quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Últimos treinos e próximas provas

Visual no morro das pedras, ilha do campeche ao fundo

Tentando engatar um ritmo de treino para o Olímpico do final de outubro... tá difícil, mas vai. Como não estou fazendo longos de corrida, decido não correr o praias e trilhas. Bateu um desespero, pois consta que será a última edição e a prova é sensacional. Mas sem treino não dá, eu sei que não consigo ir pra 'brincar' e o estrago seria grande.

Neste sábado rolou um belo treino de transição de 2000 de natação num mar calmo e gelado. Verde e debaixo de sol, foi muito bom voltar a nadar no marzão de jurerê. Depois saímos pra um pedal complexo em termos de trânsito, 45 km com um pneu furado logo na descida para o trevo dos ingleses, tudo com muito vento sempre de todos os lados. A corrida foi beleza, 6 km moderados numa boa. Terminei relativamente inteiro, fazia tempo que não fazia um treino com as três modalidades.

Domingo dormi demais, acordei depois que o povo já estava no pedal e fiquei com o pequeno até umas 9:30. Saí sem saber pra onde e fui pro sul até os açores. Uma baita dia, vento sul menor que sábado e um mar sensacional. Cheio de gente surfando na armação. Tive mais um pneu furado na volta já perto de casa, acho que achei a causa: a fita anti-furo estava torcida, parece ter sido no local parecido do furo anterior. Espero que tenha arrumado.

Ontem fui pra uma corridinha legal e encontrei o Maurício e turma na pista de SJ. Sempre saem mais kms e num ritmo melhor, com papo rolando solto. Voltei muito empolgado e fui pra academia.

Hoje saí pra um treino intervalado de bike depois de ver o dia todo de sol e vento nulo. Claro que ele (O VENTO) voltou na hora que comecei a pedalar, mas os intervalos foram bons devido justamente ao vento, pois tem que ter alguma resistência que nos impeça de andar muito rápido na ciclovia cheia de gente perdida que não olha pra onde vai. Cada perigo... Quase atropelei um poodle, sob gritos desesperados da dona. E aí uns alongamentos pra fechar.

Parece que vai engrenar. Mas logo vai desengrenar de novo, para engrenar de verdade só no mountaindo onde vamos corrrer em octeto e vou pegar o último trecho pra deitar o cabelo. Depois é o Olímpico em Jaraguá do Sul, no parque da Malwee, um lago sensacional, ciclismo na cidade e corrida cheia de morros dentro das matas do parque. Uma prova imperdível.

domingo, 18 de setembro de 2011

Treinando por treinar...

Ontem dei uma corridinha de 12 km a noite e a vontade de pedalar que já vinha desde sexta se materializou ainda mais. Marquei com o Alexandre às 7:30 na ponte (qual lado, não marcamos). Acordei antes do despertador, céu avermelhado. Aí quando fui descer, tudo cinzento. Botei manguito e uma regata de corrida por baixo da camiseta de ciclismo (quase fervi depois). Cheguei no parque de coqueiros às 7:29 e atravessei a ponte, encontrando o companheiro de pedal no trapiche.

Giramos para o sul até o trevo da seta, ventinho levantando. Na volta o Alexandre percebeu um ovo no pneu, mas seguimos pois não parecia grave. Ao passar pela rodoviária ouvi um estouro, parecia aqueles que carro ou moto com carburador desregulado produzem. Segui e olhei pra trás e não vi ninguém, voltei e vinha o Alexandre empurrando a bike, o pneu tinha explodido. Segui até a UFSC e voltei ao trapiche, quando a esposa dele já estava lá com um pneu novo.

Depois disso seguimos para o norte, vimos uma galera da Ironmind treinando, passamos pelo trecho da SC 401 em duplicação até a vargem grande, com uma parada para uma coca-cola. Ao sair do mercadinho, voltei para onde tinha vindo e não para o lado certo, nem sabia para onde tinha que ir, não olhava a kilometragem há tempos. Voltamos com vento a favor até o trapiche e segui pra casa, fechando exatos 100 km.

Foi um treino bem diferente, sem objetivo muito claro, teve força em morro, tiro contra o vento, plano a 55 km/h com vento a favor, pneu explodindo. Tudo muito tranquilo, quase um passeio matinal que acabou sendo um belo pedal. Estava há um tempo - maio ;-) ?! - sem pedalar mais de 3 horas e já estava sentindo falta. Simplesmente pelo prazer de treinar. Para aproveitar o dia. Pra sentir um pouco de cansaço longo. Depois em casa fui recepcionado por uma obra de arte da Daiane, arbóreo com camarão e tomate seco ;-), o qual foi saboreado com mais vinho do que deveria.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Track & Field Floripa 2011

Pois então, outra TF 10 km aconteceu hoje no Iguatemi em Floripa. Diferentemente do ano passado, dessa vez o sol brilhava num dia espetacular, coroando um fim de semana pra espantar a chuvarada horrível que atingiu SC esta semana. A temperatura estava muito boa para correr, praticamente sem vento durante a prova, depois caiu um vento sul doidão. 

Fui sozinho, ninguém em casa teve coragem de acordar às 6:30 pra me acompanhar ;-). Fiquei enrolando pra levantar e me dei mal porque tomei café muito tarde (chachoalhou um pouco) e saí atrasado às 7 para buscar a Taty:  chegamos no estacionamento já meio em cima da hora e não aqueci como queria - mas pelo menos aqueci, coisa rara. 

Depois de pegar o chip e aquecer num trote de 500 metros voltei pra concentração já lotada e me meti do lado de umas grades e alinhei na primeira fila, lá na frente junto à turma da Ironmind. Pouco antes da largada tinha conversado rapidamente com o Roberto para ver que pace poderia usar, com base no intervalado da semana passada. Ele arriscou 3:50 (eu imaginava abaixo de 3:55). Saí preparado para tentar fazer o mais constante possível, mas dada a empolgação, tanque cheio e povo alucinado, acabei fechando o primeiro km muito rápido com 3:34. Depois consegui encaixar 2 km à 3:45 e então um cara me passou e ficou pouco a frente, servindo de ótimo marcador de ritmo. Ele corria sem relógio e fiquei impressionado com a constância, e realmente eu não conseguia passar. 

Depois de 4 km bem cadenciados ao redor de 3:52 passou um camarada da tribo do esporte e eu fui junto. O pace era um pouco mais rápido e a minha idéia era aproveitar pra aumentar o desconforto - eu iria escrever 'para sair da zona de conforto', mas não existe conforto em correr forte. Só que foi de doer. Corremos emparelhados por 1 km e aí no úlitmo retorno começamos a pegar trânsito (não sei se dos 5 ou 10 km). Quando olhei o cara já tava lá na frente, e um outro me passou muito forte. Eu tinha resolvido programar o garmin para um intervalado, pois aí ele apita quando você sai da faixa do pace desejado, e na tela só fica pace médio do km, ou seja, só o que interessa ;-). Nos últimos 2 km o relógio começou a gritar e vi que o ritmo tinha ido pro espaço. Corri esses kms perseguindo os dois lá na frente e não deixando mais ninguém chegar, mas já bem combalido. A média deu exatamente o previsto, 3:51/km. Só que o tempo não. Acontece que a prova não tinha 10 km, deve ter dado uns 10,15 a 10,20 km. Botei o intervalado pra 10 km (deveria ter posto 11) e o treco parou antes do retorno que levava à chegada.

Quando entrei no funil o portal marcava 38:47. Saí feito doido sprintando com ninguém e passei com 38:58, missão cumprida de baixar de 39 min - nos 10 km deu 38:31 ;-). Foi uma baita prova, nível altíssimo (31 min para o campeão). A galera da Ironmind compareceu em peso e marcou a prova. Da AndarIlha, além da Taty e eu, o Hélio correu de treino e a surpresa ficou por conta do Queiróz que não tinha dito que iria, só o vi lá depois da chegada. Parabéns a todos !!!

Depois de recuperar e comer alguma coisa, fui aglutinar com a turma e ficamos lá congelando e batendo papo, e então às 10 horas vim pra casa para início dos trabalhos gastronômicos, belo início de domingo !!!

Perseguindo o cara do pace constante, foto da Simone/Ironmind

Dados técnicos:

Kit MUITO bom. O boné e a meia na loja já custam mais que a inscrição, fora a camiseta.
O percurso é ótimo, plano mas com retornos demais. Dessa vez fecharam 3 pistas e corríamos pela mão certa. Só não precisava errar a distância ;-).
Resultados já disponíveis aqui: Geral 16º, Categoria 3º.
Comi um gel antes da largada e tomei uns goles pequenos de água em todas as passagens nos postos (1 por perna, 2 em cada volta, 4 no total).

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Escalada do Cambirela

Tudo bem que não é escalada, mas tem lances de rocha. E com corda !
Depois de combinar algumas vezes, consegui juntar uma turma da Ironmind pra uma subida ao Cambirela, montanha símbolo aqui em Florianópolis, 940 metros acima do nível do mar (e começa lá mesmo). A tropa foi formada pelo Alexandre, Ricardo e os dois filhos, Renan e Raul, Marcos, Kilder, Luiz Otávio, Rodrigo e eu, além do Anastácio, guia doutorando que já subiu a montanha mais vezes esse ano que do que dá pra contar.

A idéia era subir pela trilha principal e descer pela da cachoeira seca. Subimos numa boa com a turma toda, os pequenos se mandaram depois de sair da floresta (antes do lance principal). Ficamos entrevistando uma vítima para a pesquisa do Anastácio e foram todos para o cume principal, não o norte. Fazia tempo que eu não ia até o cucuruto máximo, foi legal. Fizemos muitas fotos e logo descemos pela trilha da cachoeira seca, que estava um baita rio.

Um pouco de adrenalina no início, pois eu mal lembrava da trilha e o Anastácio não a conhecia. Mas a navegação coletiva foi perfeita e chegamos embaixo depois de 2h35min de pernada forte. Baita dia, amigos e montanha, combinação perfeita. Abaixo um vídeozinho da aventura:



Detalhes técnicos:

Aqui estão os logs de subida e descida do garmin. As trilha estão na imagem ao lado, numa montagem feita no google earth (a subida é a da direita).

A via de subida segue pela aresta norte do Cambirela. Inicia na rua dezesseis (que pelo mapa fica ao lado da rua quinze) seguindo plana por cerca de 500 metros e depois começa a subir de forma quase constante. Após passar a primeira porteira uma placa indica o caminho, pois lá embaixo nas propriedades particulares é muito fácil errar o acesso.

Uma vez na trilha, sobe-se por uma canaleta de chuva com mato bem fechado por cerca de 30 minutos até uma fonte de água, para então retornar 10 metros e entrar na trilha principal. A subida é toda feita na mata até a cota 600 m, e até lá existe apenas uma bifurcação com o caminho correto à esquerda, já que à direita a subida é direta até a canaleta de rocha, mas segue por um terreno totalmente erodido e com pedras soltas.

Os primeiros lances de corda começam pouco depois da cota 500 e dão acesso à base da parede que pode ser vista desde o começo da caminhada. Contornamos um pouco a rocha e então subimos por uma canaleta de uns 8 metros de altura, que normalmente tem uma corda esticada desde o topo. Depois da corda o terreno é mais inclinado e a vegetação é rasteira, permitindo vista livre para o norte e leste. Segue-se por mais uns 20 minutos em valetas bem erodidas e então chegamos ao 'ombro', a saliência que se vê na aresta norte da montanha. Pouco acima é o local do acampamento principal e dali até o cume é uma caminhada rápida.

A descida pela trilha da cachoeira seca vem do cume pelo mesmo caminho até pouco antes do 'ombro' e então desce à esquerda numa rampa de barro e pedras bem inclinada. Essa trilha perde altitude mais rapidamente no início e é praticamnte toda dentro da mata, seguindo pelo leito de um rio normalmente seco (exceto desta vez). Existem vários trechos de pedras soltas e uma única bifurcação que segue à direita (à esquerda entra-se no leito do rio), numa borda de precipício bem estreita e forrada de mato. No final da borda, uma rocha um pouco delicada e então mais trilha até um lance de corda de uns 6 metros de altura, próximo a grandes blocos de pedra em meio à floresta. Depois deste ponto a trilha vai ficando cada vez mais aberta e segue por trechos de bambuzal até ficar praticamente plana, finalizando nas pastagens na base da montanha. Dali até a estrada são mais 1,5 km por dentro de propriedades particulares, cercas, criações de gado e charcos alagados.