domingo, 27 de março de 2011

Travessia do Campeche dupla e domingo ciclistico

Sempre gostei muito de mar, então assim que achei que dava pra completar comecei numas travessias, lá por 2001. Fiz muitas, sempre meia-boca nos tempos, mas curtindo. Gostei demais dessa do Campeche, que vai da praia até a ilha. Tem cara realmente de travessia, pois liga uma ilha à outra num marzão escancarado de tão aberto. Não fazia há tempos.

Nesta semana a turma foi se mexendo e eu me mexi também na sexta a noite pra ir junto. Não consegui me inscrever a tempo, mas fui 'ao largo' da prova ;-). Depois do longo de quarta que pareceu maior do que era, do pedal de séries na quinta e do intervalado punk da sexta, eu estava era bem cansado. Não só das pernas, mas no todo. Pensei em não ir, mas lembrei de como era legal aquela travessia e fui armado até os dentes, neoprene, todas as tralhas e bike no carro pra pedalar depois. Ainda bem que levei a roupa, poucas vezes nadei (se nadei) numa água tão gelada.

Visual da praia e  ilha as 8 da matina
Encontrei o Aracajú com a Cínthia e logo a Fabiana. Fomos aquecer e esperar a largada, um pouco mais à esquerda devido à corrente e vento de nordeste. Largou com foguetes e nos jogamos na arrebentação. O mar estava bravo, ondas desencontradas, gelado e escuro. O céu nublado também ajudou a formar o clima. Saí bem tranquilo golfinhando e mergulhando sob às ondas indo quase até a areia do fundo, mas mesmo assim uma me revirou todo lá embaixo e mexeu o óculos. Quando comecei a nadar encaixei um ritmo e fui embora, respirando sempre pro lado do vento e das ondas para poder olhar a ponta da ilha sem ter que levantar demais a cabeça. Perto da ilha a corrente ficou doida e deu trabalho aprumar na chegada. Passei em 20º com 32 min já bem cansado, e fui comer umas frutas. O Aracajú chegou e logo a Fabi, sobreviveram ao marzão na primeira travessia ;-), muito bom !!! O Aracajú nadou com o GPS na touca e marcou 2090 mts. Como ele desviou um pouco pra direita da praia, imagino que a travessia tenha mesmo é uns 1800 mts, e não os 1500 anunciados. Sempre achei isso, agora tá satelitalmente confirmado, hehehe.

O barco que levaria os atletas de volta pra praia começou a encher e eu fiquei pensando se valia a pena voltar a nado. Um cara apareceu, depois outro e aí fui pro mar sem pensar muito mais. Metemos a cara na volta, vento mais forte e mar ainda bem agitado no meio do canal. Mirei o tempo todo numa torre de celular, pois praia mesmo não dava pra ver quase nunca. Veio o jetski dos salva-vidas perguntar se estava tudo bem, se queria carona... Querer, eu queria ;-) Esvaziei os óculos duas vezes... Cansei pacas e cheguei na praia com 43 min depois de pastar muito pra voltar da arrebentação, caí num redemoinho doido junto com um povo que pulou do segundo barco. O jet teve que arrastar uns quase até a areia, tava feio.

Me despedi da turma e fui pro carro fazer a transição, ajeitei tudo e sai pra pedalar às 11:00. O trânsito estava pesado, então fui direto pra estrada da tapera e fiz 6 voltas de 8 km, tranquilaço (trânsito, não o treino, que tinha uma hora forte no meio). Fiquei totalmente podre, tomei uma garrafa de endurox R4 e fui pra casa esfomeado. O pescoço travou feio, acho que de tanto levantar a cabeça na natação, ou da posição no clipe na bike.

Domingão de tempo bom, saí bem cedo pra aproveitar o dia que anunciava-se ótimo. Assim que saí de casa, o primeiro pelotão do Audax 200 vinha subindo a rua. Fui por coqueiros e logo os caras me alcançaram na ponte, achei o Jacó lá esperando a turma passar e fomos juntos até o trevo da seta, onde eles se foram pro sul e eu voltei pra girar. Fiz a via expressa sul duas vezes, juntei com o Diovane e fomos pra beira-mar. A turma da Ironmind passou lá e seguimos na pista fechada para a prova de ciclismo. Dois eventos ciclísticos de porte em Floripa no mesmo dia azul, agradável e de algum vento(depende de quem pedala). Muito bom andar no meio da pista e ver os carros indo pela marginal, hehehe.

Juntamos o pelote vermelho e fomos pro norte, mas no terceiro morro, o de santo antônio, perdi a turma e segui solo até a vargem grande, onde reagrupamos uns perdidos. O Alexandre tinha saído antes e girado 15 km mais, mas mesmo assim unimos forças anti-eólicas e seguimos no pedal junto com um xará paulista recém chegado à equipe. O Marcos tinha me contado que tomou uma ferroada de marimbondo ontem no pedal. Fiquei imaginando a ínfima probabilidade disso acontecer numa rodovia, e hoje eu tomei uma ardida na perna. Dei um soco no bicho mas ele escapou. Se fosse no rosto eu teria me auto-nocauteado. Fechamos os 140 km até que bem, mas as minhas pernas estavam mal. Os últimos 20 foram só na vontade, as pernas estavam moles pra fazer força, mas travadas ao mesmo tempo. Saí pra correr depois de tomar um gel e meia garrafinha dágua, logo já estava morto de sede. Tenho ficado sempre morto de sede ultimamente. Fui pra ~8km a ~4:30min/mk (difícil a vida pós GPS que está na UTI) e voltei realmente torto e troquei umas palavras sem nexo com o porteiro, que sempre me pergunta quantos kms eu caminho quando saio pra correr.

Demorei um pouco pra me recompor, tomei whey e fui almoçar a surpresa que a minha esposa preparou. Quase comi o prato e a panela junto.

Depois saí com o pequeno pra procurar uma pipa pra comprar. Não faço mais idéia de como se faz uma, fui em 2 parques e na beira-mar e não achei. Andamos 3 voltas no parque de coqueiros, fiz levantamento de moleque no parquinho, aí fomos ver a chegada do Audax. Achei o Pasquini que fechou em 12º, o cara tá detonando, e também vi o Clécio chegando. Muito show ver a galera na chegada dessas provas, sempre dá vontade de estar do lado de dentro ;-) Baita domingão.

3 comentários:

  1. "Depois saí com o pequeno pra procurar uma pipa pra comprar. Não faço mais idéia de como se faz uma, fui em 2 parques e na beira-mar e não achei."

    TU NUNCA FEZ PIPA NA VIDA...

    ResponderExcluir
  2. Daqui a pouco ele sossega, e o filho vai conseguir uma pipa feita pelo Pai.
    Que fim-de-semana ! Parabéns pela persistência.

    ResponderExcluir
  3. Pina, vou "parafrasear" uma frase da VIVO. "O esporte nos Uni, a adrenalina nos transforma." É muito legal a vibe das aventuras, sem contar no legado que estamos deixando para os nossos amigos, filhos, parentes, etc... Um abraço e bons treinos!

    ResponderExcluir

Participe ! Deixe sua opinião, ou crie uma polêmica :-)