quarta-feira, 27 de setembro de 2017

GP Extreme Penha 2017 - Quase tudo perfeito !

Provas nunca saem perfeitas, porque sempre podemos melhorar e perfeição não admite melhoras. Entretanto isso é um dos atrativos de um esporte complexos com o triathlon - é possível evoluir sempre, aprender igualmente e sempre achar uma margem de melhora.

Dadas as circunstâncias, essa prova foi muito, muito, mas muito boa. Um formato bem interessante onde, quando começamos a cansar numa modalidade, já pulamos pra outra, e a corrida acaba de supetão. Para quem treina para provas longas, é um prato cheio e obviamente enfático na bike. A repetir sempre e que o formato se propague.

Fui para Penha no sábado a tarde com a Daiane e o Arthur, a Laís estava ocupada no Rock in Rio e perderia o Beto Carreiro hahaha. Na verdade não planejamos nada e a ida ao parque enquanto eu corrida transformou essa prova num provável evento fixo no calendário dos próximos anos :-).

No sábado eu nadei pela manhã na piscina com uns dois ou três tiros de 100 m e a tarde pedalei 10 km em penha para testar a bike e ver se os pneus estavam bem cheio, etc. Todo suado fui para o congresso técnico ouvir as últimas informações e depois fui no Éder para uma sessão de Quiropraxia e colocação de tape no tornozelo afetado. Saí de lá zerado e fomos jantar num rodízio de massas excelentes em Piçarras. Tão excelente que comi além da conta e me senti estufado até o outro dia pela manhã.

O café pré prova foi uma xícara de café preto e uma fatia de pão com doce de leite e queijo, empurrados goela abaixo. Saí pra a transição que ficava a 700 m da pousada e ajeitei as coisas, encontrei a galera e fui nadar. Um mar estático e nada de vento, porém com nuvens carregadas que prometiam segurar o sol abriram o dia.

Larguei bem na frente e fui atropelado. Só na primeira boia comecei a nadar sozinho, o que não é bom. Procurei um pé e achei um já quase na segunda boia, estava nadando ao lado do líder de uma tripa de gente a uns 10 m à minha esquerda. Não sei se tinha gente no meu pé mas eu burramente não tinha pé na minha frente até ali. Da boia pra praia fui grudado em três atletas e se não ganhei tempo, ganhei descanso. Terminei a natação com 15:08 para os 1000 m de mar.

Saí da água com o Fabrício Massaranduba e o Igor Peres e corri forte para transição. Chegando na bike percebi alguma coisa estranha quando já estava pondo o capacete e vi a roupa de borracha toda fechada até o pescoço. Que asneira ! Tirei o mais rápido que pude e disparei, saindo da T1 junto do Palhares, segundo ele me contou, já que eu não vi nada além de um sujeito que quase derrubei ao montar na bike.

Comecei forte e ao final da primeira volta estava em ritmo de cruzeiro. Serial 8 de 12 km e uns quebrados, totalizando 104 km de pedal. Pedal consistente e ritmado, a cada volta os números estabilizavam mais até que no retorno da quinta volta tomei um cartão. Sei que o árbitro é soberano e não adianta reclamar, mas fiquei pasmo por estar num retorno, iniciando uma subida e ter sido imediatamente após ter sido ultrapassado por uns atletas. Acho que daqui pra frente sempre que for ultrapassado vou imediatamente acionar os dois freios até para, aí não haverá dúvidas..

Na sexta volta aproximei do Roberto e pensei em tentar ultrapassar, mas em mais meia volta ele abriu e sumiu de vista. Porém era um indicativo que o pedal estava bom chegar perto do Chefe numa prova. No final do pedal a potência caiu um pouco e os quadríceps já estavam anunciando uma corrida desafiadora. Entrei na T2 com 39/h, 2h39min e 238w de NP, o que era deveras bom. O Palhares entrou junto e como somos da mesma categoria saímos alucinados, eu ligeiramente mais psicótico pois sabia que a corrida seria regressiva.

Estava há 3 semanas só rodando sem nada de intensidade e tentei abrir o máximo no início. A chama durou 2 km e comecei a sentir tudo travar, foi assustador pensar em andar 8 km mas logo as coisas se encaixaram no limiar do desespero. Duas voltas de 5 km dá pra ver bem todos os atletas e fomos lutando saudavelmente entre todos. Passei o Massaranduba e mais um cara que eu jurava ser da categoria e depois vi ser da anterior. O Roberto vinha furioso rangendo os dentes.

Perto do km 6 fui tomar um gel, o único nos bolsos. Fui pra prova só com 5 gels e deixei um pra corrida, sem nada nas garrafas além de água. Fiquei com medo de quebrar e não quebrei. A 'jacada' da noite anterior segurou :-). Só que deixei o gel cair. Em uns 2 segundos pensei em abandonar, depois resolvi pegar e voltei uns 3 passos. Ao levantar vi o Palhares e mais um atleta vindo.

Saí correndo e no último retorno no km 7,5 eles estavam muito próximos. Resolvi tentar um sprint preventivo para evitar uma carnificina na chegada. Acelerei o que deu até os quadríceps ameaçarem pane e por pouco o Palhares não me passa, faltarm 4 segundos. 4 segundos numa prova de 114 km, fechada em 3h39min. Incrível ! Baita briga boa e divertida. Fechei a corrida em 41:08, até que bem mais ou menos pra expectativa prévia.

Chegamos desmoronando e fui procurar comer algo. Muitos algos foram ingeridos, estava realmente com fome. Baita fim de prova, galera da Ironmind em peso e muitos amigos presentes.

Fui tomar banho e voltei pra premiação. Tentei descobrir do cartão mas ainda estava o tempo de chegada, em 2º na categoria. Na hora do pódio fui chamado em quinto, prova da eficácia do infeliz cartão. O Palhares ganhou, pois pareceu que o campeão foi desclassificado já que havia sumido. Depois no resultado oficial ele estava sem segundo, o que não entendi nada.

O que importa mesmo mesmo não é o tempo ou o resultado, é o caminho pra chegar lá. E isso dessa vez me deixou muito satisfeito. Tentei fazer tudo no máximo como se não houvesse amanhã, dentro da realidade do que estava treinando. A sensação de deixar o máximo na pista é impagável e sempre deve ser perseguida por quem busca a satisfação plena, embora dessa vez tenha vindo um um cartão indigesto.

Quando fui pra pousada a Daiane ainda não havia voltado das montanhas russas brasileiras. Saímos de lá às 15:30 para almoçar em itapema às 17 horas, finalmente. Excelente final de semana :-). Até a próxima, dia 8 de outubro na praia do sonho.

Se não é pra arregaçar nem sai de casa HAHAHAHAH

Pódio, embora azedo

Parceria da prova toda hahahaha


Ali atrás a coisa era divertida. Na pista também, embora mais ardida

Tinha chutado umas 3h50 de alvo, erras pra baixo é sempre bom


terça-feira, 5 de setembro de 2017

Duathlon Blumenau 2017 - cada segundo conta

Mais uma prova de Duatlhon em Blumenau. Diferente de 2014, dessa vez fui sozinho sábado a noite depois de um dia bem divertido. Acordei cedo e pedalei 70 km com o Rodolfo e o Cassol na varginha, que é pra preparar as pernas pro desespero. Depois fui pra festa da família no colégio do Arthur e ficamos até o fim da tarde. Daí fui direto arrumar as tralhas, trocar as rodas da bike e partir pra Blumenau, onde cheguei as 21h azul de fome. Por sorte tinha um restaurante no hotel e por lá fiquei.

No domingo acordei e fui tomar um café mínimo, dado o exagero alimentar da noite anterior. Do hotel, 5 minutos até a área de transição, onde já encontrei todo mundo e achei o Fabrício e Décio pra me ajudar a encher o pneu que não enchia.

A largada era a uns 300 m da transição, e fiz um aquecimento leve lá evitando começar muito forte para preservar o tendão de aquiles afetado. Alinhei bem na frente e quase fui atropelado na largada, baita povo louco. Havia também revezamento e identificava os indivíduos dessa categoria pelo calção de corrida.

Apesar do esforço o ritmo estava lastimável. Fiquei bem pra trás, o que significa uns 40 ou 50 segundos do segundo grupo, então comecei o pedal sozinho. Logo encontrei dois caras e veio o Juliano, um ciclista de Rio do Sul com sangue nos olhos. Segui revezando o que conseguia com ele por metade da primeira ida e a volta toda. No retorno vi que estávamos bem longe do primeiro grupo e não tanto do segundo. Seguimos forte até a área de transição, onde fazíamos um mergulho em descida, curva e logo uma subida de elevado, onde deixei o Juliano escapar, desgraçadamente. Quase explodi as pernas e vi o cara se afastando, afastando até sumir :-). Porém eis que no retorno já estava bem mais perto do segundo grupo, e tentei forçar mais um pouco.

Acabou que não consegui chegar mas aproximei legal. Saí pulando num pé só na transição, achei que não daria pra correr dada a dor no calcanhar direito. Mas isso durou só os primeiros passos, logo calcei os tênis e saí em disparada.

Ritmo igual a primeira corrida. Pelo menos tem alguma vantagem não conseguir correr forte, que é não morrer na segunda corrida hahaha. Achei por bem forçar logo de cara pra ver se chegava em alguém, e cheguei em alguns ! Vi o Fabrício e Gabriel próximos e bem a frente, o Rodolfo lá na brigando com os primeiros e tentei ganhar umas posições. Nos últimos 700 m veio aquele pensamento maligno "how bad do you want it ?!" e apertei o passo tudo que dava. É aquela história, se 1 segundo dá uma posição, porque não apertar o torniquete até o máximo ?!

E deu certo. No funil final estava embolado com mais 4 atletas, todos sprintando. Passamos o pórtico embolados e fiquei feliz. Depois fui ver no resultado que chegaram dois atletas em 1:00:35, eu e mais outro em 1:00:36 e mais um em 1:00:49. Incrivelmente o atleta no mesmo segundo que eu era da cat 40-44 !

O Fabrício ganhou a dura categoria 35-39 com maestria, tá correndo demais o camarguinho ! Já o Rodolfo pulou de nível e está lá na frente dando trabalho pra Elite, simplesmente detonou na prova, correu junto o tempo todo, incrível !

Baita prova, mostra que cada segundo conta, e quando se quer, só acaba quando termina ! Até a próxima. Track do garmin aqui.

Assim sendo acaba o campeonato catarinense, com vitória na categoria 40-44 :-)

Descanso antes da pancadaria :-D

Tudo nosso HAHAHAHAH

Ciclismo excelente
Pedal furioso, boa potência, 39,4 de média num percurso perfeito e ondulado

Chegada nervosa hahahaha
Fotos foco radical, Fabrício, eu e o Vini que pegou a foto no piquenique, valeu !