terça-feira, 23 de março de 2010

Multisport 2010



Pela primeira vez desde que me lembro, perdi a hora pra uma corrida. Acordei 3 min antes do Dariva mandar um sms na hora combinada, saí voando pra dentro das roupas, comi o que já estava pronto na geladeira e catei tudo que havia empacotado na noite anterior (ainda bem).

Seguimos pra armação e 75 minutos depois de acordar estava alinhado pra largar. Fomos em duas duplas, um trio e um solo pro Multisport Brasil 2010. Saí forte pra caramba, o batimento pulou pra 170 quase instantaneamente e segui rápido pela areia incorrível da armação.

Trilhas técnicas e então praia da lagoinha, aí morrão e pântano do sul pra transição rápida. Faltou água na corrida e o déficit foi pra bike, porque antes dos morrões do sertão acabarem já tinha acabado com quase toda a água e o gatorade. Desci alucinado até a vila e depois consegui subir pedalando (finalmente) até o topo, onde tinha isotônico I9. Esperto, zerei o gatorade bem na hora de uma foto, o cara ainda reclamou, 'pô, bem o concorrente pra foto' ;-). Desci pro ribeirão cuidando pra não me estabacar e logo cheguei no asfalto. Tive que controlar a água (não tanto quanto o Dariva, que perdeu a garrafa na descida e foi seco).

Ficava pensando onde estaria a turma, depois soube que o Aracajú e a Fabi chegaram quase juntos na transição e o Anastácio logo depois. Achei que alguém me passaria, mas só uns alucinados que iam a 40/h na MTB passaram e então cheguei no campeche, para pegar uma baita fila de carros atrás de um ônibus. Cheguei na transição e a Cínthia se mandou, fiquei recuperando o ar, foi dureza. Aí parti para o longo apoio, pois ela correria quatro trechos seguidos.

Fui rápido pro carro comer e segui pra lagoa, logo a turma toda chegou. Fiquei batendo papo com o Hélio e o Tiago até que a Cínthia apareceu vinda das dunas e rapidamente se mandou no caiaque. Poucos minutos depois veio a Fabi e o Tiago fez a entrada no caiaque mais rápida que eu já vi (veja o vídeo no tempo 2 min). Fui embora pro rio vermelho e lá reunimos de novo pra esperar todo mundo. Na chuvinha ficamos confabulando e conversando até que o Tiago apareceu e o Hélio se mandou pra fugir do Dariva, que babava pra pegar na bike de novo. A Cínthia veio muito bem logo depois e tocou pra bike. Teve gente que me perguntou: 'não é dupla ?! porque a menina faz tudo sozinha' ;-). Estratégia e logística nossa, hehehe.

Alojei o caiaque no rack do carro e deixei o Dariva esperando o Anastácio remar. Cheguei na transição do hotel engenho a tempo de ver o Hélio saindo feliz depois de ter mandado 50 min no percurso de bike E não ter sido ultrapassado pelo Dariva (pra sorte do capitão). Esperava deitado no chão quando o Anastácio chegou, de tênis pronto pra correr. 'Ué, o Dariva não iria correr este trecho ?' 'Não, eu vou correr e ele vai remar, não quero nem saber mais de caiaque', foi a resposta concisa.

A Cínhtia chegou da bike e logo se mandou pro último e famigerado trecho de corrida. Coisa brava aquela subida até ratones. Me mandei rápido pra dar tempo de chegar do outro lado do morro dando a volta pela rodovia e quando cheguei botei o carro lá longe. Fui procurar alguém pra ajudar o caiaque e vi que a Fabi já tinha chegado, o Tiago já estava na água para o último remo. Voltei com o Hélio, carregamos o caiaque e fiquei comendo e bebendo esperando. Rapidinho veio a Cínthia e me mandei pra água. Saí remando forte e logo cansei. Aí fui moderando e tratando de achar uma posição pras pernas, caiaque horrível. Ou eu que sou muito inflexível, mas não conseguia ficar direito até que larguei as pernas pros lados, quase batia o remo nos joelhos mas ao menos não doía tanto a coxa.

Segui monitorando a velocidade no GPS, 5,7-6km/h, bom. Aí fui chegando nas pontes, a primeira já mostrava correnteza contra, a segunda estava forte. Passei trabalho pra atravessar os pilares da última ponte da SC sobre o rio ratones, o Anastácio e a Fabi estavam lá. Achei estranho.

Dali em diante foi tentativa e erro pra ver o que rendia mais, remada forte e longa ou curta e rápida, fiquei nesta última opção a maior parte do tempo, agora a 4,7-5 km/h contra a maré que enchia. Tomei um gel agarrado numa árvore da margem e segui pra foz, faltando 2,5 infinitos Km até a bandeirinha da última AT. Cheguei lá estragado, travado e podre, sem água. O Tiago e o Anastácio praticamente me tiraram da água, me deram o número da bike e me botaram pra correr. Não vi a Cínthia. Achei estranho.

Corri com uma dor insuportável nos dois calcanhares por 1 km, muito esquisito, por uma estrada de lajota até entrar numa trilhinha na ponta da praia da daniela, e então uma trilha mais aberta levou até a praia do forte, onde subimos pelo monumento e despencamos até o canto do clube 12 em jurerê pra fechar a corrida na praia. Cheguei e fui recepcionado pelo Hélio e a Fabi, fechamos 9h57min, e cadê a minha dupla ?!

Fiquei lá recuperando do sprint da chegada e eles falavam umas coisas estranhas que eu não entendia, achei que não tinha entendido a piada. Depois fui saber do rolo que deu em ratones. A Cínthia conseguiu algo impossível, trancou a chave dentro do carro. Aí por sorte o Hélio ainda estava lá, separaram as equipes, a Duda ficou com a Cínthia, que não tinha nem roupa seca, A Fabi foi com o Anastácio e o Hélio veio aqui em casa buscar a chave reserva com a Daiane. Tudo isso enquanto eu remava e corria, pois quando cheguei todos já estava lá. Trabalho em equipe é isto, aí fui entender porque da correria na última transição ;-) ! Arrumamos as tralhas e a Cínthia ficou pra esperar o Aracajú e o Varela terminarem o desafio solo em 12 horas. Foi um dia espetacular. Como sempre é com esta equipe.

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