segunda-feira, 18 de julho de 2016

Training camp Urubici

Indo pra Urubici frequentemente, há tempos queria fazer um camp por lá. Como todo camp, a ideia era uma imersão nos treinos, falar besteiras relacionadas e dar risadas. Acabamos confirmando em cima da hora e fomos o Fabrício, Manente e eu.

Saímos sexta a noite pra aproveitar o tempo. Depois de quebrar a cabeça pra enfiar as bikes no carro chegamos lá por volta da meia noite.

Estava frio, com previsão de mais frio porém tempo seco sábado. Acordei umas 8 horas e o céu estava cinza mas sem sinal de chuva. As sete faziam 3 C disse o Fabrício, que acorda antes mesmo de dormir.

Arrumamos tudo lentamente pra dar tempo da temperatura subir, inclusive tentei arrumar uns pequenos problemas hidráulicos. O frio anda tão forte que estragou uns encanamentos por lá.

Deixamos o carro na cidade e zarpamos pro pedal até o Cruzeiro, 90 km ida e volta com uma baita montanha no caminho. 700 metros de subida em 12 km pra aquecer.

Saca só a altimetria do longo de pedal

Ali já começamos a alucinar, o manente ligou o turbo em vôo cego, pois estava sem o garmin e portanto ia só na percepção de máximo o tempo todo. Eu subi forte e descontrolado no início e depois estabilizou. Alcançamos o Manente no topo (ele voltando pra nos achar) e seguimos no terreno fantasticamente ondulado dos campos do topo da serra, por volta de 1500 metros de altitude.

Estava frio mas tudo pode piorar. Chegando no Cruzeiro começou uma garoa, parecia que estava feio pro lado de lá, então assim que deu 45 km voltamos pois estava realmente frio. E claro, tudo piora. De onde vinhamos o céu estava preto e tempestuoso.

Voltamos com chuvinha mas o chão bem molhado e vento contra. Nunca senti tanto frio pedalando. Os pés mesmo com meia e saco plástico doíam.

Vi um cartaz de alguma coisa pendurado num poste. Era de plástico grosso, já se rasgando do sol e vento. Portanto não necessariamente destruí o cartaz, mas usamos pedaços dele pra fazer um moderno wind shield rural de emergência. Tentei por um pedaço na testa, que crescida que anda, comporta cada vez mais frio. Mas ficou ruim e tirei.

No Pericó parou de chouver e depois começou a secar. Descemos pra urubici já seco, ainda bem porque aquela serra com chuva causa caimbras nos dedos das mãos de tanto frear.

Uma vez na cidade fomos largar as bikes e almoçar. Almoçamos toda a comida que ainda estava no buffet do restaurante e depois fomos pra casa pra correr. Com um kilo de comida cada um foi difícil, então começamos ali pelas 17 horas.

O Manente faria o longo e eu e o Fabrício iríamos só soltar. Saímos juntos e por um km o Fabrício pensou em devolver o almoço. O Manente se foi com poucas instruções de orientação rumo ao desconhecido e logo desapareceu.

Voltamos com 3 km pra fechar meia dúzia de kms regenerativos e escureceu rápido. Morrinhos e terra batida, perfeito.

Já tomando um vinho fui olhar pra escuridão e lá vinha o Manente com o celular alumiando o caminho, pelo menos não se perdeu kkkkk.

Saímos pra jantar um absurdo de pizza e falar besteira até cansar, mas sempre assuntos científicos relacionados ao estado da arte do treinmento de endurance. Ainda trouxemos embora a pizza doce na caixinha.

Domingo saímos mais cedo pro treino de transição. Um pedal de ida e volta até o final da estrada que vai pro corvo branco, com céu azul e temperatura de sobrar vestimentas.

Fizemos o intervalado que foi excelente e depois a corrida de transição, cada um com um treino diferente.

Aí então foi só arrumar tudo e voltar pra casa no início da tarde, depois de um tratamento de crioterapia à base de rio. Baita fim de semana com amigos mais loucos que a gente, num percurso animal, duro, bonito e divertido, sem praticamente nada de trânsito, com altitude e ar puro. A repetir periodicamente. E são dessas que nascem as melhores ideias. Vem aí algo que você nunca viu. Fodaxman, em breve. #retardadostri #ironmind #urubici #fodaxman

Mirante de Urubici. A subida até ali requer muitos Watts
Na volta a alegria é maior do que na ida, a amiga gravidade ajuda
Solto a 70 % na terra batida
A pizza assustou o casal lá no fundo.
Essa coisa é do tamanho da roda da bike do Fabrício

Plantação de bikes
O cara desmaiou lá no banco de trás

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Treinos pós Ironman e próximas provas

Esse ano tem sido atípico, sem provas pós iron até agora. Normalmente já teria feito o Desafrio e o Marcio May MTB Marathon, mas por diversas razões que nem sei mais quais são não fui.

Tenho treinado constantemente embora dessa vez as pernas tenham ficado pesadas mais tempo. As primeiras corridas foram doloridas, e até agora mais de 10 km está dando sinais de canseira.

Como hoje por exemplo. Infelizmente esquecí o frequencímetro, mas a impressão era de sobrar cardio e respiração fácil, mas as pernas estavam bem pesadas e doendo mesmo. Toda a musculatura, atrás, dos lados e na frente, coxas principalmente. Talvez resquícios do fim de semana que foi forte.

A natação está surpreendente, depois de 2 semanas de moleza veio firme de novo e estão saindo tempos muito bons. Acho que melhorei o posicionamento na água.

Já a bike está muito boa também. Os treinos de rolo estão começando a ficar fortes de novo apenas desde a semana passada, mas os ritmos na rua estão bem tranquilos e saindo números interessantes.

É curioso como o condicionamento se preserva, mas ao mesmo tempo parece que as pernas ficam cansadas mais facilmente, ao menos na corrida.

Esse mês talvez não tanha competição também, a definir o powerman. E aí então vem o alvo 1 do segundo semestre, o mundial de 70.3. Depoi, o outro alvo 1, o Ironman Fortaleza. Vamos ver o que vai ser, divertido e dolorido eu garanto que será.

Por hora devemos ter um inédito trainning camp na serra, pois é hora de subir muito morro pra ganhar força e potência na bike. Isso dá resultado. Em julho do ano passado foi um bloco intenso, janeiro idem, e agora começamos a primeira semana de várias de morro em cima de morro.


Fico pensando se daria resultado também na corrida. Será ? Colocar trilhas cheias de morros no longo ? Chefe e aí :-) ?

A natação aparentemente já tem 'morros' e eu que não sabia. O palmar já está lá em todos os treinos há mais de um ano. Será que por isso melhorou ?

Bom, os devaneios são muitos mas o tempo pra tudo escasso. Por hora é isso, inté.