domingo, 13 de abril de 2008

Volta a Ilha 2008

Madrugar, passar bastante calor, sede, um pouco de dor nas pernas. Nada disso faz sombra à satisfação que é correr com a turma a Volta à Ilha.

Novamente o Adriano foi nos levar na largada. Reunimos a equipe a 10 minutos do início, repassamos toda a estratégia e logísitca. Veteranos que somos, já não nos encontramos nem para acertar detalhes, tudo é definido por telepatia e por email, pra desespero da Fabi e do Hélio.

Faltando 3 minutos resolvi entrar no cercado dos largadores lá no trapiche da beira-mar. Tentei mas fui barrado, me pediram a pulseira. Que pulseira ? Claro, o bastão ! Hélio, cadê ? O cara saiu desesperado, o carro estava perto, que sorte. Voltou a mil, mais um minuto e larguei.

Mal comecei e já estava a 170 bpm, passei alguns corredores e vi uma moto. Primeiro ! Coelho estúpido, assim vai quebrar. Mas são só 7 Km, não vou poupar nada, e soca a bota ! Lá no beira-mar fui passado, depois em frente à polícia federal mais 4 me passaram, passei um de volta, segui o mais forte que dava, já não tanto quanto a largada, mas sempre na região dos 180 bpm. Como em toda corrida matinal (ou de madrugada), encontramos uns fins-de-carreira tropeçando nas pernas. Um desses me mandou correr mais, pois eu não estava alcançando a moto da organização, que já ia longe. Na entrada do joão paulo passei mais um cara e segui até a transição, 30min30seg para 7,1 Km.

A Taty saiu feito um raio e nós seguimos para o casa design, posto 2 da volta. O Dariva seguiu e fomos para o cesusc. Lá esperamos o Anastácio que viria de santo-antônio. Ficamos empolgados, todos tinham feito ritmo abaixo de 5min/km nos trechos até ali. O Tiago largou para jurerê e nós fomos em seguida, paramos para água e seguimos para o posto 6.

Esta volta estava diferente, pois ficamos em 9 corredores. O Queiróz só apareceria a tarde devido a compromissos profissionais, e eu fugiria as 14 horas em função de aniversários múltiplos. Só conseguimos ajeitar tudo por estar na participação.

Fui até o posto no forte de jurerê. Mesmo depois de 6 anos, foi a primeira vez que estive naquela transição. Muito show, quero fazer esse trecho ano que vem. Esperamos pelo Hélio e quando o próprio chegou a Fabi se mandou. Filosofei com o Hélio sobre o praias e trilhas. Eu não lembrava daquele trecho, mas ele me esclareceu que nós passamos pelo costão, abaixo da trilha. - Ah tá, tinha esquecido. Depois lá na brava caiu-me a ficha. Bons de geografia nós dois, a prova acabava em ponta das canas...

Fomos direto para o posto do jurerê velho aguardar o William, que chegou logo. Ali já começamos a ver equipes perdidas, como sempre, corredor chegando sem ter ninguém lá, uma lástima.

Segui forte pela praia, areia firme. Entrei na estrada da cachoeira com muito trânsito. Nunca fiz um trecho com tanto carro na volta a ilha, e isso que não era mais temporada. Os primeiros 5 Km foram-se a exatos 4min30seg/Km. Pernas pesadas, calor e um pouco de cansaço acumulado, pois o trecho era plano até o início do morro da brava. Andei o finalzinho da subida pra não explodir, aí desabei morro abaixo e entrei na praia pra entregar pra Taty voltar do beco sem saída. Fechei os 8,7 Km em 40min05seg. O Dariva ouviu um cara dizendo ter feito em 31 minutos !!

Fomos para os ingleses direto, pulando a serte, pois lá só um carro poderia ficar. E olha que os fiscais encarnaram guardas de trânsito, ameaçavam nos multar ao menor sinal de transgressão do regulamento.

Dos ingleses foi-se o Anastácio logo após o Dariva chegar. Mudaram um pouco este trecho, jogando o final na praia, pra satisfação do Dariva. Saímos para o santinho, mas o Hélio nos interceptou por telefone e mandou ir direto pro moçambique, o trânsito estava enrolado. Escaldado do mountaindo, fomos.

No moçambique me preparei para o último trecho. Vi um corredor chegar e não achar a equipe. Xingou, chutou uma árvore e finalmente seguiu, depois de vir desde o santinho.

A areia parecia firme. Larguei empolgado mas logo percebi que as passadas estavam curtas. Estava tudo travado, panturrilha, coxa. Uma dor estranha no tendão de aquiles direito me atrapalhou um pouco. A areia estava estranha, não era fofa, mas na parte plana era uma 'papa', acima era fofa e perto da água muito inclinada.

Segui rápido quando entrou na florestinha e logo cheguei no camping, 23min36seg para os 5 Km. Lá a Fabi seguiu pra joaquina. Seguimos de carro, dei água pra ela antes do morro e fomos direto pra praia. Lá tirei os tênis a primeira vez e vi uma meia vermelha, que antes era branca. Uma unha furou o dedo vizinho, eu achava que era bolha.

Da joaquina fui com o Anastácio pra lagoa e de lá fugi de carona com meu pai. Tive que abandonar a prova, mas pelo menos tinha certeza que o Queiróz já estava com a turma. Assim, fomos em 9, mas sempre em 8 :-)

Liguei mais algumas vezes, participei por viva-voz da chegada. Fechamos em 12h59min, melhor que o ano passado. Mais uma Volta a Ilha virou história. Valeu, turma !!

Formação: Rafael, Taty, Dariva, Anastácio, Tiago, Hélio, Fabi, William, Queiróz.
Tempos:

Tempo Distância Ritmo
Largada 0:30:29 7,1 0:04:18
Cachoeira 0:40:05 8,7 0:04:36
Moçambique 0:23:36 5 0:04:43

OBS.: Como não vi tudo, conto com a colaboração dos demais para terminar este relato, pelo menos nos comentários !!!!

4 comentários:

  1. Aquela alteração da chegada na Praia de ingleses foi muita sacanagem. Eu ja tinha feito este trajeto em 2006 e sabia a hora certa do sprint final. Ferrei-me com isso: fizeram uma quebra para a esquerda e depois um trecho de praia. A sacanagem não foi pela distância (uns 500 ou 600 mts a mais), mas pela incerteza e pela quebra de ritmo: "Será que vai até o final da praia?"
    Com certeza esta foi a melhor das Voltas a Ilha. Estava muito bom, sem sol, sem chuva e com muita disposição da galera. Parabéns Andarilha!!!

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  2. Morro do Sertão. Tinha umas contas a acertar com o maldito. Foi a terceira vez que nos encontramos no Volta a Ilha. A primeira em 2006 fiz em 1:05:30 horas, a segunda em 2007 quando participei da dupla com a Fabi foram cerca de 1h 50min que pareceram uma eternidade, chuva, lama, caimbra... Agora reencontrei o maldito. Sai de mancito, com um galope tranqüilo, quando não vi mais ninguém no posto de transição caminhei até o topo. Soltei as pernas e levantei poeira nas decidas que intercalavam com leves subidas no meio do morro. Passei três e um passou até o topo. Na descida final fui rolando, pulando, detonando num ritmo que creio ser inferior a 4km/min. Por aqueles que eu passava gritavam "tu ta maluco, vai se quebrar". Era essa a intenção...quebra tudo "velhinho"... Chegou a parte plana de paralelepípedo e asfalto. Na boca da rua tinha água, empurrei um gel e três copos...tava já fumegando... Dali pra frente mandei ver...vencendo km a km cheguei na transição com 1:05:33 horas. Ta bom...agora chega...no ano que vem fica pra outro...

    Hélio

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