terça-feira, 29 de setembro de 2015

Powerman Brasil 2015, um duatlhon aquático

Primeira edição do powerman em terras brasileiras, muito legal. Fiquei empolgado com a notícia mas logo vi que iria ficar muito perto do 70.3 do Rio, aí fiquei de fora. Claro, só até descobrir que haveria uma prova curta e a FETRISC divulgar o valor para o federado. Me inscrevi na hora para participar da estreia.

O fim de semana não tinha previsão boa e cheguei a ficar preocupado sábado a noite quando saí de casa ali pelas 21h. Muita chuva, trechos alagados por todo lado e previsão de continuar estragado. Na ida para a largada fiquei de frescura mental até ver uns staffs parados na chuva às 6 da manhã. Estavam no trevo de jurerê com a SC 401 e provavelmente ficariam ali até o fim da prova. Estavam lá pra gente poder correr. E depois, mais tarde, quando vi as duas duplas de cegos competindo, fiquei com vontade de me auto espancar pela frescura de ui ui ui que chuva :-D. Fantástico, sensacional mesmo vê-los competir.

Saca só a competitividade da criançada :-)
A prova pra mim começou sábado depois do treino de transição 2300 + 80 km, quando fiquei por jurerê esperando a turma para a prova Kids. O Arthur e a galerinha se divertiram na provinha de duathlon mirim, 3 distâncias para categorias de 7 a 13 anos. Incrível a competitividade e o estilo da gurizada correndo, muito legal mesmo de ver. Não tinha quem não se empolgasse vendo aquilo.

Vídeo do Fabrício, que foi lá ver com a família

A provinha saiu sem chuva, só uma garoa leve, mas na hora de deixar as bikes no checkin para a prova domingo já havia chuva, que não parou mais até o dia seguinte.

As bikes foram dormir assim
E acordaram assim
Era um tal de carregar a bike no ombro pra não sujar hahahahah
Consegui acordar às 5:15 e me enrolar até 6:10 pra sair de casa, já meio apavorado por lembrar que a transição fechava 6:40 e eu ainda tinha que por sapatilha, capacete, água, tirar a capa e organizar a bagunça toda. Cheguei faltando 3 minutos, arrumei tudo instantaneamente e fui pro aquecimento, coberto de anorak. Corridinhas e tirinhos pra acordar a carcaça e avisar que vinha porrada pela frente.

A organização atrasou a largada em 15 min para vistoriar o percurso de ciclismo, muito bom. Falando em organização, não vi coisa a reclamar, começou com pé direito. Espero que fique no calendário.

Ultimas orientações com O Chefe
A largada foi conjunta para as provas 5-20-5 e 10-60-10. Um ritmo forte desde o início, saí sem muita referência e logo encaixei um ritmo legal mantendo o Neto pouco à frente, fomos constante até entrar na transição com o locutor anunciando que éramos os dois primeiros do short.

Lá estava um verdadeiro pântano, consegui escorregar na lama quando fiz a curva pra entrar na fileira da minha bike, lavei a mão numa poça e saí atolando até os tablados de plástico. Comecei a pedalar com barulho de freio pegando na areia do aro, entrei em todas as poças d'água que vi no asfalto e até sair da reta do valão não havia mais barulho, tudo limpinho.

Segui forte procurando o Neto que sumiu, virei o retorno já bem longe dele e no fim da primeira volta o Ricelli me passou na bike. Ali começamos a passar o pessoal do short na primeira volta e fui ultrapassado por uns 2 ou 3 atletas do longo, então embolou legal e não vi mais os dois à frente.

Tentei pedalar o mais forte que dava, sem olhar muito pros números, até porque não dava tempo. Não gosto de pedalar na chuva e fiquei ultra ligado o tempo todo na estrada, ainda assim acertei um buraco grande. Foi bom não estar com a roda de prova :-).

No fim do pedal passei por uma dupla com bike tandem para cegos. Impressionante ver aquilo, sério.

Entrei na transição e saí rápido, tão rápido que enfiei a lingueta toda pra dentro no pé direito, tive que parar porque o treco estava incomodando os dedos e o tênis ficou frouxo. Segui sem ver gente em lugar nenhum e acelerei quando vi o Ricelli no retorno. O Neto já tava com a prova ganha, sorrindo de orelha a orelha.

Cheguei no pórtico com o locutor anunciando quarto lugar, mas sabia que era terceiro. Depois vi que um atleta chegou em segundo mas fez só uma volta na bike.

Como a retirada da bike era só às 13:30 e a premiação às 15, fui pra casa dos meus pais nos ingleses almoçar e tirar uma soneca, pois fiquei com grande cansaço :-). De lá voltei pra pegar a branquela, lavei o que pude numa torneira e meti a bike no carro até segunda de manhã, quando deixei direto na revisão.

A premiação foi legal. No geral do short o Ricelli levou uma penalidade e acabei ficando como vice campeão, com o Neto ganhando a primeira edição brasileira do powerman ! Foi a primeira vez que fui ao pódio geral de uma prova de *athlon*. Foi no duatlhon também que ganhei a primeira vez a categoria, em 2010. Agora falta um triathlon :-). No feminino a chegada foi incrível, com a Júlia e Vitória correndo juntas toda a segunda perna de corrida e decidindo no sprint.

Em resumo foi bem legal, não era prova alvo e teve treino sem folga na semana, afiou bem pro Rio. Valeu muito, ambiente bacana, organização muito boa e galera se divertindo pra valer mesmo no temporal. Um aguaceiro sob o qual eu não tinha competido ainda. Nem em jaraguá do sul, onde tem chuva a cada duas provas, choveu tanto durante a prova. A galera da prova longa desceu a lenha sem medo da chuva. Tempos absurdamente rápidos, Mariana e Matheus campeões dos respectivos naipes como diz a Naida :-). Parabéns a todos que não se intimidaram com a chuva a fizeram dum domingo cinza um dia bonito.

Que venha pra ficar, e numa próxima oportunidade quem sabe vou perturbar na prova longa :-). Agora é polir pro 70.3 do Rio, que tá logo ali ! Valeu !

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Dados técnicos:

Consegui me atrapalhar não sei como com os laps, só sei que quando saí da T1 e apertei a atividade parou e tive que selecionar bike novamente kkkk.


Tomei um gel meia hora antes da largada e outro no final da bike. O café da manhã foi tapioca com queijo e pasta de amendoim, café com leite e banada. O pedal saiu forte a .93 do FTP, por curiosidade idêntico ao duathlon da fetrisc. A média achei muito baixa. Não sei se é a água, a rugosidade do asfalto ou os retornos, mas no dia anterior com 40 W a menos saiu 1 km/h a mais na SC. Não entendi :-)

O percurso da corrida teve bastante lajota e trechos alagados, mas não chegou a atrapalhar. O que deixou o pedal tenso foram os buracos que vi de carro na SC na ida, mas depois soubemos que todos que pedalaram lá não tiveram maiores problemas. Parece que a organização naquele atraso de 15 min foi lá conferir o percurso, arrumar os cones e sinalizar as crateras. Show !

sábado, 5 de setembro de 2015

1ª Etapa do Catarinense de Duathlon - São José 2015

Sem mais delongas sobre as ardências de uma prova de duathlon, já tem bastante coisa escrita aqui no blog :-). É muito legal repetir uma prova para efeitos de comparação. Diferentemente do triathlon, o duathlon tem um constância maior das condições no mesmo percurso pela ausência do mar, e dessa vez o dia foi bem parecido, sol bonito, pouco vento e temperatura agradável mas um pouco quente pra agosto.

Ver a evolução sempre é algo bom. E numa prova curta e rápida, as melhoras são poucas mas perceptíveis. Foi a prova mais rápida de duathlon que já fiz, 1h01min17seg, mais rápido que blumenau onde entrei num pelote forte.

Mas o legal foi a percepção, sempre boa. A recuperação então foi excelente.

Largada forte como sempre, saí com os Fabrícios, Neto e o Luiz, socamos a bota nos primeiros metros e logo a coisa se estabilizou até o km 2, quando chegamos no Fabrício Oliveira que estava escapado. No km 3 seguramos e o Fabrício Abido ficou um pouco.

Entrei na transição com 3:33 de média, muito bom. Muito ofegante mas nada anormal, sai pra bike junto com o Neto e Fabrício e consegui perdê-los ! Incrível, mas engatei o pé direito e quando fui enfiar o esquerdo derrubei a sapatilha e pesquei com o dedão. Uns 20 segundos foram suficientes pros caras abrirem e aí saí desesperado.

Fiquei uma volta esgoelado ao máximo e na segunda fui pifando, achei melhor deixar do que me matar, não teria jeito de alcançar o massaranduba num pelote. O Fabrício estava uns 500 m atrás no máximo, pensei em esperar mas resolvi seguir mantendo o ritmo sem apertar nem soltar. No fim das contas saiu uma potência legal, IF .93 quase constante, mas queria chegar em 1, pois em prova muito curta achei que deveria dar. Talvez pelos 90 km de sábado, corrida forte, canseira da tarde toda na escola do arthur ou moleza mesmo saiu .93, mas já foi bom !

Voltando à contagem de voltas, na quarta o Fabrício e o Eurico vinham chegando e o pelote à frente estava lá longe, consegui a proeza de pedalar 100% do tempo sozinho hahaha.

No final da última volta o Fabrício chegou e aí entramos na T2 juntos. Avisei da entrada, escaldado que estava do ano passado quando passei reto, e aí esqueci de tirar a sapatilha. Tirei um pé na verdade e tive que sair correndo calçado, o Fabrício esqueceu também e saíram duas toupeiras tamancando na T2 kkkkk.

O Neto e o Fabrício Oliveira já estavam longe mas saí forte, acabei conseguindo passar um cara que pedalou com eles e mais nada, corri sozinho do mesmo jeito que pedalei. E gostei disso, não teve ritmo alheio e não saí muito estragado. Boa prova !

Uma clima muito legal essas provas locais. Uma baita experiência encontrar os amigos pra sofrer um pouco, um dia legal e mais um pódio, 1o cat e 7o geral. Gostei mesmo. A galera arrebentou, ironmind dominando os pódios, Julia 2a geral, Guilherme 3o cat, Fabrícios campeões da categoria, eu idem, Vitória 5a geral. Povinho que treina.

Vamos ver se vou encarar a segunda etapa na prova curta do powerman dia 27 de setembro, provavelmente sim. Ah, link do garmin aqui.

Saindo da T2

Pódio da 40-44

A prova era com vácou :-) ;-)

Deixei a bike perto do massaranduba e corri com ele, mas consegui perder o bonde