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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Challenge Floripa 2017 - torcendo o cabo sem estourar

Nunca fiz uma prova tão forte e tão despreocupado com o resultado. Ainda na largada ao lado do Fernando Couto, comentávamos que a prova duraria bem menos que os últimos treinos para o Fodaxman. E pensei com meus zíperes que os morrinhos da SC401 que preocupam no ironman não fariam nem cócegas.

Bom, o fim de semana foi cheio. No sábado o Arthur participou do Challenge júnior, e foi fantástico ver a gurizada com estilo perfeito, técnica apurada, se divertindo sem pensar em mais nada. Incrível, deveríamos ter um pouco dessa inocência esportiva....

E então largamos. Uma volta apenas, muito bom. Consegui ficar em vários pés, e quando saí, estava no do Couto, muito bom ! 27 min pra 1800m, excelente mesmo faltando 1min35min pra 1900m hahahah.

Na T2 fui ultrapassado pelo André Lopes que saiu 5 min depois e lideraria o ciclismo geral em 20 km. Saí forte e assim continei. Um pedal excelente. Forcei em todos os morros de forma divertida, peguei chuvinha na vargem pequena e no primeiro retorno no Floripa Shopping estava em 15o, algo incomum.

Fechei a primeira volta e segui pra segunda com leve ventinho a favor, soquei até não poder mais naqueles pedais e cheguei no Floripa novamente em 11o, para então só voltar com ventinho na cara.

Entreguei a bike e saí correndo tranquilo, consegui finalmente não sair alucinado e fechei o primeiro km com uns 4:10. Depois fui no feeling, feeling de calor, de ardor nos pés e dor no pescoço. Não sei de onde veio, talvez de subir todos os morrinhos no clipe, sei lá.

Corri a primeira volta bem, a segunda marromeno e então a terceira foi menos pior. Um calorão danado amenizado pelos postos de hidratação e banho e pela coca cola gelada.

O tempo todo monitorei os atletas na corrida e não olhei pra pace, só pras distâncias relativas. Conhecia poucos, e não sabia que tinha um da categoria tão próximo, pois pra mim quem vinha perto era o Cleuber de Curitiba. Chegando destroçado descobri aterrorizado estar em 2o na 40-44 e 9o geral numa prova de altíssimo nível. Uma grata surpresa para fechar um ano excelente e despedir da 40-44 em provas do Challenge.

Foi um baita final de semana, amigos por todo lado e a competição saudável de sempre, com desafios adequados numa categoria bem competitiva, em 6 min tínhamos 8 atletas chegando. Fotos do Duks, Décio e Foco Radical. Muito obrigado ao Éder pela preparação no sábado, realmente resolvi uma dor chata no ombro e preparei as panturrilhas pra sofrer :-). O Gean Hoffman deixou a bike perfeita pra socar nos pedais, e o Roberto como sempre me preparou da melhor forma, mesmo sem eu saber direito por pensar apenas no fodaxman nos treinos dos últimos dois meses. 4h31min, pedal 39km/h e corrida pra 4:30, foi bom ! Obrigado !






Sério, que guri lindo !!!!!





Até que estava com alguma postura

4 atletas do fodaxman saindo juntos da água !

Me esfolei nesse final

Chegada sempre é uma explosão !

2o na cat 40-44


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

GP Extreme Penha 2017 - Quase tudo perfeito !

Provas nunca saem perfeitas, porque sempre podemos melhorar e perfeição não admite melhoras. Entretanto isso é um dos atrativos de um esporte complexos com o triathlon - é possível evoluir sempre, aprender igualmente e sempre achar uma margem de melhora.

Dadas as circunstâncias, essa prova foi muito, muito, mas muito boa. Um formato bem interessante onde, quando começamos a cansar numa modalidade, já pulamos pra outra, e a corrida acaba de supetão. Para quem treina para provas longas, é um prato cheio e obviamente enfático na bike. A repetir sempre e que o formato se propague.

Fui para Penha no sábado a tarde com a Daiane e o Arthur, a Laís estava ocupada no Rock in Rio e perderia o Beto Carreiro hahaha. Na verdade não planejamos nada e a ida ao parque enquanto eu corrida transformou essa prova num provável evento fixo no calendário dos próximos anos :-).

No sábado eu nadei pela manhã na piscina com uns dois ou três tiros de 100 m e a tarde pedalei 10 km em penha para testar a bike e ver se os pneus estavam bem cheio, etc. Todo suado fui para o congresso técnico ouvir as últimas informações e depois fui no Éder para uma sessão de Quiropraxia e colocação de tape no tornozelo afetado. Saí de lá zerado e fomos jantar num rodízio de massas excelentes em Piçarras. Tão excelente que comi além da conta e me senti estufado até o outro dia pela manhã.

O café pré prova foi uma xícara de café preto e uma fatia de pão com doce de leite e queijo, empurrados goela abaixo. Saí pra a transição que ficava a 700 m da pousada e ajeitei as coisas, encontrei a galera e fui nadar. Um mar estático e nada de vento, porém com nuvens carregadas que prometiam segurar o sol abriram o dia.

Larguei bem na frente e fui atropelado. Só na primeira boia comecei a nadar sozinho, o que não é bom. Procurei um pé e achei um já quase na segunda boia, estava nadando ao lado do líder de uma tripa de gente a uns 10 m à minha esquerda. Não sei se tinha gente no meu pé mas eu burramente não tinha pé na minha frente até ali. Da boia pra praia fui grudado em três atletas e se não ganhei tempo, ganhei descanso. Terminei a natação com 15:08 para os 1000 m de mar.

Saí da água com o Fabrício Massaranduba e o Igor Peres e corri forte para transição. Chegando na bike percebi alguma coisa estranha quando já estava pondo o capacete e vi a roupa de borracha toda fechada até o pescoço. Que asneira ! Tirei o mais rápido que pude e disparei, saindo da T1 junto do Palhares, segundo ele me contou, já que eu não vi nada além de um sujeito que quase derrubei ao montar na bike.

Comecei forte e ao final da primeira volta estava em ritmo de cruzeiro. Serial 8 de 12 km e uns quebrados, totalizando 104 km de pedal. Pedal consistente e ritmado, a cada volta os números estabilizavam mais até que no retorno da quinta volta tomei um cartão. Sei que o árbitro é soberano e não adianta reclamar, mas fiquei pasmo por estar num retorno, iniciando uma subida e ter sido imediatamente após ter sido ultrapassado por uns atletas. Acho que daqui pra frente sempre que for ultrapassado vou imediatamente acionar os dois freios até para, aí não haverá dúvidas..

Na sexta volta aproximei do Roberto e pensei em tentar ultrapassar, mas em mais meia volta ele abriu e sumiu de vista. Porém era um indicativo que o pedal estava bom chegar perto do Chefe numa prova. No final do pedal a potência caiu um pouco e os quadríceps já estavam anunciando uma corrida desafiadora. Entrei na T2 com 39/h, 2h39min e 238w de NP, o que era deveras bom. O Palhares entrou junto e como somos da mesma categoria saímos alucinados, eu ligeiramente mais psicótico pois sabia que a corrida seria regressiva.

Estava há 3 semanas só rodando sem nada de intensidade e tentei abrir o máximo no início. A chama durou 2 km e comecei a sentir tudo travar, foi assustador pensar em andar 8 km mas logo as coisas se encaixaram no limiar do desespero. Duas voltas de 5 km dá pra ver bem todos os atletas e fomos lutando saudavelmente entre todos. Passei o Massaranduba e mais um cara que eu jurava ser da categoria e depois vi ser da anterior. O Roberto vinha furioso rangendo os dentes.

Perto do km 6 fui tomar um gel, o único nos bolsos. Fui pra prova só com 5 gels e deixei um pra corrida, sem nada nas garrafas além de água. Fiquei com medo de quebrar e não quebrei. A 'jacada' da noite anterior segurou :-). Só que deixei o gel cair. Em uns 2 segundos pensei em abandonar, depois resolvi pegar e voltei uns 3 passos. Ao levantar vi o Palhares e mais um atleta vindo.

Saí correndo e no último retorno no km 7,5 eles estavam muito próximos. Resolvi tentar um sprint preventivo para evitar uma carnificina na chegada. Acelerei o que deu até os quadríceps ameaçarem pane e por pouco o Palhares não me passa, faltarm 4 segundos. 4 segundos numa prova de 114 km, fechada em 3h39min. Incrível ! Baita briga boa e divertida. Fechei a corrida em 41:08, até que bem mais ou menos pra expectativa prévia.

Chegamos desmoronando e fui procurar comer algo. Muitos algos foram ingeridos, estava realmente com fome. Baita fim de prova, galera da Ironmind em peso e muitos amigos presentes.

Fui tomar banho e voltei pra premiação. Tentei descobrir do cartão mas ainda estava o tempo de chegada, em 2º na categoria. Na hora do pódio fui chamado em quinto, prova da eficácia do infeliz cartão. O Palhares ganhou, pois pareceu que o campeão foi desclassificado já que havia sumido. Depois no resultado oficial ele estava sem segundo, o que não entendi nada.

O que importa mesmo mesmo não é o tempo ou o resultado, é o caminho pra chegar lá. E isso dessa vez me deixou muito satisfeito. Tentei fazer tudo no máximo como se não houvesse amanhã, dentro da realidade do que estava treinando. A sensação de deixar o máximo na pista é impagável e sempre deve ser perseguida por quem busca a satisfação plena, embora dessa vez tenha vindo um um cartão indigesto.

Quando fui pra pousada a Daiane ainda não havia voltado das montanhas russas brasileiras. Saímos de lá às 15:30 para almoçar em itapema às 17 horas, finalmente. Excelente final de semana :-). Até a próxima, dia 8 de outubro na praia do sonho.

Se não é pra arregaçar nem sai de casa HAHAHAHAH

Pódio, embora azedo

Parceria da prova toda hahahaha


Ali atrás a coisa era divertida. Na pista também, embora mais ardida

Tinha chutado umas 3h50 de alvo, erras pra baixo é sempre bom