terça-feira, 29 de setembro de 2009

Fartlek longo coletivo

Fartlek é um treino variado, onde o esforço varia propositalmente meio sem rumo, visando picos e baixos. Uma boa idéia é correr nos morrinhos, escadarias e praias de coqueiros. Hoje rolou um treino diferente, não fui sozinho pra variar. Marcamos às 18:15 no trapiche para uma volta ao morro, chegamos todos ao mesmo tempo e com a mesma camiseta comprida do desafrio.

Vento sul forte, muito forte. Pra desespero do Hélio iniciamos para o norte, o que contradiz a norma de que volta ao morro começa pelo sul. Saímos de leve e o vento omni da beira mar nos atingiu no nariz. Subimos a passarela do cic e pegamos uns trechos esquisitos no transito pesado da trindade. Aí começaram os morrinhos do pantanal. Desci o morro do armazém vieira totalmente na banguela, o melhor pace já registrado foi alí: 2:52/Km :-). Aí entramos na ciclovia sul por um par de KMs e então nos morrinhos da prainha. Com vento a favor, o trecho rápido do treino começou.

O primeiro Km saiu a 4:52 com os morrinhos e então entramos na beira mar com tudo. No último Km eu e o Tiago disparamos. Não foi um Km constante, foi progressivo começando a 4:30 e acabando a 3:38, fechando a 4:14. Bom pra completar 17 Km gelados, estranhamente hoje a temperatura estava em 10 graus. Aqui tem o roteiro do treininho de hoje. Foram 16,9 Km em 1:30, média de 5:22/Km@140 bpm.

sábado, 26 de setembro de 2009

Intervalado no mar batido

Hoje a natação foi das mais punks possíveis. Não sei porque, mas ultimamente estou achando que tem uma âncora comigo na água, sei lá. Saímos da praia para uma volta na bóia de 250 metros, fechando 500. A instrução era sair correndo da areia, passar a arrebentaçãozinha golfinhando e nadando pólo e então encaixar até a bóia. Lá tinha que mirar no ponto certo, voltar, sair na areia e começar tudo de novo.

Na primeira volta saí da água bem tonto, demorei pra voltar e fiz a segunda volta lerdo. Depois melhorou e sairam as últimas duas com mais facilidade. Tinha correnteza de esquerda e o mar estava mexido com o nordeste, o que, acrescido da minha âncora, foi casca. Fechei em 36 min.

Depois transição lenta e bike de 45 Km no gás contra vento de todos os lados. A favor era fácil 45, 46 Km/h. Fechei em 1h26, média de 32. Pouco antes de acabar engoli um gel e saí pra corrida de 6 Km com o morro do forte no meio, fechando bem em 30 min.

Deu um total de 36'+1h26'+30min para 2000+45+6.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Resultados da corrida de aventura do Sesi

Dígitro vence Corrida de Aventura do SESI/SC

A equipe da Dígitro A, de Florianópolis, venceu 7ª edição da Corrida de Aventura, evento realizado pelo SESI/SC no domingo, dia 20 de setembro, no sul da Ilha de Florianópolis. O grupo completou o circuito de trekking, rappel, ciclismo, arvorismo e canoagem em 3’54”54. A prova, que valeu para classificação local e estadual, teve um percurso de 15 km e contou ainda com a participação de 33 equipes. Notícia completa aqui.

Os resultados estão abaixo. O tempo final encolhe pois o cronometro parava durante a equipagem para o rapel e arvorismo. Reparem na diferença da chegada das duas primeiras equipes :-) Breve vem algumas fotos.

ORDEM NºEQ EMPRESA PENALID TEMPO CHEGADA FINAL
11 DIGITRO A
04:08:51 3:54:54
33 DIGITRO C 00:12:00 04:08:46 4:11:21
13 ELETROSUL A
04:32:41 4:18:45
26 OLSEN
04:48:09 4:21:19
12 DIGITRO B 00:12:00 04:20:08 4:24:24
14 ELETROSUL B
04:35:29 4:26:18
27 REIVAX A
04:45:51 4:31:39
28 REIVAX B
04:53:15 4:32:26
6 CEBRA B
04:48:53 4:34:27
10º 31 TRACTEBEL B 00:40:00 04:13:10 4:43:20

Pancadaria é bom para os joelhos

Estava meio cansado de ouvir que treinar (correr) muito iria detonar meus joelhos. Os mais desesperados afirmam que em mais uns anos os joelhos vão pifar definitivamente. Algumas experiências interessantes refutam estas idéias: alguns amigos que tinham joelho ruim quando sedentários, hoje correm e pedalam muito com o mesmo joelho, e nada de dor ou qualquer problema. O negócio é manter o bicho em uso.

Fui dar uma pesquisada rápida e vi que atualmente alguns estudos apontam justamente o contrário: correr é uma atividade de impacto, e isso fortalece os ossos e articulações. Claro que aqui presume-se que não há nenhum tipo de lesão prévio, seja adquirida ou congênita. Muita coisa acontece no submundo bioquímico-motor, mas em resumo, a ingestão de cálcio e proteína e o estímulo do impacto colaboram para o fortalecimento dos ossos e tendões. As lesões normalmente estão associadas à musculatura frágil, o que desequilibra tudo, e à exageros extremos.

Obviamente a dose é o segredo - a diferença entre remédio e veneno normalmente está na quantidade :-).

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Corrida de aventura do Sesi - curtinha mas divertida

Foto do Fernando Varela

Outra prova de que tamanho não é documento foi esta competição. Juntamos 3 equipes da Dígitro (eu achava que eram duas até sexta-feira) e fomos participar da 7a corrida de aventura do Sesi junto com outros 31 times. A prova largou da praia dos açores as 9 da manhã depois de uma plotagem acelerada dos 18 (!) PCs.

Tinha PC demais, de início não entendi aquilo mas no primeiro já saquei. Como era curta (largou dos açores e chegou na lagoa do peri), os PCs ficavam bem escondidos e aí estava o truque para não transformar a prova em simples questão de performance. O PC1 ficava 800 mts depois da largada, no meio das duninhas da restinga dos açores. Bem enfiado no meio dos arbustos, todos perderam um tempinho pra achar. Aí o PC2 era mais um pouco à frente antes do pântano do sul, também numa caverna arbórea. Depois dois PCs virtuais e a trilha da lagoinha do leste para começar (esta praia feia que tem aí na foto do blog). Entramos na trilha e logo fomos passando umas equipes e já não víamos mais a equipe do Dariva/Aracajú/Tiago/Alex, só a outra da Dígitro, composta pelo povo do Rodrigo.

Um PC deveria ser entre o mirante e a trilha da ponta da felicidade e nós chegamos lá bem na frente, embolados com outra equipe. Fui subir no mirante e vinha um descendo dizendo que não era alí, aí sem pensar muito concordei (coisa que não se faz) com o outro navegador e segui até a bifurcação, quando concluímos que tinha que ser lá no mirante mesmo. Voltei com o Vilson correndo e a Beth e o Cristiano vieram caminhando, batemos no mirante e seguimos mais uns 10 metros e lá estava o fiscal escondido. Nessa hora chegaram trocentas pessoas tentando acessar o PC numa trilhinha minúsculas. Saímos dalí o mais rápido possível e tocamos pra praia. Na descida, alguém de outra equipe se deu mal - cabeceou uma árvore e estava todo ensanguentado - mas não precisavam de ajuda.

Na praia outra busca pelo PC6, bem escondido nas trilhinhas do canto direito. Ali embolaram muitas equipes e todas as 3 Dígitro se acharam de novo. PC assinado fomos pra ponta norte, mas antes passamos no PC7 no meio da lagoa, que foi atravessada para anotar o PC. Lá o Dariva se foi pela margem oposta e nós voltamos para a margem leste, rapidamente alcançando o final da lagoa já próximo ao mar. Alí o PC 8 deveria estar. Corri um pouco, fucei e achei o PC em primeiro lugar. Empolgadão, vi o Vilson vindo e já assinei, aí chegou a tractebel e outra equipe também. Voltei feliz e já quase entrando na trilha pro matadeiro o Fred grita lá de longe que a fiscal tinha feito uma observação sobre a equipe não estar completa. Meio joão-sem-braço-com-consiência-pesada eu já tinha pensado nisso, aí reuni a equipe e fomos lá de novo e arrumamos tudo.

Rumamos pro matadeiro em 7o ou 8o mas logo o Dariva chegou e nos passou com o Tiago dizendo que estava 'sobrando', aí nós passamos a equipe do Rodrigo e seguimos atrás das outras. Quase chegando na praia alguém de outra equipe falou algo sobre 'deixar passar' a moça que vinha na nossa equipe (ela era a única entre as primeiras equipes). Bastou pra Beth ligar o Nitro e sair feito louca passando os caras, corremos atrás e juntamos na tractebel novamente, logo o cara se arrependeu :-). Quando pisamos na areia vi a primeira equipe lá no final da praia, era o Aracajú navegando rumo ao PC 10. Chegamos no rio do matadeiro e o irmão do Bona estava lá com gatorade, o que muito nos ajudou, pois eu estava entalado com biscoitos e a Beth com um pouco de câimbras, além do Cristiano estar com o tanque já meio vazio. Tocamos rápido até a ponta do matadeiro, assinamos o PC embolados com a tractebel e fomos em perseguição aos líderes.

Chegamos a subir pra estrada da armação, mas na frente da igreja o Fred notou um ponto na planilha que proibia estrada (mas era na linha do PC2), na dúvida resolvemos ir pela água (não tinha praia). Aí quando a areia reapareceu vimos o Tiago lá ao longe entrando à esquerda. Não tive dúvidas em seguir o nativo, mas quando vi que iria pela estrada até o peri, voltamos pra praia (mesmo assim ainda achei que ele sabia de uma trilha no meio da restinga).

Nos conformamos ao arrasto até o morro das pedras, no pior trecho de areias pra correr da ilha inteirinha. Eu puxei com o máximo de cuidado pra não quebrar ninguém e chegamos um pouco à frente da tractebel, 3 minutos atrás dos líderes.

Na sede do parque, o trecho de MTB foi uma piada: uns 700 metros dando a volta no estacionamento. E só. É, só isso, e eu ainda levei a minha bike - lá tinham várias da organização. Neste ponto rachamos as equipes em duas, uma dupla ia pro caiaque e outra ia correr, rapelar e fazer arvorismo indoor.

Foram-se a Beth e o Vilson pra usar os braços e segui com o Cristiano pra achar o PC 15 para rapel. A coisa embolou muito na sede do parque, tinham 6 PCs num raio de 100 metros, não há instrumento de corrida de aventura que tenha uma precisão assim (eu deveria ter levado lapiseira 0.3mm). O 15 era distante, então até lá foi fácil, mas usei a bússola (pois não lembrava do monte de bifurcação que o Tiago sempre pegava nos treinos).

Achamos a torre de observação e o Dariva e Tiago estavam a equipar, com a dupla da tractebel logo atrás. Todos rapelados, subimos e o Cris esqueceu o capacete lá embaixo - teve que descer e subir :-). Fui rapelar rápido, só dei dois pulos, mas no segundo bati com a perna na estrutura da torre, nada grave. Reagrupamos embaixo e voltamos o mais rápido possível, em 3o. Perdi a bússola. Fiquei puto, lá se foi minha suunto novinha em folha.

Sede do parque de novo, veio a dupla terrestre da tractebel dizendo que não achou o PC. O meu estava mal plotado, eu não sabia mais se era igual ao 18 ou ao 14, era um borrão só. Fomos indo mais um pouco e logo voltavam o Dariva e Tiago perdidos, agrupamos e fomos caçar o arvorismo, obviamente procurando entre as árvores. Descobrimos o circuito dentro do prédio-sede, uma estrutura de uns 3 andares oca no meio. Lá montaram uns quatro percursinhos e lá fomos nós equipar de novo, briga de equipes Dígitro-AndarIlha :-).

Terminamos e fomos pro PC 17, atividade cognitiva. Lá tinha um quebra-cabeça pra montar. Pronto, ferrou - odeio isso. O Cristiano começou, o Dariva e Tiago já estavam lá com o Aracajú. Quando a Beth e o Vilson chegaram dizendo que adoravam quebra-cabeças, o fiscal interrompeu dizendo que a dupla que começa termina sozinha. Depois alguém viu a instrução, discutiu e outro fiscal disse que era atividade da equipe. Juntamos as equipes inteiras a montar o puzzle.

A maior adrenalina da corrida foi ali, uma equipe olhando pra mesa da outra, até que o Dariva berrou que tava pronto e se mandaram. Mais 5 segundos nós acabamos e saímos feito loucos atrás deles. Eram uns 80 metros até o pórtico, nem sei se valia correr ali, mas quando alguém me viu correndo babando gritou pro Aracajú correr e todos os oito saíram em disparada. A equipe do Tiago/Dariva/Aracajú/Alex chegou na frente e a nossa em segundo. Não vimos onde foi parar a tractebel.

Depois vimos que a equipe do Bona chegou em 4o lugar. Fechamos 3 dos 5 primeiros com as três equipes inscritas, um fenômeno ! Corridinha divertida, todos curtiram. Ficamos lá na mesa de frutas a conversar e consertar as avarias e então dispersamos. O Thiago apareceu com uma bússola na mão - era a minha achada no meio da trilha !!!!

Faltam fotos do Varela e resultados oficiais.

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Pós-fatos: tempos contados, pcs virtuais verificados, penalidades aplicadas: nossa equipe ficou em primeira - Beth, Cristiano, Vilson e eu. A tractebel teve uma penalidade. A equipe do Dariva, Tiago, Aracajú e Alex ficou em segundo depois da penalização pela estrada com a Eletrosul em terceiro e quinto lugar. Em 4o mesmo com uma penalidade que não sabem a causa, ficou a outra equipe Dígitro com o Bona, Mário, Rodrigo e Thiago.

Semana da pesada

Fazia tempo que eu não fechava uma semana tão disciplinada. O volume tá baixo, mas foi meio puxada: no domingo foram os 80 Km de bike seguidos de 6 Km de corrida. Segunda foram 12 Km leves mais uma musculação enrolada, terça encaixei 25 de bike e natação longa, 2000 direto. Aí quarta foi o longo de 16 Km num ritmo moderado, quinta musculação decente e corridinha de esteira (eca). Sexta fui fazer o progressivo de corrida, 12 Km com 4 Z2, 4 Z3 e 4 Z4 - nos finalmentes na subidinha pro bom abrigo bateu na Z5, e tudo fechou meio no desespero.

Sábado foi treino de transição completo no taikô, com 1800 de natação lerda em 33 min, aí 48 Km bem feitos na bike, com muito trecho contra vento a 35 Km/h e então corrida de 5 Km forte. Nesse trecho botei o morrinho para a praia do forte no meio do percurso, já que em jaraguá do sul tem um morro na corrida. Saiu ardido, mas os 5 Km ficaram em 4:38min/km.

Domingo pra fechar teve a corrida de aventura do Sesi. Mas aí é pro próximo post, já, já.

domingo, 13 de setembro de 2009

Registro da semana

Semaninha chuvosa, não rolaram muitos treinos, mas os que sairam foram bons. Na terça fui nadar, 300 aquecendo bem leve e depois 1500 direto em 30:14, fechando com mais 200 pra soltar. O s 1500 estão empacados na casa dos 30 min, não foi forte mas pra mole não serviu.

Quarta a chuva pegou e perdi o longo, aí fui quinta com chuvisco mesmo depois do dentista. Programei o garmin para 15 Km @ 5min/Km e me mandei. Foi moderado, fechando os 15 Km @ 4min52seg, muito bom.

Sexta não saiu nada além de uma musculação fuleira, me preparei todo pra sábado e amanheceu uma chuva danada. Aí sábado a noite combinei o longo com o Alexandre. Acordei sem despertador as 7:50 e vi um raio de sol no meio de muitas nuvens baixas. Não dei muita bola, arrumei tudo com calma e saí as 9 em ponto, encontrando o Alexandre na baía sul. Rumamos para o sul e logo o sol saiu, entramos na estrada para a tapera para fazer km, fomos até os açores e voltamos com vento em popa pra descontar da ida. Voltei por coqueiros leve e saí pra correr depois de tomar um gel doado pelo Alexandre (só hoje de manhã fui ver que estou zerado de suplementos). De pedal foram 80 Km em 2h50 e na corrida 6 Km em exatos 30 min. Quando entrei no prédio o porteiro se espantou de me ver chegando depois de ter saído as nove da manhã e perguntou se eu não estava cansado. Eu estava era bem pra caramba, beleza de treino.

sábado, 12 de setembro de 2009

Travessia Anitápolis - Urubici

Travessia de montanha há muito planejada, tomou forma rapidamente e com quórum recorde. Combinamos toda a logística por email para uma travessia de Anitápolis, aos pés da serra, até Urubici, lá em cima. O Adriano, íntimo que está das cidades serranas, armou o transporte de Anitápolis até o início da trilha do índio, que sobe até o campo dos padres. O Dariva cuidou do transporte numa van de 15 lugares até Anitápolis e de Urubici pra Floripa no final da caminhada, durante o feriado da independência.

Saímos da praça de Anitápolis abarrotando uma kombi e uma bandeirantes rumo sul pelas estradinhas fantásticas para bike. Em poucos trechos tivemos que esvaziar a kombi para permitir a subida nuns trechos de pedras, mas os carros, incluso o pálio do Flávio, chegaram sem problemas até bem perto do início da trilha.

Reunimo-nos para ajeitar os equipos aos pés dos paredões e começamos a subida lá pelas 11 da manhã, tendo saído de Floripa às 6:30. Subida curta mas forte e bem empinada, tinha belos visuais e muita mata, entrecortada por córregos cristalinos. Depois de uma hora e pouco, duas no máximo, chegamos no alto do campo dos padres, com desnível de aprox. 600 metros. Lá paramos para descansar e almoçar, reagrupar o povo depois da subidona e nos despedimos do Flávio e da Patrícia, que voltariam tudo no meio das núvens para seguir pela 282 até Urubici.

O William-gps e o Aracajú-tex começaram a navegar rumo a um local para acampar nas margens do Canoas, mas o Dariva logo fui fuçando caminhos no meio dos campos e em pouco tempo chegamos num belo local pra acampar, plano, protegido de vento e na beira do rio. Antes das 16 horas o campo-base já estava pronto e logo seria hora de começar a preparar a comilança.

O Sérgio se foi rumo a uma colina para fotografar com mais horizonte e ficamos a preparar fogo, o Hélio parecia um lenhador trazendo galhos secos e troncos caídos para a fogueira, já tendo recrutado o Hugo para a função também. Antes mesmo de anoitecer o Dariva já comecou a preparar o super carreteiro do jantar e acendemos a fogueira numa noite totalmente limpa, e relativamente fria - atingiu 5 graus.

Domingo cedo o Cesário já tinha se atirado no gélido Canoas, desmontamos a cidade de barracas e rumamos para a cachoeira do Canoas, aquela explorada ano passado. Escondemos as mochilas um pouco antes e nos mandamos pelas estradinhas antigas e trilhinhas até a borda do peráu que mostra todo o esplendor da fantástica cachoeira. Embascados, já planejávamos uma ida por baixo no verão, num baita canyoning, vamos ver se sai mesmo.

Retornamos para o caminho, com navegação perfeita (dessa vez não toquei no GPS) numa caminhada já mais longa neste dia. Encontramos uma convenção de búfalos, passamos pelo acampamento do ano passado e seguimos nos campo. Uma garoa leve nos fez parar na casa caída para almoçar. Quem tinha capa cobriu as mochilas, anoraks em cima e tocamos para logo caminhar sem chuvinha de novo, essa foi a única aparição de água celestial durante a pernada. A coisa estava ficando mais pesada. O Anastácio declarou que acamparíamos em qualquer lugar até as 16 horas no máximo. No meio da trilha sem lembrar direito da distância até o canion do espraiado, nosso alvo do dia, concordamos. Calculamos uns tempos e chegamos antes na bifurcação que subia rumo ao espraiado, as 15:40. Lá reunimos e decidimos subir um pouco, ali era muito podre pra acampar. Subimos e em poucos minutos já dava pra ver o canion. O Tiago e o Hélio juraram que enforcariam alguém se não tivéssemos ido lá, tão perto que estávamos.


Chegamos no início da trilha para o canion com um ventinho forte. Facções queriam acampar ao redor da casa que havia ali, mas sem dar muito tempo pra pensar, o outro bando começou a descer rumo aos penhascos. Logo nos vimos nuns charcos ventosos, que não pareciam muito acolhedores, pulamos uma cerca e seguimos. Mais embaixo vislumbramos o campo-base perfeito, pertinho de um rio, num lugar mais baixo e plano. O Sérgio e o Tiago se mandaram para ver os Cânions, armamos a cidade novamente dessa vez já as 17:45. Alguns poucos destemidos se atiraram no rio para desinfecção geral, eu me limitei a lavar as partes mais podres.

Um belo fim de tarde depois de um dia todo nublado coroou o pedaço mais duro da travessia. O Fábio fez belas fotos e novamente arrumamos a fogueira e o jantar (nós quer dizer o Dariva). O fogareiro deu um pouco de trabalho, mas o Aracajú habilmente descobriu e sanou o problema na bomba. A meia noite o céu abriu totalmente, parecia dia com aquela lua cheia. Um pouco de vento agitou as coisas, e uma pataca de capim bem embaixo do meu isolante térmico me manteve semi-acordado boa parte da noite.



Às seis da madrugada o falatório comecou e logo estávamos todos sonolentos andando até as beiradas do espraiado para apreciar o astro-rei acordar. Espetacular. O Tiago novamente foi até o dente de tubarão, eu fiquei pelas primeiras bordas e o pessoal se espalhou. O Sérgio fez mais um monte de filmes, e todas as câmeras sofreram de amnésia preventiva com tanto a fotografar

Retornamos ao acampamento, o Fábio e o Cesário ainda foram mergulhar numas piscinas mais acima no rio, e às 9 em ponto o Anastácio deu o sinal pra começar a pernada de volta à civilização. Subimos, pegamos a estradinha e descemos tudo até o vale do canoas, chegando no refúgio as 12:30. A van estava marcada para as 13. As 13:30 o Fábio puxou o telefone satelital e conseguimos falar com o motorista, que estava 'perto'. Nos abrigamos da chuvinha que começava numa varanda de uma casa e as 14:30 o transporte apareceu. Voltamos para a cidade, largamos o Adriano e o Dariva que voltariam pra casa com as respectivas e pegamos a estrada, com a continuação de blackjack no DVD da van. Engarrafamentos, desvios, largamos o Tiago em santo amaro e chegamos na Dígitro às 19 horas.

Fim de uma expedição excelente, diferente, tranquila, revigorante e divertida. É realmente um privilégio indescritível poder perambular pelas highlands catarinenses dessa forma, durante três dias sem ver rastro de gente. Até breve.

Todas as fotos são do Sérgio, realmente excelentes. São as únicas que me chegaram às mãos até agora :-), pois não levei fotografadeira.

Aqui o vídeo do Hélio:

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Vídeo do Desafrio 2009

Falta tempo pra escrever, mas logo vem o relato da travessia do final de semana passada e dos últimos treinhos. Por hora, segue o vídeo by Hélio.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Treino duplo noturno

Raridade hoje, consegui encaixar bike e natação. Depois do trabalho cheguei em casa esfomeado além do normal, foram 2 mistos quentes, 2 bananas e quase meio litro de leite. Fui de bike até o 12, larguei a mochila e toquei para a beira-mar, indo até o santa monica. Depois voltei tranquilo com um pouco de vento a favor, tudo moderado. Foram 26 Km em 1h15 aprox.

Na natação era pra ser 300 educativos e 1500 direto. Fiz 200 de aquecimento leve e aí os 1500 contínuos, só com uma parada pra arrumar o óculos. Saiu em 30:27 e depois foram mais 200 medley pra soltar - sem borboleta ! Durante o treino ainda engoli uma garrafa de VO2 e uma barrinha de proteína ao chegar em casa.

Estou meio podre agora, mas tudo bem, fazia tempo que não encaixava duas modalidades num dia só. Acho que isso faltou no primeiro semestre, vamos ver se mantenho até o olímpico em outubro.