segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

XTRIAL Barra da Lagoa

Neste domingo participei da última etapa do xtrial 2009, circuito de cross triatlhon organizado pela sb5. A prova foi na barra da lagoa, com distâncias divulgadas de 1000, 27 e 7. No simpósio corrigiram o percurso para evitar um longo trecho de areia fofa na bike (boa idéia) e encolheram um pouco a corrida para 5,2 Km (não sei porque), bem como adiaram a largada para às 9 horas.

Chuvarada no sábado, mas com vento sul entrando no final do dia. Aí domingo amanheceu azul e muito promissor para ralar. Saí de casa acompanhado pela Laís e o Jacó com a Samantha, levamos a criançada pra ver o esporte de perto :-)

Arrumei tudo perfeitamente para transição rápida e saí da AT com tudo preparado. Ao chegar no carro vi tinha esquecido de por a garrafa com VO2 na bike e deixado os óculos e touca junto com o tênis. Usei dos favores de um atleta que estava do lado de dentro da cerca e acertei tudo, aí fomos pra praia ver o marzão.

A água estava bem geladinha, os dedos dos pés logo ficaram dormentes, mas mergulhei e dei umas braçadas pra habituar ao freezer. O percurso seria um tipo de U, largando no lado direito junto aos molhes da barra, com uma bóia a contornar a uns 150 mts da praia. Depois um longo trecho até a outra bóia lá na conchinchina, e então voltávamos em diagonal sudoeste para um pórtico em frente a ruazinha que levava à AT. Mas o vento sul estava lá começando a acordar, aí no alinhamento da largada a organização disse que a diagonal não precisava ser feita, que os atletas poderia sair da água no ponto em que conseguissem. Frisei a palavra pois ao tentar sair do mar entendi porquê seria onde conseguíssemos.

Largamos e logo contornei a primeira bóia, mirei bem num morro acima da segunda e lá fui tentando forçar pra espantar o frio. Surfistas e jetski faziam a segurança e davam o rumo. Em torno da metade do percurso comecei a sentir o balanço do mar e logo fui chegando na segunda bóia. Aí fui tentar ver a praia e não via nada, só as restingas do moçambique, o mar balançava bastante, fui indo no que achei que era uma reta e depois mirei numa casinha de guarda-vida que consegui avistar entre duas ondas. A arrebentação estava divertida e rapidamente fui engolido por uma onda e perdi o óculos, que por sorte caiu pra baixo no pescoço. Aí fui de peito e crawl tentando alinhar na casinha e tomando caixote na cabeça até dar uma braçada na areia. Meio longe da praia levantei e comecei a tentar correr, mas logo caí num buraco e nadei de novo até parar quase na areia da praia. Saí correndo com mais um povo, teve gente saíndo da água num raio de uns 200 mts :-). Aquilo alí sim foi nadar em águas abertas !

Fui pra transição e como não uso clipe no pedal da MTB já meti os tênis. Descalço mas sem bolhas desta vez, pois encapei os dedos atritadores com esparadrapo que não desgruda nunca (tem colá no meu pé até agora) e economizei valiosos segundos na transição !

Saí rápido e entrei num pasto cheio de buracos e logo em areia fofa, praticamente impossível de pedalar. Não tentei carregar o trator pra não me quebrar todo, então fui arrastando a bike com a roda traseira suspensa trotando o que dava. Aí começou a florestinha, sombra excelente e percurso 100 % plano, mas bem técnico pois onde não tinha areia eram raízes, ou curvas fechadas. Muitas curvas, centenas delas, num percurso que mais parecia um labirinto. Em um ponto caíamos na SC e vamos fazer força nos 600 mts de asfalto, 36 de máxima, para então dar de cara numa subida de 1,5 mts de areia fofa que não consegui subir em nenhuma das voltas, nem vi ninguém conseguindo.

Eram duas voltas neste percurso labiríntico, onde minha velocidade quando muito batia em 20 km/h nos trechos bons. Aí voltávamos para a transição no trecho das areias movediças e então dá-lhe corrida. Fiz a transição mais rápida da minha vida, pulei da bike, troquei o capacete pelo boné já correndo e pronto. Vi o Diogo e a Cínthia que foram lá cumprir o treininho de bike de domingo e prestigiar a prova.

Saímos pra praia e logo tive que pisar na água. A areia que entrou começou a lixar a parte de cima do pé mas não deu nada além do sobrepeso nos pisantes. Saí exagerando como sempre e o primeiro km saiu a 4:09 enquanto o coração tentava pular pra fora da boca, mas encaixei um ritmo suportável na areia lamacenta e então pegamos a florestinha. Um slalon muito show pra correr e então mais praia. No ponto de retorno tinha água e aí pude aliviar a sede pela primeira vez com H2O pura! Não deveria ter posto só VO2 na bike, argh !

Voltei tentando baixar o que desse do tempo quando a areia ficou boa, passei pelo Anastácio que surfava e cheguei com 1h59min11seg. Muuuito dureza pra um short, mas muito legal.

Nível alto, percuso difícil e um dia perfeito em boa companhia. Nada melhor pra fechar o calendário do ano. Fiquei em quinto na categoria e vigésimo no geral. Diferentemente do que sempre acontece a bike não foi o pior, saí em 31 na natação, entreguei a bike em 23 e fechei em 20. Consegui passar bastante gente na bike, a natação que achei que tinha sido boa foi lerda. A corrida foi boa, 10 geral mas como a bike não foi rápida não deu pra tirar a diferença toda. Detalhes dos resultados estão aqui.

Os percursos da bike e da corrida foram medidos no garmin, mas esqueci de fechar o lap da primeira transição e perdi 10 min e aprox. 3 km no registro da bike. Na natação a Laís ficou com o relógio e me entregou na saída do mar. Uma hora dessas me entendo com a função multisport.

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