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sexta-feira, 29 de abril de 2016

Caiobá TriHard Triathlon

Demorou mas saiu ! O post do '70.3' de Caiobá veio com a memória desbotada mas ainda assim é importante registrar essa prova.

Viajei de Floripa com o Fabrício e chegamos na cidade bem na hora do almoço. Trajeto rápido na balsa e tudo certo. Fomos almoçar com a galera da Ironmind depois de descarregar o carro e então voltamos pra arrumar as tralhas. Ainda não tinha kit, que seria as 18 horas, então fui dar um giro pra testar a bike e a roda que teve um raio recém consertado. Tudo certo e então um natação inútil mas importante às 17 horas. Havia um calor sufocante no litoral paranaense naquela tarde... ardido, seco, asfixiante e desesperador pros meus padrões.

O congresso e kit foram rápidos mas insuportavelmente quentes. Daí foi o jantar e então arrumar todas as tralhas. Jantei o habitual mas comi demais. A toupeira aqui não selecionou direito o apartamento no airbnb e pegou um sem ar condicionado. Dormi com a porta da sacada aberta e o ventilador de teto ligado. Já o Fabrício pegou um colchão do beliche e foi dormir na sacada da sala, que pegava um vento kkkkkk.

Estávamos a 1 km da largada, então foi só sair de bike com as tralhas todas e em dez minutos estávamos largando as bikes no checkin. Lá na transição era um pouco apertado, de modo que arrumei as tralhas o melhor possível pra não dar encrenca, mas deu. No final da prova minha bike estava caída do cavalete e as coisas espalhadas por todo lado.

Fui pra largada em cima da hora depois de visitar o banheiro do hotel oficial. Aqueci um pouco, vi a corrente e concentrei, até perceber que estavam já anunciando a minha largada. Fui correndo pra lá e achei o Palhares.

Larguei bem e antes da primeira boia já ultrapassávamos gente da largada anterior, 4 min antes. Era uma volta só, coisa legal. A última perna era meio torta e tive o cuidado de ver bem pra onde estava indo, muita gente nadando em direção à praia antes da hora. Não há nada que duas ou três pernadas de peito não resolvam se precisar, mas você precisa sempre saber pra onde está indo. No primeiro Iron fiz a besteira de não saber pra onde ia e quase voltei pra largada. Nunca mais erro isso.

Quando saí da água vi o relógio na tela de repouso. Por alguma pressa esotérica não apertei start, aí tive que configurar o modo triathlon e dar start e lap pra começar a marcar :-).

Saí pra transição e tirei a roupa de borracha antes de entrar, prevendo o pouco espaço lá dentro. Assim que entrei o Palhares chegou e saímos pra pedalar com poucos segundos de diferença.

Saí pensando em fazer o pedal da vida mas logo comecei a ficar estranho. Uma canseira grande nas pernas e a potência lá embaixo... percepção de muito esforço incompatível com a potência... pensei em ignorar aquilo e tocar ficha, mas também era um teste pro Ironman. Aí numa subidinha eu levantei do banco e vi que não passava de 260 W. Impossível, qualquer subida passa de 300 naquele esforço. Daí lembrei que não tinha calibrado o medidor. Como o erro do medidor é função da temperatura, talvez explicasse as leituras incompatíveis.

Aproveitei uma leve descida e desclipei os pés dos pedais e calibrei o bicho em pleno vôo. Não sei se resolveu alguma coisa, e aí entrei em cruzeiro na melhor intensidade que dava, com algumas ânsias de vômito e gosto de doce de leite voltando. Isso foi um erro. Comprei doce de leite e entupi uma tapioca com isso e duas bananas no café da manhã. Golfei uns pedacinhos de banana e finalmente parei de enjoar.

No primeiro retorno vi que o Cini estava atrás, o que me deixou confiante. Ele é uma das referências aqui em Floripa, e lá não poderia ser muito diferente. Quando ele me passou seguimos próximos e alternando posições até que o deixei escapar. Entrei em modo constante só na segunda pra terceira volta, ali a prova ficou boa finalmente.

No final do pedal o Palhares me passou e depois alcançamos o Cini. Entramos todos embolados na T2 e eu saí rapidinho dali pra fugir deles :-). A corrida começou boa mas logo comecei a ferver. Menos de 3 km e já estava com suor queimando os olhos e a boca seca de colar as bochecas.

A organização salvou o dia com muito gelo nos dois grandes postos de apoio na avenida atlântica. Não teve uma passagem que não tenha parado pra pegar gelo e água gelada na esponja, tomar pelo menos um copo dágua.

Tomei um gel no km 10 e depois só coca cola, um copo cheio a cada posto.  A bike teve uma garrafa de GU e dois gels. Alimentação parece que foi suficiente, mas esqueci as bagas de sal e bcss na T1.

Nos últimos retornos percebi um atleta com a numeração próxima vindo forte (a categoria parecia estar concentrada na centena 300). No último retorno ele estava praticamente colado.

Entramos na atlântica e ele me passou. Contei 3 respirações e contra ataquei, o suficiente pra passar de novo, e aí apertei o passo. Corri uns 30, 40 segundos ali por uns 4:30-4:20, bem mais rápido que o ritmo que vinha. Nunca, nunca tive uma vontade tão grande de andar ou me jogar no chão como naquele sprint. Só continuei porque achava que ele era da categoria e faltavam 2 km. É aquela história: no final, o detalhe é resolvido por quem aceita, consegue, escolhe sofrer mais aquele pouquinho.

Passei a chegada realmente cambaleante mas feliz demais. Poucas vezes fiz uma prova tão no limite e tão arrebentado na corrida. No início tive umas câimbras no abdômen muito estranhas, aí umas travadas no quadríceps que me fizeram encontrar a mecânica que permitisse continuar a despeito do ritmo.

Foi uma corrida muito lenta e ainda assim muito boa pras condições. O calor destruiu todos nós. Todos, sem exceção foram guerreiros demais de correr naquele forno. Eu particularmente nunca tinha me obrigado a correr em condições parecidas.

A galera da Ironmind destruiu geral. Miranda com aquele olhar possuído, a Julinha campeã amadora, Fabrício superando uma corrida de matar, o Manente se divertindo depois de uma semana no Ironman da África e todo mundo fazendo o melhor. O Dedé teve uma infelicidade de furar o pneu mas vai descontar no Ironman, tenho certeza. O Alê Vasconcellos foi lá experimentar o calor do sul com uma zika e terminou a prova, junto com todos os integrantes do boteco, Dalton e Ronaldo, nota dez !

O Fabrício é um capítulo à parte. Insatisfeito com o resultado da natação da prova de Itapoá em fevereiro, simplesmente começou a nadar todo dia no mar. Está fechando 20, 25 km de natação por semana. Fora todos os outros treinos, claro. E o resultado veio. Fez uma natação absurdamente boa. E isso que só nada no mar, começando no escuro às 5 da manhã. Entenderam bem ?! Mostra-se mais uma vez que quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa.

Depois da prova vi fiquei em 4º e fomos embora arrumar as tralhas, pois haveria pódio só até 3º. No hotel fiquei impressionado de ver um cadeirante ainda na prova, as 14 horas, faltando uns 6 km. E aí, o que é difícil pra você mesmo :-) ?

Voltamos pra floripa na boa, parando pra comer e descansar.

Na terça vi os resultados oficiais, havia um atleta com 1h13 na meia em 3º lugar. Impossível nas condições. Falei com a organização que corrigiu, o atleta havia desistido e passou pelo pórtico. Só que o campeão também estava errado, correu com o número de outro atleta (?). Aí então caí pra segundo na 40-44 e 20º amador ;-).

Aqui o link para os resultados oficiais. Aqui o track do garmin. A natação deu uns 32 min (tempo aprox do Palhares). Foi um baita dia. Duro e recompensador. Agora pode vir "ni mim" Ironman ! Tô pronto, estamos todos. Bora lá que falta pouco.


Sem cara de boxeador dessa vez haha
  
Essa ardeu

Cansei

Sempre legal o pós prova.
O Gilead estragou o pedivela no km 80 e pedalou 10km com uma perna só !

terça-feira, 17 de abril de 2012

Triathlon Long Distance Caiobá 2012


Primeiro e único triathlon do ano rumo ao Ironman 2012, o long distance de Caiobá foi mais punk do que no ano passado (para mim, claro). Desta vez fui sem a família, junto com o Varela, e saímos já às 13 horas direto até o destino. Pegamos um temporal na balsa em Guaratuba e outro depois do congresso técnico que lembrou o ano passado. Muita água, raios e trovões, mas depois clareou e caiu um ventinho.

A manhã começou bonita e com vento, mas como o hotel ficava num lugar alto achei que poderia não ter tanto vento na hora da prova, pois a esperança é a última que morre. Mas era nordeste malvado, e girou pra tudo quanto é lado e intensidade a manhã toda ;-).


Domingo cedo chegamos na área de transição, fila para entrega das bikes andando rápido e enfim tudo posicionado no cavalete. Recebi outro chamado urgente da natureza, eram 7:20 e a largada seria às 7:50. Os banheiros químicos não tinham todos os apetrechos necessários, então corri até o hotel da prova. Voltei correndo a poucos minutos da largada do short triatlhon, aquecimento realizado. Fui pra água e já ouvi a organização no microfone dizendo pra sair de lá que o short iria largar. Dei umas 10 braçadas e corri pra alinhar, entrei pelo meio do povo e fui lá quase pra frente. O short largou e logo nós.

Larguei correndo forte e já hiperventilando no início. A água estava escura demais, não dava pra ver nada até que a coisa acertasse você, o que me aconteceu duas vezes antes da primeira bóia, um calcanhar se aproximou rapidamente até o meu olho direito, entrou um pouco d’água no óculos mas continuei. Aí levei uma sola do pé no queixo, contornei a primeira bóia, e não vi mais nada além do sol. Segui a manada, fui atrás do povo e logo um caiaque estava mandando todo mundo ir para a bóia 2, lá no raio que a parta, praticamente perpendicular à linha que eu e mais um mundo de gente vinha seguindo. Fiquei muito irritado com um erro daqueles, acelerei, contornei a bóia e voltei à praia esbaforido e determinado a olhar direito na segunda volta até achar a bóia. Só que o sol ainda estava lá e a bóia estava na sombra do costão, amarela que nem as toucas e baixa, impossível enxergar. Desta vez fui me mantendo no meio dos caiaques que controlavam o percurso e deu certo, caí em cima da miserável. De volta à praia, 34 min no relógio, 1 min a mais que no ano passado, mas 2100 registrado no GPS, erro de navegação e algum ventinho, então tá bom.
Percurso da natação, dá uma olhada no tamanho das barrigas para acertar a segunda bóia...
Disso eu concluo que quando consigo ver pra onde ir a navegação até que é legal ;-)
Transição rapidinha e o pedal começou. Existia vento na ida, mas o ritmo era bom, fui mais tranquilo nos primeiros 20 km, ainda sem tropeçar nos malditos pelotões. Ao fazer o retorno peguei gatorade extra-gelado e continuei, mas o vento estava pior do que na vinda. Fui tentando segurar a média, mas comecei a ver e ser embolado em alguns pelotes. Um bem lento, forcei e não vieram mais, aí uma menina grudou na minha roda e não consegui me desvencilhar da cara-de-pau. Uma outra veio e deu uma bronca nela tão grande que ou ela ficou com vergonha ou quebrou o ritmo mesmo, mas sumiu. Nisso estava chegando ao fim da primeira volta, e no começo da segunda um acidente feio, vi duas bikes caídas e um cara na maca. Houveram vários acidentes e tinham alguns cones derrubados, não sei se pelo vento, carro ou ciclistas.

Em linhas gerais vi o diretor de prova de moto várias vezes aplicando punições por vácuo, mas os pelotões são terríveis e não se desfazem. Os fiscais apitam e dão bronca, mas como não param ninguém os caras-deslavadas ficam ali amontoados.

Cuidei bem da alimentação na bike e tentei comer tudo que levei, só sobrou um gel. Accelerade realmente funciona, é impressionante. Usei uma garrafa com 3 medidas e 3 gels no pedal e atendeu plenamente. Acho que a Pacific Health deveria me patrocinar ;-). Tentei manter a média mas a última perna de 20 km foi bem sofrida. Dores na frente das coxas e na lombar, muito vento (ou percepção de muito vento numa mente cansada). No final do percurso entramos para a cidade, a Valéria me ultrapassou e logo fomos engolidos por um pelotão enorme, seguimos todos embolados para entregar as bikes, fechando em 2h20min. Ali realmente não tem jeito, é como no início do ciclismo, é muita gente saindo da água ao mesmo tempo num trecho curto e lento, não tem como não embolar. Mas em lajota e com lombadas, acho que não faz grande diferença vácuo.

Saí pra correr muito rápido e encaixei um ritmo regressivo, primeira volta a 4:11, segunda bem pior e a terceira grudado a 4:40. As pernas não iam. Não estava cansado demais nem ofegante ou com batimento muito alto, mas as pernas tinham fisgadas de câimbras na frente. Parece que aquilo ali era o regime permanente. Tentei acompanhar um cara que me passou e corri a uns 4:20 por uns 200 metros e quase travou tudo. Também fui com um tênis leve, baixo, novo e sem meias, coisa que nunca fiz. Como lambuzei tudo de vaselina, deu certo, exceto pelo segundo dedinho do pé direito, que virou uma bolha só do tamanho de uma azeitona graúda. Vi atendimentos médicos na corrida, um bem preocupante perto do retorno da chegada, depois vi o cara andando sendo apoiado, mas a cena assustou. Estava um pouco quente, mas felizmente o sol deu umas escondidas. O abastecimento estava excelente, água e gatorade sempre gelados e coca-cola em um ponto.

Acabei a corrida em 1h32 e fechei a prova com 4h30min. 2 min mais lerdo do que em 2011. De início achei uma porcaria, mas logo fui percebendo o esforço, que tinha sido bem maior. A bike foi 1 min mais rápida mas certamente tinha muito mais vento do que no ano passado. A corrida definhou um pouco acho que da força que fiz na bike, pois no geral está melhor do que 2011. A natação me agradou mesmo com o erro, pois o pace de min/100 mts foi legal. Acabei ficando em 72º geral contra 87º em 2011 e na categoria pulei de 22º para 12º, então apesar do tempo maior, o resultado relativo foi melhor, assim como a percepção de esforço ! Viram, tudo é relativo ;-).

Condições mais duras que em 2011, atletas de alto nível e a turma da Iromind detonando com vários pódios e estreantes na distância de ‘meio-ironman’. Muito bom. Agora as turbinas já estão aquecidas para o Ironman, vamos em frente !!!! Também foi legal encontrar pessoalmente duas figuras virtuais, o Vagner Bessa e o Wlad... essas pessoas por trás dos blogs realmente existem hahaha ;-).

Agora a parte ruim: apesar de ter gostado muito da prova, tem dois pontos cruciais a melhorar: 1) As bóias precisam ser mais altas e de cor diferente das toucas. 2) A distância está errada de novo. Porque divulgar até na camiseta de finisher 90 km na bike se tem 81 e 21 na corrida se fecha 20,5 ?? Fora isso, sempre a questão dos pelotões. Não me importo tanto com o fato do vácuo ser trapaça, pois a minha briga é mais comigo mesmo, mas dessa vez vi como isso causa acidentes. Acidentes desse jeito numa prova eu nunca tinha visto. Mas o que tirou realmente o brilho da prova foi o caso da Vanusa Maciel, que se machucou feio numa queda. Que melhore rapidamente...

PS.: Atualização para descontrair: há relatos de um atleta pedalando com a roupa de borracha na primeira volta (40 km !!!!!!!!!!!!). Várias testemunhas riram viram o fato. Fico rindo só de imaginar. O sujeito pedalou 40 km com as mangas abaixadas e as pernas dentro do neoprene. Como é que pode ?? Não derreteu, pois aparentemente entrou na transição e tirou as calças e voltou pro ciclismo. Isto é incrível !

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Caiobá 2011 - Triathlon longa distância

Não é exatamente uma prova na distância de meio-ironman, mas desde o ano passado estava com vontade de conhecer esta prova e usá-la na preparação para o iron. Preparação, curtição, diversão, teste e sofrimento, tudo junto num triathlon de longa distância com 1900 m de natação, 84 km de bike e 21 km de corrida (mais precisamente, 2000, 82, 20.3 - GPS maníacos ;-).

Equipos e pequeno habitante
Saí de casa sábado às nove horas com a Daiane e o Arthur, a Laís infelizmente não pode ir devido às aulas o dia todo. Fizemos as paradas tradicionais e necessárias para o pequeno se comportar e chegamos na balsa em Guaratuba ao meio-dia. Atravessamos a baía e então chegamos à Matinhos. Não passava por lá há tempos... lugar agradável (ao menos fora de temporada ;-) e bem cuidado, logo chegamos ao hotel depois de errar muito o caminho, típico. Encontramos a turma toda e fomos almoçar num buffet fraquinho.

O Arthur estava febril e com tosse, mas me convenceu a levá-lo à piscina. Deixei ele por lá com a Daiane e fui testar a bike recém revisada com as rodas novas. Rodei uns 8-10 km - o cateye pifou de novo. Fui a favor do vento na avenida litorânea e quando voltei deu pra sentir a força que teríamos que fazer no dia seguinte. Ajustei o que precisava na bike, desmontei o cateye todo e fui pro congresso técnico onde cheguei nos 10 minutos finais.  Fomos descansar um pouco e aí saímos para jantar. Uma chuvarada danada caía há algum tempo e estava ficando feio com ventania, raios e trovões. Fomos pro restaurante combinado debaixo dágua mas ainda bem cedo. Só que não deu certo, esqueceram o pedido da nossa mesa e saímos famintos e revoltados para outro, onde achamos um cardápio especial para a prova, pratos individuais feitos de macarrão, frango, batata e uma saladinha. Comi até estufar.

Voltamos para o hotel já às 23 horas. Nunca consigo dormir cedo... Ajeitei mais alguma coisa, tentei encher o pneu e não consegui, dormi preocupado. Na manhã de domingo olhei logo pela janela, céu nublado e vento fraco, mas com cara de que limparia.

Café da manhã, ajeita tudo e desci pra transição a 150 mts do hotel. A Daiane ficou com o Arthur pra ir depois, estava bem doentinho com a garganda e nariz escorrendo. 

Na transição deixei tudo bem arrumado, dessa vez até toalha pra limpar os pés eu levei. Voltei pro hotel pra vestir a roupa de borracha e desci pra praia mansa, local da largada, junto como Alexandre. O hotel fica numa península com a praia mansas dum lado e a brava do outro. Nadamos na primeira e depois corremos na segunda, muito legal. Há um morro com  paredes rochosas expostas que servem de referência durante a natação e corrida ;-).

Rapidinho largou a prova do short. Antes da largada do long, fui na água molhar o rosto e acalmar a respiração, olhar pro mar... percebi conchas e areia grossa na entrada da água, melhor não correr desesperado na largada. Reunimos a turma e logo chamaram pra alinhar, ainda faltando uns 15 min para às 8 da manhã. O Kilder perdeu os óculos e teria que nadar com a cara no sal, coisa terrível, mas foi valente e meteu os olhos no mar. Quando ele correu pra longe da largada pra tentar procurar alguém com óculos sobrando, largou ! Foi muito rápido, eu ainda estava com os óculos na testa, arrumei e saí trotando de leve pra água, andei até ficar na cintura e me joguei pra não parar mais. Nadei, se não bem, forte o tempo todo, ombros queimando ao final. Fiz a primeira volta num tempo parecido com a segunda, o que já é um grande avanço. A maré estava levemente vazante, então a primeira bóia era fácil de contornar, mas na segunda dava pra ver a corrente contra. Saí da água com 32 min.
Dando bom dia pro Arthur ;-)
Fui pra transição correndo de leve e saí rápido pro pedal, no começo complicado com lombadas por toda a parte e piso ruim, mas logo depois de uns 4 km entrava numa rodovia de pistas duplas excelente, plana e com mato por todo lado. O vento estava a favor, foi fácil manter uma boa média nos 20 km de ida. O cateye resolveu viver e eu resolvi focar na cadência e FC, deixando a velocidade como consequência. 

Girei o tempo todo a 85-95 rpm, fc moderada a alta pra pedal, mas bem suportável. No final senti as pernas arderem um pouco pois reduzi o giro pra forçar mais contra o vento da última perna. A única coisa irrtante no  ciclismo foram os pelotões. Muita cara de pau. Blocos enormes, gente grudando na minha roda e atrapalhando, pelotes bloqueando o caminho... realmente não tem jeito... Me alimentei muito bem, accelerade, GU e gatorade.

Voltando pra região das lombadas pedalei um pouco fora do clipe, aumentei o giro e fiquei um pouco de pé na bike. O público ajudava e cheguei rápido na transição, que fiz bem rapidinha (mas não entendi no resultado, 3:40 é impossível ;-). Saí correndo e encotrei o Marcos dando força, não correu devido a uma lesão no pé, mas deve ter moído no pedal pois quando passei já estava lá com cara de tranquilo.

Retorno próximo á chegada
Apertei o ritmo na primeira volta. Na corrida é que é mais fácil ver o pessoal todo, marcar quem tá perto, tentar uma aproximação. Eram 3 voltas de 7 km, toda na orla e plana. A esta altura já tinha sol dos bons, o dia estava espetacular. Passei no retorno próximo à chegada, vi a Daiane e o Arthur, injeção de ânimo. Tentei correr constante, mas dei umas pifadas, tomei mais gel ou gatorade do que deveria e fiquei levemente embrulhado. Exceto por isso foi uma corrida bem constante, toda moderada a forte, o tempo todo pensando em como é que seria o ritmo no iron. Comecei a ficar fixado nisso, a sorte foi achar uns amigos da equipe pra marcar - não para perseguir, mas para fugir. Fugi do Sérgio a corrida toda. Passava pelos líderes numa velocidade absurda e achava que estava lento, a sorte eram os monitores, sem isso eu tenho certeza de quebraria, pois foi o tempo todo no fio da navalha...

Fechei a prova em 4h28min com uma corrida de 1:29:40, fiquei bem satisfeito. A bike e a natação também foram boas, com a bike mais fácil do que deveria, acho que poderia ter forçado mais, mas vai saber se não estragaria a corrida. Deixo os parabéns a todos que participaram da prova. A turma da Ironmind mandou ver numa prova de altíssimo nível. Só pra ter uma idéia, à minha frente em 30 segundos tinham 4 atletas da minha categoria ;-)

Belo dia, ótima prova, família acompanhando, amigos. Tudo perfeito. Depois foi colocar aquelas meias de compressão ridículas mas eficientes, arrumar todas as tralhas, almoçar, carregar o carro e dirigir de volta pra casa num fim de tarde sensacional. Ano que vem tem mais !