Londres 48. Foto no estádio de Wembley |
Emil começou a correr meio que sem querer, na fábrica onde trabalhava durante a segunda-guerra na ocupação Alemã. Dali até o fim da guerra, passando por três olimpíadas e finalmente a invasão Soviética, o livro narra os principais passos deste atleta que sempre esteve muito à frente do seu tempo. Treinava na neve, a noite, na floresta e nas estradas. Usava muita subida no treinamento. Corria com um ritmo muito variado, deixando os adversários loucos. Normalmente saia forte, reduzia, aí aglomerava com o primeiro pelotão e volta a ficar pra trás e então arrancava com tudo.
Sobre o atleta, estádio de Wembley |
Criou um método próprio de treinamento, onde bem no início chegava a cair desmaiado para tentar descobrir o ritmo com o qual treinar. Corria intervalados enormes, 20 km em tiros de 200 metros, sempre na intensidade máxima. Bateu todos os recordes mundiais várias vezes nas distâncias acima de 5 km: 5mil, 10 mil, 15 mil, 20 km, onde foi o primeiro home a correr a distância abaixo de uma hora, recorde da hora, 25 km e 30 km.
Ganhou ouro nos 10 mil e prata nos 5 mil na olimpíada de Londres em 48, foi ouro nos 5 mil, 10 mil e na maratona na olimpíada de Helsinque em 52 (feito até agora não repetido). Tentou a maratona em Melbroune em 56 mas já estava em vias de se aposentar e recém operado de uma hérnia, terminou em sexto lugar. Ganhou a São Silvestre no Brasil com mais de um minuto de vantagem, foi herói nacional em praga quase a metade da vida. Militar de carreira (mas nunca em batalha), Emil foi tristemente destituído de todos os seus direitos após a invasão soviética na Primavera de Praga, acabou deportado para minas de urânio por seis anos e depois foi obrigado a trabalhar como lixeiro em praga, para finalmente ser enquadrado como arquivista. O livro termina aí e eu ainda vou procurar o que aconteceu, mas pelo menos achei uma entrevista de 88 no youtube, a coisa deve ter melhorado depois ;-).
Reparem a arrancada no começo desse vídeo, na prova seguinte ele dá uma volta ao vencer os 10 mil e a chegada da maratona entrando no estádio olímpico, Hensilque 52:
Uma história sensacional e comovente. Não achei outros livros sobre ele ainda, mas vou caçar. Se alguém conhecer manifeste-se ;-). Recomendado.
Que legal !!!
ResponderExcluirValeu por dividir.
Vai pra lista.
Irei para Floria nos dias 8, 9 e 10 de novembro.
Disseram que o encontro seria na praia dos Ingleses.
Tomara que role um treininho. Isso se vc topar treinar no meu ritmo pangaré.
ABS !
Eu treino em floresta, onde eu moro nao tem asfalto, treino em ladeiras nao é facil mais é legal, sou fã de zatopek
ResponderExcluirLegal Elias ! Se pudesse só treinava na terra batida...
ExcluirAbraço