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sábado, 23 de janeiro de 2016

Pedal Serra do Rio do Rastro - Urubici


Fim do pedal
Fabrício, Palhares, eu e o Manente.
Treinar bastante é bom porque também nos prepara pra umas roubadas divertidas. E sempre tem que ser divertido. Depois de muito planejar, finalmente saiu o pedal de Lauro Muller até Urubici, passando pela fantástica e justificadamente famosa Serra do Rio do Rastro.

Fomos em 4 triatletas, todos de bikes TT. O percurso compreende 3/4 do Fodax, que ainda sobe o morro da igreja. Mas como fomos de TT e somos triatletas e não ciclistas, essa parte fica pra próxima vez, quando de preferência a estrada até o morro esteja em melhor estado hehe.

A logística ficou perfeita. Pernoitamos em Urubici e fechamos o transporte e apoio de lá até a base da serra. Depois de jantar 1 pizza per capita no sábado a noite, partimos às 7:00 de domingo rumo ao início do pedal. Um amanhecer sem neblina e friozinho anunciavam o dia.

Logo que passamos por vacas gordas o céu ficou azul, livre de qualquer nuvem. Seguimos curtindo o percurso e estimando o tamanho da encrenca de voltar aquilo. Chegamos no mirante da serra com tudo aberto e descemos direto pra iniciar o pedal o quanto antes.

Começamos a pedalar eram mais de 9 horas e o sol já ardia, mas a temperatura estava amena. Seguimos com o carro de apoio na retaguarda, um trabalho incansável e perfeito do Marcelo Sabiá, que além de tudo ainda tirou as fotos.

O início da serra é leve, uma inclinação civilizada e contínua, ainda em asfalto. Depois de uns 8 ou 9 km a coisa começa a ficar séria quando o concreto aparece. Até o concreto a coisa vinha de moderado pra forte, mas aí o caldo deu uma entornada. A sequência de curvas de tirar o fôlego, literalmente, ia nos levando pra perto do topo, com trechos de inclinação bem acentuada. Ritmo de 10 km/h exigia um monte de força.

Levamos em torno de 1h08 pra chegar ao topo, menos o Manente que foi tentar empenar o pedivela no final e já vinha voltando :-). Reabastecemos e tiramos umas fotos e logo partimos para a segunda parte, uns 30 ou 35 km (eram 40) até o trevo do Cruzeiro que levaria até Urubici.

Saímos do mirante bem rápido e um pequeno trecho plano fez o ritmo render absurdo, mas só até começarem os sobe e desce intermináveis. Já era perto das 11 horas e o calor estava apertando, assim como o terreno. Em descida, 70 km/h ficou velocidade de cruzeiro. Nas subidas, baixa rotação um bocado de suor, a sempre entre 1200 e 1400 m de altitude.

O eixo horizontal em tempo suaviza a serra, e a altitude da própria não dá a dimensão da encrenca do que vem depois, que tem 1.5x a altimetria da famosa.
O trevo não chegava nunca, de lá em diante eu conhecia o percurso e não via a hora de pegar o trecho mais 'plano' :-). Quando finalmente o bendito apareceu, depois de uma subida de uns 10 km, reagrupamos e abastecemos novamente. Hábeis em pedalar com apoio, ninguém lembrou de levar um isopor com coisa gelada dentro, foi só água em temperatura ambiente :-).

Tocamos pro fim do pedal, com estrada perfeita e menos movimento de carro ainda. Passamos pelas duas vilas que existem nesses 45 km de estrada e na última subida tive que acenar pro apoio pra pegar água, a coisa ficou seca demais. O ar também andava muito seco, 50 % em urubici é bastante secura, o que associado ao vento, sol ininterrupto e altitude, desidratou todo mundo.

A última descida até a cidade foi de aloprar, descemos muito rápido. Logo reunimos na base e pedalamos os últimos 5 km planos até em casa, fechando um pedal magnífico, dos mais bonitos que já fiz com asfalto no piso :-). E também, dos mais desafiadores. Saiu um teste de FTP na subida da serra, que onde teve 1h a 90%, o que deixou a brincadeira toda com um IF de 85 em 4h20. Bastante coisa, um esforço digno do percurso !

Valeu demais galera, obrigado pela parceria.

Até a próxima. Quem sabe, fechando até o Cindacta :-D.

Lá se foram 104 km, 4h20 e 2400m de subida. Link do garmin aqui. Fotos abaixo. Vídeo em breve.





7 da matina

Realmente é uma bela estrada

Parte fácil da serra

Ainda agrupados


Gel, banana, sei lá
Quebra cabeça de carbono :-)

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Veteranos

Há uma boa discussão sobre esportes de endurance serem benéficos a longo prazo. Exageros à parte (do sedentarismo absoluto à insanidade por movimento), o meio termo parece promissor :-).

Será ? Bom, quando vejo maratona sub3 horas aos 71 anos, sou tentado a crer que sim ;-)

Aqui um artigo muito interessante sobre o mundial de master que está acontecendo em Lyon/França.



segunda-feira, 30 de junho de 2014

Base aeróbia e aclimatação em altitude

Há algum tempo venho pensando nas semelhanças que existem entre as duas coisas, a construção da base aeróbia e a aclimatação em altitude. Acho que existem algumas coincidências interessantes.

Considerando que o objetivo da base aeróbia é permitir uma evolução de performance (leia-se, ir mais rápido e mais longe) e a da aclimatação também (ir mais rápido e mais alto), dá pra perceber o que há em comum.

Nos dois processos temos uma fase com objetivos parecidos. Na fase de base aeróbia normalmente treinamos por muito tempo em baixa intensidade, e na aclimatação passamos muito tempo em altitudes 'baixas'. O 'baixo', claro, é relativo e individual. Em termos de frequência cardíaca uns 138-142 bpm pra quem tem um limiar de 164. Em termos de altitude, muitas vezes pouco acima da metade da altitude do cume da montanha é onde se passa mais tempo aclimantando, com rápidas incursões a altitudes maiores. Ou seja, são baixos relativos ao máximo em questão.

Nessa fase o que fazemos é tentar modificar a nossa fisiologia para nos tornarmos mais eficientes. No consumo de oxigênio, na queima de gordura como fonte principal de energia, no aumento das mitocôndrias e dos glóbulos vermelhos. Mais eficientes para o que vem depois, que é correr no limite e ir o mais alto que podemos. Nos dois casos, ficamos mais saudáveis e fortes na base para poder aguentar o que vem depois e justamente, dar base ao que vem depois.

Pois acontece que a base aeróbia não vem sozinha. Quando a construímos também damos o tempo necessário para os outros sistemas se prepararem adequadamente ao esforço que virá. Por exemplo, o cardiovascular responde mais rápido que o muscular, que é mais rápido que a evolução dos ligamentos, tendões e cartilagens, que por sua vez evoluem mais rápido que os ossos no sentido de suportar a carga de treinos e provas. Idem para a aclimatação. Uma etapa acelerada ou mal feita certamente trará problemas mais acima, pois não haverá tempo dos demais sistemas terem se adaptado adequadamente à altidude.

Tanto no caso da base como no da aclimatação acontecem os platôs de desempenho, quando se não introduzirmos uma sobrecarga (treinos de alta intensidade e subidas a altitudes maiores, respectivamente), não há evolução, e portanto, não ficamos mais perto do objetivo. Ou seja, depois da base é preciso ter estímulos de alta intensidade e altitude, senão ficaremos presos 'lá embaixo'. Se o objetivo for apenas condicionamento ou ver a montanha mais de perto, excelente. Se for ir mais rápido e mais alto, é preciso introduzir intensidade.

O interessante disso tudo é que uma fase tida como 'chata' por alguns pode ser usada de uma forma totalmente diferente e divertida. Na base aeróbia é possível introduzir alguns treinos alternativos, mais descompromissados e onde podemos exercitar outras habilidades. Por exemplo, trilhas pra quem só corre em asfalto, MTB pra quem só pedala na estrada e vice versa, remo no lugar da natação. E na aclimatação podemos incluir escaladas menores, roteiros de trekking maiores, etc.

Portanto, o segredo para se construir uma boa base é achar uma razão para fazer a parte que poderia ser chata ficar divertida. O objetivo não fica sendo a coisa única, aproveita-se a jornada e não só a linha de chegada ou cume.

Um bom exemplo aconteceu esse ano. De uma forma ou de outra acabei fazendo treinos menos intensos nesse semestre, mas com um volume em zona aeróbia muito grande. Na preparação para o El Cruce e Indomit fiz longos de corrida bem longos, alguns em trilhas muito técnicas ou com grande desnível.

Além do prazer de transformar cada treino longo em uma aventura (afinal, levava celular, kit de primeiros socorros, lanterna e mochila), correr em trilhas naturalmente baixa a FC média e treina muita força. Isso acaba gerando uma reação em cadeia de melhor condicionamento cardiovascular e muscular que serve adivinha de que ? De base para o que vem em seguida. Estou certo de que é possível encaixar um período de alta intensidade curto e polimento e aproveitar isso numa maratona 'rápida' (novamente, relativo à distância). Assim espero na Maratona de SC no dia 17 de agosto :-). Claro, as trilhas ainda trazem junto os visuais incríveis, os amigos, as risadas e as roubadas, o que pode ser considerado um fim em si.

Em números, a FC média esse ano ficou em 130 contra 138 no ano passado. O volume em tempo acabou parecido, mas em ganho de altitude esse ano foi mais que o dobro. Uma variação dessas parece ser suficiente para deixar o basal mais baixo e a recuperação muito mais fácil. Praticamente me livrei de vez do incômodo no tendão de aquiles esquerdo de dezembro de 2013 pra cá, logo quando o volume de corrida deu uma disparada. Além disso parece que a eficiência também cresce muito. Tenho experimentado treinos de 16, 18 km no plano sem nada, água ou gel. Nenhum sinal de quebra também nas provas onde parece que a quantidade de carbo que tem que ser ingerida está menor.

Então, parece que fazer base dá certo. Ache uma coisa que seja divertida e obedeça a planilha quando ela mandar ir devagar.

Claro que ainda pode-se complicar tudo e procurar entender como o condicionamento aeróbio se sai na altitude, ou como a altitude afeta o desempenho esportivo. E o mais interessante de tudo isso, como treinar em altitude pode gerar um ganho expressivo de performance quando de volta a baixas altitudes, ou ainda, gerar mutantes que conseguem subir e descer o Mckinley em 11 horas ou o Mattherhorn em menos de 3. Mas acho isso vai precisar de um pouco mais de leitura, conversas com o André Cruz e algumas experimentação pra gerar outro post.


Trilhas, muitas trilhas !
Um lugar onde pace não existe...

domingo, 22 de setembro de 2013

Fim de semana indoor

Acho que nunca tinha feito tanto treino indoor de uma vez só, ainda mais um quase-triathlon sprint. Só chove por aqui, então quinta foi rolo tradicional com chuva caindo na bike na sacada. Como não tinha nadado na terça, sexta nadei de novo ao meio dia. A noite, o intervalado de 11 km com 6x1km saiu na esteira. Coisa mais estranha... Os tiros sairam entre 14 e 15km/h no velocímetro, mas a sensação é de ser bem mais difícil do que correr a 4min/km no GPS na rua. Talvez seja pela cadência absolutamente constante, sei lá.

Sábado era pra ter treino no mar, com rolo no taikô e depois corrida na chuva prevista. Até arrumei o carro, mas dormi extra tarde e o baixinho me chamou às 6:30. Fiquei em casa até as 10:30 e fui pro clube. pedalei 40 min na bike de spinning. Saí correndo pra esteira e fiquei lá por 20 min até acabar o horário do carinha que cuidava da academia. Fui nadar na sequencia e inventei um treino que deu 1500m. Quase um sprint, valeu - curto e efetivo.

Domingo teria torneio de futebol do pequeno, aí fomos eu e a Laís com ele às 11 horas. Como chove canivete sem parar, nem preparei nada. E choveu forte o tempo todo, então às 15:00 arrumei as tralhas pra um treino de rolo substituto do longo de 80 km de bike que não teve. Acho que fiquei preocupado de não estar fazendo longo nenhum, com o olímpico daqui a duas semanas e o dash em 2 meses. Catei um treino com cara de azedo no trainer road e fiquei lá 1h30m me matando. Delícia. Enquanto olhava aquelas curvas de potência subindo e descendo nos intervalos fiquei pensando em senos e cossenos. Também me ocorreu uma analogia, aquilo era muito próximo de arrancar as pernas e jogar numa panela de óleo quente, queimava e ardia ao mesmo tempo. Ok, agora vou pra rua no próximo treino. Corro amanhã na chuva com canivete caindo e tudo. Ou não.

O pedal de hoje a tarde.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Fuga do carnaval - pedal para São Bonifácio

Pedal da galera para São Bonifácio. Um treino pesado e muito bom, 70 km com ascensão de 1100 m, sensacional. Vale muito a pena na base.

domingo, 20 de janeiro de 2013

IMB 2013 - Semana 2 - Algo irregular

Semaninha complicada. Foi tanta coisa que até perdi a conta. Segunda-feira sem treinos por conta do aniversário do filhote, terça treinos normais com natação ao meio dia e rolo à noite.

Quarta-feira fiz uma sessão de fisioterapia pra tentar consertar o tendão esquerdo, que nem se manifestava mais desde a última corrida no parque do córrego. Foram várias técnicas aplicadas ao pobre, e então fui trabalhar. A noite corri apenas 10 km e a coisa entortou de novo. Parece que correr 'mais lento' até atrapalha. Falo isso pois encontrei o Luiz no meio do treino e acabei acelerando um pouco a lerdeza, foi quando parou de doer. Quinta pela manhã dor absurda ao acordar, parece que o tendão vira um cabo de aço com a passar da noite. Mas 3 minutos de alongamento soltam tudo e pronto.

Na quinta viajei a trabalho a SP. Consegui antecipar a volta por sorte e aí cheguei em casa às 20hs. Um vai-e-volta desses me deixa travado até os cabelos. Ainda estava claro e o tempo bom. Sem chance ir pro rolo ficar trancado mais 1h. Fui pra rua, MTB na volta ao morro com um belo dum vento sul que permearia todo o fim de semana. Ótimo pedal pra relaxar.

Sexta novamente sem treino, viajei pra serra. Outro bate e volta, com um dilúvio na ida e um dia aberto no retorno. Vejam se não dá vontade de pedalar numa estrada assim:



Sábado saiu um treino de transição excelente nas três modalidades. Encaixei uma corrida não prevista ao final pra reduzir o prejuízo da semana. Neste dia ainda tinha tido dor ao acordar, e corri sem problema algum. Um pouco mais rápido, bom pra sentir que as pernas ainda sabem correr um pouquinho, 5 km @ 4:30 numa boa. Voltei e ataquei o caldo de cana e depois fomos pra... jurerê de novo pegar praia. Baita vento sul dando noção do que seria o pedal domingo, acabei levando uma porrada de guarda-sol na cabeça quando estava pacatamente sentado na areia. Decolou.

Domingo de longo de bike, vem ni mim vento ! Saindo de casa, foram 107 km pela SC 401 com 3 voltas no circuito. Uma ventania das boas mesmo. Ataquei caldo de cana de novo na volta, foi um treino de treinar o metabolismo lipolítico, só 2 GU e água. Fim da semana irregular. Boa noite.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O treino de bike mais quente da história !

Tenho certeza de que foi pra mim. Coisa impressionantemente horrível foi pedalar neste natal. Dia 25 às 16 horas saí para um passeio, queria só girar e fui para a volta Santo-Amaro - São Pedro pensando num pedal contemplativo e com um pouco de morrinhos. Tinha ficado um tempo na piscina com o Arthur e achei que a temperatura tinha melhorado.

Já saindo de casa a coisa ficou feia, suando feito doido e batimento a 130 bpm pedalando de leve levíssimo. Bom, se sair na chuva é pra se molhar, então sair no sol é pra torrar. Creio que estou ficando menos intolerante ao calor. Fui com nordeste empurrando até o trevo da BR-282 e rumei para o sul do rio. Lá já estava desesperado e atravessar Santo Amaro foi uma delícia. O calor subia do asfalto, suor em bicas. Os braços ardiam e as pernas é melhor nem lembrar, era uma pré-combustão com certeza. Ao passar o centrinho vi uma mangueira numa casa com portão aberto e não pensei duas vezes, abri e tomei um banho completo. Saí totalmente encharcado e revigorado e segui pra varginha.

O pneu da frente furou de repente, eu estava no clipe numa curva bem leve e a roda quase saiu de lado, por pouco não fui pro chão. Parei numa sombra e a meleca foi grande pra trocar a câmera. Incrivelmente estava vazando ar por baixo de um remendo, acho que derreteu. E deve ter derretido mesmo, porque o aro da roda era preto e estava ruim de segurar. Por precaução esvaziei um pouco o pneu traseiro e botei só 90 lbs no dianteiro (sim, tenho uma super bomba de mão que dá pra meter 100 lbs).

Segui fervendo e quase peguei fogo ao começar a subir. Achei uma santinha com uma bica ao lado da estrada e parei pra tomar outro banho completo e dessa vez lavei os olhos e óculos. Estava com calor no globo ocular. É sério. A FC ficou alta o tempo todo, como era de se esperar. Mas é interessante ver isso. O rendimento era pífio para a FC, sempre acima de 150, normalmente isso já é lá pra cima. Tive que pedalar mais 'pesado' pra economizar FC e deixar o pobre coração bombear sangue pra periferia. Uma verdadeira aula de fisiologia, tá tudo aqui no track do garmin.

Comecei a descer para São Pedro com o sol mais fraco mas lá o vento tinha desaparecido totalmente. Quando cheguei na estada principal parei num bar, tomei logo meio litro dágua gelada e comprei outro pra levar. Joguei na garrafa que tinha resto de chá de maltodextrina e tive que jogar tudo fora. Comprei outra garrafa e fui.
A pedra branca no fundo
Cheguei no portal de São José já sem água novamente e morrendo de sede, mas não tem nada de lá até a beira-mar e então fui no desespero seco por 10 km, num contra-relógio capenga em busca do líquido da vida. Em casa me joguei direto na piscina do prédio, para horror dos vizinhos.

A cara absolutamente horrível do vivente
Depois fui direto assistir O Hobbit com a minha filha, deu tempo só de comprar um calzone antes de entrar no cinema ;-). Ah sim, e ontem teve um pedalzinho MTB show em Urubici, vislumbrem o potencial da região pedalada.


domingo, 8 de julho de 2012

2800 metros verticais na bike !

Entrou aqui pelo Título, foi :-) ? Hahahaha. Parece muito ?! Se colocar em pés então nem se fala... ;-) Mas foi bem tranquilo, e números somente não querem dizer nada. A pedra branca com 500 mts é mais sofrida do que este de hoje com 1200 de ascensão. Vai entender... Em quatro treinos de bike, de sábado passado para hoje entre MTB e a TT subi 2776 metros verticais com a bike. Como voltei, também desci ;-). Bons treinos pra compensar uma baixa na corrida natural para dar um tempo pras juntas depois do Desafrio.

Ontem rolou um treino muito bom com o Rodrigo Montoro e o Sérgio Lopes, fizemos o percurso do Pagará aumentando o retorno passando pelo centro histórico de São José e depois rolou uma corrida de 6 km pelos morrinhos de coqueiros, a primeira transição pós Ironman 2012. Saiu bem.

Hoje o pedal foi gelado, 68 km na estrada para São Bonifácio com o Sérgio e Edemar. Percurso perfeito, bonito de dar gosto, gelado e tranquilo, precisa ser incluído mensalmente pra turbinar as forças. Porque tem que fazer força pra subir aquilo lá. Acho que nunca pedalei com tanta roupa e ainda senti frio, os dedos dos pés empedraram logo no começo. Aqui o relato de uma outra ida e abaixo algumas fotos.

Boa semana azul pra todos.

Parada do Trator (bike) no meio do Pagará

O Montoro estrando na terra

Sobe, sobe e aí sobe mais um pouco. E então sobe mais.
Mas uma hora desce, e aí  é RÁPIDO  !

Frio, muito frio e ainda por cima com vento gelado.

Edemar e o Sérgio saindo de São Bonifácio pra voltar pra BR-282

No mirante, o Sérgio e o Edemar.

No mirante, única parada do pedal.
Estrada para São Bonifácio. Floripa, a ilha, tá ali ao lado.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Aos amigos Ironman


Largada 2011, foto do Charles Herdt.
Treinamos forte e com persistência para chegar até aqui. Todos nós somos privilegiados. Por termos saúde, condições, vontade e possibilidade de embarcar nessa coisa louca que é treinar para um evento desse tamanho, por podermos nos dedicar a um esporte tão exigente, que nos consome, às vezes literalmente, por horas a fio da vida externa. São 226 km ! A distância dita assim assusta mais, não é esse negócio de encolher o número usando milhas ;-). Duzentos e vinte e seis quilômetro a serem percorridos com a maior determinação possível, com as forças das nossas pernas e braços, mas movidos a coração e vontade. Sim, porque só a vontade é capaz de fazer alguém se impor um desafio deste tamanho.

Treinamos no vento, noite, madrugada, sol de rachar e chuva, mas também em amanheceres espetaculares, num mar que mais parecia piscina, em estradas desertas cheias de verde. Com sede, fome, dor, preguiça, mas também empolgação, vontade, empenho, alegria e garra. Cheio de altos e baixos, como quase tudo na vida.

Os treinos trouxeram uma dose de auto-conhecimento e aprendizado que não é fácil de conseguir de forma tão concentrada em tão pouco tempo. Muita diversão e algum stress também fizeram parte... Mas realmente o que vale é a jornada e passar esse período vendo tanto sol nascer e se pôr, sentindo o andar das estações na própria pele, ao ar livre, é sensacional.

Cada um tem seus objetivos, teve seus anseios, frustrações, alegrias e desafios nesse período que vira a vida da maioria de nós de pernas pro ar, mas se tenho uma certeza é de que a vitória é garantida, a satisfação é plena se fizermos uma coisa só no dia da prova: nosso melhor. Nas circunstâncias que a Natureza nos proporcionar, do jeito que a prova nos exigir. O melhor a cada instante, é isso que importa. O resultado é só consequência.

Façamos valer cada segundo suado nesta preparação e tenhamos todos um excelente último domingo de maio, com determinação no percurso e sorriso na chegada. Boa prova a todos nós, força e foco sempre !!!! Nos vemos na linha de largada, com o sol nascendo no mar !!

domingo, 6 de maio de 2012

Uma semana daquelas e os dias azuis

Amanhecer. O Sérgio estava lá esperando fazendo foto, fui obrigado a parar também.
Pois então, faltam só 3 semanas e um misto de ansiedade, cansaço e apreensão tenta emergir. Devemos lutar contra os três ! Esta semana foi das boas, e como eu tinha enforcado dois dias na semana passada tentei descontar e vou dizer uma coisa: cansei !

Segunda nadei pra compensar o treino de quinta e corri na sequência. Terça-feira saiu um bom treino de transição, 4000 de natação mais 58 de bike na parceria do Alexandre, que também tinha trocado o longo pra sábado para poder correr a T&F com a esposa e filha, show.

Quarta foi o longuinho de corrida. As coisas são relativas, e 26 já é quase longuinho. Saí por coqueiros e então beira-mar até o iguatemi e voltei, tudo muito forte e os cambitos foram parar na piscina pra aliviar. Foi bom. Quinta uma natação muito boa a noite e então o famigerado rolo. 1h15 em cima do monstrengo são bem produtivas: duas toalhas ensopadas, 1 garrafa de malto drenada e as pernas ardendo. Dormi totalmente acabado.

Sexta-feira saiu um treino de corrida bem legal, 3 x (3 km moderado, 2 km pace de meia-maratona). Foi tudo nos conformes, mas suei em bicas num calor que apareceu não sei de onde. Mais piscina gelada pra recuperar as pernas pro dia seguinte.

Sabadão de sol e céu azul, 7:15 em jurerê e 7:30 na água pra um treino muito bom: 4 x 1000 mts nas boias testando o ritmo para usar na prova. Conclui que não conclui muita coisa, o primeiro era pra ser mais fraco e o segundo mais forte, mas a diferença foi pouca e o último foi o mais rápido de todos, graças aos amigos no cardume, Marcos, Rafael Bressan, Sérgio, Tales e cia. Belo treino e então saímos para 65 km no velódromo da SC401, sem vento e descansado não sei bem como saiu um ritmo forte. Já sei como nadar daqui a três domingos.

Hoje teve um treino chave de bike, saí pra 160 km e 10 de corrida. Giramos no percurso do iron e depois em inúmeras voltas no velódromo com a galera, treino bala. A galera foi em peso, tinha gente pra tudo quanto é lado e uns pelotes de MTB também. Testei bem a alimentação e vi que seis medidas de accelerade pode ser muito. Não reabasteci exceto por uma garrafinha no posto da polícia (gelada do bebedouro !). A corrida na sequência foi excelente e no final passei pelo Alexandre começando a correr como se não tivesse pedalado e depois o Cini voando lá no santa mônica. Povo firme nos treinos !

Dois registros muito ruins no dia de hoje: uma queda feia, uma colega de treinos caiu na vargem pequena. Um tanto quanto tenso mas soubemos depois que ficou tudo bem depois, a galera toda se uniu pra ajudar na hora ! E o maior absurdo de desrespeito gratuito à vida alheia que eu já vi pedalando: ao sairmos do local do acidente, giramos mais uma vez lá pra reaquecer e ao sairmos para a SC, numas 8 pessoas, veio um uno preto (que infelizmente não vimos a placa) e o ANIMAL do carona (provavelmente dopado, bêbado ou doente mesmo) pegou o tapete de borracha, se colocou pra fora da janela e deu uma tapetada no Marcos. Estávamos num trecho lento entrando na 'ciclofaixa' e o IMBECIL poderia ter causado um acidente sério. Não deu pra acreditar. Inaceitável, ridículo e vergonhoso, pra dizer pouco.

Buenas, a semana foi cheia, mais uma e começa o polimento. Que venha, mas que demore ;-). Masoquismo ? Os treinos da semana foram legais, recorde na natação com 14 km, bike consistente e corridas todas fortes, muito bom, parece que tô ficando pronto na hora certa (espero, hehehe).

Abraços !!!!!

Falta muito papai smurf ? Falta pouco, falta pouco !!

domingo, 29 de abril de 2012

Sequência pesada !

Semana atípica de treinos, acabei não treinando nem quinta nem domingo. Bom pra refrescar a cabeça, já que foram dois dias off por excelentes motivos ;-).

Aí na sexta-feira estava tudo arrumado para sair de madrugada para correr, mas não acordei. Sobrou para a noite, e lá se foram os 28 km de corrida num ritmo apertado. Saí o mais cedo possível mas eram 21 horas quando consegui tirar os tênis. Recuperação relâmpago de pernas pra cima por meia hora e fui arrumar a bike para o dia seguinte, pois teria que fazer o longo no sábado.

Saí bem cedo, 6:10 com a bunda no selim em direção ao parque de coqueiros, onde esperei o Alexandre vir de carro para irmos até a BR para começar o treino. Só que demorou e no frio fui seguindo, sendo encontrado lá perto da Repecon, 9 km depois. Saímos para o posto marcado e encontramos o Tremel, Fábio e Bruno. Começamos o treino já em ritmo de prova ;-). Uma garrafa do Alexandre voou e na parada para pegar os três sumiram.

Tempo bom, pouco vento e céu claro, nublado de leve. Friozinho, tudo muito bom pra pedalar. Tocamos ficha até que perto de Tijucas o Fábio e o Bruno trocavam um pneu, conversamos e como estava tudo ok (mas ao que parece não estava ;-) seguimos, achamos o Tremel esperando em Itapema e atravessamos para Camboriú.

Média insana, mas como era pra ter vento, eu achava que estava tranquilo. Mas não estava muito, pois num pequeno trecho que tentei acelerar já comecei a sentir as pernas pesadas. Seguimos até depois de Navegantes e ao fechar 90 km retornamos. O Tremel foi mais 10 km pra fechar 200. A estrada de Camboriú em diante está horrível. Suja, ao contrário do trecho até lá que estava com o acostamento espantosamente limpo. Cheia de caminhões. Muito pesado pedalar por ali.

Assim que fizemos o retorno percebi a média mais absurda já registrada em 90 km. Mas aí logo fiquei preocupado. Puta merda, como estou longe de casa ! E se dá uma pane, rasga um pneu ? Ih, acho que tô ficando cansado... Não haveria resgate, pois o carro estava na estrada também ;-). E aí as pernas pegaram de vez, muito lerdas e senti umas fisgadas na musculatura do quadríceps. Fui na boa de leve e atrasando o Alexandre, tocamos até o morro do Boi, que subi na maior vagareza já com início de prego de fome. Entre sair de casa e começar a pedalar na BR foram-se 1h10min, o que bagunçou com o abastecimento alimentar.

Paramos em Itapema, comi um pão de queijo, coca-cola e chocoleite. Depois voltamos a pedalar melhor e então os pingos vieram, aí as fisgadas também voltaram. O ventinho de sul estava lá. E a chuva apertou, de fazer bater queixo ao trocar o único pneu furado, aos 160 km. Voltei a pedalar tremendo, só pensando em ir com cuidado e não fazer besteira. O Tremel tinha nos alcançado e seguimos os três na maior fria.

Ao chegar perto do posto onde estava o carro fui procurar alguma coisa pra comer que não fosse gel, achei 3 bisnaguinhas com peito de perú que eu tinha levado e esquecido ! Comi as três de uma vez só e os dois sumiram, aí acabei deixando passar a entrada para o retorno e os vi lá do outro lado da BR parando nos carros. PQP, !@#$%¨, ô bicho burro ! Não basta estar congelando, com as pernas todas travadas e faminto, ainda tem que errar o caminho ! Pensei seriamente em atravessar a pista mas logo me demovi da ideia, segui até uma passarela 1 km adiante, subi empurrando a bike e retornei.

O Alexandre me deixou em casa com chuva pesada. Ao entrar no carro larguei um 'tá que eu vou correr agora !', mas 15 min depois em casa a coisa tinha mudado de figura. As pernas estavam melhores mas o frio bravo. Aí fui direto da garagem pra dentro da academia do prédio, subi na esteira todo imundo de spray de sujeira da estrada e corri 32 min. Pronto, missão cumprida.

O saldo foi bom apesar da quebradeira, chuva, vento, de ter pedalado 9 km antes (totalizando 192 no dia) e da corrida na noite anterior. Mas não recomendo essa sequência não... ;-). Obrigado ao Alexandre e ao Tremel (também Alexandre) pela parceria, valeu !!!

Visual da ponte ao amanhecer...

domingo, 22 de abril de 2012

A semana mais longa na corrida, a ventania e o fim de tarde

Ainda bem que a semana antes de Caiobá foi leve, pois esta foi pesada, bem treinada. O bloco pancada ficou como sempre para o fim de semana. Corrida longa na sexta-feira, 32 km. Coisa séria manter um bom ritmo depois da semana que foi. Saí por coqueiros e cheguei na beira-mar e segui para o sul, 2 km indo e voltei até a UFSC. No trecho da beiramar o pace foi excelente e em coqueiros o GPS ficou sem bateria, 2h32min de brincadeira. Acabado é pouco, fiquei aniquilado, sem saber como iria treinar 10 horas depois. Dormir foi um desafio com as pernas latejando.

Sábado uma natação muito boa de 4000 m seguida de pedal de 63 km, girado pra não acabar de vez com os cambitos. Depois disso foi passeio e compromissos o dia todo.

Hoje acordei com o barulho do vento, forte, muito forte. 30 km/h com rajadas mais violentas. O consolo é que o sul fica parado, vem sempre do mesmo lugar. Marcamos de ir pra BR-101 mas o Sérgio ligou e combinamos de ir pra ilha, não seria prudente voltar 80 km com aquele tufão na cara, na ilha pelo menos seria um fartlek eólico. Juntamos com o Varela e seguimos para 2 voltas na beiramar. Uma viatura da polícia rodoviária nos deu uma bronca por estar na pista, saímos para a ciclovia que estava vazia e seguimos, mas depois do túnel lá estavam de novo. Achei que seríamos multados. No final, lá pelas 11:30 da manhã o mesmo policial passou por nós na SC-401. Olhou com uma cara de incrédulo...

Subimos para o norte e para enfrentar mais rajadas, vai e vem e depois repete. Na parada para água e coca-cola aos 100 km encontramos o Marcos Pavarini, que fez questão de parar para nos acompanhar no pitstop, até que diante da nossa calma, soltou um "tá, até quando vocês pretendem ficar aqui' ;-) ? Coisa boa encontrá-lo, saímos de lá e fizemos mais duas voltas no velódromo e então o Marcos retornou para fazer mais muitas, pois faria 180 km no circuito.

Pedal estranho. O tempo todo meio cansado demais, achando que estava com sede mas já hiperhidratando (2 pitstops para n. 1). Meio lerdo. Acho que pelo cansaço e por não ter jantado direito ontem. Melhorou depois da coca-cola. Voltei combalido e vi que fechou 28,9 km/h no total, até que bom para a pancadaria. Nessas horas, o negócio é não olhar pra velocidade, tempo. Só abaixar a cabeça e pedalar feito um doido. Saí pra correr achando que seria um desastre e foi ótimo, pace de 4:30 cravado nos 8 km, totalizando 89 km corridos desde domingo passado. Só fiz a besteira de comer um gel sem água, não recomendo. Ótimo treino.

Falando em não recomendar, a saída às 6:30 foi tapada. Saí sem capacete, o que percebi assim que deixei a garagem e senti o frio na careca. Voltei, encostei a bike numa coluna e fui pegar o capacete e óculos. Só que a bike escorregou e caiu de lado, esvaziou o aerodrink e os gels caíram. Volei e não vi a água, escorreguei com a sapatilha e caí de lado. Fiquei ligado o tempo todo pra não fazer besteira no pedal. Aí quando cheguei na frente de casa e acenei pro porteiro abrir, fiquei esperando e com o pé esquerdo clipado. Quando o portão abriu me empurrei do muro com o braço direito, só que com força demais. Caí feito uma jaca pra esquerda, de novo estatelado de lado no chão. Talvez canseira misturada com reflexos lerdos.

Enquanto treinávamos no tufão, a outra parte da turma competia no longo da Fetrisc em Jurerê. O Geraldo "Gai" tirou fotos sensacionais da prova, coisa profissional. Já nos brindou com DVDs do Ironman várias vezes. A cobertura ficou excelente e as fotos estão lá no facebook dele, aqui uma amostra:



E o dia não acabou, ao fim da tarde um pedalzinho com o Arthur e a Beatriz. O Adriano foi correndo de sandálias e eu de bike apenas para não ter que usar muito as pernas. Belo fim de domingo.

Sprintando !

Cansados depois de pedalar e correr
E já que é pra treinar, bom pra aquecer os motores para a visita do Sir Paul na quarta:

domingo, 22 de janeiro de 2012

Mountainbike no morro redondo

Na verdade deveria se chamar morro zigue-zague. Saí depois do trabalho para um pedal na terça 17 junto do Maicon Roges. Iríamos só girar na lagoa mas o tempo melhorou depois do temporal da tarde e fomos para o Pagará pegar umas estradas de terra. Pareceu que não iria mais chover.

Depois de umas estradinhas desde a colônia santana pegamos o caminho para são pedro de alcântara, em direção ao morro redondo. Um pouco antes tinha chovido e parado, ajudou a refrescar. Parei para ensacar o celular e os trocados. Seguimos com uns morros fortes e curtos até uma estrada plana e comprida, já quase escurecendo. Lá na frente uma parede de mata com metade aparecendo, o resto tapado pelas núvens. O Maicon apontou pra lá. Lá dentro das núvens.

Começamos a subir, subir. E aí subia. E quando já estava cansando, veio uma subida que vou te contar, que inclinação. Não consegui seguir pedalando no barro molhado e quase caí, mas consegui desclipar a sapatilha antes. Segui empurrando e quando deu voltei a pedalar. Mais subida, até 420 mts, quando uma placa indicava são pedro, em direção a uma descida magnífica. Praticamente sem luz, foi na conta exata para chegar ao asfalto.

E aí a conta para começar a chuva. E que chuva, das maiores que já tomei em cima da bike. Descemos o asfalto liso e perfeito num temporal de dar gosto. Como estava sem farol e sem óculos, a coisa foi meio tensa, várias vezes não conseguia enxergar quase nada. O vento também vinha forte do litoral e a friaca pegou, pensei em pegar um saco plástico em algum mercado, bar, mas nada estava aberto.


Na divisa com são josé a chuva parou e não voltou mais, cheguei em casa com a bike totalmente lavada, ficou limpinha. Baita pedal pra uma terça-feira a noite, quase 3h e 59 km de puro mountainbike, como se diz ;-). Fotos do Maicon. Aqui o tracklog da pirambeira toda, um show de treino.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Mountain da Bike e o GPS do Garmin

Subidinha
Tenho feitos bons treinos de mountainbike durante a semana, já se vão três com pedal nas terças e quintas. Eu achava que era impossível, mas foi só botar a natação de manhã cedo e pronto. Quem disse que não tem tempo aí mesmo ;-)  ?? Claro, sobrou a fome de leão o dia todo, mas pra isso tem jeito. Nos percursos, sempre coloco morros no caminho e o resultado tá bom, dá pra perceber que tá mais fácil subir na bike de TT também.

Só que semana passada fiquei cansado de asfalto, afinal MTB não é pra isso. Na terça-feira arrumei na pressa o link do garminconnect para um percurso que eu queria fazer. Era o tracklog da prova de julho do Rodrigo Cansian, na pedra branca e caminho do pagará.

Buenas, usei o GPS do Garmin, literalmente. Nunca tinha testado, mas é muito simples transferir um percurso pro dispositivo e depois seguir o caminho. Basta ir no garminconnect e selecionar a atividade, no caso, foi  a prova do Cansian. Aí usa-se a opção 'send to device'. Com o Ant+ conectado, basta ligar o garmin e esperar a transferência dos dados, que não é instantânea. Depois no relógio vá em trainning e então courses e escolha o percurso desejado, que terá o mesmo nome da atividade no garminconnect.

Assim que você seleciona o percuros ele começa a calcular algumas coisas e logo mostra uma tela dividida em uma 'bússola virtual' (não é bem isso, é uma seta que aponta pro caminho do percurso) e o tempo e distâncias para o fim do percurso. Se você ainda não estiver no percurso tudo bem, ele mostra a distância que falta até lá e o tempo estimado.

Neste caso vale uma observação: a distância é a reta entre a posição atual e qualquer ponto do perímetro do caminho do percurso. Uma vez no percurso o relógio avisa e daí em diante sempre apita no caso de você sair do caminho programado. Muito simples e funcional, consegui fazer um caminho totalmente desconhecido e relativamente complicado (estive lá a última vez a noite, há vários anos), sozinho e sem errar nada. Pra quem quiser conferir, aqui tá o pedal. E também é possível salvar qualquer atividade como percurso para seguir depois, é útil em caso de trilhas ou caminhos intrincados onde se deseje repetir exatamente o percurso anterior, e neste caso o anterior funciona como o virtual partner.

E claro, a Mountain. O percurso tem morrinhos muito pedaláveis, mas não são de graça. Somando isso ao fato de ser boa parte em estrada de terra, faz jus à MTB. Usando bem os equipamentos, assim é que é bom ;-).

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Primeira semana, mountainbike e planilhas

Começaram os treinos para o Ironman Brasil 2012, serão mais 19 semanas de treinos dedicados a chegar no dia 27 de maio na melhor condição possível. Uma já foi, a primeira semana do ano novo foi uma beleza pra entrar no ritmo, saíram todos os treinos 100 % exceto uma corrida onde a batata voltou a assar, mas acho que está melhorando. Uma coisa que vou tentar fazer agora é registrar tudo no garminconnect, antes eu ficava registrando também no trainningpeaks, e aí era uma zona, apesar do segundo ter mais relatórios do que o primeiro. Vamos ver como foi a semana.

Dia primeiro não conta mas não resisti quando a chuva parou depois do dilúvio do dia 31 e fui correr, 12 km moderados. Segunda foi corrida já em ritmo razoável, tudo tranquilo. 



Restinho de sol, fiquei lá olhando e voltei quase no escuro.
Terça a novidade, nadando de manhã cedo, 6:45 já estava na água, nadei até as 7:40 e fui pro trabalho passar fome o resto do dia. Tá feia a coisa, preciso de comida constantemente. A noite pedal solo depois de brincar no parque até as oito da noite, cheguei quase 22 horas.


Quarta o longo de corrida pseudo forte com a panturrilha incomodando. Foram apenas 16 km, mas bom pra mostrar que longo é longo e o próximo tem que ser com a panturrilha boa pra não ter que fugir no meio. Fui no fisio e fiz uns choques, gelo e alongamento. É realmente contratura, então é só dar um tempinho.


Quinta não nadei cedo, fui na hora do almoço e fiz boas séries mas fiquei tonto de fome. A noite fui pra um pedal de 38 km com muito morro até a rampa de vôo livre na lagoa. A MTB nova está uma beleza e estou aprendendo a pedalar com pedal de clipe nessa bike. Tá fazendo diferença, embora o pânico de cair grudado no pedal na subida ainda seja grande. A descida quase no escuro na trilha molhada foi muito boa, preciso repetir. Mas não no escuro. Fiquei bem cansado e jantei de novo depois de ter tomado Whey, já depois do primeiro jantar. Dormi tarde mas acordei descansado e sexta a noite tinha um progressivo de 12 km que saiu na boa.


Sábado foi um espetáculo, natação num mar cristalino, quente e flat em três voltas nas boias, seguido do pedal de ritmo. Domingo fui cedinho e solo pra Santo Amaro, peguei um pouco de chuva e fechei os 90 km bem constantes, gostei. Mas a coisa ficou boa mesmo na praia, a tarde toda lutando contra um mar revolto e ensinando o Arthur a pegar onda ;-).


Voltando aos números, foram assim:

Swim: 6,5 km
Bike: 214,3 km
Run: 38,2 km
Tempo total: 14h36min (só treino, sem deslocamentos e toda a função associada).

Achei muito, foi tranquilo mas pra primeira semana... bom, base é pra isso, então tá ótimo ;-).


Calendário do garminconnect já recheado com as atividades.
Ah, também estou desenvolvendo uma equação avançada para acompanhar o rendimento/economia na corrida. Inventei um índice de economia baseado em algo que li sobre medidores de potência pra ciclismo, vou encher com uns dados e logo posto a besteira conclusão.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Como estragar sua panturrilha

Batatas
Ou qualquer outra parte. Bom, estou com a panturrilha estragada, não contem pra ninguém. Na segunda passada (10 dias atrás) fui correr o longo (15 km até parece longo) e comecei meio estabanado, sem aquecer NADA, nem alogar os 40 segundos de sempre. Nada de pré-movimentação. Zero.

Aí saí correndo, e acelerei. Foi bem, mas no km 5 senti um incômodo de nada na batada direita, e segui. Retornei e fui indo e passei pelo carro pra tomar água. A batata já estava assando, mas achei que não era nada e fui pra fechar os 15 km. O ritmo foi fortinho, mas nada demais. Estava descansado. O volume anda minúsculo mas com intensidade. E tenho feito um pouco de musculação e algum alongamento fora dos treinos. Ou seja, sem razão óbvia pra machucar a musculatura.

Mas fiquei estragado, deu um 'nó' na panturrilha, ficou uma parte da musculatura totalmente dura, parece que tem uma cenoura dentro da batata. Doeu até quarta, aí ainda sentia pra andar na sexta. Corri só na segunda feira seguinte, depois de gelo, bolsa quente, massagem e alongamento a semana toda. Ainda tô sentindo, mas já está melhor e hoje consegui correr os 15 km bem fortes e sem dor, mas a coisa tá lá ainda.

Só pode ter sido a largada totalmente fria e desprevenida. Estou certo disso. Se quiserem estragar alguma parte, façam exatamente assim.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Pedal solo excelente




Acho que este ano não tinha ido até o fim da estrada que vai até são pedro. Um belo pedal como sempre, principalmente solo. Gosto de pedalar pra lá sozinho, seja lá por qual razão. Um trechinho chato da marginal da BR 101 (sábado de manhã), 4 km de BR 282 e depois só tranquilidade. Estradinhas rurais, sol e céu azul, rios, belos visuais da serra do tabuleiro. Excelente. E agora ainda mais, pois o asfalto vai mais 3 km morro acima (bem mais inclinado). Muito legal. Claro, o lado MTB fica triste por perder mais um pedacinho de terra, mas ficou ótimo pra treinar uma subidinha, isso ficou. Consegui fazer um videozinho mixuruca, mas que dá a ideia do local. Ótimo treino, 83 km numa média razoável, com subidinhas ardidas, longas retas e pasmem, quase sem vento. Mas o calor apertou no retorno, pois abri o olho já era tarde. A volta perto das 11:30 estava bem quente, e meio litro de água de côco sorvida rapidamente ajudou muito.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Correndo por Madri, vídeo do Hélio

Meu amigo Hélio foi trabalhar por 2 meses em Madri. Corredor como é, produziu esse vídeo fantástico. Há controvérsias, mas aparentemente foi ele mesmo quem correu e editou o vídeo. Excelente resultado, parabéns !!! Curtam...


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Treinos, medir ou sentir ?

Está rolando uma discussão interessante na blogosfera a respeito da utilização de gadgets no treinamento esportivo, especificamente no triathlon. A discussão se resume de forma muito superficial ao seguinte: usar equipamentos de medição (monitores cardíacos, de cadência, velocímetros, medidores de potência) e ter feedback instantâneo e frio sobre o rendimento, ou confiar na percepção de esforço e levar os treinos baseados na experiência/sensação do momento.

Na minha visão, não há certo ou errado. A discussão será interminável, com argumentos válidos e muito interessantes como tem sido, de ambas as correntes. Atletas de alto nível treinam sem instrumentos (Macca, Crissie e os "antigos" também :-) e outros de nível tão alto quanto treinam baseando-se em números.

Na minha opinião a virtude está no equilíbrio (quem disse isso mesmo ??). Tudo depende de como o atleta se adapta às ferramentas. E no final das contas, a percepção de esforço sempre é utilizada. Ou alguém que deveria correr num pace X vai se matar se não estiver se sentido bem no determinado treino ou prova e simplesmente não estiver "rendendo" ? O mais provável é estar se sentido bem demais e usar o instrumento como um balizador, uma ideia macro de onde se pode ir, baseado na experiência dos treinos anteriores.

Minha experiência: meu tempo é curto e preciso aproveitar os treinos o melhor possível, no junk miles. No triathlon especificamente, que é um esporte muito intenso e que demanda muito tempo de treino, isso é ainda mais importante. Ou seja, se for pra treinar tem que ser pra ter resultado. Isso, claro, não impede passeios ciclísticos, corridas contemplativas ou natação solta, que são necessárias e salutares, mas tem uma diferença entre isso e treino produtivo (fisiologicamente falando, mentalmente talvez os últimos sejam até melhores ;-).

Então, tento usar os números da melhor forma possível, sempre relacionando os indicadores à percepção de esforço, sem é claro transformar um longo num tiro ou um intervalado num trote. Por exemplo, por muito tempo eu olhava um treino de corrida em 'zona 2' como muito leve, e várias vezes ia até sem relógio. Ou usava o GPS sem o monitor cardíaco. Quando uso os GPS com frequencímetro é que é possível ver o rendimento (pace) para um dado esforço cardíaco (FC) e então correlacionar as coisas com o ambiente (Alta umidade ? Calor ? Ventando horrores ? De estômago cheio ? Cansaço acumulado ?) e aí sim tirar conclusões, dosar o esforço de acordo com o objetivo do treino.

Exemplo de hoje: 10 km na zona 2 depois da prova de ontem (breve post). Coloquei o monitor e fui. Bem no meio da zona 2, que atualmente dá uns 142 bpm, o pace era de 4:45/km. Fiz o treino todo bem constante, então essa é uma boa métrica para esta condição: bem condicionado mas pós uma prova intensa, temperatura boa e sem muita umidade ou vento. E olha que legal, semana passada um treino igual (mas não depois de uma prova) sem o monitor gerou os mesmos 10 k num pace médio muito pior, baseado só na percepção. Poderia ter sido o contrário, poderia ter saído um pace excelente e mais forçado do que o desejado. Em resumo: usar (se possível, claro) os gadgets é como ter instrumentos no painel do carro. Mesmo com o básico indicado ali, você ainda usa a percepção, calcula mentalmente a velocidade das árvores passando, a distância dos outros carros, junta tudo e processa a informação disponível.

Esse falatório todo é pra dizer o seguinte: se for pra usar um monitor de qualquer coisa, use a informação que ele gera, não apenas olhe pro número e diga 'que legal, olha só a fc/velocidade/cadência/potência', e associe isto à sua percepção de esforço e sensação durante o treino. É a minha opinião pessoal e individualizada, emitida de forma voluntária e sem garantias de qualquer tipo. E não, não sei se prefiro comprar um medidor de potência ou uma mountainbike nova. Espero ter complicado mais um pouco a discussão.

domingo, 20 de novembro de 2011

Morro da lagoa

Dia de longo de bike, mas com a chuva itinerante que estava desisti da speed e voltei pra casa. Marquei com o Adriano às 10 horas e fomos de mountainbike pra lagoa, subir o morro e decidir o que fazer. Fizemos a subida até onde tinha asfalto e aí começou a parte boa. Subimos a estradinha até a rampa de vôo livre antiga (em ruínas). O pedal foi excelente, estava tudo bem seco apesar da chuva que pegamos na volta da rampa, que só durou poucos minutos.

Lembrei o quanto eu gosto de pedalar fora de estrada. E lembrei como a minha bike é pesada, com o quadrão 19 de cromo e guidão de 5 kilos. A subida do morro da lagoa foi puxada, senti as pernas funcionarem. Aí subimos pra rampa e no fim do asfalto veio aquela maravilha de estrada de terra. Subidinhas fortes e descidas alucinadas na terra esburacada, uma beleza. Fiquei satisfeito em ter pedalado tudo numa boa com a relação torta da bike e sem treinos de morro. Depois de apreciar o visual lá de cima voltamos na chuvinha, encontramos o Aracajú e a Cínthia na beiramar se recuperando de um tombo mútuo e seguimos pra casa. Quando vi que só estava com 2h10 de pedal toquei pra fechar mais uns 10 km, totalizando 51 km de um belo treino de força e com visuais ímpares da ilha.

Concluí duas coisas: preciso de mais trilhas de bike (na verdade, estradões são melhores). E preciso de uma MTB nova (pra ficar apto pra trilhas de verdade). O que o Adriano fez abaixo eu não me arriscaria com o meu chumbo.

Visual da lagoa a partir da rampa
A descidinha era das boas...