quarta-feira, 29 de abril de 2015

Longão de Jurerê FETRISC, a amostra grátis do Ironman Florianópolis

Pedal na búzios
Não sei mais quem falou, mas a descrição encaixa bem. Uma prova de triathlon de longa distância - mais ou menos um terço de um Ironman, ou dois terços de um meio, um olímpico e meio, tudo mais ou menos - no mesmo local do Iron, um mês antes. Bem legal, sorte de quem veio. Abaixo o clima da transição antes da prova, de noite igua ao Iron ;-))


Acho que agora vou fazer sempre, pois mesmo ano passado sem Iron eu fiz. E dessa vez saiu tudo perfeito, literalmente. Não fiz besteiras na transição, a roupa de borracha não entalou e nem comi nada que me deixasse estragado. Claro que sempre tem os quases. Quando algo dá errado, foi por um detalhe, e quando dá tudo certo também. Os quase errado foram a noite mal dormida e um exagero relativo no treino de bike no dia anterior, além de quase ter errado o caminho na corrida (seria a imbecilidade mais estúpida da história), mas o Fabrício me salvou.

A galera de sempre estava lá, prova no quintal de casa dá nisso. Alguns poucos atletas de outros estados e o grosso mesmo dos 160 eram da região e provavelmente a maioria vai pro Ironman.

A largada foi a de sempre, com a "Dona" Naida botando ordem na marmanjada afobada: "se eu ver alguma cabecinha debaixo da faixa não vai largar" :-)))). E largamos num mar especial. Nadei entalado e relativamente tranquilo até a primeira boia e então totalmente sozinho. Na volta pra praia olhei de relance pra trás e vi que puxava um trenzinho aquático. Segunda volta solta e espetacular, poucas vezes nadei num mar tão bonito, liso, sei lá o que era, talvez o sol com uma luz perfeita, só sei que fiquei viajando até ver que estava respirando muito fácil e aí apertei o torniquete pra fechar a água, 30 min cravado e ~2000m, gostei.

Corri pra T1 que era longe e me mandei pra bike, o Cini saiu comigo da transição e desapareceu à frente. Daí entramos no circuito de cinco voltas com duas passagens nas lajotas, 10 no total. Algo bem travado e técnico, mas muito bom tirando a vibração no trecho de não asfalto.

Fiz o pedal mais constante que pude, apesar de levantar e sprintar nas retomadas nos retornos de 180º. Ainda assim foi constante, com IF 1,02. Pedalei o tempo todo mantendo atletas de referência nos retornos e passagens, sem quase olhar para números. Foi na medida do possível, não sei se conseguiria forçar mais mesmo que não tivesse que correr. Creio que a semana de treinos limitou o potencial suicida na bike.

No terço final do pedal o Sandro me passou e abriu, se não fosse o medidor provavelmente eu acharia que estava lento e poderia tentar ir atrás, mas como vi que estava mantendo tudo igual, fiquei ali na mesma. Gostei desse brinquedo.

Fiquei espantado de entrar na T2 sem o Miranda ter me passado e saí correndo colocando número, viseira e gel no bolso tudo ao mesmo tempo. Entrei no circuito nas ruazinhas atrás da búzios, contornos e esquinas pra todo lado. Muito legal pois dava pra ver os atletas várias vezes, mas aí achei que estava muito forte. Só que a corrida não era longa e resolvi manter o ritmo para ver no que dava. Como disse o Roberto na largada, explicando a regra para um recorde mundial pessoal: sair forte, manter e sprintar no final. Só que não deu pra sprintar, veio uma dor do lado e princípio de travamento nas virilhas, daí no km 10 segurei um pouco.

O Miranda veio no km 12 como um raio, tentei ir junto e parei pra não morrer. Foi como uma martelada do Thor, mas ainda assim gostei muito de ter segurado o maníaco até esse ponto na corrida. Chegada e dispersão muito boas com frutas e isotônico e logo papo com todo mundo, premiação e casa. E fome, muita fome.

Esse ano consegui reduzir o tempo do ano passado em 7 min e melhorar uma posição no pódio, onde dada a composição do mesmo, fiquei muito feliz. Uma galera realmente forte, referências desde que comecei a treinar triathlon.

Pódio ! 3º cat e 19º geral
Muito obrigado aos atletas que me fizeram ir mais rápido do que achei que dava. E parabéns à toda a galera que não sabe brincar e entra em prova longa em ritmo de curta, a todos que competiram, dos que estrearam aos campeões. Agradecimento especial ao Chefe, que tem criado treinos bem exigentes sem me partir no meio, além de nos dar o exemplo de como é que se compete.

Na próxima vez é o grandão do dia 31. Até maio.

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Dados técnicos

Tomei duas medidas de GU Endurance diluído em água e um gel na bike. Na corrida, outro gel empurrado no km 6. Tudo perfeito, exceto uma fome louca no final. Café da manhã foi duas fatias de pão preto com geléia, café com leite, nacos de queijo e castanhas do pará, às 4:15 para uma largada às 6:45. Dados do garmin estão aqui. Resultados gerais aqui. Pódio geral:

1 Alexander Loiola AITRI
2 Matheus Ghiggi TRIAL
3 José Augusto Antunes TRIAL
4 Felipe Manente ADTRISC
5 Vitor Lemes ADTRISC

1 Mariana Borges ATGF
2 Julia Romariz ATGF
3 Alessandra de Carvalho TRIAL
4 Ana Carla Prade ASBENTRI
5 Vanuza Maciel ATGF

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Fotos



Run




Ultrapassagem do cone


Mais run
Outro run

domingo, 19 de abril de 2015

A pancadaria de abril

Povo do longo de bike
Abril como sempre é um mês divertido no caminho do Ironman Floripa no final de maio. Pra não deixar esse passar da metade sem nenhuma atualização das maluquices, aí vai.

Como não sou triatleta profissional, e mesmo que fosse, ainda teria as outras coisas, tipo vida social, trabalho, etc ;-), tem que dar um jeito de encaixar o volume crescente de treinos nos tempos que sobram.

Na semana passada estive em Brasília para aniversário do meu tio. Saímos de floripa sábado às 6:40 e chegamos no hotel às 9:20. A turma toda já tinha ido na sexta, daí largamos as malas e fomos pro café da manhã. Agilmente percebi que seria o melhor momento para enfiar o longo de corrida, subi, me ajeitei e saí de fininho. 28 km rodando pelo planalto central.

Saí só com dinheiro e boné, sem protetor solar. Comprei um gatorade no km 3 e segui reto toda vida numa via larga de 4 pistas e acostamento com ciclofaixa. Toquei até o pontão do lago sul, local do 70.3, rodei um pouco e voltei. Só fui tomar água de novo no km 20, o que aliado ao calor de 30 graus, alguma secura e altitude, me deixaram feito uma uva passa o resto do dia. Cheguei no hotel e em 30 min já estava saindo pra almoçar, depois às 16 direto pra festa até a 1 da manhã. Chegou pouca coisa mais que o bagaço do resto de mim no hotel.

Domingo planejei nadar no lago paranoá, pra fazer dois longos no fim de semana que não teria bike. Fui até o pontão, não me deixaram entrar na água. Mas também não entraria, lanchas enormes na margem pra lá e pra cá não indicavam ser uma boa ideia. Achei um local de standup com algumas boias e me meti lá. Mas a raia era de 300 m, jetskis passavam a toda e algumas lanchas marolavam tudo. Tem mais embarcação lá essa época do que em Floripa inteira no verão. Foi uma natação tensa, toda hora olhando pros lados com aquela barulheira de motor, não bom. Também achei a água bem pesada, sei lá. Caiu uma ventania e o horizonte ficou preto, daí me mandei pra terminar de festar e voltar pra floripa às 21.

Segunda treinos normais violentos, daí terça uma bike boa e quarta um longão ardido. 30 km já é bastante coisa indepedente de qualquer coisa. Rodei constante o tempo todo, e pela segunda vez, com absoluto conforto.

Na terça antes de Brasília achei um skechers go run ultra na netshoes. Comprei e chegou sexta. Peguei e fui viajar, corri os 28 com o tênis recém saído da caixa. Quarta corri 30. Que tênis fantástico ! Uma coisa estranha, muito leve mas com bom amortecimento, alto mas de baixo drop. Solado para uso misto em trilhas, acho que achei o tênis para o desafrio esse ano.

Sábado fui fazer o teste de FTP na bike. Uma coisa muito ardida, em uma hora em pouco e quase 50 km existem os 20 min mais longos da existência de um ciclista. Um máximo do que é possível fazer naquele tempo. Coisa linda, de queimar a garganta.

Dali sairam 270 W de FTP. Depois do teste ainda fui nadar o longo. Tive sorte, o vento parou e o mar alisou legal, fui até o beach village e voltei, dei uma volta na boia e fechei 4140 m numa boa sem forçar (porque não dava mesmo).

Hoje tentei usar o FTP novinho no longo de bike. E que longo ! Marcamos começar 6:30 no macimabú, duas voltas de 90 até imbituba. Uma galera boa, seguimos cada um no seu ritmo e distância pretendida, tentei me controlar no início e ajudou, só pifei um pouco nos últimos 15-20 km pois o vento estava miserável. Horrível mesmo, aquele lugar é bom de asfalto, pista, segurança, altimetria, mas tem um vórtex de vento escondido lá.

Terminei o treino estropiado mas feliz, saí pra correr 6 km com o mestre Manente e fiquei muito satisfeito com o resultado total. Uma galera boa, pneus furados, um caindo no mato na subida do morro de Paulo Lopes e muita, mas muita vontade de uma galera teimosa, focada e maníaca. Que dia !!

E agora ainda restam dois dias de feriado, e uns 10 de abril... Mas semana que vem tá tranquilo, tem só o  longão na FETRISC no domingo :-))))

Dia bom pra correr em Brasília...

O lago