do Sul com sangue nos olhos. Segui revezando o que conseguia com ele por metade da primeira ida e a volta toda. No retorno vi que estávamos bem longe do primeiro grupo e não tanto do segundo. Seguimos forte até a área de transição, onde fazíamos um mergulho em descida, curva e logo uma subida de elevado, onde deixei o Juliano escapar, desgraçadamente. Quase explodi as pernas e vi o cara se afastando, afastando até sumir :-). Porém eis que no retorno já estava bem mais perto do segundo grupo, e tentei forçar mais um pouco.

Acabou que não consegui chegar mas aproximei legal. Saí pulando num pé só na transição, achei que não daria pra correr dada a dor no calcanhar direito. Mas isso durou só os primeiros passos, logo calcei os tênis e saí em disparada.

Ritmo igual a primeira corrida. Pelo menos tem alguma vantagem não conseguir correr forte, que é não morrer na segunda corrida hahaha. Achei por bem forçar logo de cara pra ver se chegava em alguém, e cheguei em alguns ! Vi o Fabrício e Gabriel próximos e bem a frente, o Rodolfo lá na brigando com os primeiros e tentei ganhar umas posições. Nos últimos 700 m veio aquele pensamento maligno "how bad do you want it ?!" e apertei o passo tudo que dava. É aquela história, se 1 segundo dá uma posição, porque não apertar o torniquete até o máximo ?!

E deu certo. No funil final estava embolado com mais 4 atletas, todos sprintando. Passamos o pórtico embolados e fiquei feliz. Depois fui ver no resultado que chegaram dois atletas em 1:00:35, eu e mais outro em 1:00:36 e mais um em 1:00:49. Incrivelmente o atleta no mesmo segundo que eu era da cat 40-44 !

O Fabrício ganhou a dura categoria 35-39 com maestria, tá correndo demais o camarguinho ! Já o Rodolfo pulou de nível e está lá na frente dando trabalho pra Elite, simplesmente detonou na prova, correu junto o tempo todo, incrível !

Baita prova, mostra que cada segundo conta, e quando se quer, só acaba quando termina ! Até a próxima. Track do garmin aqui.

Assim sendo acaba o campeonato catarinense, com vitória na categoria 40-44 :-)

Descanso antes da pancadaria :-D

Tudo nosso HAHAHAHAH

Ciclismo excelente
Pedal furioso, boa potência, 39,4 de média num percurso perfeito e ondulado

Chegada nervosa hahahaha
Fotos foco radical, Fabrício, eu e o Vini que pegou a foto no piquenique, valeu !