terça-feira, 26 de novembro de 2013

Polimento para o Dash 70.3

No próximo final de semana teremos a primeira edição de uma prova de meio ironman em Floripa. Muito aguardada e bem estruturada, essa competição promete se firmar no calendário. Então a semana que passou foi de finalização nos treinos e esta é de polimento. Já estava com saudade de uma polida :-).

Depois de algumas semanas de treinos tortos, viagens e outras coisas parece que os treinos das últimas semanas encaixaram. Magicamente tudo começou a funcionar. Ainda não sei o que esperar do Dash, mas vai ser legal. Não consegui fazer muitos treinos de velocidade na corrida, mas a natação voltou aos patamares do iron, o que já é bom. A bike está um pouco confusa com tanta MTB e serras em Urubici, mas acho que está legal com os treinos no rolo. Vamos ver.

O que importa é que é uma prova alvo, não é só um treino de luxo pro ironman. Não que isso me impeça de gastar até o osso, mas tendo o meio iron como objetivo, como foi com o 70.3 de Miami o ano passado, é diferente.

Buenas, fechamos a semana passada com a terceira 100% e olha que não faltaram desculpas para furar treino. Compromissos por todo lado, tudo milimetricamente encaixado. Na quinta saiu um treino de natação melhor do que a encomenda, tempos constantes nas séries de 100m até que tranquilos.

Sexta-feira um treino de corrida progressivo a cada 4 km com os últimos a pace de meia maratona. Só que eram em 'área urbana' e foi complicado, quase tropecei num cachorro e uma bicicleta quase bateu em mim (vindo na contra-mão na calçada). Mas valeu, o esforço foi progressivo pela FC então valeu.

Sábado um treino de transição com mar e bike. Mar estranho pacas, bem ondulado e com corrente. Virou rápido, o pessoal chegou antes e entrou com mar flat e saiu com bagunça, eu peguei tudo bagunçado. Depois o pedal foi no sol, 1h constante dentro de um bloco de 53 km.

Avisos na praia da Daniela.

Domingo saiu o longo na SC401. Saí de casa e fui até jurere e fiz duas voltas no velódromo. Vento doidão, girando pra tudo que é lado, era de leste, mas o vento de leste não se decide nunca. Peguei uma chuvinha depois de muito tempo escapando dela. Aí a transição de 5 km saiu tranquila. Testei um tênis novo e olha, se é isso mesmo descobri a pólvora. Muita diferença pra ser verdade. Depois de mais umas corridas eu confirmo, mas as impressões são as melhores possíveis. Tirei da caixa e corri sem meia, e nem percebi que estava calçando alguma coisa.

É isso aí, chegou a semana do polimento, uma só porque é meio e não inteiro. E não nula, claro, treinos com alguma intensidade e pouca distância que é pro corpo não cair no marasmo e ao mesmo tempo recarregar as baterias. Ontem foi uma corrida de 9 km que virou 12, encontrei o Maurício e mais uma turma malvada e me puxaram pra um intervalado mais eu fugi assim que pude. Hoje natação com séries complicadas, fazia tempo que não precisava anotar :-), e agora 40 minutos de rolo com um bloquinho em ritmo de prova. Tudo pra deixar a carcaça ligada na parada, que vai ser punk.

Ida pra ilha no longo de domingo, o tempo lusco-fusco já se anunciava

domingo, 17 de novembro de 2013

Dash, serra, treinos intensos e árvores

Feriado intenso ! 15 de novembro na serra deveria ter algumas coisas pra fazer e ar puro, previsão do tempo boa e sossego. Mas não. Muitos treinos e um monte de trabalhos no campo me aguardavam.

Sexta-feira acordamos com céu azul e um pouco de calor. Cortei um monte de grama e depois tive uma surpresa. A Daiane foi 'comprar umas plantas'. E aí apareceu com o carro abarrotado de mudas, 19 no total. De todos os tipos, pequenas e médias. O William me salvou e plantou 5, eu dei conta de 14. 

Aí lá pelo fim de tarde fui correr. Saí às 17:40 num calor incomum e logo estava correndo em Urubici sem camisa, coisa rara. Uma volta completa, aí achei o Hélio e William que tinham ido no outro sentido. 

Pista
Era um progressivo com os últimos 5 km em ritmo de 15 km. O que é bem forte. Um pouco de vento contra e bastante sol, mas saiu. Dá uma sensação boa fazer esses treinos ardidos.

Como sempre esses treinos difíceis, ainda mais encaixados em compromissos múltiplos, são feitos muito antes. Você tem que saber que vai fazer o treino, começar o dia já com aquilo definido, mesmo que não seja a primeira atividade do dia. Tem que priorizar. E aceitar que aquele ritmo vai doer, mas vai sair.

No sábado acordei cedo com o tempo esquisito, tinha chovido bem a noite mas às 7:30 tinha sol. Fui rápido, mas ao deixar o carro no posto já estava tudo fechado. Achei que era neblina e saí só de camiseta, sem meias. O sol não saiu e o vento estava gelado. Pés duros e insensíveis. Fechei 50 km em ritmo constante, embora constante seja algo complicado de manter com tanto sobe e desce e vento.

E depois ainda fui fazer umas cercas com umas toras de madeira de uns 30 kg. Cada buraco eram uns 10 min de escavação, de modo que acho que compensei a natação perdida. Pelo menos estava com o abdômen todo dolorido a noite...

Autódromo
Domingo era o treino chave. 90 km de bike e 10 de corrida, uma transição até que semi-longa. Saí mais cedo sob céu azul e 9 graus. Muito frio. Só que não levei muita roupa, só tinha a meia de compressão e uma camiseta comprida além do básico. Faltou algo pra orelha que quase congelou.

Tive que voltar nos primeiros 4 km até o carro pra pegar uma sacola plástica pra por no peito, o que foi bom porque fugi um pouco do vento contra logo no início. E aí foi seguir o percurso de sempre, um visual estonteante e uma montanha russa que quase não tem plano, é na verdade um terreno ondulado o tempo todo. E o vento sul estava lá na ida, aí na volta a favor ajudou, mas na segunda volta a coisa ficou estranha e ir ficou mais fácil. O que mostrou que o vento virou, o safado.

Terminei pedal bem estropiado e saí pra correr forte. Um pouco estranho no início, dores no pé todo. Percebi que não sentia os dedinhos de cada pé e fui indo tentando mexer os dedos enquanto corrida. Os dedos da mão também estavam duros de frio e ruins pra apertar os botoezinhos do garmin. Mas durou 1 km, logo aqueceu e entrei em ritmo moderado a forte, mas suportável e constante.

Lugar feio pra correr, uma estrada de 2 km e então terra, passando por rios, plantações e pastos. Acho que se pudesse só correria em terra batida. Foram três treinos muito bons para o Dash 70.3 no dia 1/12, só duas semanas para o meio iron. Depois é treino e mais treino de corrida, por que vem aí El Cruce Colúmbia !!!

domingo, 10 de novembro de 2013

XTERRA Floripa 2013, a relatividade dos tempos

Em 2008 teve um XTERRA aqui e eu não fui. Ainda não treinava triathlon e fiquei com receio da natação. Dada a prova de ontem, acho que fiz bem :-).

A prova foi na praia da barra da lagoa em Florianópolis. Chegamos lá bem cedo pro bike checkin e depois de arrumar tudo começou a chover e o céu pro lado do moçambique ficou preto. Aí saiu um arco iris e choveu de novo, com sol junto. Fui aquecer um pouco, água quente. Não percebi correnteza, mas nadei do lado dos molhes do canal da barra. Voltamos pra alinhar e largou na adrenalina de sempre.

Mar em fúria. Ondulação bem grande, não consegui ver a primeira boia em nenhum momento depois que enfiei a cara na água. Na respiração frontal, eram só um monte de gente subindo e descendo com as ondas, e nada de boia. Fui com o povo, até que vi uma boia pra esquerda. Ok, é a segunda boia, pensei. Só que logo veio um jetski dos bombeiros avisar que era pra esquerda, esquerda, esqueeeeeerdaaaaa !  Olhei pra eles e olhe pra trás, estava depois do canal já na frente do costão que ia pra galheta ! Ah lasqueira, lá se foi a natação. Mas se foi pra meio mundo, gente pra caramba no mesmo lugar. Rumamos pra primeira boia contra o que parecia ser uma corrente forte, pois estava perto e não chegava nunca. Depois pra segunda, aí então pra branca que marcava a saída da água. Ih, cadê a branca ? Na dúvida, mirei no canto da praia e no pórtico de largada que estava bem visível. Chegando perto vi a grande boia branca sendo chacoalhada na arrebentação. Natação bem desastrada.

A bola verde é o ponto onde o bombeiro nos impediu de nadar até a galheta.
A linha verde é o que deveria ter sido.
Saí da água pra pegar a bike que ficou na areia. Isso, área de transição na areia da praia. Tudo bem organizado e limpo, ao chegar lá a sapatilha já estava soterrada. Joguei as tralhas atrás da bike e fui embora. 2 km de ruas apertadas e então caímos na restinga depois do projeto tamar. E então nas areias. E eu não andava. Comecei a ser ultrapassado por meio mundo. Concluí que não sabia pedalar na areia, pois entortava a roda da frente o tempo todo. Aí entramos na floresta de pinheiros, singletrack excelente pra correr. Só que era pra pedalar. E continuei sendo ultrapassado, não entendi nada. Estava até bem. Mas ia aos trancos e barrancos, levando porrada o tempo todo. Até que lembrei dos pneus. Enchi na noite anterior. Meti 45 lbs em cada pneu, achando que iria voar. Mas fiquei quicando o tempo todo. A suspensão está ruim, então a roda da frente pulava. Uma hora quando levantei do banco pra passar numa raiz atravessada levei um 'coice do banco' bem nas partes.

Transição na areia com o Tanaka junto.
Segui apanhando e saímos no asfalto por 500 m, agora com chuva. Aí entramos de novo na floresta e ao passar numa descida com água voei por cima do guidão e caí de pé. O buraco era mais fundo do que a água deixava ver. Logo saímos na praia. Isso, praia de bicicleta. Resolvi murchar os pneus. Esvaziei um pouco e segui depois de quase derrubar um atleta, pois parei bem no meio da trilha.

Acho que existe no estatuto do XTERRA uma cláusula que obriga a ter empurra bike na prova. Sempre vemos essas fotos com caras enfiados na lama até o pescoço com a bike nos braços, sei lá. Mas foi requinte de crueldade e desapego ao equipamento alheio botar os atletas para pedalar nas areias do moçambique. Bem naquelas partes que é sempre ruim pra correr. Era um arrasta bike, pois a roda mal girava. E quando dava pra pedalar na areia semi dura a maré que estava alta e agitada vinha lavar a areia das bikes com seu sal característico. O barulho de coisa sendo lixada ao pedalar era uma delícia. E pedalar com a onda batendo nas canelas foi uma sensação ímpar.

Quase no começo da praia fizemos o contorno e entramos na floresta de novo pra mais uma volta. Agora pedalar nas raízes estava beeeem melhor. Só me preocupava as batidas que certamente estavam indo até o aro, pois acho que esvaziei muito o pneu de trás. Mais praia. Só que agora eu não estava mais puto como na primeira volta. Afinal, quem sai na chuva é pra se molhar. Já fiquei perdido em dunas gigantes com a bike em corrida de aventura, já caí inteiro dentro de uma lagoa de água parada com bike e tudo em outra, não seria uma areia que iria tirar a graça da prova.

Veja a escala a o tanto de praia... :-)
Aí o sol saiu de vez e voltamos pra T2 e dessa vez consegui pedalar no trecho de areia. Pneu cheio e areia fofa não combinam. A única coisa que incomodou o tempo todo na bike foi o pedal. Como é de plataforma de um lado e encaixe do outro, você precisa 'acertar' o lado. E como o circuito é todo técnico, é bem comum ter que por o pé no chão. E depois ter que reencaixar um pedal à milanesa não é fácil. Fechei o pedal numa média estonteante de 14,k km/h ;-).

Fiz a T2 com cuidado pra não sujar o pé, que estava relativamente limpo e lavado. Calcei o tênis sem meia e segui alucinado, agora era meu chão. Me perdi na natação e apanhei na bike, agora tinha que correr direito :-). Passei a ponte pênsil e segui pras trilhas morro acima, até a bifurcação com as paredes da barra e depois em direção à galheta, mesma trilha do mountain do onde deixei a palma da mão um mês atrás. Subi arfando e depois tentando correr na trilha técnica, aí desceu, subiu e despencou pra direita rumo à fortaleza da barra. Uma trilha que eu nunca tinha feito, sensacional. Descida direta em uma escadaria de troncos na terra, show. Aí veio o asfalto e sentei a bota, consegui correr bem. Cheguei num sprint e depois vi que ultrapassei o amigo do Panda, o Sérgio.

Essas provas off-road são diferentes no espírito. Lá as pessoas conversam, mesmo competindo. No topo da trilha vi que estava sem gel, levei um roctane que sumiu. Quando vi dois caras perguntei se tinham gel e um deles me deu um. Aí descemos conversando a trilha. Perguntei o nome e aí falamos da categoria, éramos da mesma. E tudo numa boa, seguimos trocando posições na trilha e no asfalto abri um pouco.

Chegada e aí fomos ver o estrago. Todo mundo reclamando das bikes, uns desesperados. Vi a minha e já estava com bastante oxidação visível na corrente. Fomos lavar nos chuveiros e então casa, mas antes comi um baita sanduba com chocoleite. Saí muito cedo, 5:50 e comi pouco. Fiquei realmente com fome boa parte da prova. Vi o resultado que foi 4º lugar, 2h56 para 33 km de prova, nota-se o tamanho da encrenca.

Muito interessante fazer uma prova sem referência alguma, tinha calculado até umas 2h30 :-).

E pra moer de vez o que sobrou hoje tinha um treino que estava à espreita lá na planilha. E eu fui fazer, conforme combinado. Realmente um treino mais mental do que qualquer coisa. Até acordei cedo, mas chovia fraco e ventava pra danar. Resolvi que não valia a pena sair na chuva, eram só 100 km e a previsão dizia tempo seco durante o dia. Não fosse o Dash obviamente não treinaria. Fiquei enrolando com o pequeno até às 10:00 e saí pra pedalar. Fui até canasvieiras, um vento nordeste miserável. Voltei até o Floripa Shopping pra fechar um percurso do Dash e segui até o final da vargem pequena, quando engatei o vento em popa até em casa. Quente, abafado e ventoso, e pra piorar, com restos de pernas e com fome. Mas o treino valeu muito, não foi indecente e consegui fechar a semana 100 %. Melhor não dava.

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Detalhes da organização.

Acho que nunca reclamei muito de organização de provas. Sempre tem o que melhorar, mas no geral quando noto uma 'linha' adequada, tudo bem.

Só que nessa teve muito furo. A começar da inscrição, que só abriu 1 mês antes, muito cara e ainda assim com o site fora do ar por vários dias. Sites confusos, sem informação nenhuma.

Um simpósio que atrasou uma hora. Informações do percurso só na véspera e ainda assim alterado na hora.
Um kit com uma camiseta de péssima qualidade. Pós prova com maça e água quente e nada mais.

Acabou que foi um evento com poucos atletas, várias pessoas me disseram que não se inscreveram por essas encrencas. Deixou bastante a desejar, não achei compatível com o nome por trás da prova.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Treino em Fortaleza para o XTERRA, que é preparação para o DASH

Se tem uma coisa que está divertida são as provas e treinos do segundo semestre. Tenho seguido a estrutura geral, mas os compromissos estão bem intensos e as provas variadas. Teve o cross triathlon, aí a meia maratona, o olímpico e então o mountain do em dupla. Nada a ver uma coisa com a outra :-).

Agora teremos o XTERRA no próximo sábado. Vamos ver como vai ser. Isso será prova treino para o 70.3 DASH Triathlon em Floripa dia 1/dez. Mais legal ainda.

Então, nesse fim de semana fui à Fortaleza para um casamento com a família e obviamente encaixei uns treinos. Na sexta-feira resolvi correr, mas estava podre da viagem e acordei tarde. Tomei café da manhã com muitas tapiocas e sucos locais e fiquei estufado, então acabei deixando pra sair só às 10:30. Um baita sol e céu azul e muitos coqueiros balançando.

Eu também queria testar correr lá. Uma curiosidade visceral ainda me persegue em relação ao Ironman Fortaleza. Pois saí a correr e logo estava ensopado de suor. Tirei a camiseta e segui com vento na cara e razoavelmente refrigerado. 32C em todos os termômetros. Não sei a umidade, mas o ar que entrava era estranho, parecia difícil de respirar. Depois com o vento a favor a coisa ficou feia. O sol nas costas me fez botar a camiseta, fui sem protetor e não queria virar um camarão antes da festa, correria o risco de me servirem no jantar. Aí ferveu de vez, muito calor e pernas pegando fogo.

Não vai ser fácil correr lá pra ninguém, pelo menos num dia como 1/11/13 foi. Os 12 km foram regressivos misturado com fartlek. Tomei um coco no percurso e mais dois quando terminei. Ainda bem que lá tem coco, poderiam servir isso na prova.

Depois tentei nadar, mas não deu tempo. Zero tempo livre sábado e domingo, exceto pelo BeachPark, que considero um treino funcional e de legpress forçado, escada pra todo lado e andança descalço por 5 horas devem servir de alguma coisas. Lugar show, brinquedos fantásticos, vale e visita, aquilo lá é impressionante.

Depois encaixei outra corrida, agora bem melhor. Saí às 6:20 e havia chovido, abriu um sol e choveu de novo, ventando sempre, tudo dentro de 12 km já num ritmo mais constante e moderado. Assim seria melhor correr o Iron.

Ótimos treinos, agora é engrenar essa semana do XTERRA, fazer a prova sábado e o treino de transição domingo de 100 km de bike com 7 de corrida. Vamos ver o que vai ser. Só sei que não vou pra brincar no XTERRA, o que sobrar pra domingo sobrou, mas o treino vai sair, ah se vai !

Qualquer sombra é sombra !