domingo, 24 de abril de 2011

Iornman+ na Páscoa

Somando todo o volume desde quinta, sobra um tantinho de um Iron ;-). Nada fora do normal para a época, e tudo 100 % bem. Na quinta-feira teria que nadar e pedalar 60 km intervalado. Como não estava muito a fim de ir até jurerê pra nadar 2000 m e a chuva ameaçava, saí às 8 horas pro pedal antes que o céu caísse. Só que caiu foi logo. Desisti de ir pra santo amaro, tentei ir pro norte, BR entupida, trânsito pesado e complicado pela marginal. Voltei pra girar na beira mar continental mas aí o pneu arriou. Um rasgo botou um ovo de câmera e mister tuff pra fora, vim pedalando 6 km até em casa e NÃO estourou !! Fechei apenas 34 km e fui pra musculação imundo mesmo. Depois curti o dia de sol que abriu ao meio dia e fui pedalar com o Arthur na bike, mais 15 km de treino de força pra conta, quase fechou, hehehe.

Sexta rolou um treino de corrida coletivo da Ironmind lá no Taikô. Fizemos a volta grande e uma pequena do Ironman Brasil, e depois mais uns goles pra fechar 34 km debaixo de um sol espetacular. O bom abastecimento providenciado pelo Roberto salvou-me de uma fusão do reator que seria certeira. Saiu um ritmo legal e pela primeira vez treinei nas morrebas do caminho do Rei. Corri todos os morros, que fora do Iron não assustam tanto ;-). Esse ano vou tentar correr tudo pra ver no que dá ! Voltando pra casa fomos almoçar no ribeirão e re-hidratar com suco de cevada. Proteína e Carboidrato, quase um R4, aquele almoço.

Sábado simulado de transição com 4000 de natação e 70 km de bike. O pedal era pra ser solto, zona 2, mas foi bem mais forte do que isso. Poupei ao máximo pro treino de domingo e fiz uma reposição legal quando cheguei em casa, e depois almocei de novo. Choveu pesado a tarde quase o resto do dia todo, mas olhando a previsão prometia vento-sul-limpa-nuvens-e-cansa-ciclistas.


Bandeiras. Quando está assim, tem vento.
 por JucaLodetti ID: 49488693

Acordei hoje domingo às 5:15, que coisa indecente. Arrumei tudo (que já estava arrumado) e olhei pro céu, totalmente estrelado. O barulho nas árvores denunciava o vento. O windguru dizia que seria sempre de sul moderado a forte, até o meio da tarde. O que não tem remédio, remediado está, ao menos tivemos sol. Saí pro centro às 6:00 ainda escuro e encontrei com o Diovani e Alexandre. Concordamos e fugir da BR pelo movimento e vento, pois voltar 90 km com vento contra seria crueldade. Giramos da beira-mar ao trevo da seta duas vezes e rumamos pro norte. Volta completa nas vargens e uma parada estratégica no mini mercado da vargem grande, o nosso specialneeds do ciclismo. Uma coca-cola de 2 litros não foi esvaziada, então deixamos no freezer pra uma  segunda volta, na qual foi devidamente sorvida. Naquela parada meio mundo estava por lá ou então passando, todos treinando aproveitando o sol a cinco semanas do dia D.

No mais sobre o pedal, vento por todo lado: Surround 3D multichannel 7.1. Mas dava pra desenvolver bem e mandamos bala até que meu pneu furou na vargem pequena. De lá voltamos e ainda tivemos que entrar em jurerê pra fechar distância, que deu certinha com 180,5 km até em casa. Pedal forte, boa média pra condição eólica e corrida de 8 km subsequente à 4:30 mole, mole a 144 bpm. Fiquei feliz com o treino, acertei bem a alimentação, valeu muito.

Na passagem pelo elevado dias velho, quase parei para fotografar as bandeiras. Assim, cito aqui uma foto que nos indica aos ilhéus que a coisa tá feia mesmo. Só muda que nesta o vento tá nordeste, e hoje era de sul, daqueles gelados - até o sol sair o pé passou frio.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nadando na gelatina

Pois bem, mais um fim de semana para a conta do Ironman 2011. Já sinto o cheiro da largada... ;-). Esta semana foi das boas, recuperação ativa após a prova de Caiobá com 30 km de corrida na quarta-feira e série de natação destrutiva na quinta.

Sábado rolou um treino que dá o título do post. Nadamos 4000 m em jurerê, num mar flat e transparente, água cristalina com ótima temperatura. Tudo pra ser um ótimo treino, exceto pelo meu estado lastimável. Algo não prestou na corrida de sexta, ou foi a musculação que inventei de fazer também. Os braços estavam leeeerdos que só vendo, e tinha uma corrente bem forte. O mais estranho foi a quantidade absurda de mini aguas-vivas gelatinosas, milhões delas, nadávamos com elas batendo no rosto, pés e mãos, muito doido.

Fomos 1000 mts em 25 min, depois voltamos até o P12 em 2000 com 32 min com corrente a favor, para retornar os 1000 até o Taikô em mais 24 min. Ainda bem que dava pra ver o fundo e uns peixinhos, pois daí percebia-se algum progresso: olhar para a praia era um desespero, não saia do lugar. Depois girei 70 km de bike pra fechar a manhã.

Domingão prometia tempo bom, saímos o Alexandre, Roni e eu pra BR, mas ao amanhecer achamos o céu meia-boca e fomos pra ilha. Giramos duas vezes a beiramar inteira até o trevo da seta, excelente. Aí o Alexandre teve um pneu furado. Pra não perder a prática, a câmera substituta também resolveu murchar depois de trocada. Aí o pelotão nos encontrou e o Marcos ficou pra acompanhar. Fomos até a UFSC e aí mais um pneu furado. Nessa hora não tinha mais câmera, e abandonamos o Alexandre para remendar as que tinham. Na última hora o Roni jogou uma câmera nova. Fomos pro norte, retornamos na retirada do caminhão do acidente do sábado na SC e entramos em jurerê e Daniela. Lá o Alexandre nos alcançou de novo (não remendou nada, só trocou a câmera e foi na raça sem estepe - já sei o que se passa: o pneu dele é folgado. Quando sabe que tem reserva, vai furando, quando não tem jeito, fica quieto e vai até o final ;-).

Tocamos a volta completa da SC, parada na vargem grande para abastecimento. Aí o Marcos nos encontra, com uns 15 km a mais rodados no mesmo tempo, tá pedalando que é uma locomotiva ;-) ! De lá até o trevo de jurerê tive princípios de câimbra e comecei a pifar, girei e recuperei minimamente pra fechar os 160 km até em casa. Larguei a bike às 13:15 e bora correr 8 km forçado. Voltei com o radiador fervendo além da conta, mas muito satisfeito de terminar um treino dureza me sentindo tão bem. Vai entender... Passei o resto do dia tentando repor as quase 6500 calorias que o Polar disse que eu torrei.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Caiobá 2011 - Triathlon longa distância

Não é exatamente uma prova na distância de meio-ironman, mas desde o ano passado estava com vontade de conhecer esta prova e usá-la na preparação para o iron. Preparação, curtição, diversão, teste e sofrimento, tudo junto num triathlon de longa distância com 1900 m de natação, 84 km de bike e 21 km de corrida (mais precisamente, 2000, 82, 20.3 - GPS maníacos ;-).

Equipos e pequeno habitante
Saí de casa sábado às nove horas com a Daiane e o Arthur, a Laís infelizmente não pode ir devido às aulas o dia todo. Fizemos as paradas tradicionais e necessárias para o pequeno se comportar e chegamos na balsa em Guaratuba ao meio-dia. Atravessamos a baía e então chegamos à Matinhos. Não passava por lá há tempos... lugar agradável (ao menos fora de temporada ;-) e bem cuidado, logo chegamos ao hotel depois de errar muito o caminho, típico. Encontramos a turma toda e fomos almoçar num buffet fraquinho.

O Arthur estava febril e com tosse, mas me convenceu a levá-lo à piscina. Deixei ele por lá com a Daiane e fui testar a bike recém revisada com as rodas novas. Rodei uns 8-10 km - o cateye pifou de novo. Fui a favor do vento na avenida litorânea e quando voltei deu pra sentir a força que teríamos que fazer no dia seguinte. Ajustei o que precisava na bike, desmontei o cateye todo e fui pro congresso técnico onde cheguei nos 10 minutos finais.  Fomos descansar um pouco e aí saímos para jantar. Uma chuvarada danada caía há algum tempo e estava ficando feio com ventania, raios e trovões. Fomos pro restaurante combinado debaixo dágua mas ainda bem cedo. Só que não deu certo, esqueceram o pedido da nossa mesa e saímos famintos e revoltados para outro, onde achamos um cardápio especial para a prova, pratos individuais feitos de macarrão, frango, batata e uma saladinha. Comi até estufar.

Voltamos para o hotel já às 23 horas. Nunca consigo dormir cedo... Ajeitei mais alguma coisa, tentei encher o pneu e não consegui, dormi preocupado. Na manhã de domingo olhei logo pela janela, céu nublado e vento fraco, mas com cara de que limparia.

Café da manhã, ajeita tudo e desci pra transição a 150 mts do hotel. A Daiane ficou com o Arthur pra ir depois, estava bem doentinho com a garganda e nariz escorrendo. 

Na transição deixei tudo bem arrumado, dessa vez até toalha pra limpar os pés eu levei. Voltei pro hotel pra vestir a roupa de borracha e desci pra praia mansa, local da largada, junto como Alexandre. O hotel fica numa península com a praia mansas dum lado e a brava do outro. Nadamos na primeira e depois corremos na segunda, muito legal. Há um morro com  paredes rochosas expostas que servem de referência durante a natação e corrida ;-).

Rapidinho largou a prova do short. Antes da largada do long, fui na água molhar o rosto e acalmar a respiração, olhar pro mar... percebi conchas e areia grossa na entrada da água, melhor não correr desesperado na largada. Reunimos a turma e logo chamaram pra alinhar, ainda faltando uns 15 min para às 8 da manhã. O Kilder perdeu os óculos e teria que nadar com a cara no sal, coisa terrível, mas foi valente e meteu os olhos no mar. Quando ele correu pra longe da largada pra tentar procurar alguém com óculos sobrando, largou ! Foi muito rápido, eu ainda estava com os óculos na testa, arrumei e saí trotando de leve pra água, andei até ficar na cintura e me joguei pra não parar mais. Nadei, se não bem, forte o tempo todo, ombros queimando ao final. Fiz a primeira volta num tempo parecido com a segunda, o que já é um grande avanço. A maré estava levemente vazante, então a primeira bóia era fácil de contornar, mas na segunda dava pra ver a corrente contra. Saí da água com 32 min.
Dando bom dia pro Arthur ;-)
Fui pra transição correndo de leve e saí rápido pro pedal, no começo complicado com lombadas por toda a parte e piso ruim, mas logo depois de uns 4 km entrava numa rodovia de pistas duplas excelente, plana e com mato por todo lado. O vento estava a favor, foi fácil manter uma boa média nos 20 km de ida. O cateye resolveu viver e eu resolvi focar na cadência e FC, deixando a velocidade como consequência. 

Girei o tempo todo a 85-95 rpm, fc moderada a alta pra pedal, mas bem suportável. No final senti as pernas arderem um pouco pois reduzi o giro pra forçar mais contra o vento da última perna. A única coisa irrtante no  ciclismo foram os pelotões. Muita cara de pau. Blocos enormes, gente grudando na minha roda e atrapalhando, pelotes bloqueando o caminho... realmente não tem jeito... Me alimentei muito bem, accelerade, GU e gatorade.

Voltando pra região das lombadas pedalei um pouco fora do clipe, aumentei o giro e fiquei um pouco de pé na bike. O público ajudava e cheguei rápido na transição, que fiz bem rapidinha (mas não entendi no resultado, 3:40 é impossível ;-). Saí correndo e encotrei o Marcos dando força, não correu devido a uma lesão no pé, mas deve ter moído no pedal pois quando passei já estava lá com cara de tranquilo.

Retorno próximo á chegada
Apertei o ritmo na primeira volta. Na corrida é que é mais fácil ver o pessoal todo, marcar quem tá perto, tentar uma aproximação. Eram 3 voltas de 7 km, toda na orla e plana. A esta altura já tinha sol dos bons, o dia estava espetacular. Passei no retorno próximo à chegada, vi a Daiane e o Arthur, injeção de ânimo. Tentei correr constante, mas dei umas pifadas, tomei mais gel ou gatorade do que deveria e fiquei levemente embrulhado. Exceto por isso foi uma corrida bem constante, toda moderada a forte, o tempo todo pensando em como é que seria o ritmo no iron. Comecei a ficar fixado nisso, a sorte foi achar uns amigos da equipe pra marcar - não para perseguir, mas para fugir. Fugi do Sérgio a corrida toda. Passava pelos líderes numa velocidade absurda e achava que estava lento, a sorte eram os monitores, sem isso eu tenho certeza de quebraria, pois foi o tempo todo no fio da navalha...

Fechei a prova em 4h28min com uma corrida de 1:29:40, fiquei bem satisfeito. A bike e a natação também foram boas, com a bike mais fácil do que deveria, acho que poderia ter forçado mais, mas vai saber se não estragaria a corrida. Deixo os parabéns a todos que participaram da prova. A turma da Ironmind mandou ver numa prova de altíssimo nível. Só pra ter uma idéia, à minha frente em 30 segundos tinham 4 atletas da minha categoria ;-)

Belo dia, ótima prova, família acompanhando, amigos. Tudo perfeito. Depois foi colocar aquelas meias de compressão ridículas mas eficientes, arrumar todas as tralhas, almoçar, carregar o carro e dirigir de volta pra casa num fim de tarde sensacional. Ano que vem tem mais !

terça-feira, 5 de abril de 2011

Chuva descasca o pé, e sem alimentação você quebra.

Oito semanas para o IMBrasil 2011, entrando na parte realmente cansativa dos treinos. Nesta semana que passou teve um longo de corrida muito bom, todo feito na chuva na parceria do Alexandre, encontrando a Fabi e o Roni, guerreiros aquáticos que não se abatem com uma chuvinha de alagar ciclovia. Muito bom ritmo, mas destruí completamente o segundo dedo do pé direito, um calo derreteu e foi arrancado pela fricção com a meia molhada. Tornou as corridas seguintes um teste de suporte à dor.

Já no final de semana eu testei alimentação. Fiz isso no treino de sexta, onde tenho ficado bem desidratado, sábado e domingo. Na sexta voltei do intervalado derretendo como sempre, mas tomei gatorade e bebi mais um litro de suco de manga (natural !). Sábado durante e depois do treino fiz reposição com mais gatorade e bastante água, parece que deu resultado. Acho que achei a causa da sede eterna: desitratação gradual acumulativa do fim de semana !

Domingo tentei calibrar a alimentação para a prova. Montei um pacote com aprox. 70 gramas de carboidrato por hora. Ficou difícil enfiar aquilo tudo nos bolsos da camisa. Fiz as contas e levei para 5h30, pois seriam 5-5:30 de pedal mais uns 40 min de corrida. Como desconta-se a primeira hora (se considerar que houve desayuno), deveria dar certo. E daria mesmo, não fosse a quantidade de pneus furados e parada para reabastecimento. Saímos para a BR 101 norte as 7 da manhã em grande grupo. O Lins foi o primeiro premiado, pneu furado logo no início. Depois furou de novo. Como ele iria ficar em Itajaí, nos separamos em camboriú e retornamos pelo morro do boi, divertido de subir. Descemos e furou um pneu do Alexandre. 

Capítulo a parte: trocou e encheu, ao retirar a bomba veio junto a válvula do bico, lá se foi a câmera. Pegou outra, recolocou e encheu, furada. O João emprestou uma, até testou antes. Montou tudo, encheu e tava furada. Revisamos tudo de novo, nada. Pegamos uma com o Salada, aí funcionou !!!!

Nisso voltaram Jack, Arthur e Miranda. Tentamos ir na roda. Quando revesei pra 'puxar na roda deles', logo vi que fiquei sozinho. Parei no posto do avião pra esperar e lá vinham eles, o Salada teve outro pneu furado. Só saíram intactos os pneumáticos meus, do Diovani e do João. Voltamos no sol absoluto e contra o ventinho sul fraco. Quando passamos a ponte de tijucas comecei a pifar. Não entendi o que era, mas logo fiz as contas e vi que esqueci de comer direito nas paradas que totalizaram 1h15. Quebrei legal, mas logo nos primeiros sintomas tomei um gel, comi uma banana cozida (na camisa) e meia hora depois mais um gel, bastante água e mais um club social. Parece que resolveu, voltei ao pseudo-normal nos últimos 20 km e consegui correr legal depois do pedal de 160 km. A comida foi quase toda, só que tem que ser dosada igualmente no tempo, senão quebra do mesmo jeito. Outra hipótese plausível para a quebrada foi ter tentando acompanhar os três, e também ter saído desesperado atrás do povo quando passaram pelo avião, pois eu estava lá sentadão à sombra e passaram sem me ver. Mas acho mesmo que foi alimentação ;-).