quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Observações na tempestade

Longo de corrida num calor abafado, praticamente uma sauna ao ar livre. Todo mundo reclamando da sensação de sufoco... Saí de casa com o sol já tapado por umas núvens e sem horário de verão em 1 hora escureceu. Passei pelo trapiche e segui até o santa mônica com vento na cara, ainda era possível ficar de camiseta.

No retorno com vento a favor o ritmo melhorou mas a coisa ferveu, tirei a camiseta e torci muita água, um absurdo o que saiu de suor. E lá vinha com vento em popa, derretendo de calor e pensando com meus cadarços (as vestes de correr não tem botões) como seria bom correr com uma chuvinha pra refrescar aquele forno. Cuidado com o que você deseja, pois pode conseguir, diz o ditado.

Parei no trapiche pra tomar água no carro da Ironmind e fiquei conversando com o Rodrigo Miranda até que uns pingos começaram a cair. Saí rápido e feliz, oba, uma chuvinha ! Em menos de um minuto o vento endoidou e girou pra sudoeste, ficou extra-forte, com uma chuva mais forte ainda. Os pingos doíam, sem boné eu não conseguia ficar de olhos abertos e tive que ir correndo meio que de lado, torto pra frente e com a mão fazendo uma 'aba' para os olhos. Fui assim até a ponte hercílio luz e parei ao lado de um pilar, achei que tinha melhorado porque estava protegido e segui, mas antes de chegar no clube de remo a coisa ficou feia de novo, os coqueirinhos pareciam que iam voar, fiquei pensando que se ali tivesse árvores grandes, iam cair galhos.

Ao chegar na passarela da colombo sales, um monte de gente estava lá se protegendo, ciclistas, corredores e motociclitas que pularam o canteiro da pista e se empilharam com o povo. A rampa estava uma cachoeira, e logo acima uma divisão na pista da ponte deixava cair água, muita água vinda da pista. Com o vento enlouquecido que vinha de sul, aquilo virou um spray dágua digno de grandes cachoeiras, e depois de enrolar alguns minutos saí correndo pelo meio daquilo até chegar na passarela, que virada para o sul, pegava toda a pancadaria de frente. Os raios despencando no mar na direção do aeroporto assustaram, não sei o que acontece numa ponte de metal numa hora dessas.

Em coqueiros a pior parte já tinha passado, mas a destruição era bem visível, galhos pequenos, médios e grandes, muitas placas reviradas, uma parte de fiação arrebentada, falta de luz em vários restaurantes, trechos alagados e um ponto de ônibus virado do avesso em itaguaçu. Se alguém fosse atingido pelos galhos grandes, o estrago seria grave. Ao chegar em casa o temporal já eram uma chuva boa de correr. Foi só entrar e levar uma bronca da Daiane, apavorada em onde é que eu estaria. Ter chegado rindo e contando da tempestade não ajudou muito...

Tive que ir no supermercado, e não me contive em passar lá pra fotografar o estrago...

Um comentário:

  1. É verdade...cuidado com o que desejas hehe

    As mulheres são impressionantes...são todas iguais, só o "frasquinho" que é diferente heheh

    Abraço

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