quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Escalada do Cambirela

Tudo bem que não é escalada, mas tem lances de rocha. E com corda !
Depois de combinar algumas vezes, consegui juntar uma turma da Ironmind pra uma subida ao Cambirela, montanha símbolo aqui em Florianópolis, 940 metros acima do nível do mar (e começa lá mesmo). A tropa foi formada pelo Alexandre, Ricardo e os dois filhos, Renan e Raul, Marcos, Kilder, Luiz Otávio, Rodrigo e eu, além do Anastácio, guia doutorando que já subiu a montanha mais vezes esse ano que do que dá pra contar.

A idéia era subir pela trilha principal e descer pela da cachoeira seca. Subimos numa boa com a turma toda, os pequenos se mandaram depois de sair da floresta (antes do lance principal). Ficamos entrevistando uma vítima para a pesquisa do Anastácio e foram todos para o cume principal, não o norte. Fazia tempo que eu não ia até o cucuruto máximo, foi legal. Fizemos muitas fotos e logo descemos pela trilha da cachoeira seca, que estava um baita rio.

Um pouco de adrenalina no início, pois eu mal lembrava da trilha e o Anastácio não a conhecia. Mas a navegação coletiva foi perfeita e chegamos embaixo depois de 2h35min de pernada forte. Baita dia, amigos e montanha, combinação perfeita. Abaixo um vídeozinho da aventura:



Detalhes técnicos:

Aqui estão os logs de subida e descida do garmin. As trilha estão na imagem ao lado, numa montagem feita no google earth (a subida é a da direita).

A via de subida segue pela aresta norte do Cambirela. Inicia na rua dezesseis (que pelo mapa fica ao lado da rua quinze) seguindo plana por cerca de 500 metros e depois começa a subir de forma quase constante. Após passar a primeira porteira uma placa indica o caminho, pois lá embaixo nas propriedades particulares é muito fácil errar o acesso.

Uma vez na trilha, sobe-se por uma canaleta de chuva com mato bem fechado por cerca de 30 minutos até uma fonte de água, para então retornar 10 metros e entrar na trilha principal. A subida é toda feita na mata até a cota 600 m, e até lá existe apenas uma bifurcação com o caminho correto à esquerda, já que à direita a subida é direta até a canaleta de rocha, mas segue por um terreno totalmente erodido e com pedras soltas.

Os primeiros lances de corda começam pouco depois da cota 500 e dão acesso à base da parede que pode ser vista desde o começo da caminhada. Contornamos um pouco a rocha e então subimos por uma canaleta de uns 8 metros de altura, que normalmente tem uma corda esticada desde o topo. Depois da corda o terreno é mais inclinado e a vegetação é rasteira, permitindo vista livre para o norte e leste. Segue-se por mais uns 20 minutos em valetas bem erodidas e então chegamos ao 'ombro', a saliência que se vê na aresta norte da montanha. Pouco acima é o local do acampamento principal e dali até o cume é uma caminhada rápida.

A descida pela trilha da cachoeira seca vem do cume pelo mesmo caminho até pouco antes do 'ombro' e então desce à esquerda numa rampa de barro e pedras bem inclinada. Essa trilha perde altitude mais rapidamente no início e é praticamnte toda dentro da mata, seguindo pelo leito de um rio normalmente seco (exceto desta vez). Existem vários trechos de pedras soltas e uma única bifurcação que segue à direita (à esquerda entra-se no leito do rio), numa borda de precipício bem estreita e forrada de mato. No final da borda, uma rocha um pouco delicada e então mais trilha até um lance de corda de uns 6 metros de altura, próximo a grandes blocos de pedra em meio à floresta. Depois deste ponto a trilha vai ficando cada vez mais aberta e segue por trechos de bambuzal até ficar praticamente plana, finalizando nas pastagens na base da montanha. Dali até a estrada são mais 1,5 km por dentro de propriedades particulares, cercas, criações de gado e charcos alagados.

2 comentários:

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