segunda-feira, 22 de setembro de 2014

2ª Etapa do Catarinense de Duathlon - Blumenau

A última vez que eu tinha ido a Blumenau pra correr foi a primeira, na meia-maratona de 2009. Ontem voltei lá pra visitar minha prima e correr a segunda etapa do campeonato catarinense de Duathlon, novamente nas distâncias 5 - 20 - 2,5.

Fui no sábado e me enrolei todo pra achar o local (muito fácil, mas difícil debaixo do dilúvio que caiu no fim de tarde e sem GPS). Cheguei lá o simpósio havia terminado, mas o Puma me explicou todos os detalhes e me entregou o kit que havia retirado pra mim. Tudo aparentemente tranquilo, fui pro hotel e saímos pra jantar, a Daiane e o Arthur foram no sushi e eu comi salmão com batata doce.


Acordei às 6, tomei café com suco de laranja (não façam isso jamais antes de prova intensa) e fui pro complexo esportivo do Sesi. Que lugar sensacional, tem pista de atletismo emborrachada, piscinas olímpica e semi, quadras de tudo que é jeito, alojamento pra atletas, e espaço pra todo lado.

Estacionei, tirei a bike e enchi os pneus. Dei uma voltinha e encostei a máquina no carro, fui arrumar umas tralhas e um barulho de vazamento de ar chamou minha atenção. Pensei logo, "Ih, alguém furou o pneu.." mas vi que não tinha ninguém perto. Encostei o ouvido e era o traseiro. Incrível, que beleza ! Mas era cedo, e chegar cedo é pra imprevistos, então troquei tudo calmamente. Só que tive que lançar os dados. Tinha duas câmeras na bolsa: uma remendada com um pedaço de remendo descolado e outra estranha. A estranha estava 'nova', mas quando enchi pra ver formou uma 'coisa', tipo um batata enfiada dentro da câmera, ou então parecido com uma sucuri depois de comer, com aquela protuberância no meio do corpo da cobra. Escolhi a remendada.

Aqueci legal e fui pra largada. Alinhei na frente mas a largada era em curva, então depois da buzina me vi entalado entre a pista e o canteiro central da rotatória, saí dali rápido e soquei a bota. Corri forte até ver a subida e lembrar que o Puma tinha dito que a ida era subindo e a volta descendo. E era tudo subida, leve mas subia.

Foram duas voltas, no final da segunda passei o Fabrício e fui chegando perto do Luiz. Só conhecia esses dois mesmo na prova hehehe. Pouca gente de Floripa, o pessoal da ABTRI dominou a prova. No último retorno deu pra ver que tinha mais de uma dúzia de atletas na frente.

Entrei na T1 e saí rapidamente, pulei na bike sem parar dessa vez e segui rápido pra alcançar alguém. Demorou um km e cheguei no Luis, aí mais alguém veio, revezamos um pouco e apareceu mais um e aí lá perto do retorno chega o Fabrício, que seguiu puxando em perseguição ao primeiro pelotão, estávamos no segundo e o grupo foi crescendo até começar a andar como uma massa única. E andava, 45-48 no plano, subindo rápido e descendo alucinado. Tive um susto na curva, quase fui pra outra pista por ter entrado muito rápido.

Foi um pedal tenso. Não tenho tanta prática em andar forte em pelotão e o percurso não era trivial. Acabei puxando quase nada e ficando lá atrás, confortavelmente sendo rebocado pelo pelote. Coisa absurdamente mais fácil que é pedalar desse jeito. Não dá pra entender ou aceitar quem anda em pelote em prova sem vácuo, mas isso é assunto pra outro texto. Aquilo ali não é o seu pedal, é o do grupo, e sozinho você não faria aquilo, sacou ? Claro, em prova com vácuo essa é a ideia e é mérito seu se meter num pelote forte, tem que nadar ou correr bem antes e tem que saber pilotar a bike minimamente.

No final da segunda das três voltas dois caras do pelote enroscaram os guidons e caíram em cima de um outro que vinha em sentido contrário. A 'sorte' é que foi bem num topo, então o encontro foi com a menor velocidade possível. Os três se estabacaram e logo depois vi outro atleta sendo atendido pela ambulância. Só tinha visto strike maior em caiobá em 2012. A coisa continuou tensa mas eu arrisquei comer um gel. A terceira volta foi mais forte ainda e o pelote começou a esfarelar próximo à transição. Não deixa de ser um movimento social interessante um grupo desconhecido competindo entre si se ajudando mutuamente dessa forma. Que nome tem isso Vagner Bessa ;-) ?

Voltando à prova, saí pra segunda corrida atrás do Luiz, Fabrício e do Chico de Jaraguá. Passei o Luiz na subida e no retorno estava totalmente embrulhado lembrando com frequência crescente do suco de laranja. Repito: não tome suco de laranja antes de prova intensa. Em garopaba eu já vomitei em cima do aerodrink.

Voltando de novo, arranquei a faixa do monitor cardíaco e comecei a descida, era apenas uma volta. Logo o Luiz passou e abriu, fomos chegando no Fabrício mas a coisa terminou assim mesmo, sem alterar posição desde o pelote.

A área de dispersão estava excelente, frutas, isotônicos e chopp. Em Blumenau, não poderia faltar. Depois de tomar Whey e comer umas coisas tomei dois copos. Tipo assim, um R4 feito na hora :-). Tinha também um stand com garmins à mostra e pude ver o Fênix 2, o próximo brinquedo na lista dos desejos. Organização excelente, local excelente, percurso que não é de graça, tudo nota dez.

Aí fomos pra premiação, pelas contas e conversas eu havia ficado em décimo e 1º na categoria, e assim foi. Quando começou é vi os troféus, uns canecos de vidro impressos com os dados da prova, muito, muito legal. Finalmente um troféu ÚTIL :-).

Buenas, depois foi encher mais um pouco de chopp no troféu, tomar e ir pro hotel pegar as tralhas e de lá pro almoço com a família toda, um baita dum dia !

Deveria ter ficado só nisso
O rio, passamos sobre ele numa ponte no ciclismo
Dia azul cedinho
Não começou bem mas terminou muito bem
O isotônico dos campeões 
Não há troféu mais útil
Deveria ser eu aí, hahaha