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quarta-feira, 21 de março de 2018

Consistência e controle de treinos indoor

O ROLO 
Como já é amplamente conhecido e divulgado, o Rolo indoor é uma ótima ferramenta para controle dos treinos e não apenas um substituto para casos de dias de chuva. Eu ainda não evolui espiritualmente para conseguir fazer os longos nele (até porque nesse caso o controle não é muito necessário), mas para os treinos de intensidade durante a semana é minha opção em 100% dos casos.

Uma coisa muito legal é que podemos controlar os parâmetros o tempo todo do treino sem preocupação com segurança etc. Tipo, ficar na cadência de 80 RPM, não 78 ou 81 como diz o Roberto nos treinos de sábado :-).

Também é possível fazer alguma coisa com a parte do cérebro que não controla os músculos, como ver um filme, documentário ou show.

Mas realmente a repetitibilidade e controle saltaram aos olhos neste treino de ontem. A série era bem simples, 3 blocos de 9 minutos com potência de 80% do FTP, baixando uma marcha a cada repetição. Como a potência ficaria constante, a cadêcia cairia. E caiu cerca de 5 RPM por série.

E então eis que a FC não subiu (normalmente sobe um pouco pelo aquecimento) e sim caiu no último bloco de cadência mais baixa. Muito interessante, isso mestra a possibilidade de jogar com as variáveis numa prova, pois temos a chance de gerenciar melhor o desgaste muscular versus o calor, etc, etc. E mostra principalmente que o treino prescrito tem um objetivo bem claro.



Potência versus FC
FC versus cadência


Em números os que os gráficos acima dizem



sábado, 23 de janeiro de 2016

Pedal Serra do Rio do Rastro - Urubici


Fim do pedal
Fabrício, Palhares, eu e o Manente.
Treinar bastante é bom porque também nos prepara pra umas roubadas divertidas. E sempre tem que ser divertido. Depois de muito planejar, finalmente saiu o pedal de Lauro Muller até Urubici, passando pela fantástica e justificadamente famosa Serra do Rio do Rastro.

Fomos em 4 triatletas, todos de bikes TT. O percurso compreende 3/4 do Fodax, que ainda sobe o morro da igreja. Mas como fomos de TT e somos triatletas e não ciclistas, essa parte fica pra próxima vez, quando de preferência a estrada até o morro esteja em melhor estado hehe.

A logística ficou perfeita. Pernoitamos em Urubici e fechamos o transporte e apoio de lá até a base da serra. Depois de jantar 1 pizza per capita no sábado a noite, partimos às 7:00 de domingo rumo ao início do pedal. Um amanhecer sem neblina e friozinho anunciavam o dia.

Logo que passamos por vacas gordas o céu ficou azul, livre de qualquer nuvem. Seguimos curtindo o percurso e estimando o tamanho da encrenca de voltar aquilo. Chegamos no mirante da serra com tudo aberto e descemos direto pra iniciar o pedal o quanto antes.

Começamos a pedalar eram mais de 9 horas e o sol já ardia, mas a temperatura estava amena. Seguimos com o carro de apoio na retaguarda, um trabalho incansável e perfeito do Marcelo Sabiá, que além de tudo ainda tirou as fotos.

O início da serra é leve, uma inclinação civilizada e contínua, ainda em asfalto. Depois de uns 8 ou 9 km a coisa começa a ficar séria quando o concreto aparece. Até o concreto a coisa vinha de moderado pra forte, mas aí o caldo deu uma entornada. A sequência de curvas de tirar o fôlego, literalmente, ia nos levando pra perto do topo, com trechos de inclinação bem acentuada. Ritmo de 10 km/h exigia um monte de força.

Levamos em torno de 1h08 pra chegar ao topo, menos o Manente que foi tentar empenar o pedivela no final e já vinha voltando :-). Reabastecemos e tiramos umas fotos e logo partimos para a segunda parte, uns 30 ou 35 km (eram 40) até o trevo do Cruzeiro que levaria até Urubici.

Saímos do mirante bem rápido e um pequeno trecho plano fez o ritmo render absurdo, mas só até começarem os sobe e desce intermináveis. Já era perto das 11 horas e o calor estava apertando, assim como o terreno. Em descida, 70 km/h ficou velocidade de cruzeiro. Nas subidas, baixa rotação um bocado de suor, a sempre entre 1200 e 1400 m de altitude.

O eixo horizontal em tempo suaviza a serra, e a altitude da própria não dá a dimensão da encrenca do que vem depois, que tem 1.5x a altimetria da famosa.
O trevo não chegava nunca, de lá em diante eu conhecia o percurso e não via a hora de pegar o trecho mais 'plano' :-). Quando finalmente o bendito apareceu, depois de uma subida de uns 10 km, reagrupamos e abastecemos novamente. Hábeis em pedalar com apoio, ninguém lembrou de levar um isopor com coisa gelada dentro, foi só água em temperatura ambiente :-).

Tocamos pro fim do pedal, com estrada perfeita e menos movimento de carro ainda. Passamos pelas duas vilas que existem nesses 45 km de estrada e na última subida tive que acenar pro apoio pra pegar água, a coisa ficou seca demais. O ar também andava muito seco, 50 % em urubici é bastante secura, o que associado ao vento, sol ininterrupto e altitude, desidratou todo mundo.

A última descida até a cidade foi de aloprar, descemos muito rápido. Logo reunimos na base e pedalamos os últimos 5 km planos até em casa, fechando um pedal magnífico, dos mais bonitos que já fiz com asfalto no piso :-). E também, dos mais desafiadores. Saiu um teste de FTP na subida da serra, que onde teve 1h a 90%, o que deixou a brincadeira toda com um IF de 85 em 4h20. Bastante coisa, um esforço digno do percurso !

Valeu demais galera, obrigado pela parceria.

Até a próxima. Quem sabe, fechando até o Cindacta :-D.

Lá se foram 104 km, 4h20 e 2400m de subida. Link do garmin aqui. Fotos abaixo. Vídeo em breve.





7 da matina

Realmente é uma bela estrada

Parte fácil da serra

Ainda agrupados


Gel, banana, sei lá
Quebra cabeça de carbono :-)

domingo, 10 de janeiro de 2016

Moutainbike nos treinos de triathlon

Sempre fui adepto dos treinos 'cross', e agora depois de alguns anos no triahlon, continuo achando isso parte fundamental da preparação. Mas com três esportes à disposição, não tem muito o que 'cruzar' de modalidades, então o legal é variar o terreno.

Corridas em trilhas seria minha primeira opção se tivesse acesso durante a semana, e mountainbike obviamente é a segunda. Ficou esquecida por um tempo, mas vai voltar.

A ideia é fazer o pedal de um dos dias da semana na rua, à noite, na MTB. Sempre com terreno muito variado e altimetria.

As várias modalidades de um esporte se complementam. São esportes diferentes no detalhe, mas não na essência. Bicicleta é bicicleta, mas cada uma tem suas peculiaridades. Os ganhos são 'cruzados'. O terreno sempre incerto da MTB aprimora muito a técnica e confiança, além de explosão e retomadas. Não tem a constância de um longo de TT, onde a ideia é variar ao mínimo. Já a TT dá ritmo na MTB e faz com que mesmo quem não pedala tanto consiga acompanhar (na roda) os malucos do mato.

Na MTB tudo varia o tempo todo. Se for em grupo ainda mais, cada um que vê um morro já ataca, qualquer plano serve pra um sprint e ainda assim todos se reagrupam sempre. E claro, toda hora tem uma ponte pênsil, um rio ou cachoeira pra servir de desculpa pra uma parada. É praticamente um fartlek por toda a duração do pedal.

Além disso tem a questão da praticidade e segurança. Dá pra sair de casa a qualquer hora, tem um baita farol e um 'trator' é sempre mais estável e difícil de cair de cima do que um TT fininha. Qualquer percurso é percurso, só pular um trecho, pedregulho, calçada, buraco, qualquer coisa dá pra passar por cima :-). Fora a diversão, claro. Então é isso, vamos experimentar um 'tempero' nos treinos durante o horário de verão :-).

Pedal de fim de tarde em Floripa



Urubici Hardbike




O pedal de MTB mais longo que já fiz, 125 km com 2400 de subida acumulada